Não sei pra vocês, mas 2010 tá sendo muito muito bom mesmo pra mim. Tô me interessando mais pela faculdade, meus pais tão sem dívidas, minha casa finalmente tá terminando, já posso nadar (no frio) quando eu quiser porque a piscina tá pronta, tenho saído quase todos os finais de semana com meus amigos, conheci muita muita gente, fui em shows memoráveis, e tenho tudo pra ser um cara feliz e realizado daqui pra frente. Sem mencionar que eu to quase descolando um emprego louco ae! Mas detalhes eu dou outra hora.
É tanta coisa boa acontecendo que as vezes acho que algo bem ruim va acontecer, sou pessimista? Fazer o quê.
O que ocorre é que esses dias fiquei entediado porque tava sem internet (como se internet não fosse tédio, eu sei) então fiquei vendo umas paradas antigas aqui. Achei vários textos velhos, umas cartas (já disse que eu amo cartas?) e 2 textos bem legais de profiles do orkut haha. Eu adorei reler o que eu achava de mim mesmo com 15, 16 anos. Achei legal e me entristeci ao mesmo tempo porque senti saudades de quem eu era. Senti falta de ser mais anti-social, ter convicções e pensar de um jeito que nem todo mundo pensava, não ter o pé no chão e achar que as coisas são fáceis como estalar os dedos, do valor imenso que eu dava às minhas músicas favorites, filmes favoritos e lugares favoritos com companhias favoritas. Eu mudei consideravelmente, pra melhor, mas é uma época que eu amava e não sabia como era boa.
Pra completar o tédio fiquei pensando em zilhões de bobagens e me veio um sentimento ruim que eu tive no terminal tietê na quinta feira. Andando naquele monte de gente uma vozinha sussurou na minha mente dizendo “vocês nunca vão ter nada, nunca vão ficar juntos”. Aquilo me deixou tão mas tão mal que eu comprei um café, sentei e fiquei uma meia hora ali. Enfim, tinha esquecido de tudo e desencanei, até que que nesses momentos de ócio desses dias me veio isso de novo e aí que eu pensei fudeu. Fudeu porque pode ser verdade!
Não é querendo me gabar mas eu não sei lidar com rejeição porque eu tive poucas rejeições na minha vida. Ao todo 2, você e outra lá que nem merece ser citada. Esse é meu defeito. Não sei conquistar, não ser fazer com que os outros gostem de mim, não sei ir à luta em busca do que eu quero, quem eu quero. Tenho noção de que eu assusto às vezes e é super estranho porque mal nos vemos, mas eu não consigo controlar sei lá. Sou incapaz de lidar com uma coisa que eu mal conheço e não sei como mudar a idéia, posição e escolhas de ninguém, nem as suas. Só torço pra que me escolha.
Cara, o problema maior é ficar com pequenas neuroses do tipo: O que falta em mim pra você? O que tem de errado comigo, será que eu sou tão não-amável sei lá, tão esquisito que gosta de falar difícil às vezes ou causa muito no final de semana? Fico encucado e travo. Travo e não consigo ir além, não consigo ir pra frente e agarrar o que, no caso quem, eu quero.
Insegurança minha ou sua, medo seu ou meu, disso eu não sei, mas creio que eu valho (ao menos um pouco) a pena. Acordo sempre com um propósito e um desejo em mente: Te fazer e te ver feliz.
Come on let me hold you, touch you, feel you, always. Kiss you, taste you, all night, always.
Me deixa te abraçar, te tocar, te sentir, sempre. Te beijar, te provar, a noite toda, sempre.
Quem lê aqui há tempos sabe como eu fico quando to assim né, uma droga.
Vou parar de ouvir essa música que eu to ouvindo porque já mudei totalmente o rumo do que eu ia escrever.
Um beijo,
“So instead of kidding everybody why don’t you try your tricks on me?”