is such a shame, shame, shame
all my love
is just a dream, dream, dream
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
all my life
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Dan R.
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
good boy from now and beyond, put the dark side out of my soul
(que em dezembro eu escreva mais)
Um mês depois de passar a ser forte, minha cabeça tem tanta coisa que às vezes acho que vai estourar. A diferença é: triste, eu não fico.
De um lado eu tenho o que é certo, o que eu devo fazer, o que tá pra acontecer caso a paciência perdure pra que eu colha os frutos de um possível esforço que eu possa não ter. Do outro está o que eu quero, as coisas que eu quero fazer, quem eu quero ser, atropelando o correto e sendo teimoso mais um vez. O anjo e o diabinho, lado a lado, no meu cérebro. 24 horas por dia. Fica difícil decidir a vida com tanta indecisão.
Eu me pergunto se vai chegar o dia em que eu vou respirar aliviado e apenas realizar tarefas. Entrar numa rotina que eu sei que vai dar em algo, não em uma que busca algo. Dormir tranquilo, fazer tudo o que tem que ser feito, voltar a dormir. Maçante, mas assim é a vida, né?
Pelo menos agora sei o tipo de cara que eu não quero ser. E é tão bom conseguir não cair em certas tentações, parece que dá mais prazer do que entrar fundo nelas. Olho e penso: “não quero isso pra mim”, e fica tudo bem.
E olha, dou graças a Deus que tô longe de amores, não preciso de mais situações pra lidar. Só de paq, deixa estar. Né?
Vem vem vem juízo, me dá forças pra fazer o que têm que ser feito, sem que o aperto te acompanhe, sem que a dúvida aparece, sem que o arrependimento traga o “..e se” e minhas frustrações gerem lágrimas outra vez. Me faça fazer o certo sem que exista outra alternativa em vista.
“don’t look back, don’t look back, don’t.”
por
Dan R.
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Eu sou forte
Estar de volta ao marasmo que é Guararema me leva a fazer algo que eu não gosto muito mas que algumas vezes traz algo de bom: pensar. E pra isso eu tenho tempo de sobra. Tenho colhido opiniões de muitos amigos e cheguei a tantas conclusões sobre mim mesmo e o estado deplorável que me encontro que até me surpreendi.
Eu, só eu, apenas eu tenho o poder de me levar pra onde eu quiser. Se eu tô de volta aqui hoje é por causa (culpa) das minhas escolhas e das minhas atitudes. Não soube administrar. Não soube lidar. Tava ali com a faca e o queijo na mão e desperdicei uma puta chance de vida. Não foi culpa de Blumenau, não tenho que ficar mais dizendo pros outros “ah, não deu certo, resolvi voltar, não insistir num erro” porque o erro sou eu. Eu errei, e hoje eu admito.
É cômodo pra mim escolher ser a vítima sempre. Dar desculpas como o horário da faculdade de arquitetura, trabalhar de final de semana, as matérias de cálculo, hidráulica, ter que pegar ônibus, não saber cozinhar, emagrecer justamente por isso, não arrumar uma namorada, e por aí vai. Eu vivo dando desculpas, arrumando pretextos pra me livrar da culpa que carrego. Se nada deu ou não está dando certo na minha vida é porque as minhas decisões (erradas) me levaram até aqui. Se não arranjei emprego pra me virar, foi porque fiz corpo mole sim e não procurei. Se larguei arquitetura não foi porque não gosto mais, foi porque quando o negócio ficou pesado e eu passei a ver 6 fórmulas de física diferentes por aula, eu preferi fugir. Se não namorei sério esse ano em Blumenau foi porque não dei valor à menina mais legal que já me apareceu nos últimos tempos. Se eu voltei pra casa dos meus pais foi porque não fui forte o suficiente pra saber lidar com a vida adulta.
Reconhecer erros deve ser o primeiro passo pra alguma mudança, certo?
