terça-feira, 11 de maio de 2010

I don’t wanna wait

(Antes de tudo, tem alguma coisa no ar que tá estranha. É o segundo dia seguido aqui, a vibe de escrever tá pegando)

 

Pego ônibus desde os 13 anos de idade pra ir pro colégio e agora faculdade. Até o fim do colegial era muito, pra não dizer extremamente divertido ir pro colégio de busão. De manhã e na volta eu ia dando risada com a mô e com o tó, fazendo guerras com a ju, reparando na vidinha de cada um que pegava sempre o mesmo horário, ficava sabendo de coisas com a aline, chorava de rir com o lê, fazia as mesmas coisas e tinham os mesmos gestos. Já passei por umas no viação jacareí do 12:20 que você nem imagina!

Com a faculdade e sem meus amigos, minha rotina diária não passa mais do que míseros 30 minutos com os fones de ouvido, sentado no meu assento favorito (o pra uma pessoa) e ocasionalmente dormindo. Será que o tempo é tão cruel comigo como é com todo mundo? Há sei lá, 1 ano e meio, o que podia ser maçante pra muita gente era só risada pra mim e agora é essa chatice de todo dia. É um saco. Parte disso é culpa minha por ter me afastado das pessoas daqui, mas outra parte é da vida mesmo, quanto mais eu cresço mais tudo fica chato. Sempre achei que seria o contrário.

Hoje na volta da faculdade não dormi, fiquei delirando sobre vários tópicos (alguns não publicáveis) e cheguei a uma conclusão triste: já vivi muito. Calma, não vou me matar, haha, mas me dei conta de tudo, ou pelo menos quase tudo o que um jovem adolescente desejo de fazer, eu já fiz! Já passei por muita coisa nesses 19 anos e a vida que sempre foi tão cheia de surpresa e descoberta pra mim hoje é monótona, chata, quase vazia e quase dormindo.

Olha só, tirando experimentar drogas ilícitas que eu não sinto vontade mesmo, já fiz tudo o que toda pessoa na minha idade espera fazer. Poderia fazer uma lista gigantesca e creio que só iriam faltar drogas ilícitas e ir pra fora do país. Como eu detesto drogas (já disse isso daniel), ficar esperando a hora de ir pra fora do país não é algo muito excitante, então, não tenho o que fazer! Pra você ter uma idéia, até ser enganado por uma doente e psicótica menina da internet que se passou por outra pessoa pra mim e pra minha irmã por, sei lá, uns 9 meses, eu já fui! Não tenho mais o que esperar, experimentar. Que me desculpem os gays, mas não vou provar da fruta só porque estou no tédio.

Entende aonde eu quero chegar? Minha vida virou um ciclo: casa, academia, faculdade, rolé com os amigos. Acabou! Por mais que só dependa de mim fazer algo novo, o que mais tenho pra fazer? O que mais posso fazer que esteja ao meu alcance e que ainda não fiz? Ser preso? Comer uma puta sem camisinha? Ir pra uma rave? Não são coisas que me atraem..

Achei que tivesse aprendido uma coisa com aquele filme Yes, Sir. mas acho que funciona bem só na teoria, na prática é outra coisa.

Então vou lá ver tv, e me desculpa se você perdeu o seu tempo lendo esse devaneio sem o menor nexo de um cara que vive do ócio E do feijão que mamãe fez pra janta.

 

PS: nada a ver com o post, mas só uma coisinha. Muita gente que eu conheço e que eu não conheço, que não deveria ler aqui, sei lá, vem me dizer “cara adoro seus textos!” ou “nossa esse último texto tava foda, do caralho”. O que vocês não entendem é que, pra mim, aqui não são apenas textos. O termo diário não é correto, mas também um blog de simples textos com temas aleátórios também não é, então digo que aqui é somente um lugar onde registro a minha vida periodicamente. Não são só textos, é o que tá nessa cabeça que pensa demais que eu tento tirar um pouquinho e jogar pra cá, pra ler, rir na maior parte das vezes ou chorar com o passar o tempo. Não são somente textos, é realidade, é o que eu vivo, o que eu sinto, o que eu anseio, as coisas pelas quais eu passo, vejo, que me perturbam ou me deixam apaixonado. Textos são só palavras… tá?

                    “What do you know? It happened again”

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