terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Is it too late to remind you how we were?

Esse trecho de uma música linda surgiu na tela do meu computador 4 vezes hoje, e por mais que eu sinta um aperto ao lê-lo, qual é a razão se nunca houve um “we were”? Que foda, velho.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Eu vou

Como um ermitão, minha vontade hoje (talvez só hoje, talvez não) é de me refugiar em um lugar calmo, deserto, longe de pessoas, em meio à natureza com muito verde e água de cachoeira pra beber. Uma caverna talvez, seria ideal. Viver sozinho, comer sozinho, pensar sozinho, envelhecer sozinho só eu e a floresta, os bichos.

Hoje quero me afastar de todo mundo. Quero fugir. Ficar longe de tudo o que eu conheço e partir pro desconhecido, uma aventura comigo mesmo pra ver qual é o meu limite. Estou meio farto de tudo o que acontece ao meu redor.

Não aguento mais as pessoas. Parece que a todo lugar que eu paro e observo vejo as mesmas coisas. Gente querendo se sobressair, puxando o pé dos outros, bajulando o próximo visando interesse próprio, deixando sua personalidade de lado em busca de um status tão irrelevante quanto o papel higiênico que limpa suas bundas, vivendo de mentiras, sempre mentiras, milhões de mentiras. Me cansa demais, os outros me cansam demais.

Cada dia que passa eu quero mais e mais sair daqui e começar tudo outra vez, como quando tinha 11 anos. Perdão se estou soando meio repetitivo ultimamente, é que é basicamente nisso que tenho pensado há meses. Estou farto de absolutamente tudo. Amo aonde moro, amo meus amigos e amo essencialmente a minha família, mas tenho essa sensação no peito que me diz pra ir pra longe. Talvez pras cavernas, ainda não tenho certeza. Brincadeirinha. Quero me ver bem distante de mil coisas que já não fazem sentido algum por aqui. Não faz sentido essa vida intermunicipal que eu levo todo santo dia, não faz sentido ter um amigo em cada lugar, não faz sentido essa proteção maternal toda, não faz sentido ouvir esse monte de mentiras que eu ouço quase todos os dias, não faz sentido ficar num lugar em que não vejo potencial de crescimento algum (tanto profissional quanto pessoal, principalmente pessoal), não faz sentido tomar sucrilhos de manhã, não faz sentido mais ficar bêbado aos sábados e beijar meninas desconhecidas, não faz sentido mais ficar bêbado aos sábados e beijar meninas conhecidas, NÃO FAZ SENTIDO saber da vida alheia, não faz sentido que saibam da minha vida, não faz sentido essas horas de internet perdida que não acrescentam absolutamente nada, não faz sentido ouvir falar de sexo o dia todo, não faz sentido pensar mais no passado do que no presente, não faz sentido achar um seriado mais legal do que a própria relidade, olha é tanta coisa que não faz mais sentido que eu vou perder o foco se não parar por aqui.

O que me dói é essa liberdade que eu tanto quero infelizmente depender de algum suporte dos meus pais. Não posso ser imaturo o suficiente e fugir sem deixar vestígios. Tampouco não é justo morar fora de casa com todas as contas pagas e tendo uma vida de playboy que não acho correta. Dizem que eu não deveria ter saído do meu emprego, precisava continuar, guardar dinheiro e fazer o que eu bem entender. Mas quem disse que eu escuto o que me dizem? E quem disse que eu quero esperar anos pra ter o que eu quiser agora? Paciência pode até ser uma virtude, tudo tem seu tempo e eu sei, mas se não fizer nada hoje por mim, quem vai fazer? A verdade é que cada um só sabe olhar pro próprio rabo e eu não quero que mais ninguém olhe pelo meu não. Darei conta do meu jeito, sem interferências amorosas como já andam especulando.