Sei que sou errado e não foi mais botar culpa em blumenau, na faculdade, nas pessoas, nos astros, nos espíritos (aham), em nada. O problema está em mim. E hoje eu vejo isso. Eu podia estar em NY fazendo tudo errado que colocaria como culpada a cidade por não oferecer oportunidade de crescimento, olha como sou egocêntrico.
Não importa se eu estiver em Guararema, São Paulo, Blumenau, Curitiba ou no Raio Que O Parta, se eu não aceitar que eu preciso tomar um rumo nessa vida e que eu não tenho mais 17 anos pra só querer as coisas boas que ela pode me dar, eu vou ficar pra trás. Vou parar. E ver todo mundo (como já vejo) conquistando coisas, realizando projetos, crescendo, vivendo, e eu aqui.
Essa foi a maior lição que eu aprendi esse ano. Pena que tive que gastar uma grana preta do meu pai pra me dar conta do óbvio: cresci.
Se na maior parte do tempo eu tenho vontade de chorar e me lamentar por tudo “ter dado errado” e eu estar de volta à estaca zero em muitas coisas, um pedaço de mim, lá no fundo, ainda acredita que eu posso reverter essa situação, é só eu me mover. Essa semana conversando com um camarada (que por sinal é responsável por eu conhecer blumenau inclusive, diria que responsável por muita coisa nos últimos anos) declarei que queria ser como ele um dia, ser forte. Aguentar as coisas que a vida joga em cima de você e conseguir carregar tudo, sem fraquejar, sem pedir arrego. E ele me disse: “cara, é fácil. é só botar na cabeça que é forte que você passa a ser. é mágico”. Tão simples assim. Toda vez que eu ousar parar, ousar me queixar, ousar reclamar em como eu sou um tadinho, vou lembrar disso, que eu sou forte. Eu sou forte. Eu posso com qualquer problema, com qualquer mudança, com qualquer porcaria que aparecer daqui em diante. Seja no âmbito profissional, acadêmico, amoroso, familiar, etc. Cansei de reclamar e de me fazer de pobre coitado porque eu não sou. Graças a Deus sou saudável, tenho uma família linda e muita gente que gosta de mim, não tenho motivos pra ficar triste sempre e não ter forças pra levantar e seguir em frente.
Me conhecendo melhor, sabendo que devo satisfações só a mim e ainda tendo um pingo de vontade de andar que ainda tenho, espero sinceramente, que eu não desanime. Espero que eu seja, e continue, forte.
"you could be happy”
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Dan R.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Acho que desaprendi a escrever. Fazem dias e dias que penso em como começar a registrar qualquer angustiazinha que sinto e apenas paro, desisto, mal digito uma frase. Não sei se hoje vai ser diferente.
Poderia ser explícito aqui. Falar dos meus problemas como se estivesse desabafando com um amigo. Mas de quê adianta? Por que iria falar tão abertamente sobre a minha vida (como sempre fiz) na internet se de nada me serve? Não vai mudar nada.
Quem precisa “enlouquecer” e resolver tudo sou eu. E são tantas pendências que eu mal sei por onde começar. A rotina medíocre, a falta de perspectiva, a indecisão, os conflitos na minha cabeça, o marasmo, o tédio. É bem fácil resolver tudo, basta eu levantar, me mexer, fazer as coisas acontecerem. Mas eu não consigo.
Fico na minha, quietinho, choro baixo todo dia, choro alto às vezes, fujo, corro, pedalo de noite pra me transpirar e me cansar. Pra eu ter uma desculpa pra estar cansado, porque mesmo sem me mover é assim que me sinto mesmo.
Se tudo tá tão ruim e eu me acho mais inútil do que nunca, por que ao invés de levantar e mudar todas as situações eu apenas lamento e sofro calado? Eu sou fraco. Eu não sei reagir.
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Dan R.
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domingo, 23 de setembro de 2012
it feels so real
Nesse intervalo de um mês e pouco que não abri o Windows Live Writer pra tirar da cabeça tudo o que me agoniava, muita, muita coisa aconteceu. Se não escrevi foi porque em parte não queria registrar tanta tristeza mais, posts tristes pra eu relembrar depois de um tempo não andam me atraindo mais, já basta a minha memória. Não que foi um período só de tristezas, mas só registraria elas por aqui.
