terça-feira, 24 de maio de 2011

trying to find the in-between

Você tem a faca e o queijo na mão, portas abertas pro mundo lá fora, pés que te levam aonde você quer, força, espírito, saúde pra ir sempre, sempre em frente, nunca retroceder. Tá tudo aí rapaz. Acorde cedo, acorde tarde, durma tarde e acorde cedo, dormir é muito bom mas pensando bem é perda de tempo mesmo. Olha esse céu azul lá fora e esse tempo frio, te chamando pra rua. É tão bom.
Fico olhando muitas coisas ao meu redor. Em uma caminhadinha até a padaria percebo as pessoas dando bom dia umas às outras, o cachorro correndo atrás de algum inseto, as árvores balançando, um carro fazendo alguma merda no trânsito, sinto o vento gelado no meu rosto, uma criança me cutucando, vidas vivendo. Tá tudo aqui bem na minha frente. No final das contas mesmo são as pequenas, bem pequenas coisas que importam.
Ando com essa neura positiva de fazer alguma coisa diferente cada dia que passa. Não vale a pena acordar, ligar o computador, ir pra academia, depois faculdade, depois ligar o computador de novo e ir dormir. É um puta disperdício, não vou ser jovem pra sempre. Também não vale a pena reclamar de tudo, que estou desempregado, não tenho um centavo no bolso, quem eu amo não me ama, que meus pais não pensam em mim, que meus amigos não me ligam, que tá tudo uma merda, que nada dá certo, do que adianta? Tirando a questão do emprego (que eu já desisti porque me mudo em menos de 2 meses e aparentemente não existe um trabalho temporário por essas bandas), sabe, arregaço as mangas e vou seguindo por aí ao invés de ficar debaixo das cobertas falando bosta pra mim mesmo ou chorando pelos cantos querendo abraço. Eu posso fazer absolutamente tudo o que eu quiser. E eu tenho feito muita coisa boba mas que pra mim são tão importantes. Pego o carro, coloco na melhor playlist que eu fiz nos últimos tempos e saio sem rumo algum por essas dezenas de estradas que dão em todo lugar aqui, cantando, gritando, parando nos lugares mais aleatórios, fotografando cada galho com folhas verdes. Passo horas com meus cães recebendo amor gratuíto no meio da grama. Mando uma sms pra algum amigo de longe só pra dizer que tô com saudades. Gasto o dinheiro que não tenho mais pra ver gente que se importa comigo e bebo, bebo, bebo mesmo, porque o êxtase e a alegria que se sente quando se está bêbado pode ser momentânea, mas as memórias dessas noites ficam pra sempre eternizadas. Dou olá pro cobrador do ônibus. Beijo meninas que não conheço, beijo meninas que já conheço também. Apago a luz do quarto e deixo que a minha música favorita me faça feliz. Desenho. Projeto. Tento estudar, mas tem outras coisas mais atrativas no momento pra se fazer. Aperto as bochecas da minha vó e digo “minina linda”. Gosto de pular na balada, com o copo pro alto e gritando junto com todo mundo. Choro vendo meu filme preferido mas é um momento que também faz bem apesar das lágrimas. Não é isso que é viver? “Seize the day”.
Não adianta, nada vai mudar se você continuar com a bunda no sofá se perguntando porque nada é do jeito que você quer, deixe o drama pra quem pode se dar ao luxo de ser dramático. A gente já tem tudo o que precisa, tá tudo aí na nossa frente, é só chegar e fazer as coisas acontecerem. Um dia tudo vai acabar.

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                                                                   “one temporary escape, hard to control when it begins”

terça-feira, 17 de maio de 2011

Miss me

Tem um episódio de How I Met Your Mother que o Marshall decide pedir demissão do seu emprego porque não tem absolutamente nada a ver com ele o trabalho corporativista. Ele toma essa decisão na vida dele. Quando já está tudo certo, de uma hora pra outra, ele percebe que gosta de tudo aquilo, do stress, das pessoas falsas, das piadas maldosas e etc. E a explicação natural que ele dá é que quando você sabe que vai perder alguma coisa acaba gostando dela porque já se tornou parte de você, já se tornou rotina. Achei meio brisa. Quando se está insatisfeito com algo, mesmo que já seja rotineiro, mudar pra melhor não é a medida mais sensata a se fazer?

