segunda-feira, 28 de julho de 2014

quase verdade, autossabotagem

Acho que existe uma diferença entre falar e acreditar no que se diz. Não que eu diga mentiras, mas quando notei que encho a boca pra dizer certas coisas que na realidade é o modo como eu gostaria de agir, e não que já aja dessa forma. De tanto dizer dizer dizer, sou. Mas quando fecho os olhos, olho pra mim mesmo e sinto: falta muito ainda.

faded to loneliness




Life has the habit of playing with me several times until I give up.
Isn’t it ironic that finally when I get what I’ve always wanted, I keep looking for who I’ll never have? Still, the one I can’t have?
Don’t wanna choose any side, i feel I should run away.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

estranho normal, afinal

Mistura de medo com angústia por não poder fazer um monte de coisa que eu quero mas vai além disso: não poder dar pros meus pais muita coisa que eles esperam de mim.
É foda eu pensar mas é meio que a realidade. Devia só pensar em mim mas não consigo escapar dos outros.
Pra eu poder dizer foda-se pra todo mundo antes eu preciso parar, respirar, olhar no espelho e dizer "é isso" com convicção, e essa eu ainda não tenho.
Repito pra todo mundo que to de boa com o agora e amanhã mas sinceramente me assusta pra caralho. O olhar me desestabiliza e corro o risco de chorar. Acabo calado e fechado, esperando passar. Não vai.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

tiempo yo


Há alguns dias atrás levei um soco na cara de uma pessoa bem importante pra mim, mas de um jeito bom, positivo, que eu precisava pra sentir dor e acordar pra realidade. Ela falou sobre o tempo.
Dentre tantas falhas minhas uma grande é a procrastinação e em como eu desperdiço meu tempo. E ela tocou justamente nesse ponto, em como a vida vai passando e eu perdendo tempo com bobeira e com gente que não vale a pena. Sei disso, não mudo.
Tô grande já. Preciso me virar, correr atrás, pensar em mim, fazer por onde. Quero (mais do que os outros me vejam até) me ver como Daniel, o cara que realiza coisas, que faz isso. Não como o manézão perdido na vida reclamando no twitter. Quanto mais velho eu fico maiores são as consequências das minhas escolhas e isso me assusta pra caralho. Até sei lá, umas 3 semanas atrás eu não pensava muito no amanhã e achava melhor aproveitar o percurso até chegar em algum lugar, mas hoje só de eu pensar aonde quero chegar eu entro em colapso, travo, choro, e não ser assim não. É difícil pensar pra valer no que se quer fazer com a sua vida quando você não tem a menor ideia nem quais são suas paixões.
E falando em paixões, outra coisa que me foi dito é que eu devia não perder tanto tempo com pessoas. E me foi dito bem assim: “Ter rolos com quem não te chama atenção só pra não ficar sozinho? Pra que? Quando você conversa com alguém você tá investindo tempo na pessoa. Quando você sai com ela, tempo e dinheiro. Não dê seu tempo pra alguém que você sabe que não vai virar em nada, e isso a gente geralmente sabe de cara ou após umas poucas conversas.” Caí no chão.
Cada paquerinha sem sentido minha é tempo que eu investi a toa, a troco de nada, sendo que eu sei que a pessoa não vale a pena. Eu fico nessa de querer namorar, amar alguém e me entregar e acabo atirando por aí na tentativa de acertar um alvo. Geralmente fico sem balas. Sozinho. E investindo tempo que não volta mais.
Dolorido é saber que eu já sei o que é o certo, só que é muito errado também. Mas esse aperto eu aprendi a deixar pra lá.
Vou aproveitar o que me resta das férias valorizando meu tempo. Pensando pra caralho em mim antes de qualquer pessoa, quero me conhecer melhor, saber lá no fundo dos meus desejos e ir pra frente. Chega de ficar parado. Chega de ficar sozinho também.
Quero de verdade ser alguém e ter alguém. Vou fazer tudo certo.

sábado, 5 de julho de 2014

eu antes

Faz um bom tempo já que meu pai me diz a mesma frase “você faz de tudo pelos seus amigos mas o que recebe em troca é muito pouco” e eu, de adolescente que sempre fui, sempre ignorei o que ele dizia. Passei anos colocando meus amigos num pedestal mas acho que isso faz parte de uma fase que todo mundo passa, essa valorização sem limites. A diferença é que hoje eu enxergo quão trouxa eu fui em várias situações.
Amo meus amigos, muito, todos eles, de coração mesmo, mas eu aprendi algo de uns 2 anos pra cá e na verdade tenho colocado em prática há bem pouco tempo: não corro atrás de ninguém e não me prejudico mais por ninguém. Talvez pelo Alex, pela Kiki, os mais próximos, mas no geral eu venho antes de qualquer pessoa.
Quer sair comigo? Bora. Não quer, ok, não insisto. Quer vir pra guararema passar um fds de preguiça e muito papo? Ótimo. Não quer? Então beleza, porque eu tô bem sem grana pra ficar me deslocando tanto por aí. Fora que assim, além dessas tem aquela coisa de às vezes mentir pra ir fazer alguma coisa legal e eu não tenho mais idade pra isso.
Não encubro mais merda de ninguém, não me sacrifico em prol de ninguém, não coloco ninguém mais na minha frente. E eu já fui do tipo que preferia trabalhar na cidade vizinha só pra ficar mais perto do pessoal e marcar rolezinhos ao longo da semana mas já fiquei quase um ano acordando as 6 e indo dormir meia-noite por causa disso. Troquei mil vezes minha família por amigos e hoje eu acho que é bem raro eu dar uma dessa. Prefiro viajar com meus pais ou ir pro sítio da minha vó dar risada com a família do que sei lá, ficar em casa sozinho deprimido mas porque à noite tem rolê. Será que eu tô crescendo?
É baita bom ter um monte de amigo e eu ainda acredito que uma amizade verdadeira é pra vida toda. Só que hoje eu não faço questão mais em me dobrar do avesso pelos outros sendo que quando eu mais preciso ninguém dá bola ou não se esforça tanto quanto eu. E sei lá, acho que já passei da hora e cheguei no momento que se eu não penso primeiramente em mim, quem mais vai pensar? Tenho muita coisa pra fazer e tem uns amigos “amigos” que são mais distrações do que relações verdadeiras. E se eu não fizer por mim, ninguém faz.

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