Estou sentadinho no chaise do meu sofá, bem alimentado, a tv de 40” na minha frente e estava até agora trocando todos os canais porque sim, tenho todos os canais da tv por assinatura. Voltei pra casa dos meus pais, rs.
Ainda não sinto um apertinho por ter voltado. Meu melhor amigo me dizia antes de decidir retornar à Guararema que sentia que eu iria ficar frustrado muito rapidamente e até arrependido porque seria como se eu tivesse dado um passo atrás com relações às metas que tinha traçado pra mim. Como cheguei ontem, ainda não percebo nada disso, muito pelo contrário, tô curtindo a bonança, o conforto e tudo o que eu senti falta nesses quase 8 meses morando sozinho. E honestamente, eu torço pra que não sinta essas coisas.
O que me perguntam – tanto em santa catarina, quanto aqui – é “Por que você voltou?”. Eu tenho a resposta no meu coração, mas prefiro dizer “Ah, não deu certo, decidi voltar já que tenho a chance”. Já até cheguei a responder que “deu tudo errado, não é sensato insistir num erro”, mas não considero ter ido praquelas bandas um erro, não mesmo. Tive um propósito, uma ideia, um objetivo e não me arrependo de ter ido e “tentado”. Eu “tentei”, de um jeito que talvez não tenha sido o certo nem o mais eficaz, eu também posso não ter dado o máximo de mim e ter ficado acomodado boa parte do tempo, mas tentei, não falhei, não deu certo, vou fazer o quê? Tive chances, tive oportunidades, fui podado pelos meus pais, cedi, tentei de novo, não obtive sucesso, tentei, procurei, procurei, procurei. Na terra do emprego é bem fácil arrumar trabalho, qualquer trabalho, mas o que eu imaginava ter ou o que meus pais achavam que eu devia ter não.
Fui ingênuo a achar que numa cidade média é fácil conseguir as coisas. É fácil quando se tem contatos. Eu tinha amigos, conheci muita gente, muita, muita mesmo, mas aquele contato profissional faltou e não tem problema, eu voltei. Toda essa experiência blumenauense que tive foi uma das melhores coisas que eu já passei na vida. Aprendi a lavar roupa, a limpar a casa, a viver em grupo, a “cozinhar”, tomar decisões, lidar com problemas quase que diariamente, ser responsável pelas minhas atitudes, me adaptar à situações que eu nunca passei antes, ser paciente, e por aí vai. Só me faltou aprender a guardar dinheiro, mas isso pretendo aprender em breve. Também pude perceber que talvez arquitetura não seja pra mim e comecei um outro curso, fiz um tempinho de design de produto, me apaixonei pela área, mas como voltei e já tranquei, tô aberto novamente à qualquer coisa que me agrade, tenho uns meses aí pra ver o que fazer.
Ver o que eu vou fazer dessa minha vida. Hoje não sei se fico, se vou, se posso ir, como ir, se vou ter suporte novamente dos meus pais pra ir (duvido muito), o que fazer, aonde fazer, e etc, etc, etc. Se por um lado me entristece beirar os 22 anos e voltar à estaca zero de ter que decidir o que ser quando crescer (quando já fisicamente já estou bem crescidinho), por outro sou grato por ter a oportunidade de agora poder fazer uma escolha mais bem pensada e possivelmente acertada. Vou fazer algo que não gosto de fazer por muito tempo porque frita meu cérebro, que é pensar, mas é necessário ué.
Não pretendo levar uma vida de playboy enquanto organizo e arquiteto meu futuro. Segunda-feira começo a procurar algum emprego por aqui, depois de um tempo por mogi, depois de um tempo em são paulo caso nas duas cidades não tenham algo pra mim. Mas claro, vou aproveitar todo o comodismo enquanto tenho papai e mamãe por perto, comidinha na mesa, roupa lavada, quarto cheirosinho, piscina, carro, me matriculo na academia segunda-feira, além de amor fraternal e risadas infinitas com a minha irmã, fora as lambidas e roladas na grama com os meus cachorros. É muito bom estar de volta.
