I promise don’t let the wind takes this feeling away. As long as the days are running fast, my mind is still the same. My heart might be changed and that’s because of you. There’s a soft smell of fear in my veins but I hope it’s only excitement for what is comming next.
Don’t let the wind takes your feelings too.
I couldn’t resist to another wave of pain in my soul again.
Do not play with my heart.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
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Dan R.
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
verboten
Tu tá do meu lado, bem perto
me olha nos olhos, bem fundo
Não entendo
Morde meu lábio inferior
morde de novo
morde de novo
Mordo também
Entrelaça tua perna na minha
Deixa eu passar as mãos no teu cabelo
Entrelaça tua alma na minha
Dou risada ainda sem entender mas sou calado por você
Pega na minha mão
pego no teu peito
te abraço e te recebo
te beijo
Desliza tua mão nas minhas costas enquanto eu olho teu rosto lindo
sorria pra mim
Que eu amo você
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Dan R.
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
...
Promessa de escrever mais nesse mês que já tá no fim obviamente não se concretizou, porém pensei tantas vezes em tanta coisa pra escrever que acho que guardei tudo muito bem na minha memória! Então tá tudo bem.
Não sei porque nesse ano essa época não está com a mesma graça que tinha em outros tempos. Vai ver é porque meu avô faleceu esse ano. Vai é porque quase tudo deu errado esse ano. Vai ver que eu tô no lugar errado! Vai ver que é porque minha irmã vai passar um ano fora. Vai ver é porque eu tô diferente. Sei lá. Queria que o espírito natalino ressurgisse mas tá meio foda.
Com tantos amigos por aí fica difícil inclusive desejar boas festas a cada um que eu gosto tanto. Esse é um grande mal na minha vida e acho que um grande mal de muita gente da minha idade hoje em dia que teve a adolescência em meio às redes sociais da internet. Pra alguém que conheceu a primeira namorada no orkut, o melhor amigo no flickr, mudou de estado graças ao twitter, não consigo mais me ver longe dessa porcaria porque ela me proporciona exatamente algo que eu gosto muito, conhecer pessoas.
A parte ruim dessas redes é você expandir teu círculo social além dos limites geográficos da onde você mora. Hoje eu queria dar um abraço em todo mundo que eu quero bem seja em SP, SC, PR, MG, RJ, RS, GO, e etc. A culpa disso não fica restrita à internet mas também às milhas aéreas do meu pai, mas vou culpar apenas uma aqui. Fica difícil manter contato de longe e eu nem sempre consigo dar atenção à todo mundo que eu quero. E não é por falta de tempo né, isso por enquanto eu tenho de sobra, é que não dá pra viver em prol dos outros (e isso é uma coisa que eu sei fazer bem).
Não quero me afastar de ninguém nesse ano que vem vindo mas tenho que levar uma vida mais offline. Por mais que meu carinho e minha saudade sejam grandes até com os amigos de perto, quem se importa como eu sempre dá um jeito de demonstrar afeto, e demonstram! Quem se importa vem me ver, me liga, me procura, manda carta, manda energias positivas, manda alguma coisa, e eu ando satisfeito com os amigos que tenho e os que sei que vão sumir em questão de tempo. Tem pessoas que entram na tua vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem, né?
Vai ver essa época do ano tá meio esquisita porque eu queria abraçar todo mundo e não posso!
Que as distâncias se encurtem ou se prolonguem como deve acontecer naturalmente. Feliz Natal!
