domingo, 16 de fevereiro de 2014
The Grey Man
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Dan R.
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Férias
Acordo brabo e vejo que perdi o horário da academia. São 10:50, me arrasto até o banheiro, lavo o rosto, mijo, escovo os dentes, tomo duas xícaras de café. Dou bom dia a todos, pego meu notebook e deito na sala. Tem alguma coisa passando na TV mas eu não tô prestando atenção. Num piscar de olhos do ócio online vejo que já são 12:00 e é hora de almoçar. Como, me troco e voo para o trabalho. Lá eu normalmente agilizo tudo o que precisa ser feito no dia em menos de 2 horas, depois até o meu horário de ir embora eu mato o tempo lendo notícias, ou me "inspirando" no tumblr. Isso entre um café e outro, um papinho agradável com a minha chefe, eu adoro meu trabalho, é bem prazeroso e leve. Às 17:20 pego o ônibus pra casa e em 10 min já estou cansadinho com o notebook na barriga novamente matando o tempo. Pisco os olhos de novo e já estou jantando e vendo a novela na cozinha, depois BBB, depois notebook na barriga de novo até o sono chegar.. lá pelas 2.
As semanas de janeiro passaram voando e eu nem notei. Viver de final de semana tá acabando comigo.
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Dan R.
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11:31
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
errado
Se eu tenho um problema quase que instantaneamente peço ajuda a alguém. Pode ser meu melhor amigo, pode ser de algum outro amigo, dos meus pais, sei lá, eu peço ajuda. Recebo 1, 2, 3, mil conselhos. Confesso que tento escutar mais os do Alex, mas nem sempre isso acontece.
Quando um problema é na verdade uma pira minha daí é certo que eu recorro a ele. Raramente à minha mãe, porque geralmente ela não me escuta e só quer que eu olhe as coisas sob a perspectiva dela e ponto final, não importa o que eu diga. Meu best é um pouco mais flexível.
Agora quando a pira minha é uma coisa que ninguém consegue tentar tirar da minha cabeça.. aí lascou-se. Danou-se. Fico encucado à beça. Frito o cérebro até as lágrimas caírem.
Meu maior problema é minha insatisfação. Comigo mesmo, com a minha vida, com as pessoas, com a minha família, com as minhas escolhas, todas erradas, que eu tiro uma coisa boa delas e acabo aprendendo algo mas no final das contas, todas erradas. Mudo algo que me incomoda até passar a me incomodar de novo. Caminho nesse chão de vidro quebrado num looping que parece não acabar.
Já que eu sinto o que sinto, não importa o que digam, pro errado eu posso partir uma vez. Mas se o errado me deixar satisfeito, sossego.
Não sei. Não sei mesmo. Terapia do soco na cara é o que eu preciso talvez. Pode ser no estômago também. Chorar de dor física deve ser mil vezes melhor, prazeroso inclusive.
Chorar de incerteza e vazio eu tô farto.
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Dan R.
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terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Não quero fazer um post de fim de ano com uma retrospectiva ou um balanço da minha vida nesse tempo que passou. Acho que não preciso mais disso. Há uns anos atrás eu tinha o costume de me descrever sempre nessa época do ano pra eu comparar com os anos anteriores e ver o quanto eu mudei. Hoje só sou grato por tudo.
Esse ano foi de um recomeço que eu já sinto que está no fim porque tô com sede de mudanças. Mas assim como o ano passado, eu aprendi e (pode parecer que não) amadureci pra caralho. Consigo enxergar com mais clareza os erros que acabo cometendo e até evitei alguns bons esse ano. Espero que toda a reestruturação que eu passei pra me readaptar à antiga rotina me ajude com o que vem por aí. Porque hoje eu vejo em cada detalhe tudo o que eu quis longe de mim antes de mudar pra Blumenau, cada lugar, cada pessoa, cada situação que eu não queria mais na minha vida e foi por causa disso tudo que eu quis ir embora, hoje, de volta, essas coisas ainda me perturbam então o jeito é correr atrás de novo de tudo o que eu quero. Seja lá pra qual lugar eu decidir me enfiar.
Mas não reclamo de ter voltado, foi muito bom pra mim esse tempo que passou, esse ano fiz grandes amigos, não sei o que teria sido dele sem a Bárbara e o Marcelo, com certeza duas pessoas que tão no meu coração de verdade daqui pra frente. Até minha chefe eu devia agradecer, porque como é bom trabalhar com ela, eu adoro meu trampo, mesmo sabendo que preciso buscar coisas maiores, é sempre um prazer a hora de ir ao trabalho, vou sem reclamar e aprendo mil vezes mais do que na faculdade, isso me anima a crescer.