Obviamente que na minha partida mil coisas se passaram na minha cabeça, chorei por uns 4 dias sem parar, cada despedida era um pedaço de mim indo embora, não foi nada fácil, foi pior do que sair de casa. Achei incrível como me acostumei tanto com um lugar tão diferente do que eu era acostumado, condições tão diferentes, pessoas tão diferentes. Me apaixonei várias vezes em terras catarinenses. Conheci muita gente boa. Muita mesmo. Fiz muita coisa que eu jamais pensei fazer. Visitei várias cidades, tive várias experiências legais, respirei muitos ares, beijei muitas bocas e levei muitos corpos pra minha cama, aproveitei pra caramba, é isso que se deve fazer quando é jovem, né? Se tem duas coisas que eu amo ser é jovem e homem. Passei por muita coisa ruim também, não tive nenhum momento de plena paz, sempre tive algum problema pra resolver, alguma preocupação na cabeça, mas como a mãe da minha roomie disse pra ela “a vida adulta é assim, você nunca vai estar 100% tranquilo”, então é bom eu ir me acostumando com essa realidade. Não quero mais pensar nos momentos ruins que tive por lá, quero só lembranças boas, vai ver por isso não escrevi tanto aqui.
Agora se teve algo que me afagou o coração foi me dar conta de como sou querido aonde quer que eu esteja. Não estou me gabando, só tô bem feliz e lisonjeado por cada “foi um prazer te conhecer”, cada “torço muito por você”, cada “pro que precisar eu tô aqui” que eu recebi. Nesses meses não fiz uma inimizade, não arrumei briga com ninguém, não me meti em confusão sabe, me dou bem com todo mundo, me faz bem perceber isso. Faz bem pro ego mas faz mais bem pra alma receber um abraço de boa-sorte-nessa-nova-fase-da-sua-vida ou um abraço de não-queria-que-você-ficasse-longe-de-mim. Chorar faz aliviar a dor da partida, mas me dá a certeza de que não foi em vão ter conhecido e criado laços com cada pessoa que também chorou por mim e me abraçou forte. Quando alguém te diz que foi um prazer te conhecer de um modo tão sincero, você tem a certeza de que é alguém bom e que está levando a vida e tratando as pessoas do jeito certo. E isso não só com os amigos de Blumenau e das outras cidades que fiz amizades maravilhosas pelo sul do país, mas com a galera daqui também. Poxa, ler mensagens dizendo que vai ser bom me ter por perto de novo é sensacional, faz tudo ficar mais fácil. É bom saber que gostam de mim da mesma forma que gosto delas.
Eu sou grato pela oportunidade que eu tive, feliz com tudo o que fiz e deixei de fazer, orgulhoso de mim por ter feito a escolha certa em voltar e imensamente louco pra planejar o que vem pela frente.
Na volta pra casa de carro com o meu pai, passando pela serra de curitiba ele me fala “olha ali atrás”, e eu bobinho olhei e ainda perguntei “o quê?”, ele respondeu “olha uma página virada da sua fida que ficou pra trás” hahahaha. Na hora eu só dei risada e mentalmente disse “plis” e “lindo”, mas agora vejo como ele tá certo. Apesar de não concordar quando ele diz essas coisas de página virada, o que passou passou, esquecer do passado, porque eu sou bem nostálgico e dou muito valor ao que passou.
E se os momentos passaram, eu tenho certeza que as pessoas vão ficar.