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Dan R.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
desejos não materiais
Subir no alto de uma antena e gritar, correr pelado no meio do mato, nadar num rio de águas cristalinas, pular de uma cachoeira, pular de um penhasco em direção ao oceano, rir até começar a mijar involuntariamente, correr de mãos dadas enquanto puder, fazer uma fogueira na praia, participar de um sarau, fazer sexo a 3, fazer sexo na praia, fazer sexo na água, chorar chorar chorar e os problemas serem resolvidos com lágrimas, poder ligar pro meu melhor amigo no meio da noite pra ir tomar cerveja no bar e vomitar de bêbado junto com ele sem motivo algum, sair de casalzinho, tomar café no alto do morro sentado numa cadeira de praia e de pernas cruzadas, arrumar uma briga bem feia na balada, bater tanto em alguém até o cara sangrar, aprender francês, ficar forte, abraçar um estranho em plena luz do dia, ouvir os problemas de alguém chorando na rua, mergulhar com golfinhos, desenvolver minhas habilidades com desenho, elevar minha auto-estima, andar de bicicleta por horas e dar de cara com um lago pra nadar, passar uns dias na floresta, acender o último cigarro da minha vida e sorrir, pegar o ônibus errado e parar numa cidade que eu nunca vi na vida mas não ficar com medo e sim conhecer o lugar, casar, ter 2 ou 4 filhos, aprender a surfar, conseguir levar uma vida simples e com pouco dinheiro, sair sozinho pra dançar, sair sozinho pra pegar, sair sozinho pra chorar, dirigir até a gasolina acabar e não me preocupar, passar um ano fazendo trabalho voluntário seja na áfrica ou na américa central, ir em cada lugar que Holden Caulfield de the catcher in the rye foi porque marcou minha juventude, fazer o mesmo trajeto que Sal Paradise fez em on the road porque marcou minha juventude, não depender tanto de celulares e internet, ficar tanto tempo no sol até ter queimaduras de segundo grau, levar meu filho num jogo do corinthians, levar meu filho pra beber, ser amigo do meu filho, ter uma tatuagem com um belo significado, despejar numa noite só todos os meus maiores segredos pro meu melhor amigo e ele os dele pra mim, ter as pessoas que sou mais próximo hoje até ficar velhinho, dançar alguma coreografia, dirigir um carro conversível, ver a neve, poder peidar na frente da minha namorada e não me sentir constrangido, passar dias de moletom vendo filmes e comendo pizza, dormir de conchinha por mais de uma noite seguida, contar estrelas, pintar um quadro, me perder no deserto, parar de roer unha, me apaixonar no metrô, saltar de pára-quedas, convidar um estranho pra beber e realmente conhecer a pessoa, aprender a dar mortal de costas, aprender a jogar poquer, beijar na chuva, ~
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Dan R.
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23:53
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Compl
When I think about what I need to feel complete, I don’t think about a great job, a big house, money, a future. All that comes to my mind is a pure, honest, love.
Imagine the cleaner starry sky, me and the most beautiful girl in the world laid down on the grass, in a summer night just breathing the same air. I would feel complete.
Holding hands in the field, running, playing, kissing under the sun. I get an “I love you” as like as the first time I hear it, everytime It’s like the first time, my heart explode of joy and I can’t control my happines. I would feel complete.
We’re drunk in a pub of a really big city, laughing hard on the streets and suddenly starts to rain. We start running like crazy but we just stop because there’s no reason. We kiss in the crossing and there’s nobody else with us. I would feel complete.
There’s a day that I wake up naked on my bed and when I look to the left there’s the woman I love shinning while she sleeps, so calm, so peaceful, and just by this look I realize that I don’t need anything but her. There must be a moment in life that you just get it, when you have someone that you just get all about what living is about, all that we’re doing here, and the way to get this there must be love. It’s the only way. And when this day comes, when nothing else matters anymore besides the one that it’s meant to be with me, I’m pretty sure: I would feel complete.
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Dan R.
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
all my life
is such a shame, shame, shame
all my love
is just a dream, dream, dream
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Dan R.
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
good boy from now and beyond, put the dark side out of my soul
(que em dezembro eu escreva mais)
Um mês depois de passar a ser forte, minha cabeça tem tanta coisa que às vezes acho que vai estourar. A diferença é: triste, eu não fico.