E sei lá, não queria fazer um balanço mas já fiz, só sou agradecido mesmo, eu tava até agora pelado tomando sol na piscina, ouvindo minha música, sentindo esse calor delicioso deixar minha pele mais escura do que já é, tenho do que reclamar? Ano acabando muito bem! E se o próximo começar do jeito que esse tá terminando, já me dou por satisfeito.
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Dan R.
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domingo, 29 de dezembro de 2013
Day
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Dan R.
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Dust ways
Minha cabeça tá muito cheia hoje e acho que deveria escrever. Ao contrário da maioria das vezes que faço isso, hoje não vou colocar música nenhuma porque quero me ouvir.
Parece que a cada final de semestre é frequente a confusão de possibilidades que a vida me oferece. De uns 2 anos pra cá de 6 em 6 meses me pego nessa de não saber o que fazer. Se eu posso mudar ou deixar as coisas como estão, sei lá. Isso deveria ser ótimo pra mim mas me deprime pra caralho.
Finalmente passei pro sétimo período de arquitetura. Tudo bem que pra quem era pra estar indo pro décimo eu não deveria dizer finalmente, mas até que fiquei feliz. De verdade, tudo o que eu quero pensar é que tá acabando, que tá passando rápido apesar dos pesares, e que já já essa fase (que era pra ser ótima) tá se concluindo. Mas no final do dia só eu me pergunto se é isso que eu quero, se eu tô fazendo o certo, se eu devo continuar num lugar que me angustia, se vale a pena o esforço pra terminar algo que eu já perdi o tesão faz tempo. O dilema em si seria fácil de responder se eu soubesse me ouvir. Já que pra variar eu tô insatisfeito com a minha vida mesmo fazendo tudo como deve ser feito, o que eu quero afinal?
Tive duas conversas muito boas nessas semanas. Uma foi com uma menina que eu paquerava esse ano da minha sala mas que nunca parti pra approach algum. Era quase meio platônico. Ela vai voltar pro estado dela e transferir a faculdade. Quando ela veio me contar eu disse a ela sobre a minha péssima experiência de transferência pra Blumenau e tudo mais. Fui arrebatado com os seguintes dizeres, mais ou menos assim: "Dan, eu andei conversando muito com o Gui e ele vive dizendo pra mim que arquiteto tem que ser auto-didata. Tem que ler, tem que pesquisar, tem que conhecer o trabalho de todo mundo, tem que ser virar além da faculdade, por mais louco que isso pareça. Se minha grade ficar bagunçada, não tem problema. E uma coisa eu já decidi, vou fazer tudo por mim mesma, o máximo de trabalhos que eu conseguir não fazer em grupo melhor, porque esse (assim como é pra você) é uma das coisas que mais me brocham no curso. E se eu tiver que começar tudo de novo, os cinco anos do zero, eu vou. Não adianta nada eu estar numa faculdade que não me acrescenta muito só pra eu conseguir um diploma, se depois eu levar anos pra me tornar uma boa profissional. Prefiro recomeçar do zero e sair formada capaz de produzir do que pegar um diploma já já e quebrar a cara depois." Resumidamente, uma flecha acertou meu peito.
Isso fez muito sentido pra mim. Eu penso sempre que talvez minha frustração com arquitetura seja a universidade que eu estudo, já que honestamente não me oferece nada. E como eu não me vejo fazendo outra coisa, não sei o que fazer a não ser isso, mudar outra vez poderia ser bom pra mim sim. Não é ruim eu querer estar num ambiente que me ofereça qualidade pra crescer. Poxa, eu quero ter tesão de novo, quero ter vontade de estudar, eu gosto pra caralho de aprender, tem ainda alguma faísca de paixão pela profissão que eu escolhi logo que entrei nessa. Ver tantos amigos se formando e orgulhosos pelos seus 10, 9,5 no TFG me dá um pouco de inveja porque sei que eles são realmente apaixonados pelo que fizeram. Quero acreditar que não estou me forçando a gostar de algo, mas às vezes fico meio descrente..
A outra conversa boa que eu tive foi com a Laura, que sempre abre minha cabeça pras coisas. Ela me recomendou fazer uma lista de tudo o que eu gosto de fazer, e depois anotar com os mínimos detalhes aonde eu quero estar e como eu quero ser em 5 anos. Preciso - muito - criar metas. Meu pai vive me dizendo isso, que eu não tenho objetivo nenhum, e não tenho mesmo, ele tá certo. Mas não tenho porque não sei o que querer.