Que eu seja bem-vindo de volta e que dê tudo certo pra mim dessa vez. A fase da vida em Blumenau foi boa demais, vamo vê o que me aguarda agora seja em Guararema, São Paulo ou qualquer outro lugar.
every passing minute is another chance to turn it all around
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Dan R.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2012
dela
Hoje eu acordei com um aperto do tamanho do mundo, tô sentindo falta de alguém. Saudade sempre foi um sentimento presente na minha vida, mas ultimamente anda bem incontrolável. Só de imaginar os próximos dias longe.. penso apenas em correr pro abraço.
Não entendo ainda o por quê de tudo isso. Se um dia todo mundo tem que partir, por quê eu tive que ir já? Não podia ficar mais alguns aninhos por perto? O que é que eu tô fazendo aqui?
Acordar todo dia sem o melhor abraço do mundo tá deixando marcas que eu não vou conseguir apagar tão fácil. Será que devo me acostumar por que de agora em diante vai ser sempre assim?
Quem eu mais amo no mundo é ela. E tenho certeza que o amor maior que ela sente em parte é por mim. Se chegou o dia que eu tive que sair, ainda espero o dia que eu vá me acostumar com a ausência.
É tão diferente ir pra cozinha e me deparar com um cubículo meio sujo ao invés dela cantando e dançando igual uma louca. Rindo sozinha, quantas vezes eu não ouvi gargalhadas frenéticas, corri pra ver o que era e só ouvi um “mas é a terapia do riso!”. Maluca. No café da tarde hoje eu como umas bolachas na frente da tv, há um ano eu comia as mesmas bolachas mas ouvia cada detalhe bobo do cotidiano dela, da vidinha dela, das fofocas que ela ouvia da cidade, coisas tão banais e ao mesmo tempo tão humanas que no fundo são as mais importantes. Voltava do estágio e da aula e mesmo ela cansada com o dia dela também, lá estava o meu jantar. Se eu tenho preguiça de fazer a minha própria comida, quanta gratidão eu devo sentir por alguém que além de cozinhar o que vai comer, prepara as refeições pra mais 3 pessoas de bom grado? Da onde vem tanto amor assim que eu não sei?
Eu quero o beijinho dela, o abraço dela. Só ela eu permito me chamar de “Dani” porque foi pra me chamar assim que ela escolheu meu nome. Me chama de Dani quantas vezes quiser, mulher. Eu quero ficar sem fazer nada, sem me preocupar com nada, só ver tv e dar risada ao lado dela, falar em como o programa da Fátima Bernardes é legal e “tem uns assuntos bem diferentes”.
Em pensar em quantas vezes eu já reclamei quando ela me pediu pra fazer alguma coisa e eu simplesmente não a fiz porque “a gente tem empregada, pra quê fazer isso?”. Hoje eu quero limpar o jardim inteiro sem reclamar.
Sempre disse que só me arrependo de coisas que não fiz nessa vida, mas chega uma hora que a gente se contradiz né. Cada resposta errada, cada grosseria, cada reclamação, cada afronta, cada discussão, cada dias sem se falar, são tantas coisas que ela não merecia passar e eu fui a causa. Me arrependo de poucas vezes que até a fiz chorar. E agora quem chora sou eu, com a saudade, a distância, que eu mesmo escolhi e não sei porquê.
Daqui uns dias é o dia dela, e de mim que estou aqui só vai receber um telefonema. O abraço, o beijo, o presente, vão ter que ficar pra depois. Tô sofrendo por antecipação já, meio sem saber o que fazer. Minha vontade hoje, só hoje, é de correr pra lá.
Imaturo por sentir falta ou maduro por reconhecer a falta, eu não sei. Só sei que não ligo. É uma falta que não cabe em mim, por mais feliz que eu esteja, por mais que tudo esteja dando certo, continuo sentindo falta dela.
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Dan R.