De um lado eu tenho o que é certo, o que eu devo fazer, o que tá pra acontecer caso a paciência perdure pra que eu colha os frutos de um possível esforço que eu possa não ter. Do outro está o que eu quero, as coisas que eu quero fazer, quem eu quero ser, atropelando o correto e sendo teimoso mais um vez. O anjo e o diabinho, lado a lado, no meu cérebro. 24 horas por dia. Fica difícil decidir a vida com tanta indecisão.
Eu me pergunto se vai chegar o dia em que eu vou respirar aliviado e apenas realizar tarefas. Entrar numa rotina que eu sei que vai dar em algo, não em uma que busca algo. Dormir tranquilo, fazer tudo o que tem que ser feito, voltar a dormir. Maçante, mas assim é a vida, né?
Pelo menos agora sei o tipo de cara que eu não quero ser. E é tão bom conseguir não cair em certas tentações, parece que dá mais prazer do que entrar fundo nelas. Olho e penso: “não quero isso pra mim”, e fica tudo bem.
E olha, dou graças a Deus que tô longe de amores, não preciso de mais situações pra lidar. Só de paq, deixa estar. Né?
Vem vem vem juízo, me dá forças pra fazer o que têm que ser feito, sem que o aperto te acompanhe, sem que a dúvida aparece, sem que o arrependimento traga o “..e se” e minhas frustrações gerem lágrimas outra vez. Me faça fazer o certo sem que exista outra alternativa em vista.
“don’t look back, don’t look back, don’t.”
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Dan R.
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Eu sou forte
Estar de volta ao marasmo que é Guararema me leva a fazer algo que eu não gosto muito mas que algumas vezes traz algo de bom: pensar. E pra isso eu tenho tempo de sobra. Tenho colhido opiniões de muitos amigos e cheguei a tantas conclusões sobre mim mesmo e o estado deplorável que me encontro que até me surpreendi.
Eu, só eu, apenas eu tenho o poder de me levar pra onde eu quiser. Se eu tô de volta aqui hoje é por causa (culpa) das minhas escolhas e das minhas atitudes. Não soube administrar. Não soube lidar. Tava ali com a faca e o queijo na mão e desperdicei uma puta chance de vida. Não foi culpa de Blumenau, não tenho que ficar mais dizendo pros outros “ah, não deu certo, resolvi voltar, não insistir num erro” porque o erro sou eu. Eu errei, e hoje eu admito.
É cômodo pra mim escolher ser a vítima sempre. Dar desculpas como o horário da faculdade de arquitetura, trabalhar de final de semana, as matérias de cálculo, hidráulica, ter que pegar ônibus, não saber cozinhar, emagrecer justamente por isso, não arrumar uma namorada, e por aí vai. Eu vivo dando desculpas, arrumando pretextos pra me livrar da culpa que carrego. Se nada deu ou não está dando certo na minha vida é porque as minhas decisões (erradas) me levaram até aqui. Se não arranjei emprego pra me virar, foi porque fiz corpo mole sim e não procurei. Se larguei arquitetura não foi porque não gosto mais, foi porque quando o negócio ficou pesado e eu passei a ver 6 fórmulas de física diferentes por aula, eu preferi fugir. Se não namorei sério esse ano em Blumenau foi porque não dei valor à menina mais legal que já me apareceu nos últimos tempos. Se eu voltei pra casa dos meus pais foi porque não fui forte o suficiente pra saber lidar com a vida adulta.
Reconhecer erros deve ser o primeiro passo pra alguma mudança, certo?
Sei que sou errado e não foi mais botar culpa em blumenau, na faculdade, nas pessoas, nos astros, nos espíritos (aham), em nada. O problema está em mim. E hoje eu vejo isso. Eu podia estar em NY fazendo tudo errado que colocaria como culpada a cidade por não oferecer oportunidade de crescimento, olha como sou egocêntrico.
