sexta-feira, 11 de março de 2016

Quando ele voltar

“Quando ele volta?”
“Tem falado com ele?”
“Ele já tá chegado?”

Não sei.
Não tenho falado.
Depois de tanto tempo longe eu nem me lembro mais direito porque nós terminamos. Só sei que teve choro, chorinho antes de dormir, ao acordar, mas as lágrimas secaram e hoje eu tô aqui de novo, solteiro.
É estranho porque essa época ano passado foi uma das melhores fases da minha vida, a gente tava no comecinho, se conhecendo, se afirmando, saindo sempre, se vendo todo final de semana, transando muito, fazendo muito carinho e fazendo muitos planos também. A vida sempre me pega de surpresa e me faz tomar decisões que às vezes me questiono, mas nunca me arrependo. 
Se hoje estou solteiro foi porque em algum momento de setembro, dadas algumas circunstâncias, eu quis isso. Mas de uns tempos pra cá..
2016 começou e o facebook faz questão de me lembrar de 2015. Vejo fotos, posts, lembranças de um cara que virou meu mundo de cabeça pra baixo e que me fez muito feliz mesmo. Me fez dizer “eu te amo”, pela segunda vez na vida. Mexe comigo. Mexeu comigo.
Minha carência crônica de fato é desequilibrada, compreendo, porém eu sinto muito bem a diferença na batida do meu coração. 
O que ele quer dizer quando acelera assim só de pensar em você, meu bem?
Será que esse passado tem algum futuro ainda?
Que o presente me diga. 
Quando você chegar.

domingo, 6 de março de 2016

A Morte do Tadinho

Bato na tecla e fico repetindo pra mim mesmo o conselho que a Laura me deu. “Pelo menos tu sentiu algo”. De novo escrevendo isso, mas dessa vez é pra me parabenizar.
Infelizmente criei a mania de me menosprezar e me auto-denominar o tadinho sempre que as coisas não saem como meu coração apaixonado maluco quer. É muito mais fácil me culpar, me sentir um bosta, ficar me perguntando o que fiz de errado e sempre procurando numa linha do tempo imaginária qual foi a minha atitude que desencadeou o processo do fim. Aqueles dias sem se falar, o silêncio nas redes sociais, a falta de interesse quase que repentina, e por aí vai. 
Só que por incrível que pareça (com o perdão do meme): parece que o jogo virou?
Minha última experiência me acordou de uma forma tão inesperada que eu nem consigo descrever direito. No começo, claro, banquei o maluco. O sincerão comigo mesmo, como sempre fui. Nunca tive medo de correr atrás, dizer o que eu sinto, falar o que eu quero. E talvez meus amigos estejam certos, talvez eu assuste as pessoas com meu jeitinho, mas quer saber de uma coisa? Se a transparência verdadeira assusta, eu não quero ser opaco mentiroso.
A verdade é que esse fora repentino (mas não imprevisível) colocou minha auto-estima nas alturas como nunca. Caí na real e acordei pra uma realidade que até então eu me negava a acreditar. Eu sou legal pra caralho.
Eu sou legal pra caralho, eu sou gente boa pra porra, eu sou um puta de um gatinho, eu sou brother companheiro pra qualquer aventura, eu sou fiel, eu sou honesto, eu sou carinhoso, eu sou inteligente pra cacete e eu sou um puta bom partido (apesar de desempregado). De verdade, eu nunca me amei tanto. E é muito bom me amar.
Agora que eu me amo não tem mais desculpa. Vai ser difícil alguém me enrolar, porque na moral mesmo, se não quer ficar comigo é porque realmente não deu match, não é culpa minha, não é culpa do outro, é o universo que diz que não vai rolar. Não sou errado, não sou imaturo, não sou irresponsável, não sou promíscuo, eu sou é muito do legal pra ficar sofrendo á toa. E por mais que eu já esteja exausto de ficar conhecendo gente por aí, não quero mais perder tempo sofrendinho por ninguém enquanto o amor da minha vida pode estar me esperando. A gente vai se conhecer, é questão de tempo e de algumas pessoas a mais que vão entrar e sair da minha vida.
Eu quero me amar mais pra poder amar mais os outros. Não sou mais tadinho e eu mereço muito alguém que me queira pra ficar do meu lado. Sem indiferenças, sem joguinhos, só carinho, leveza, risada, beijinho. Só amor.
Me nego a aceitar menos do que o melhor pra mim.

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