sábado, 31 de dezembro de 2011

Straight from my head

Ok, não é a intenção fazer nenhum post com os prós e contras do ano que passou, mas já que passam da meia-noite, eu estou em casa meio deprimidinho e hoje é o último dia do ano, não custava nada escrever no melhor o-que-vem-na-minha-cabeça style. Unf. Tá.
Então, passei um dia bem tranquilo e egoísta, meus pais arrumando altas coisas pro “ano novo em família em casa” de amanhã enquanto eu deitei no deck de bermuda pra pegar um sol por horas. Não quis ajudar ué, me desculpa mas não fui eu quem chamou todo mundo pra casa então não vou arrumar. Beleza, passei um dia bem tranquilo e sem ressaca da noite anterior, conversei com um brother meu e ele me contou umas coisas que eu até tinha uma certa curiosidade em saber e gostei de saber afinal, mas isso não vem ao caso. Ai não sei o que escrever??????? Tô com uma fome maluca.
Haha, esquisito isso de escrever o que vem à mente, acho que me desacostumei. A real é que eu tô com uma vontade de chorar quietinho no meu canto mas não quero, odeio chorar cara. Ainda mais por bobagem. Vai ver não é bobagem, mas sei lá. Tinha uma fala no filme que eu vi agora pouco que dizia algo como se tal mulher fosse o amor da vida do pai do dylan e ele deixou ela ir porque era orgulhoso demais pra dizer o que sentia. Achei isso tão triste porque pensa, você desperdiçar a chance de viver esse amor da vida por puro orgulho, ter um arrependimento pelo resto dos dias e persistir no orgulho de não procurar o amor outra vez, continuar vivendo não digo triste mas não tão feliz quanto você poderia ser, não soa terrível? Fui orgulhoso e ainda sou com uma pessoa só, mas só sou porque muitas vezes deixei o orgulho de lado e infelizmente já me humilhei algumas vezes, então é o orgulho até que aceitável, triste ainda assim, mas aceitável. Me perguntei se eu já passei pela vida de alguém e esse tal alguém pensou que eu pudesse ser o amor da vida dela e não falou nada pra mim por orgulho. São coisas que não se escondem, que têm que ser ditas sabe? Odeio esse medo que todo mundo tem de entrar de cabeça em algum tipo de relacionamento, até eu criei esse medo esse ano, e fui uma das coisas ruins desse período pra mim. “If you like me, let me know”, já li isso em algum lugar.
Escrevendo a última frase me faço outra pergunta: como eu posso ser tão narcisista achando que tem gente que gosta de mim e não me diz? Ai, na moral, por que eu sou assim? Tão carente, querendo sempre estar conversando com alguém, passando numero do ce-lu-lar na internet pra ter uma distração, que mané meu, que mané! Preciso parar com isso e muita coisa também. Já fui logo apagar os tweets???? Nossa tá melhorando o lance de escrever o que tá na cabeça. Continuando com o lance de atenção, queria estar com uns amigos agora ou que eles estivessem online só pra eu poder falar falar falar e eles falarem falarem falarem e poder ao menos dar risada e tirar essa vontade nada a ver de mim. Amanhã começa um novo “ano” (na real inventaram essa parada né, nunca vamos saber quando um novo ciclo se inicia porque nunca vamos saber de onde ele começou na realidade, nossa to viajando???) e é sempre a mesma coisa de você (eu) fazer mil promessas de que vai ser mais saudável, parar de fumar, fazer exercícios, ser bonito, ler mais, criar, estudar mais, ir bem na faculdade, se empenhar e tal com mais um bônus de que eu ainda tenho que arrumar alguém pra morar comigo em Blumenau e garantir que o apartamento daora que eu vi não seja locado até eu arrumar alguém, isso tudo antes das aulas começarem em fevereiro!!!! Só de pensar já me cansa e quero mandar tudo pra puta que pariu, passar o verão inteiro na piscina e pedir pra que alguém resolva toda a minha vida pra eu só chegar e vivê-la. Às vezes fico sem saúde pra mim mesmo e pra algumas bostas que eu falo, que eu acabo de falar, pensar, sei lá.
Certo, pra piorar começou a tocar Adele, acho que é uma ótima noite de depressão na frente do computador escrever. Não me chame de gay por ouvir adele. Essa música é muito linda, dont you remembeeeeeeeeeeeer the reason you loved meeeeeeeee??? Tá.
1:23 olha que legal o horário, 123. A verdade é que eu menti no começo do post porque cairam umas 2 lágrimas assistindo o filme hoje, e olha que era uma comédia?? É que a parte lá com o pai do dylan realmente me deprimiu sei lá. Não vou entrar nessa de novo.