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terça-feira, 14 de agosto de 2012
aquela que nunca existiu
Melhor que ir dormir na nossa cama que nunca existiu é acordar ao lado seu sob uma luz que nunca entrou pela janela. Fazer um café que você jamais pediu pra te levar fazendo uma surpresa que eu nunca fiz. Beijar a sua testa desejando um bom dia que nunca chegou. Ser agradecido por você com abraços fortes que eu nunca senti. Passar um tempo só te olhando reparando naquela pinta que não existe. Embalado por uma preguiça que nunca existiu, ficar deitado contigo a manhã toda relembrando momentos que nunca vivemos. Quando a gente se viu pela primeira vez naquela noite que nunca aconteceu, naquela festa que nunca fomos, com aqueles amigos que nunca tivemos.
Como é bom receber um cafuné que você nunca fez em mim. Como é bom esse teu cheiro que teu corpo nunca exalou. Como é bom respirar o mesmo ar que você nunca expirou.
Que gostoso imaginar uma manhã contigo que nunca aconteceu.
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Dan R.
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domingo, 12 de agosto de 2012
Li isso e fiquei maluco
“As coisas tão lindas
Me carinha as costas. Teu sorriso de cansaço é tão lindo que eu queria te fotografar. É a imagem mais bonita do mundo. Não sei onde começam meus braços, nem onde começam os teus. O mesmo calor que me amortece as pernas é o frio que me arrepia os braços. Chega mais perto, fica junto de mim. A cama é grande. Deixa minha solidão dormir ao nosso lado, abraçada com a tua: sei que posso tocá-la, mas não preciso: me bastas.
Ri da minha cara, brinca com meu nariz. Me abraça. Faz frio aqui dentro: me esquenta. Deixa eu sentir teu peito nas minhas costas, teu braço entre meus seios. Deixa eu sentir as pontas dos teus dedos pintando meu rosto de uma felicidade que só tu me poderias oferecer. Escolhe as cores. Escolhe uma música pra ser nossa. Canta. Baixinho. Sussurra já que és canção.
Desliga o celular, apaga a luz. Tua energia é mais forte e mais brilhante. O teu azul não é mar revolto: é céu de inverno. Enrosca teus pés nos meus, me beija de leve o pescoço. Não me deixa tentar entender porque eu não quero conseguir. Faz piada, deixa meu sorriso se espalhar.
Me beija a boca com paixão e a pálpebra com ternura. Deixa o dia nascer, deixa o sol se pôr. Deixa o mundo. Só não me deixa.
Perde teu tempo pra e ganhar. Me abraça a cintura e deixa meus dedos se perderem nos teus cabelos. Escuta meu coração batendo leve, porque tua suavidade me encanta. Beija minha barriga, morde minha orelha, coloca a mão no meu pescoço. Me arrepia, me faz careta.
Dorme e me deixa com a paz do teu sono. Me deixa ser teu sonho. Deixa eu me perder nos teus olhos fechados, deixa eu te invadir. Deixa eu sorrir e sentir pena de tudo que há do outro lado da porta e não pode te ver.
Me acoberta com o jeito de viver 0 amor por uma hora, um dia ou uma vida inteira. E só não é mais eterno do que o toque da tua pele na minha que fervem a alma e congelam o tempo.
Não levanta, não vai. Deixa eu fazer manha, ser tua manhã. Deita, deita. Fica que eu já volto. Deixa as roupas no chão, não arruma a cama. Me abraça. Me carinha as costas. Sente nosso cheiro: o café ficou pronto.”
Marina Melz
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Dan R.
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domingo, 5 de agosto de 2012
Poda
Tá tudo tão bem que eu acho que se melhorar estraga.
Brincadeira. Não estraga não, pode melhorar mais e com certeza vai. Só fico um pouco temeroso porque quando o verde tá mais verde e o sol brilha sobre o asfalto mesmo em dias nublados é porque algo vai surgir e acabar com toda a mágica. E olha que nem é de amor que eu tô dizendo!
Se houve um tempo que eu era capacho dos outros esse tempo passou. Apesar de ter conhecimento (obrigado alex) de que quem mais me atrapalha sou eu mesmo, fico feliz em me livrar de pessoas e coisas que me puxavam pra baixo. Não se deve confiar em todo mundo, e eu sou muito ingênuo pra muita coisa apesar de ser bem pervertido. Eu confio, eu acredito, não vejo maldade em ninguém, todo mundo é meu amigo e eu amo todos. Só que não posso ser assim, tô aprendendo.