Por falar em amor, estou aprendendo a escondê-lo e guardá-lo só pra mim. Não adianta queridisses quando se espera demais. Finjo que está tudo bem, que não sinto, me fecho e começo a atuar um papel que não conheço muito bem quando na síntese de minha alma estou morrendo aos poucos. Ainda não sei o caminho disso tudo, um dia vou saber. É novo pra mim esse lance de não demonstrar, mas acho que estou aprendendo pro meu próprio bem. Pra preencher o vazio da saudade e outros tantos estou recorrendo a dois amores incondicionais que possuo: da minha família e dos meus cães. Agora há pouco fui dar comida pra Tila Teqila e pra Nina e velho, sou tão amado por elas, acho que o amor que o cão tem com o dono é uma das coisas mais puras, porque mesmo quando eu brigo com elas, passa 1 minuto e já sou vítima de ataques de pulo e lambidas. Devíamos amar como os cachorros nos amam. Paralelamente aos caninos, estou mais apegado aos meus pais e irmã do que nunca, isso que me intriga. Amo tanto eles a ponto de querer ficar longe e sentir saudades, coisa que eu não sinto. Tá aí outra coisa que não faz sentido. Minha vontade é de continuar nesse assunto até o final desse post mas já vi que perdi o rumo dele, pra variar.

Voltando ao assunto, até que o último tópico seja um dos motivos também pela minha vontade de viver isolado. Se é impossível ser feliz sozinho eu não sei, mas não custa nada tentar né? É nada menos do que mais uma opção dentre tantas nesse leque que tenho a minha vista. A real é que eu não tenho mais saúde pra todas essas pessoas artificiais que me rodeiam, quase todo mundo é igual. Gostava quando era surpreendido por alguém, quando eu descobria algo novo naquela menina que aparentava ser de um jeito mas era completamente diferente. Sou alguém que sinto necessidade de surpresas pra continuar vivendo, quando nada mais me surpreende nesse mundo, o que tem pra se fazer? Por isso não me julguem mal quando digo que quero sair, que quero desaparecer e recomeçar do zero, eu só quero continuar vivendo. Vejo como sinal de crescimento com uma pitada de imaturidade e impulsividade, tudo isso simultaneamente, mas até hoje essa combinação nunca falhou. Sem perguntas.

Me deixa esquecer e me deixa viver, me deixa fazer tudo o que eu quiser sem ter que dar explicações à ninguém.

Eremita eu sou, não vou te ver no meu barraco na floresta mas quem sabe se me cativas posso te chamar pra um passeio de rio. Só espero que meu barco atraque logo pra eu poder navegar até quando eu quiser.

 

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                   “there’s so much more that I wanted and there’s so much more that I needed and time keeps moving on and on and on”

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

I've became someone oposite than I used to be.
I push my feelings against my soul and don't tell anyone else what there's in my heart. I hide them. I try to hide them. I fight with myself to hide them.
The more I try to hide them, more I get hurt. All I wanna do is take the first flight to your home and stay warm in the peace of your arms. Touch your lips with mine and hold you so close to my body that you'd never get out of it. We would be only one. I can still feel your smell.
Avoinding you I avoid suffering, but avoiding suffering just cause me more pain.
Can we just go back in time? I could pretend I don't know anything.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bem assim


