domingo, 25 de setembro de 2011

I believe

Gentle touch,
you’re breathing on my neck,
looking directly at my soul through my eyes, through my heart
Holding hands, holding bodies
Putting my body into yours.
The real pleasure of life.

Forget all the dirty vulgarity,
                       think about something pure
just honest, genuine, sinless love

to make love, not to have sex
                                                this is what I want.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Fase

Nunca fui o tipo de pessoa que faz milhões de planos e que eles se concretizam, então ao longo dos anos fui parando de viajar nas ideias e continuei vivendo o presente de acordo com o que a vida foi me proporcionando. Há uns 4, 5 anos meu planinho pro futuro, ou pelo menos aonde eu imaginava estar com 20 anos era em São Paulo, morando sozinho, com carro, apartamento legal, fazendo publicidade no Mackenzie, com um emprego legal, levando uma vida adulta que todo mundo espera ter. Que diferença de realidade, né?
Entretanto, sempre fui um cara muito apegado ao passado. Curto até hoje lembrar do que já passou, de tempos bons, memórias, épocas da minha vida que ainda é curta, coisas que dão saudade. Quem me conhece sabe bem disso. Reparem: quantas vezes eu falo “saudades né” num dia? Isso é porque eu sinto saudades o tempo todo. Saudades de pessoas, saudades de lugares, saudades de momentos, saudades de namoradas, saudades de outros ares, saudades de fases que passei. Fases. Algo transitório.
Converso e aprendo muito com uma amiga do trabalho, a Cris, gosto muito dela apesar do pouco tempo de convivência que a gente tem. Esses dias enquanto trabalhávamos na maquete que a gente tá fazendo ela tava me contando uma das milhões de histórias de vida que ela tem (dão um livro, ou mais de um), e ao final dela (que por sinal era ótima) eu cheguei e perguntei “E você nunca mais teve contato com essas pessoas?” e ela disse algo como “Não, passou, ficou pra trás. Foi uma fase da minha vida e eu acho que o que passou passou, não fico remoendo essas coisas, a gente tem que pensar lá na frente.” Cara. Como ela tem razão! Às vezes fico na minha vasculhando as saudades que eu sinto de milhões de coisas, pirando numa nostalgia, tentando sempre manter contato com todo mundo que já teve sua importância em uma determinada época, querendo tudo e todos ao mesmo tempo comigo pra vida inteira, e acho que isso foi mais forte depois que o colégio acabou quando toda a minha rotina mudou do avesso. Eu faço muito isso, fico remoendo o passado como se ele ainda fosse presente mas não é. São fases. A gente tem que passar por muitas coisas, por muitas experiências, mas tem que saber o momento de deixar elas pra trás. Eu ainda não sei, claro, mas me dar conta disso já é um avanço.
A dúvida é: será que eu consigo fazer o mesmo? Não tomando como exemplo mas acreditando que há uma verdade nisso tudo. Sabe, eu tenho um mundo de possibilidades aqui na minha cara, será que as decisões e atitudes que eu ando tomando não são reflexo do que eu sinto falta no passado? Eu poderia fazer mil coisas, mas antes tenho que me conscientizar de que passei por fases, que elas ficaram pra trás, são lembranças só, que tenho que ir em frente e não estagnar pensando que as coisas possam ser como antes algum dia e fazer com que elas voltem a ser como eram.
Não tô abandonando tudo e todos, sei quem são aqueles que vão continuar ao meu lado até eu me tornar um velhinho caquético, mas não posso mais me importar com aqueles que passaram por pura consideração. As pessoas vêm e vão por puro acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Eu, hoje, tô vivendo uma fase. Muito boa por sinal. E me desapegar de coisas e pessoas do passado só vai refletir numa fase melhor ainda no futuro. Vamo que vamo.