Pode soar um tanto heartless da minha parte mas é mais fácil se livrar das pessoas do que se apegar à elas. E nem preciso de /block, deletar de redes sociais, apagar número telefônico, basta não correr atrás quando não faz falta. E não fazem.
Pra época que eu tô vivendo hoje não preciso de negatividade por perto, quero só gente que me faz bem, que eu me sinta bem na companhia, que eu consiga conversar e ter um papo bom, que realmente se importe comigo e não seja da boca pra fora, gente legal que têm cabeça aberta e gosta de falar falar falar aceitando opiniões, eu gosto de gente crítica, mas crítica sem ceticismo e cegueira. Posso ainda ter uns traços mas não sou mais adolescente.
Não consigo, é sério, não consigo lidar mais com drama. Quero ficar bem longe de acessos nervosos, irritações desnecessárias, brigas superficiais, fofocas, maldade, coisas ruins. E tudo isso o drama acaba carregando. Nunca soube lidar com arrogância e egocentrismo exagerado. Mimadices à parte, eu sei que sou meio egocêntrico, mas o meu egocentrismo não interfere na vida de ninguém muito menos ofusca os outros, muito pelo contrário, sou só mais um x nesse mundão. Me entristece saber que pessoas que tinham tudo pra serem tão legais possuem um ego tão inflado a ponto de julgarem serem estrelas, perfeitas, com a falsa sensação de que são desejadas e invejadas pelos pobres mortais que as rodeiam. Sinto pena. Quando cair do cavalo o corpo vai além do chão e a dor vai ser grande.
Todo mundo é igual. Todo mundo peida, caga a vida inteira e vamos todos pro mesmo buraco. Não é dinheiro, não é família, não são bens materiais que definem ninguém. Prefiro não ter 1 real e ter caráter do que esbanjar a grana (que honestamente nem é lá grandes coisas) e me achar o centro do universo. Eu não preciso conviver com o a atração principal de circo algum, em qualquer lugar que ele esteja, mesmo porque geralmente esta é dos palhaços. E eu odeio palhaços.
Quero só me cercar de gente boa, gente leve, gente de bem, que é tranquila, ajuizada, pensa certo e vai levando a vida de um jeito simples mas com uma ambição saudável. É difícil encontrar alguém com conteúdo e boas ideias pra trocar, mas de uns dias pra cá acho que essa falta vai ser suprida com a nova galera que eu tô conhecendo na faculdade. Mudar de curso foi de longe a melhor decisão que eu tomei esse ano e ando bem animado, ansioso pelo que me aguarda. E só de ter uma outra visão das coisas, sem aquele dramalhão de uns meses atrás me sinto calmo e consigo até resolver os probleminhas diários com mais facilidade.
O negócio é saber sempre com quem se lida e como lidar com cada um. Se for errado, corta. Se for certo, cola. No dia-a-dia a gente já se preocupa com tanta coisa, se pessoas também causam nervosismos, pra quê continuar com elas? Se livra mesmo, tchau.
Vou podar muita gente ainda.
por
Dan R.
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23:57
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non-sense self talking about who must be forgotten
your smell I know well
your hair it’s not the same
but your voice still fucks up my brains
is it normal us now?
from lovers to strangers, then friends again
how can we be friends if you’ve caused me so much pain?
i don’t know what is wrong, but this proximity is weird
if the time heals everything, why am I writing this?
I try to put the past behind and smile
”we’re just good old friends” I say
but I’m kind of old school
and I don’t go to bed with all of them anyway
we’re drinking and smoking and laughing together but hey
in my mind i’m saying “i’ve seen you naked”
it disturbs me to be with you again and recognize your smell
it brings me feelings that I wanna forget and remember once in a while,
can we be friends and erase our past?
can we not be friends and erase it even though?
por
Dan R.
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23:56
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