Não importa se eu estiver em Guararema, São Paulo, Blumenau, Curitiba ou no Raio Que O Parta, se eu não aceitar que eu preciso tomar um rumo nessa vida e que eu não tenho mais 17 anos pra só querer as coisas boas que ela pode me dar, eu vou ficar pra trás. Vou parar. E ver todo mundo (como já vejo) conquistando coisas, realizando projetos, crescendo, vivendo, e eu aqui.
Essa foi a maior lição que eu aprendi esse ano. Pena que tive que gastar uma grana preta do meu pai pra me dar conta do óbvio: cresci.
Se na maior parte do tempo eu tenho vontade de chorar e me lamentar por tudo “ter dado errado” e eu estar de volta à estaca zero em muitas coisas, um pedaço de mim, lá no fundo, ainda acredita que eu posso reverter essa situação, é só eu me mover. Essa semana conversando com um camarada (que por sinal é responsável por eu conhecer blumenau inclusive, diria que responsável por muita coisa nos últimos anos) declarei que queria ser como ele um dia, ser forte. Aguentar as coisas que a vida joga em cima de você e conseguir carregar tudo, sem fraquejar, sem pedir arrego. E ele me disse: “cara, é fácil. é só botar na cabeça que é forte que você passa a ser. é mágico”. Tão simples assim. Toda vez que eu ousar parar, ousar me queixar, ousar reclamar em como eu sou um tadinho, vou lembrar disso, que eu sou forte. Eu sou forte. Eu posso com qualquer problema, com qualquer mudança, com qualquer porcaria que aparecer daqui em diante. Seja no âmbito profissional, acadêmico, amoroso, familiar, etc. Cansei de reclamar e de me fazer de pobre coitado porque eu não sou. Graças a Deus sou saudável, tenho uma família linda e muita gente que gosta de mim, não tenho motivos pra ficar triste sempre e não ter forças pra levantar e seguir em frente.
Me conhecendo melhor, sabendo que devo satisfações só a mim e ainda tendo um pingo de vontade de andar que ainda tenho, espero sinceramente, que eu não desanime. Espero que eu seja, e continue, forte.
"you could be happy”
por
Dan R.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Acho que desaprendi a escrever. Fazem dias e dias que penso em como começar a registrar qualquer angustiazinha que sinto e apenas paro, desisto, mal digito uma frase. Não sei se hoje vai ser diferente.
Poderia ser explícito aqui. Falar dos meus problemas como se estivesse desabafando com um amigo. Mas de quê adianta? Por que iria falar tão abertamente sobre a minha vida (como sempre fiz) na internet se de nada me serve? Não vai mudar nada.
Quem precisa “enlouquecer” e resolver tudo sou eu. E são tantas pendências que eu mal sei por onde começar. A rotina medíocre, a falta de perspectiva, a indecisão, os conflitos na minha cabeça, o marasmo, o tédio. É bem fácil resolver tudo, basta eu levantar, me mexer, fazer as coisas acontecerem. Mas eu não consigo.
Fico na minha, quietinho, choro baixo todo dia, choro alto às vezes, fujo, corro, pedalo de noite pra me transpirar e me cansar. Pra eu ter uma desculpa pra estar cansado, porque mesmo sem me mover é assim que me sinto mesmo.
Se tudo tá tão ruim e eu me acho mais inútil do que nunca, por que ao invés de levantar e mudar todas as situações eu apenas lamento e sofro calado? Eu sou fraco. Eu não sei reagir.
por
Dan R.
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16:19
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domingo, 23 de setembro de 2012
it feels so real
Nesse intervalo de um mês e pouco que não abri o Windows Live Writer pra tirar da cabeça tudo o que me agoniava, muita, muita coisa aconteceu. Se não escrevi foi porque em parte não queria registrar tanta tristeza mais, posts tristes pra eu relembrar depois de um tempo não andam me atraindo mais, já basta a minha memória. Não que foi um período só de tristezas, mas só registraria elas por aqui.