E então é isso, tenho 20 anos agora. Apesar de parecer muito idoso e decrépto por ter um 2 no início da idade, até que eu ainda me sinto com dezoitinho viu? Nunca me senti tão jovem e vivo como em toda minha vida.Retornei de viagem ontem e foi muito legal! Conheci pessoas, dei muita, muita, muita risada, chapei o caneco e compartilhei meu amor. O meu né. Queria mais fds como esse, ninguém faz idéia de como uma tarde de risada com o guilherme e a brenda me fez bem, dois queridos que gosto muito. É estranho como só de ir pra Blumenau eu fico feliz. Logo quando cheguei na rodoviária de manhã já era outra pessoa, e com o decorrer dos dias só tive mais certeza de que mudei de novo. Aliás, essa viagem desde o começo tinha esse propósito, o de ter certeza das coisas. E agora tenho! É bom ter plena convicção do que acontece, de quem sou e o que fazer. Tá tudo resolvidinho. Para saber dessas coisas que estava buscando nada como sentimentos à parte. Em três dias senti alegria, amor, raiva, tristeza, decepção, carinho, prazer, e poraí vai. Gosto quando sinto a intensidade de sentimentos em um curto espaço de tempo, me faz abrir os olhos pra muita coisa. Até chorar chorei, e foi bom chegar a esse ponto porque nunca sou de chorar, quando isso ocorre é porque era necessário e verdadeiro. É bom viajar, é bom escapar daqui, é bom ver gente querida, é bom respirar o ar de lá. Ruim é a despedida e voltar pra rotina, já disse que não gosto do estado de São Paulo? Tá.O bom de toda a vivência que tive é mais uma vez ter certeza das coisas que eu quero (desculpa se estou sendo repetitivo). Não ia compartilhar aqui meus planos porque mamãe sempre disse que quando contamos as coisas para as pessoas, muitas vezes elas não acontecem. Mas o fato é que outras vezes acontecem, e quem sabe se eu contar aqui tudo não se encaminha mais fácil não é?
Mais uma vez me dei conta de que não pertenço aonde estou e tenho que sair daqui. Não digo da casa de papai e mamãe (que olha eu amo muito lá), mas dessa cidade, dessa rotina mogi-guararema que levo desde a sétima série, dessa vida sei lá. Botei na cabeça que tenho que mudar e eu vou conseguir. Vai funcionar assim: estudarei a finco esse semestre. Percebo que a faculdade é importante hahaha, tentarei vadiar bem menos e aprender mais. Não devia ter começado tão cedo, se estivesse prestando vestibular agora estaria bem mais maduro e aproveitaria mais. Fazer o quê. Voltando, estudarei mais e vou tentar transferência pra alguma faculdade em Curitiba. Não quero voltar a morar em São Paulo porque aquele lugar me irrita tanto quanto mogi. Curitiba é ideal pra mim. Além de todo o aspecto de ser uma cidade planejada e eu cursar arquitetura, dela ser linda, conheço gente que mora lá e está indo pra lá, e isso já é um bom sinal pois sozinho não ficarei. Clima frio e de chuva, cidade grande mas não gigante, verde, movimentada, pessoas bonitas e tudo o que eu quero pra mim. Já decidi, ninguém tira isso da minha cabeça, nem qualquer macumba. Só falta um detalhe: eu conseguir a transferência. Conhecendo meu pai do jeito que eu conheço ele jamais apoiaria minha decisão e jamais pagaria uma faculdade particular pra mim por lá. Por que me manter em outro lugar se ele pode me manter por perto, né? A questão é que eu não quero isso, não quero ser sustentado em outra cidade. Uma das minhas razões pra mudança é porque no final das contas eu quero é me fuder um pouco. Sempre tive (quase) tudo o que eu quis, moro numa casa excelente, lá tenho cômodos grandes, jardim, cães, piscina, carro, churrasqueira, sauna e tudo graças ao suor do meu pai, que eu valorizo muito. Comidinha de mamãe à noite, carinho e afago de irmã. Tudo isso é muito bom. O que acontece é que minha vontade de crescer é maior, e por mais que os pais sempre digam que não quer ver os filhos passando necessidade, sofrer um pouco é crucial pro desenvolvimento, pelo menos ao meu ver. Tens que perder um pouco para dar valor as coisas. Quero morar sozinho e trabalhar pra me manter, me virar com contas, aluguel, e tentar administrar a grana pro rolê, porque hoje tudo o que eu ganho no trabalho vai pra isso né, bebida, comida e roupa. Não tô querendo virar um adulto chato que só pensa no futuro, longe disso, quero só evoluir como ser humano sei lá. Evoluir bem, fazendo coisa boa sempre, sendo honesto comigo mesmo e com as pessoas que quero bem, é assim que vai funcionar. Esse é o meu principal plano pra esse ano e eu vou fazer de tudo pra conseguir realizá-lo. O melhor de tudo é agora ter a certeza que farei isso por mim e por ninguém mais, ter certeza das minhas escolhas e o por quê delas, nada mais me deixa tão sereno.
Na verdade não sei porque estar escrevendo isso, no fim das contas vai ser bem pra no final do ano eu voltar aqui e lembrar de como foi esse mês de janeiro tão bom pra mim e com quantas idéias eu tava na cabeça. É a vida gente, fazendo de mim o que quiser e eu dominando ela como posso. Com muito amor.



just a dream


You turn away just when I want you, and you know that home is where I want you.