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                                                                     “honesty waits here forever”

What’s the point of care so much about someone if she doesn’t say a word to me? It’s sick the way I’m feeling for almost a year. Trying not to think about, playing the avoiding game, acting normal, when in reality I check her life everyday, think about her everyday, dream about her almost everynight.
I don’t know if it’s still love, I don’t know how I can call this feeling anymore.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Galinha

Como bom moço solteiro que sou, ando farreando demais.
Há uns posts atrás disse que tenho que ser feliz e aproveitar minha solteirisse, pegar quantas minas eu quisesse porque é isso que estar solteiro se trata. Não ser de ninguém. Não pertencer a ninguém. Não dar satisfações a ninguém. Porém, é não ter ninguém também.
Nunca consigo ficar plenamente solteiro porque acabo me envolvendo demais. Nos últimos mezes tive alguns casinhos legais que claro não deram certo, óbvio, sou o rei em estragar tudo. Agora, por que? Será que é por que eu quer/vou embora?
Tava com uma menina linda. A gente se via quase todo dia, ela não parava de falar e eu adoro isso porque tenho muito assunto com gente assim. Milhões de coisas em comum, todo mundo dizia que a gente ia dar certo juntos. Sem motivo aparente, sumi, enjoei, não quis mais e não dei uma satisfação. Não me reconheço até hoje.
Outra menina linda. Linda, pequeninha, um nenê que a gente tem vontade de abraçar, fazer cafuné, beijar, se deixar levar, tocar até grudar. A gente conversava muito também, ela era meio excêntrica, gostava de umas coisas meio esquisitas mas nada além do normal, só um pouco incomum. Viam a gente por aí e não acreditavam, era engraçado. Até que uma coisa começou a me irritar: ela era muito safada. Me fala que cara acha isso um defeito? Eu, claro, o mais mongol da cidade. Não conseguia entender essa obsessão e naturalidade em falar de sexo e putaria assim, no meio da tarde, do nada. Nunca entendi isso e mais uma vez, não liguei mais, não marquei mais nada, não respondia sms, sumi. Acho que me ensinaram direitinho.
Recentemente fiquei com o coração apertado por uma antiga paixãozinha que ressurgiu do nada me amando e eu não consegui entender. Papo fluindo naturalmente, um interesse que antes não era recíproco, ela fala comigo todos os dias. E só eu vejo essa menina do jeito que ela é, eu vejo algo que ninguém consegue enxergar ainda, algo por trás das aparências que são poucos que conhecem. Ela é muito especial. Tava achando estranho mas gostando dessa aproximação toda. ATÉ que ontem acho, fui dar uma leve fuçadinha na vidinha dela e vejo que ela fica trocando idéia com ex-namorado/amor/paixão/vida/que não sai da cabeça/lindo dela. Ok. Não sou ciumento, nunca fui, jamais ia ser de alguém que nem tive nada além de provocaçõezinhas de leve. Só não quero mais proximidade, não quero ficar triste de novo, não quero graça e que me enganem. Acho que não é pedir demais.
Não sou o muleque piranha avassalador que pega geral e ilude todas as meninas. Nunca fui assim. Rolos à parte, tenho aquelas meninas de uma noite que aparecem quando eu saio, bebo, pego, (raramente) transo, e faz um bem danado essas companhias momentâneas.
Companhias momentâneas fazem bem por que? Suprem uma necessidade do momento, da carência do momento, da saudade. É ruim saber disso, mas de que adianta ter todas as meninas que eu consigo ter se só uma pessoa vem na minha cabeça todos os dias?
Não vou me privar do carinho que não posso ter, então recorro à outros meios pra me enganar. Finjo indiferença, fico dias sem conversar, sem procurar, ignoro, mas tudo isso é pra eu não me machucar, pra não sofrer. Meu escudo, que me impede de sair correndo te implorar um abraço porque sei que não vou ter.

Do que vale aproveitar essa vida de solteiro que todos dizem ser tão boa se felicidade passageira não completa vazio na alma?

domingo, 4 de setembro de 2011

Eu vou contar uma breve história,

 