Ainda não parei pra fazer essa lista, agora nas férias preciso pegar papel e caneta e trabalhar nisso. Brevemente, acho que em 5 anos eu quero acima de tudo estar formado, morando sozinho, ter pelo menos meu carro, morando ou em Curitiba, ou em São Paulo ou em Balneário, e não quero estar rico, mas quero poder não me preocupar com coisas bobas como ir no McDonald's depois do trabalho. Quero ver uma camiseta no shopping, entrar na loja e comprar, sem ressentimento, sem lembrar que minha conta tá no negativo. Eu sei que cada um tem seu tempo pra ter independência financeira, mas eu queria ela logo. Só que eu não movo uma palha pra isso, e é mais um ponto que preciso mudar. Não movo uma palha porque estou acomodado, e estou acomodado porque não sei o que fazer. Uma coisa puxando a outra e no final das contas eu não saio do lugar.
Não sei se o que eu mereço é uns tapas ou rédea curta, como meu melhor amigo diz. Hoje eu faço tudo certinho, trabalho, não reprovei em nenhuma matéria, não dou trabalho em casa. Posso ser meio gastadeiro e irresponsável quando se trata de dinheiro, mas quem na minha idade não é, né?
Essa coisa de futuro sempre me detona. Não tenho mais o que escrever sobre isso.
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Dan R.
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Acordar e ver e esse sol lindo. Pular na piscina pra tirar o calor do meu corpo e passar uns bons minutos debaixo d'água. Eu acho que sou muito aquático. Depois de sentir ela em mim, tiro minha roupa, deito no chão, sinto o sol mais um pouquinho e entro em casa pra tomar um gole de café. Antes de começar o dia, deito ainda sem roupa na minha cama e olho pra cima: ACORDA, diz ali. Não sei o que eu quero mais.
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Dan R.
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terça-feira, 19 de novembro de 2013
frenesi
Beleza, vou entrar nessa de ir escrevendo o que tá passando na minha cabeça sem me preocupar muito se tá legal ou se eu tô escrevendo bem e gramática concordância etc porque me parece mais honesto na verdade né.
Eu não sei da onde eu crio esses entraves na minha vida quando tá tudo bem, tudo certinho, tudo caminhando do jeito que "tem" que ser. Tô levando a vidinha de rotina finalmente depois de um bom tempo de bagunça né. Nos eixos. Daí de uma hora pra outra eu começo a me coçar inteiro pra romper com tudo isso, surge uma insatisfação louca não sei da onde e eu começo a me desesperar pra querer fazer alguma coisa diferente. Voltei a "desenhar". Quando começo a ficar nessa coceira maluca pego o caderninho e a caneta e uns rabiscos brotam, nada demais, bobeirinha, mas é justamente isso que dá uma distraída. Próximo passo é voltar a ler, meu cérebro tá muito atrofiado com tanta rede social e pouco conhecimento de verdade entrando nele. Sei lá cara, eu preciso evoluir de alguma forma, preciso melhorar mais e mais e se eu não sei ainda como fazer isso, vou entrando nessa de fazer coisas diferentes do que eu tô acostumado. Andei pensando nas coisas que eu gosto de fazer de verdade assim de forma meio aleatória, não anotei nada, mas de cabeça agora me consta: desenhar mal, fotografar descompromissadamente (menos quando no passeio digo "ei, vamo tirar uma foto pro instagram!") e escrever desse jeito meio cru mesmo. E se tratando de escrita, eu queria muito muito mesmo começar a levar isso mais à sério e estudar. Vi até uns cursos de escrita livre em sp nas férias que eu queria muito fazer, vamo ver se meu pai me financia nessa. Agora entro em outra coisa, preciso descobrir coisas novas que eu queira experimentar e ver se eu sou bom nelas e se eu não for bom mas gostar delas mesmo assim ir me aperfeiçoando para aí ficar bom. Me liguei num negócio, tem muita muita coisa que eu não fiz ainda mas é de extrema importância que eu faça. E é de extrema importância que eu faça justamente porque a vida tá aí pra eu conhecer e experimentar de um absolutamente tudo o que ela tem a me oferecer, e às vezes eu paro e penso que poxa, esse tempo que eu tô aqui e na idade que eu tô, eu preciso fazer mais do que ir pra faculdade (porque estudar o que a faculdade tem pra me passar eu já desisti faz um bom tempo), trabalhar, ir pra academia, beber no final de semana e bater punheta durante ela. Por mais que eu tenha muita história pra contar de finais de semana e algumas viagens por aí, no geral meus vinte e poucos tão bem chatinhos e poxa não é ruim eu querer reverter essa situação. E de verdade não tô me importando muito mais com o que é certo ou errado, ando mais honesto comigo mesmo e aceitando o que eu sinto e acreditando no que eu quero. Se alguém vem e me diz "mas meu, não é assim, você tem que parar com isso, leva a sério essas oportunidades que você tem, você é privilegiado blablabla" e eu não concordo, não quero mais me pilhar em achar que eu tô sendo errado e fazendo as coisas erradas, sendo mimado ou infantil. Se eu não concordo com algo não posso me deixar influenciar pelo que julgam ser o certo. Só eu sei o que é certo pra mim porque só eu sei do que eu sinto. No final do dia sou eu que choro, sou eu que me agonio e isso não é motivo ou falta de uns socos no estômago porque isso eu já levo de tempos em tempos.