De todas as loucuras que já me ocasionasse, a privação de saber quem tu és é a pior e a que mais me aflige no momento. Um dia uma pessoa, noutro outra, metamorfose sem fim que infelizmente não consigo entender.
Estou feliz em te ter em meus braços momentaneamente mesmo desejando ter eternamente, sinto a falta de reciprocidade. Ou não. Ou é paranóia da minha cabeça, mas já aceitei que isso nunca vou saber.
Indecifrável.
Amável.
Gostaria de entender mas não sei se devo. Não sei mais o que é melhor. Só queria tu do meu lado pra sempre, dormindo comigo, sem falar uma só palavra, com a minha mão em tua cintura e a tua em meus ombros, sem falar nada, no silêncio, com carinho.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

olá

No ano que promete ser o melhor ano da minha vida, muitas coisas estão encaminhadas.

Pedi demissão do meu emprego (fiz acordo), vazo daqui no fim do mês e tenho 3 estágios em vista. Mesmo que nenhum deles dê certo porque sou a zica em pessoa, ao menos terei o seguro desemprego! Uma vida linda e feliz.
O semestre na faculdade ainda não começou mas já estou dando uma olhada nas matérias dos semestres anteriores, nesse vou virar nerd porque tenho uma ambição maior. Vou tentar me transferir pra uma universidade melhor e bem longe daqui, então preciso azular meu boletim com notas maiores que 7. Vou conseguir. Sou inteligente, meu problema é a preguiça de estudar, mas quando meus interesses vão além de manter boas notas ela fica adormecida.
Fui todos os dias desse ano (risos) na academia, nadei um dia sim um dia não, corri nesses dias alternados. Daniel saúde pro verão 2011 mas nem tanto pois não larguei antigos vícios hehe. Sem falar nas idas ao Mc Donald's e Spoleto que só essa semana já foram 3. Chega, parei, sai gordura de mim. Não me venham dizer que eu sou magrelo pois sei que sou, mas essa gordura na minha barriga não me deixa ver o tanquinho esbelto e musculoso que tenho hahaha. Ok, parei.
Meu aniversário tá chegando, quero e não quero que ele chegue. Quero porque vou viajar, ver amigos de longe e bagunçar a cabeleira de quem eu gosto, tchau sudeste. Não quero porque olha, imagina ter um 2 na frente da sua idade, não é aterrorizante? Assoprar a vela do bolo com um 20 ali. Não ter um teen na sua idade em inglês. É a última coisa que falta pra me considerar adulto, não quero não. Farei 20 anos mas minha mente continuará a mesma: ora com 16, ora com 47.
Tô fazendo tanta coisa ao mesmo tempo que fico até perdido!
Só espero tudo de bom pra esse novo ciclo que se inicia. Ir levando essa vida com muito amor, cervejinha no fim de semana, risada e o que vier com ela. É tudo o que eu quero e preciso. Continuar sendo humilde sempre, tratando as pessoas por igual, cuidando de quem quero bem, tentar cuidar de mim porque às vezes me esqueço.
Me dei conta agora, nesse exato minuto que são essas coisas que devem ser feitas como uma rotina, independente do ano. Ao invés de ter o ano da minha vida, vou ter a vida que quiser daqui pra frente. Pensa comigo, se eu quero muito alguma coisa, por que eu não vou atrás sempre ao invés de ficar resmungando? O que se tem pela tua conquista é mais prazeroso.
Posts tristes são bem mais profundos e reflexivos pra quem lê, mas não me importo. Se depender de mim eles serão mais raros daqui em diante, aliás o único leitor daqui que interessa pra mim sou eu mesmo daqui a alguns meses, alguns anos, é por isso que escrevo.
Já viajei demais, tchau e olá 2011.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