Uma tia-avó minha fumou a vida inteira e parou do nada. Sempre alegre, encontrava com ela nas festas da família, um amorzinho de senhora. Gosto muito dos meus primos que são netos dela, e da minha “tia” que na real é minha prima também, filha dela. De uns tempos pra cá essa minha tia-avó começou a ficar muito doente, com dificuldade pra respirar e etc. Minha tia estava levando ela pro hospital quase toda semana, eu não sei direito, só sei que minha mãe vinha me contar o que estava acontecendo com eles. Até que um dia minha mãe disse “A Tia Nené tá passando muito mal, de verdade”. Fiquei temoroso porque era alguém da família, não tínhamos muito contato há anos mas sinto um carinho especial, lembro de quando criança passar tardes e tardes jogando video-game com meu primo na casa dela. Certa manhã, minha “tia” foi levar a mãe dela no hospital quando no meio do caminho, numa avenida movimentada da zona norte de São Paulo, ela parou de respirar. Desesperada, a filha dela se descontrolou, encostou o carro e numa atitude impensada começou a gritar loucamente pedindo ajuda a todos. “Minha mãe está morrendo!” e ninguém aparentemente parecia se importar, as pessoas são muito frias na capital. Até que um cara se ofereceu pra ajudar porque ela não podia dirigir. Não lembro de detalhes e posso estar falando algo que não aconteceu, mas pelo que eu entendi ele levou minha tia e a mãe dela pro pronto-socorro mais próximo. Tudo isso num intervalo de 10 minutos entre minha tia-avó parar de respirar e chegar no hospital. Ressuscitaram minha tia-avó, e a jovem médica que atendeu minha tia chorou ao conversar com ela depois e disse “Eu senti o seu desespero quando você chegou aqui, o dia de hoje foi um dos mais importantes da minha vida, valeu a pena toda a minha faculdade por esse momento”. Infelizmente minha tia adoecida ficou inconsciente e na UTI, por 15 dias, com infecção generalizada e outras coisas que não me lembro direito também. Ela faleceu na última semana, a agonia dela acabou. Como se não bastasse todo o tormento que meus familiares passaram, na hora do enterro os coveiros estavam em greve na cidade (me diz que tipo de lugar coveiros entram em greve? São Paulo). Não sei como meu tio conseguiu uma funerária de outra cidade, um cara brotou aí com um “buffet” funerário e toda sorte de caixão, carro chique, maquiagens, tudo, e quando minha tia perguntou quanto tudo aquilo iria custar ele disse “Nada. Faço isso por amor.” Houve o velório, a cerimônia toda, e agora ela está aguardando ser cremada. O pior passou e minha tia pode descansar em paz.

Agora não é a parte que eu começo a impor minha hipocrisia e dizer “não fumem”. Agora eu chego e digo: como de um dia pro outro nossas vidas mudam. Repentinamente. Brutalmente. Não se pode fazer nada cara, nada. As cartas mudam e quando você acha que o jogo está ganho aparece alguém blefando pra te destruir. Chega a me assustar até. Semana retrasada mesmo roubaram nosso carro, minha mãe ficou louca, mas ainda bem que a gente tinha seguro. E quem não pode se dar ao luxo? Um carro é o maior bem de muita gente por aí, do nada aparece um filho da puta e tira isso de você.
O ponto que eu quero chegar é como fazer pra aproveitar todos os momentos dessa vida que nos foi dada? Os clichês “carpe diem” ou “seize the day” são ótimos na teoria, mas na prática não funcionam. Eu honestamente não sei o que fazer. Digo a mim mesmo pra sair por aí e fazer tudo o que eu puder fazer mas passou boa parte do meu tempo livre em casa vendo tv ou na internet. Meu medo é que de uma hora pra outra algo ruim aconteça e as lamentações de “eu poderia ter feito diferente” começarem. Não que eu não ache que eu não aproveite a vida, aproveito e muito, mas sempre penso que poderia fazer mais, mais coisas, muito mais coisas, e simplesmente não as faço por nenhum motivo aparente.
Mas de uma coisa estou certo: preciso estar cada vez mais ligado à família. Parece exagero da minha parte porque eu nunca fui muito próximo dessa minha tia-avó falecida, mas essa história toda mexeu tanto comigo, ouvir minha tia contando tudo hoje pra nós em sua casa me fez querer chorar, e eu nunca choro. Tenho que aproveitar cada familiar que eu amo, nunca se sabe o que pode acontecer.

Queria muito ter o controle de tudo o que ocorre com cada um, mas não sou Deus. Queria muito saber como viver mais e melhor, me preparando pras surpresas que surgem, mas ainda não sei.
Às vezes é isso que é viver, ter tudo na mão e não saber como agir.
Às vezes é isso que é viver, ter nada na mão mas agir mesmo assim.
Cara é tanta coisa que eu tenho aqui dentro e não consigo expressar.

                                                                                                        i wanna live inspired, i wanna die for something

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