segunda-feira, 2 de setembro de 2013

I'm gonna see that I'll go far

Achando esquisito demais ter aberto clicado ali nos favoritos em Several Hours e ver que não escrevi nada em agosto inteiro. Esse mês longo e tumultuado foi foda.
Tive muito tempo pra aceitar e decidir sobre muita coisa e cheguei a uma única conclusão sobre tudo: gosto da direção que a minha vida está seguindo.
Claro que tem coisas que não mudam né, sempre reclamo da faculdade e penso em largar o curso todo o dia, mas reclamar é uma coisa, fazer é outra, e essa é uma questão bem definida. Vou me formar e ser arquiteto sim.
Aliás tô com vários projetos de várias alternativas pro futuro na minha cabeça! E é muito bom isso, porque finalmente caiu a ficha de que eu posso sim fazer o que eu quiser, só tenho que correr atrás. Se mesmo depois de graduado e pós-graduado eu sacar que não vou me satisfazer na profissão, se eu não conseguir um emprego na FG em Balneário ou na Thá em Curitiba, ahh cara, eu recomeço tudo de novo e invento algo pra fazer. Parado eu não fico mais.
Percebi que eu gosto de trabalhar. Cada dia no estágio eu aprendo um negócio diferente e o ambiente é bem gostoso, as horas voam e me sentir útil me faz muito bem. Quando chego na faculdade ainda dou umas escapadas pro bar ao invés de ir pra aula, mas esses dias apresentei sozinho um estudo de caso direto com o professor que eu mais odeio e pra minha surpresa - chorem - não fiquei nervoso, não tremi, não caguejei e ainda consegui justificar cada ponto de vista que eu tive sobre o projeto. Será que eu tô crescendo?
É meio engraçado até ver que hoje em dia minhas preocupações são outras e que infelizmente ou felizmente eu cedi, sim, ao crescer. Houve um tempo que eu renegava absolutamente tudo o que faço hoje: trabalho, universidade, trabalho, rotina, ser adulto, blablabla. Sempre achei uma chatice e imaginava que a vida era muito mais prazerosa se a gente só aproveitasse o momento e soubesse passar por cada dia bem intensamente, stress do dia-a-dia de trabalho não poderia ser certo. Só que a gente acorda e precisa de dinheiro. E pra ter dinheiro a gente precisa ser responsável. Depois de uma maratona de sei lá, 8 semanas saindo sexta/sábado/domingo, sosseguei, ando ficando muito em casa, fazendo meus trabalhos e saio só pra tomar uma cerveja ou outra com poucos amigos. Não que eu goste muito disso mas é que a grana que eu ganho é pouca mesmo.
Finalmente aceitei que não dá pra eu querer ter tudo ao mesmo tempo e que se um dia eu quero acordar numa cobertura na Av. Atlãntica eu tenho que começar de baixo, e é justamente o que eu tô fazendo. Ser estagiário e pior, ser estagiário em Guararema pode não pagar a melhor grana do mundo mas é um começo. No final das contas eu vou ser grato por tudo e dar valor a tudo o que eu conquistar porque foi com muito esforço, não do esforço de papai. O que eu mais quero mesmo é depender cada vez menos dele, já que ano passado o plano vida nova em Blumenau eu fiz questão de arruinar.
Sem brincadeira, chego a sorrir e pensar em como minhas preocupações são outras e ando dando importância a outras coisas que não imaginava que daria. E da mesma forma me alivia muito deixar de lado coisas e pessoas que me faziam mal, me impediam de evoluir e hoje não fazem falta. Tenho tanta coisa importante pra me preocupar e correr atrás que parece que qualquer bobeirinha infantil que eu veja por aí já é tão distante da minha própria realidade que não consigo sentir nada além de alívio por não fazer parte disso tudo mais. Se a minha vida mudou, se eu mudei, nada que me faça tropeçar e cair do cavalo ou vou aceitar mais.
Gosto da euforia no meu peito de querer fazer tanta coisa e do bom-senso que ando criando em mim com relação a cada decisão minha. Já que o momento de transformar o que eu sonho pra mim e planos, pra que um dia eles sejam concretos, não dá pra ter outra coisa além daquilo lá, que é a palavra do mundo corporativo né? Vamos acompanhar e ver até onde eu posso chegar.

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