tchaui 10

Todo fim de ano me bate uma depressão, mas esse não! Dou é graças a Deus e aleluia a Jah porque 2010 tá acabando, na moral mesmo. Até ontem eu tava com essa birra de que o ano foi um lixo, foi uma merda, mas hoje no ônibus vim pensando em tudo de bom que tinha me acontecido ao invés de pensar só nas coisas ruins.

Nos últimos 365 dias eu vivi muita coisa. Dei muita risada, tive várias noites que eu mal me lembro o que aconteceu mas essas são as que mais valem a pena. Causei, vomitei, beijei e fui phelis. Aprendi a dar mais valor ainda a minha família e hoje sei que eles são meus verdadeiros amigos pro resto da vida, e que não há amor que possa expressar a gratidão que eu sinto por cada um deles, em especial a minha mãe, pai e irmã. Zuei muito na faculdade, cabulei muita aula e não me arrependo, mas ano que vem eu vou estudar, vou virar nerd! Vi que trabalhar é bom, faz bem e é legal não ter que pedir dinheiro pro meu pai pra sair, mas com ele vem stress, falta de tempo e um pouco de desânimo, então buscarei algo na minha área assim que o ano novo começar, mas sou muito grato ao meu chefe que é sensacional e que antes dele ser meu chefe já considerava meu segundo pai. Nesse ano tive sexo bom, sexo ruim, e no fim das contas percebi que sexo não é tão legal se você tá bêbado e não sente absolutamente nada pela menina, ela só é mais uma. Não é tão bom sem sentimento, sou desses que um bang carnal não me satisfaz não, e isso já não tem mais tanta importância na minha vida quanto tinha há um tempo atrás. Me decepcionei, chorei, sofri e não fui correspondido, porém nada que eu já não soubesse. Sem falsas modéstias, só fui rejeitado uma vez na vida por uma menina, e hoje sei que seremos só amigos e tô bem satisfeito com isso :) Cultivei um carinho especial por pessoas de longe, conheci muita gente boa e louca e essa é a melhor parte da vida. Passei por novas experiências que achava que não existiam, eu já vivi muito mas acho que ainda tem muita coisa pra se fazer que ainda não fiz! Viajei sozinho, fervi, cha-pei, fiquei no boldo, falei cantando e tive os melhores dias do ano com pessoas que mal conhecia e que hoje são essenciais no meu dia-a-dia, mesmo estando longe. Me tornei alguém diferente por outro alguém que quero muito bem. Despertei um dia e decidi que meu futuro não pertence mais ao lugar que moro. Dirigi muito por estradas, cantei sozinho, cometi pecados, fiz o bem, nadei, pulei, dancei sertanejo, vadiei e aprontei, tudo vale a pena se você não pensar nas consequências. Minha impulsividade me levou a vários momentos bons, não me arrependo de absolutamente nada do que eu fiz, só do que deixei de fazer. Gastei rios de dinheiro que não tenho, roubei da carteira de papai (parei com isso ok), menti bem pouco esse ano porque isso não faço mais! Ter 19 anos nas costas e ficar mentindo pra mãe aonde vai e com quem vai não cola mais, melhor falar a verdade e dar um tapa na cara da sociedade do que fingir. Aliás, dei vários tapas na cara da sociedade com os amigos de sempre, simplesmente não to acreditando até agora meu, cada noite sem dormir vai ficar registrada na mente pro resto dos dias. Sei quem são meus amigos, sei quem vai continuar comigo e sei quem são os interesseiros de plantão, e quando tu sabe disso as coisas ficam mais simples.
Quanto mais penso sobre os contras desse ano, mais esperança tenho pro ano que vem. Sei lá, tô com alguma coisa fervendo no estômago que me diz que 2011 vai ser o meu ano, vai ser do caralho mermo. Vou fazer muita coisa, crescer muito, viver muito, amar muito, aprontar muito e me divertir pra cacete. A diferença é que agora eu decido por mim e pelo que quero da minha vida, sou eu que vou fazer com que tudo aconteça e sei que posso, não tenho limites pra mais nada. Sou muito adolescente ainda pra vida adulta.
Mal posso esperar pro que vai acontecer. 2011, vem.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não é fácil

