quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

O modo de vida atual impõe uma série de regras e costumes que quase sempre passam despercebidos. Somos materialistas, vivemos de ostentações, ficamos egocêntricos, pensamos em crescer, às custas de dinheiro. Não gosto de estar em um lugar onde ter é melhor do que ser.
É inegável que a maneira que vivemos hoje é intensamente prazerosa, entretanto a simplicidade traz felicidade ao longo do tempo e o consumismo traz prazeres momentâneos.
Seria tão mais fácil se todos pensassem de maneira simples e objetiva, se a ânsia por encurtar distâncias fosse menor, se a comunicação não fosse tão global, se amizades nascessem do contato humano, e não do virtual. E com certeza a vida seria mais fácil se as grandes metrópoles não causassem o oposto do que são: afastam pessoas em um lugar que têm gente demais.
A idéia de voltar a viver em um lugar apinhado de gente ainda me agrada, porém eu vou sabendo das coisas que irei passar, que vou me decepcionar e que vou acabar voltando pra um Guararema da vida em busca de serenidade.
Não curto a idéia de estar com a vida planejada, de seguir um roteiro, de fazer o previsto e de não achar alternativas. Aos 17 anos já tenho um scripty padrão: estou me matando de estudar pra passar no vestibular, vou me matar de estudar na faculdade, arrumarei um emprego bom, vou casar com a mulher da minha vida, enriquecer, procriar, consumir, envelhecer e morrer. É asqueroza toda essa idéia, ninguém pensa assim? Claro que pensa. Quantos não tiveram vontade de fazer o mesmo que as (LINDAS, CACETE) Giovanna e Ana Lívia? Daqui de São Paulo mesmo. Fugiram, de modo irresponsável, mas fugiram querendo se livrar de toda essa merda.
Não é à toa que todas as pessoas que vêem um pouco mais além são suscetíveis à terem depressão ou são insatisfeitas. É o lado ruim de ter uma boa formação e bagagem cultural. O lado bom é a amplitude de visão de mundo que você ganha, mas o ruim é que você percebe o quão podre ele pode ser ao mesmo tempo.
O máximo que eu posso fazer é tentar conciliar as coisas. Não há como fugir. Não tem como mudar a cabeça de cada indivíduo. Procurar viver em equilíbrio mesmo com as coisas ruins de fora pode ser uma boa, mas pra quem não consegue, a busca intensa por equilíbrio causa desequilíbrio.
Não to triste como pode parecer, só acho isso e ponto. Mas triste é poder olhar e ver, e não saber como reparar.









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3 comentários:

Unknown disse...

hola:) gracias por pasar por el blog el otro dia...claro que te conosco de flickr! besos!

Laura C. Meneguzzo disse...

tu se preocupas muito com o futuro, dan. ja teve uns 487298414 posts falando sobre isso aqui; deixa a contecer, na-tu-ral-men-te! tu sabe que se ainda não deu certo, é porque nao chegou ao fim.
kisses

Shafa disse...

Que lindo dann...eu concordo plenamente com vc!
Hoje em dia tah fodaa...

Saudade!

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