sábado, 11 de julho de 2015

it was a suicide saturday

to aqui deitadinho na sala de lareira há horas dando scroll na vida online com aquele apertinho no peito de sempre, entediado, sem saber se vou dormir ou comer mais um pouquinho. já tava sentindo falta de noites como a de hoje que antes de viajar eram tão frequentes, tô vendo que esse hábito não vai mudar tão cedo.
antes de começar a escrever eu pensei “nossa, tinha prometido escrever mais em 2015, não escrevi muito” e ao invés de fechar o notebook e me arrumar pra dormir, resolvi abrir o editor de textos e cá estou, sem ter o que escrever, mas só escrevendo. pra variar eu to bem tristinho quietinho o dia todo, só que agora o mundo vai ter que me aturar mais chato que o normal porque eu voltei do intercâmbio, voltei de nova york que foi irado em so many levels e caí de para-quedas no desemprego e nessa cidadezinha de merda. minha inquietação com o presente é totalmente proporcional à minha falta de ânimo pra mudar qualquer situação. to com um pouco de medo de voltar a me fechar, querer dormir toda hora, surtar com coisas banais, não to nem querendo lembrar da faculdade pra não começar a chorar toda hora. ou eu sou bem mimado, ou eu tenho um problema (ou as duas coisas). mas que pra mim é dificil aceitar o que eu não gosto é, então melhor voltar pra terapia. ia ser muito mais fácil se eu nascesse de novo, assim como seria muito mais facil dormir muito e não encarar a vida. to sempre querendo o caminho mais facil das coisas apesar de quebrar a cara constantemente fazendo essas escolhas. pro desespero dos meus pais, meu intercambio não só não ajudou em nada nas minhas questões profissionais e pessoais como eu continuo o mesmo banana de sempre que prefere chorar sozinho a resolver meus problemas. mais bicha do que nunca, tô quase pensando na carreira de drag queen na noite pra sustentar minha vida adulta, já que infelizmente dilmãe não tá colaborando com qualquer perspectiva de sucesso profissional que eu vagamente tenho (traindo o movimento). posso ser exagerado mais que tudo só que voltar dos eua tá sendo uma bosta maior do que eu imaginava e to passando pela mesma coisa que passei quando voltei do sul ou quando voltava pra visitar todo mundo que é perceber que nao sou importante, a vida dos outros nao parou, e ninguem faz muita questao de me ver como eu faço questao de ver os outros e isso me deprime e me dá raiva, mas me dá raiva por saber que eu sou pamonha e não aprendi a lição. não sou o centro do universo e meu egoísmo me fere mais do que qualquer pessoa. além de dominar a arte de reclamar, ainda quero ser querido por todos e que um emprego caia no meu colo. e esse post acaba com qualquer chance minha de entrar de novo no mercado de trabalho de qualquer empresa grande. boa noite.

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