Sempre bate um descontentamento comigo e com o destino quando algo que eu quero muito dá errado, banal ou importante, em suas devidas proporções. Algumas coisinhas não estão indo do jeito que imaginei, mas culpo a mim mesmo ao invés dos outros pois minha ansiedade e pressa acabam arruinando o meu redor muitas vezes. Calma, não é nada grave.

Quando vou aprender que pra tudo tem seu tempo, mesmo eu me repetindo isso várias vezes de uns tempos pra cá? Como já disse antes, se não for hoje será amanhã, ou depois, ou depois. Uma hora tudo se resolve porque sei que sou merecedor de meu esforço. O que acontece é que há muito em jogo e pouco o que se fazer. O tempo vai passando e fico temeroso de que ele prejudique mais do que beneficie meus objetivos.

A verdade é que tenho medo de ser esquecido por causa do tempo, da rotina e etc. Mas o que eu esqueço que cada um tem sua vida, e eu é que penso demais. Vejo a solução através do foco no presente, talvez. A rafinha me disse algo que me fez pensar um pouco. Ela disse assim: "mas tem que controlar a saudade ok". Controlar a saudade. Me dei conta de que nunca ao menos tentei fazer isso em toda a minha vida. Vivo constantemente preso em memórias e pessoas e coisas boas e tempos bons, ocasionalmente me pego pensando em coisas que podem parecer comuns pra uns mais pra mim não, como um dia na piscina com meus amigos, ou de um porre que eu não sei como fui parar dentro da boate sem RG falso e quando vi já estava lá, ou como eram boas tardes com uma certa menina que me fez sonhar muito nessa vida, ou a sensação de liberdade que eu tive ao lado de outro alguém em certa noite. O sentimento de saudade está comigo assim como o oxigênio me é vital, eu o respiro incessantemente. Como poderei controlar? Como faço para curar tais dores sem arrancar pessoas e momentos que guardo comigo? Quando quero me livrar de algo que me causa tristeza, das duas uma: apago de vez de mim ou relembro detalhe por detalhe até ficar saturado e pronto pra sorrir de novo, não há um meio termo, não há um controle, e isso me deixa confuso. Não que esteja me fazendo mal, longe disso. Só não sei como controlar a saudade e como amenizar a falta que me faz.

Daí que parto para minhas angústias. Queria que tivesse dado certo as coisas nesse fim de ano, mas procuro pensar que ano que vem tudo será melhor, sinto que grandes realizações e alegrias estão por vir. Ao mesmo tempo que tenho essa sensação boa comigo, um lado ruim de mim diz "E se tudo der errado mais uma vez? E se nada do que quer der certo e tua frustração com a vida só se intensificar?" Esses "e se.." na minha cabeça são uma tortura que ninguém pode imaginar.

Quero muito, muito, muito, muito, muito. Como diminuir minha ansiedade pelo que há por vir ainda não sei, não sei nem se vou conseguir isso um dia, espero que ela não destrua tudo outra vez. Controlar minhas saudades (que não são poucas), focar no presente e abrandar meus anseios: 3 lições a serem aprendidas a contragosto.