Sabe o que eu acho esquisito? Isso de chegar e pensar “não vou me envolver com ninguém emocionalmente, só quero sexo”, tipo, como isso funciona pra algumas pessoas e outras não? Eu queria muito conseguir sem assim, só satisfazer as vontades físicas e acabou, cada um pra sua casa e até outro dia. Não que no momento eu tenha alguma amiga que a gente transe, mas acho que não conseguiria fazer isso do mesmo jeito. Falei pra um amigo esses dias que o meu problema (o dele também) era que eu acabo me entregando demais a qualquer uma que eu esteja gostando, ficando e acabe lotando ela de informações sobre mim e num curto espaço de tempo ela acaba me sacando e me conhecendo por inteiro, daí ela se cansa e obviamente me acha chato e parte pra outra. Só que o que acontece é que antes dela partir pra outra quem parte sou eu, nunca ninguém terminou comigo, não diretamente (fingir que nada aconteceu um dia conta?). E mesmo sabendo disso hoje em dia continuo fazendo isso, acabo inconscientemente mostrando minha alma pra ela seila quem quer que seja até que ela enxerga, vê que não tenho nada demais e se entedia. O negócio é que precisa existir um mistério pra gente sempre conhecer algo novo do outro a cada dia. Sempre se surpreender. Na real surpresas é o que é mais legal em qualquer espécie de relacionamento, seja ele sério ou não. Imagina você sei lá casar com alguém e já conhecer cada pedacinho da pessoa, e nem as mudanças com o tempo dela te surpreendem mais? Daí surgem os divórcios. Pessoas cansam umas das outras tão facilmente. E. eu não sei vocês mas, eu me considero alguém muito “cansável”. Pronto, quem ler já vai pensar que eu só tô falando isso pra que me digam depois que não não sou nada disso e receber um elogio porque é isso que as pessoas pensam, só  o pior, mas não, eu só tô sendo honesto comigo e com sei lá quem teve saco pra ler até aqui (espero que sejam poucos). Só tô sendo honesto. Tem dias que me dá uma invejinha branca de alguem aí que eu ja fui apaixonado que uma vez disse pra outra pessoa assim “não sei o que há comigo mas as pessoas se apaixonam por mim” e olha ela não está sendo egocêntrica, é a mais pura verdade! Só eu conheço uns 5 caras de ouvir falar que já foram loucos por ela. É que ela é assim, justamente o oposto de mim, tem essa coisa toda misteriosa, enigmatica até, que você convive, conversa, chega perto, beija, transa, cheira, mas não consegue decifrar nem entender, daí se apaixona por isso e se entristece por isso e se fode de amor por isso também. Há dias que eu queria ser desse jeitinho, imagina o ego de alguém assim, saber que tem sei lá quantos que são apaixonados por você. Queria ter essa característica, deve ser genética, de fazer com que os outros se apaixonem por mim. Deve ser difícil também, claro, partir corações alheios, mas nem todo mundo sai feliz da história né. Cansei de pensar nisso.
Quero agora focar no que estou em falta: ler, estudar, desenhar, fotografar, pintar talvez??????, me informar, conhecer coisas novas, me empenhar mesmo em arrumar alguém pra morar comigo e dar um jeito nessa vida porque tá complicado. Infelizmente não tem ninguém que possa resolver ela por mim. Nem meus pais, se bem que uma ajudinha deles, em especial do meu pai, não iria me prejudicar em nada, mas aparentemente ele não quer interferir no que eu vou “decidir pra minha vida” então é só eu e sei lá Deus. Só queria mais tempo agora. Pensa que ja já eu vou ter 21 anos tá. Que merda. Ai que legal esse post né, falo falo e não falo nada com nada, vai entrar pra história do pior de todos os tempos disso daqui. Esqueci de colocar na lista acima que quero comprar um long e aprender a surfar ainda esse ano. Como eu digo todos os anos. Só mais uma promessa. Falando em promessas eu prometo que não vou me apaixonar ano que vem (talvez pq eu ainda esteja????? zuera. que duvida?????) por ninguém, nem ninguém que atualmente eu ande achando interessante, tô prestando atenção em umas pessoas e pensando nelas demais até mas são amigas, não quero sair da zona do conforto e perder amizade nenhuma então vou ficar na minha. O pior de tudo é que é só eu dizer que não quero gostar de nenhum mina porque eu sei que vou me fuder lá na frente é que é exatamente isso que vai acontecer. Sei que a primeira mina que eu conhecer de diferente e ficar com ela quando eu me mudar já vou fazer festa soltar rojões e achar que é a menina mais legal do mundo porque eu sou assim, só não conto isso sempre. Ou seja promessa anulada. Tô com muita fome.
Olha aí, fiz o que eu disse que não devia mais que era ficar falando de mim e fazendo com que as pessoas me conheçam intimamente até elas se enjoarem de mim. Sério que tem horas que eu penso que não devia escrever aqui mais, que deveria deletar twitter, facebook, essas coisas e fazer tudo de novo mas sem mostrar nada pra todos, ficar na minha, reservado, curtindo um longo migué e vivendo essa vida offline que eu tanto gosto sem depender da online também. Só que daí desencano sem motivo algum. Será que eu faço isso tudo pra um bom começo de 2012? Tenho algumas horas ainda pra decidir e pensar sobre. Acho que vou lá comer algo. Quase 10 pras duas da manhã do último dia de um ano que foi bom pra caralho pra mim e eu acordado apreciando essa lamúria que sou eu mesmo. Beleza agora eu vou comer, escrevo alguma coisinha com mais sentido ano que vem.