Estou sentadinho no chaise do meu sofá, bem alimentado, a tv de 40” na minha frente e estava até agora trocando todos os canais porque sim, tenho todos os canais da tv por assinatura. Voltei pra casa dos meus pais, rs.
Ainda não sinto um apertinho por ter voltado. Meu melhor amigo me dizia antes de decidir retornar à Guararema que sentia que eu iria ficar frustrado muito rapidamente e até arrependido porque seria como se eu tivesse dado um passo atrás com relações às metas que tinha traçado pra mim. Como cheguei ontem, ainda não percebo nada disso, muito pelo contrário, tô curtindo a bonança, o conforto e tudo o que eu senti falta nesses quase 8 meses morando sozinho. E honestamente, eu torço pra que não sinta essas coisas.
O que me perguntam – tanto em santa catarina, quanto aqui – é “Por que você voltou?”. Eu tenho a resposta no meu coração, mas prefiro dizer “Ah, não deu certo, decidi voltar já que tenho a chance”. Já até cheguei a responder que “deu tudo errado, não é sensato insistir num erro”, mas não considero ter ido praquelas bandas um erro, não mesmo. Tive um propósito, uma ideia, um objetivo e não me arrependo de ter ido e “tentado”. Eu “tentei”, de um jeito que talvez não tenha sido o certo nem o mais eficaz, eu também posso não ter dado o máximo de mim e ter ficado acomodado boa parte do tempo, mas tentei, não falhei, não deu certo, vou fazer o quê? Tive chances, tive oportunidades, fui podado pelos meus pais, cedi, tentei de novo, não obtive sucesso, tentei, procurei, procurei, procurei. Na terra do emprego é bem fácil arrumar trabalho, qualquer trabalho, mas o que eu imaginava ter ou o que meus pais achavam que eu devia ter não.
Fui ingênuo a achar que numa cidade média é fácil conseguir as coisas. É fácil quando se tem contatos. Eu tinha amigos, conheci muita gente, muita, muita mesmo, mas aquele contato profissional faltou e não tem problema, eu voltei. Toda essa experiência blumenauense que tive foi uma das melhores coisas que eu já passei na vida. Aprendi a lavar roupa, a limpar a casa, a viver em grupo, a “cozinhar”, tomar decisões, lidar com problemas quase que diariamente, ser responsável pelas minhas atitudes, me adaptar à situações que eu nunca passei antes, ser paciente, e por aí vai. Só me faltou aprender a guardar dinheiro, mas isso pretendo aprender em breve. Também pude perceber que talvez arquitetura não seja pra mim e comecei um outro curso, fiz um tempinho de design de produto, me apaixonei pela área, mas como voltei e já tranquei, tô aberto novamente à qualquer coisa que me agrade, tenho uns meses aí pra ver o que fazer.
Ver o que eu vou fazer dessa minha vida. Hoje não sei se fico, se vou, se posso ir, como ir, se vou ter suporte novamente dos meus pais pra ir (duvido muito), o que fazer, aonde fazer, e etc, etc, etc. Se por um lado me entristece beirar os 22 anos e voltar à estaca zero de ter que decidir o que ser quando crescer (quando já fisicamente já estou bem crescidinho), por outro sou grato por ter a oportunidade de agora poder fazer uma escolha mais bem pensada e possivelmente acertada. Vou fazer algo que não gosto de fazer por muito tempo porque frita meu cérebro, que é pensar, mas é necessário ué.
Não pretendo levar uma vida de playboy enquanto organizo e arquiteto meu futuro. Segunda-feira começo a procurar algum emprego por aqui, depois de um tempo por mogi, depois de um tempo em são paulo caso nas duas cidades não tenham algo pra mim. Mas claro, vou aproveitar todo o comodismo enquanto tenho papai e mamãe por perto, comidinha na mesa, roupa lavada, quarto cheirosinho, piscina, carro, me matriculo na academia segunda-feira, além de amor fraternal e risadas infinitas com a minha irmã, fora as lambidas e roladas na grama com os meus cachorros. É muito bom estar de volta.