Se eu sou ingênuo desse jeito, se eu sou simples, se eu sou infantil ou se eu não largo o celular, se eu gosto de editar uma foto no snapseed pra postar no facebook, se eu fico querendo trepar quando tô bêbado mas quero namorar quando tô sóbrio, se eu me apaixono por gente que mal conheço, ou por gente que nem conheço, se eu não gosto do que eu estudo, se eu não sei o que eu quero da vida, se eu insisto em querer sair de casa e não tenho nenhuma meta nenhum plano pra que isso aconteça, se eu pareço louco por ser tão perdido e se enquanto eu tô escrevendo freneticamente isso tudo e as lágrimas que caem dos meus olhos pingam no meu peito é porque felizmente ou não, esse sou eu. E hoje, acima de qualquer outro dia que eu já vivi, eu me aceito. E se por volta e meia eu digo que preciso e quero mudar não é que eu quero me mudar, eu quero evoluir, crescer e me melhorar mas continuar quem eu sou. E eu sei lá, gosto de mim, gosto das minhas maluquices, gosto de ser meio inconsequente e impulsivo e sei que pra boa parte das pessoas isso não é visto com bons olhos mas eu não quero mais lidar com gente fechada.
Acho que daqui pra frente é imprescindível que eu saiba lidar com as pessoas do jeito que elas são e aproveitar elas ao máximo. Nossa, parei um segundo pra respirar e responder no whatsapp e perdi totalmente a (as) linha (linhas) de raciocínio. Não sei se fez muito sentido o que eu escrevi mas enfim, agora eu tenho que tomar banho e ir pro estágio.
Pelo menos tô mais leve!
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Dan R.
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11:23
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Troca
Pega na minha mão e me arrasta pelo mundo. Vamo sair por aí com o coração cheio de expectativas pelo que vai vir e uma garrafa de bebida barata na mão. Se o presente não nos agrada, qual é o sentido disso tudo então? Me leva pra correr na areia, na estrada, no campo, me leva pra correr por um caminho sem volta. Eu não quero olhar pra trás. A cada batida desse violão eu fico mais acelerado, meus olhos mais úmidos e meu corpo mais leve. Vem me ensinar mil coisas que eu não sei, juro que eu tento compensar de alguma forma. Porque eu quero saber de cada coisa que tu sabe, cada detalhe da sua vida me interessa e a gente tem muito o que conversar. Vamo viajar! Vamo beber! Vamo trocar umas palavras, vamo trocar umas experiências aí, aproveitar essa juventude que tá voando antes que seja tarde. Te puxo pelo braço se você quase cair, eu tô aqui pra te ajudar! Chega de mentir pra mim mesmo, senta aqui, vamo tagarelar um pouco mais.
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Dan R.
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segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Nessa noite de hoje eu já cochilei, já li, já ouvi, já pensei e já chorei. Queria saber me expressar melhor e traduzir nas palavras o que eu sinto agora, mas acho que a exaustão decorrente dos últimos dias de pecador não vão deixar meu cérebro trabalhar direito. Se amanhã eu ainda estiver desse jeito, alivio esse aperto, mas se uma boa noite de sono for suficiente pra me acalmar eu não queria que meus pensamentos ficassem no esquecimento. Se eu ler isso aqui daqui alguns dias vou me lembrar.
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Dan R.
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