Tô meio sozinho com tanta gente ao meu redor.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Essas últimas horas

Ontem fui dormir com uma sensação estranha em meu corpo, me irritei com a minha mãe viajei vendo um programa de surf na tv. Deitado na cama como toda noite mil coisas se passaram em minha mente, sempre faço planos antes de dormir. Sonhei com a mesma pessoa que sonho quase sempre, um sonho bom. O celular despertou às 6, mas meu corpo não se moveu. Mais um dia da semana sem ir à academia. Levantei mais tarde com muito barulho em minha casa, minha mãe, a sócia dela, o pedreiro e o telefone. Beijei minha mãe e me senti vazio ao fazer isso. Sinto que estou me afastando dela e de meu pai a cada dia que passa. Ela anda atarefada pois vai abrir um salão de beleza em breve e mal conversamos. Com meu pai é daquele jeito de sempre, se eu não o procuro pra conversar ele tampouco se preocupa, ainda mais agora que eu não tenho tempo para respirar e mal nos vemos pois chego tarde em casa. Me faz falta passar tardes com minha mãe dando risada e até com meu pai em seus momentos amigáveis. Me dá um aperto no peito saber que daqui pra frente vamos nos afastar mais pois finalmente minha vida caminha para longe deles. Tenho só minha irmã em casa e em todo lugar pois nos falamos toda hora, amo ela demais e somos muito amigos. Pode acreditar.

Vindo pro trabalho outro pressentimento ruim me bateu e até agora não sei explicar o que é. Abri o horóscopo da UOL (maldita mania que eu peguei desde que vim pra cá) e nele dizia algo sobre mudanças que seriam bem vindas ou nem tanto. Logo notei.
Não me sinto mais à vontade aqui, me faz mal e mesmo parecendo exagero de minha parte não me contive e comecei a tremer e meus olhos a lacrimejar. "Seja forte", repeti essa frase na cabeça mil vezes desde então. Respirei fundo e lembrei do que aprendi com alguém mesmo esse alguém não sabendo, tenho que ser forte, corajoso e inteligente. Força, rapaz, coragem porque tudo hoje valerá a pena amanhã ou depois. Eu torço muito pra que valha a pena meu esforço. Mesmo querendo, sei que não sou forte como gostaria que fosse e acabei cedendo. Após o almoço fui para o meu canto secreto na universidade, um pequeno canto verde com alguns pinheiros e bancos. Coloquei numa música boa, peguei meu fósforo e acendi um cigarro. Quase que instantâneamente algumas lágrimas caíram de maneira natural, como uma válvula de escape para o tormento que passo hoje. Não me envergonho de chorar porque é raro isso acontecer, quando essa vontade vem eu sei que há um motivo. Penso constantemente em desistir de tudo e voltar com minha vida de vagabundo em tardes quentes com minha câmera pela cidade, mas aí lembro que hoje preciso de dinheiro pra amanhã, e ainda tenho contas a pagar no fim do mês. Vida de merda. Também sou falho em às vezes depositar toda a cura da minha dor e toda solução para meus problemas em uma unica pessoa, como se os ventos levassem as angústias se eu estivesse ao lado dela. As coisas não são tão simples, mas bem que poderiam! Como se sair de casa fosse a solução de tudo. Em partes sim, anseio por uma nova vida há tempos e agora posso fazer com que tudo dê certo, mas como mencionei no post anterior, sempre quero tudo pra ontem e não é assim que a banda toca. Mais uma vez preciso de paciência, coragem, força e inteligência pra caminhar a meu favor e conseguir tudo o que quero, porém confesso que hoje, no dia de hoje, preciso de uma dose a mais.
Misture tudo isso mais a saudade, mais a insegurança de não saber se vou ser reprovado em Projeto na faculdade. Não tive tempo algum pra concluir meu projeto nem pra fazer minha maquete, quando escrevo no twitter que tô indo pro rolê ao invés de ir pra aula é porque lá não tinha nada pra eu fazer mesmo. Só me resta torcer.
Sei que tudo o que disse agora foram só fatos ocorridos nas últimas horas passadas, mas surpreendentemente elas foram tão intensas de uma maneira tão singular que me senti na necessidade de escrever pra ver se me acalmava. Até que deu certo.


hold on, make it last, hold on, never turn back.

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