Obviamente que na minha partida mil coisas se passaram na minha cabeça, chorei por uns 4 dias sem parar, cada despedida era um pedaço de mim indo embora, não foi nada fácil, foi pior do que sair de casa. Achei incrível como me acostumei tanto com um lugar tão diferente do que eu era acostumado, condições tão diferentes, pessoas tão diferentes. Me apaixonei várias vezes em terras catarinenses. Conheci muita gente boa. Muita mesmo. Fiz muita coisa que eu jamais pensei fazer. Visitei várias cidades, tive várias experiências legais, respirei muitos ares, beijei muitas bocas e levei muitos corpos pra minha cama, aproveitei pra caramba, é isso que se deve fazer quando é jovem, né? Se tem duas coisas que eu amo ser é jovem e homem. Passei por muita coisa ruim também, não tive nenhum momento de plena paz, sempre tive algum problema pra resolver, alguma preocupação na cabeça, mas como a mãe da minha roomie disse pra ela “a vida adulta é assim, você nunca vai estar 100% tranquilo”, então é bom eu ir me acostumando com essa realidade. Não quero mais pensar nos momentos ruins que tive por lá, quero só lembranças boas, vai ver por isso não escrevi tanto aqui.
Agora se teve algo que me afagou o coração foi me dar conta de como sou querido aonde quer que eu esteja. Não estou me gabando, só tô bem feliz e lisonjeado por cada “foi um prazer te conhecer”, cada “torço muito por você”, cada “pro que precisar eu tô aqui” que eu recebi. Nesses meses não fiz uma inimizade, não arrumei briga com ninguém, não me meti em confusão sabe, me dou bem com todo mundo, me faz bem perceber isso. Faz bem pro ego mas faz mais bem pra alma receber um abraço de boa-sorte-nessa-nova-fase-da-sua-vida ou um abraço de não-queria-que-você-ficasse-longe-de-mim. Chorar faz aliviar a dor da partida, mas me dá a certeza de que não foi em vão ter conhecido e criado laços com cada pessoa que também chorou por mim e me abraçou forte. Quando alguém te diz que foi um prazer te conhecer de um modo tão sincero, você tem a certeza de que é alguém bom e que está levando a vida e tratando as pessoas do jeito certo. E isso não só com os amigos de Blumenau e das outras cidades que fiz amizades maravilhosas pelo sul do país, mas com a galera daqui também. Poxa, ler mensagens dizendo que vai ser bom me ter por perto de novo é sensacional, faz tudo ficar mais fácil. É bom saber que gostam de mim da mesma forma que gosto delas.
Eu sou grato pela oportunidade que eu tive, feliz com tudo o que fiz e deixei de fazer, orgulhoso de mim por ter feito a escolha certa em voltar e imensamente louco pra planejar o que vem pela frente.
Na volta pra casa de carro com o meu pai, passando pela serra de curitiba ele me fala “olha ali atrás”, e eu bobinho olhei e ainda perguntei “o quê?”, ele respondeu “olha uma página virada da sua fida que ficou pra trás” hahahaha. Na hora eu só dei risada e mentalmente disse “plis” e “lindo”, mas agora vejo como ele tá certo. Apesar de não concordar quando ele diz essas coisas de página virada, o que passou passou, esquecer do passado, porque eu sou bem nostálgico e dou muito valor ao que passou.
E se os momentos passaram, eu tenho certeza que as pessoas vão ficar.
Que eu seja bem-vindo de volta e que dê tudo certo pra mim dessa vez. A fase da vida em Blumenau foi boa demais, vamo vê o que me aguarda agora seja em Guararema, São Paulo ou qualquer outro lugar.
every passing minute is another chance to turn it all around
por
Dan R.
às
01:19
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