Cada dia que passa uma borboleta a mais passa a habitar meu estômago. Fico pensando nisso o tempo inteiro, odeio ser tão ansioso assim porque tenho mil outras coisas pra me preocupar ainda. Aí me pego sentado numa manhã de outono na varanda do andar superior, recebendo o solzinho que não esquenta e olhando pra rua. É uma vista temporária agora. Sexta e sábado estava na casa da Ná, fui pra varanda do quarto dela fumar como sempre faço quando estou por lá. Olhei pra vista da varanda e fiquei pensando: puta que pariu há quanto tempo eu não conheço essa vista e parece que foi ontem que vim pra cá pela primeira vez? Acho que a casa da Ná tem mais história do que a minha própria casa, pelo menos quando se trata dos meus amigos e eu. Sábado fui pra balada com ela e depois pra outra balada com outros amigos e vi muita gente que não via há muito tempo e sabe, eu moro na cidade vizinha da maioria das pessoas que eu gosto e mesmo com 20 min de distância passo semanas, meses sem ver gente que antes eu via diariamente ou pelo menos todo final de semana.
Me diz como e quando as coisas ficaram tão complicadas pra todos nós? Se 20 minutos de carro daqui até mogi ou 50 daqui até São Paulo são um empecilho pra poder passar horas boas com gente que se gosta, como vai ser daqui pra frente já que cada um tá com seu emprego, faculdade, namoros, vida? Eu fico pensando em tanta coisa que já passou, em tantas memórias boas com tanta gente. Parece que de uma hora pra outra são outras pessoas, outras coisas acontecendo, que todo mundo se perdeu. Poxa eu gosto de contato, tento manter contato com todo mundo mesmo que seja difícil, mas gosto muito mais de reciprocidade. Sei que digo que odeio essa cidade, odeio mogi, não tenho mais saco pras fofoquinhas da turminha descolada mogiana, nem pra faculdade, nem pra São Paulo, nem pra mais nada, mas porra eu tô indo embora e sei melhor ainda que na verdade eu amo tudo isso. Não sei se isso tá acontecendo igual aconteceu com o Marshall, mas eu me pego em uns momentos do dia-a-dia como hoje quando fui à pé até o banco e sei que vou sentir falta daqui. Eu vou sim, posso falar o que for de Guararema/Mogi/São Paulo mas eu vou sentir falta. E vou sentir mais falta ainda das pessoas, dos meus pais e irmã, dos amigos. São detalhes, deja vus diários, lembrancinhas que invadem minha mente todo dia, coisas boas que passei por aqui, porres, amores, risadas. Vou sentir saudades. Eu vivo com saudades de tudo né. Ao mesmo tempo por favor, compreendam: se eu não fizer isso hoje não vou fazer nunca mais. Me entristece quando gente que nem é tão íntima assim diz que eu tô cometendo uma loucura ou que eu vou me fuder, vai dar merda e etc. Cadê a consideração? Apoio galera, amizade é isso. Amizade é pra tempos bons, ruins e mudanças. Eu não tô morrendo partindo dessa pra melhor (na verdade eu tô indo pra uma melhor sim), sõ vou ficar um pouco ausente. Ausente mas sempre presente, de alguma forma, como eu tenho sido nesses últimos anos. Não é minha falha somente se a distância entre eu e alguns queridos não é mais só física, mas quero sempre manter contato. Fiquem feliz por mim porque eu tô muito feliz, não digam que estou sendo egoísta, que fiz novos amigos e esqueci dos antigos. Só eu sei como amo cada amigo verdadeiro que tenho.
A vida de cada um tá tomando seu rumo e a minha também.

 

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                             what if we die? no end and no conclusion

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Put some feelings where I can’t see, hide them from me please (only by now)

De tempo em tempo tudo passa e se ajeita. Mais uma vez, achei que isso não seria possível! É sim e foi.
Putaria, amor, ciúmes, paixão, tristeza, choro, saudade, embriaguez, desprezo, apego, euforia, alegria, insatisfação, toque, cheiro, abraço, carinho, é muita coisa pra uma pessoa só, ainda que são essas coisas que me fazem sentir vivo por aí.
Tanto faz quanto fez (também não é assim), com o tempo eu acordei.
Não estou negando sentimento, apenas aceitando a ausência dele dentro de mim. E olha, essa é uma ausência que eu tô gostando.
Pra caralho.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

so I’m gonna start everything with boundless freedom, limited life, endless memories

Sunday morning comes and the rays of light wake us. I’m laying on the floor half-naked, dizzy, almost throwing up everything from last night. I kinda like this feeling. You’re on our dirty sofa breathing with your mouth open. There’s no food, only beers and cigarrettes but I’m trying to quit smoking. So I take a beer for breakfast while you’re fighting with the sun and refusing to get up. I can’t stop laughing. Everything is a mess but I honestly don’t care. I am where I belong now.
We get on our car and drive hours and hours with no place to go, an infinite destination that we’ll never know. Oh my friend you know you can always count on me whenever I am, I’m here to share happiness and loyalty. This road has no end.

Let’s drive, let’s run away. Let’s drink more, laugh more, have more fun, let’s live more. Let’s live without fear. There’re a plenty of girls just waiting for this.
Here comes a life that runs fast and I don’t give a shit if I die young.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

tears of joy

I’ve been in a state of mind that is pure and extreme happiness. As the time is running and the year is passing, everything seems to be going to the right place. Now I understand many things that I couldn’t months ago. It’s way too simple now.

I’m not thinking as my favorite song says anymore: “I’ll wait ‘till the perfect time, think of all the perfect lines.” It’s not healthy wait for something that might never happen again, I have to accept that the kind of enchantment that you used to have for me is now completely gone, let’s just be friends, I’ll try hard to be only friends. It’s so good when you finally realize and admit that the impossible exists and you can’t fight with it. A few posts ago I said “turn can’ts into cans” but there’re can’ts that can’t be changed. That’s how it works, let’s face it.

Yesterday I cried on a bus far away from home, but they’re tears of joy. Now I know where I belong, now I know I’ll be back soon, now I know there’re people that care about me, now I know I have an amazing future right there in front of my eyes. I'm loving the course my life is going through, all the unexpected reality I’m seeing, all of this love I’m feeling everywhere.

All of this love I’m feeling everywhere, in everyone.

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