sábado, 24 de dezembro de 2011

The story only just, it just began


É nessa época de metade de dezembro que parece que o universo conspira pra que você pense mais, reflita sobre o ano que passou, planeje ou só organize tudo o que você quer para o ano que vai chegar. Pessoalmente acho tudo isso um saco, não devia ser assim só em um período determinado, é sempre hora pra parar e pensar um pouco no que se quer e no que se está fazendo. Mas acabo sendo levado por esse clima todo de esperança e mudanças, penso mais do que eu devia (olha o problema).

Chega a ser triste eu parar pra pensar e me perguntar: o que eu quero pra mim? Não só pra agora, pro ano que vem ou pra daqui uns anos mas no geral, o que eu quero pra mim?
Poderia muito bem ser ingênuo com a minha realidade e querer abraçar o mundo inteiro, fazer tudo o que eu quiser fazer, mas não é assim que a banda toca. Bem que poderia tocar.
Quando penso num futuro – seja ele próximo ou não – me vejo de tantas maneiras diferentes que acabo não enxergando com detalhes nenhuma delas. Sei que quero ser, ter, fazer muito por aí. Uma parte de mim grita desejando que eu me acalme e que faça com que o combo vida feliz aconteça de qualquer forma. Daí sou eu pensando que lá pra frente eu quero conhecer a mulher da minha vida, casar, ter uma carreira, um nome, construir minha casa em um condomínio fechado seguro e cheio de verde mas próximo do trabalho, quero ver meus filhos animados nas férias pra ir pro apartamento da praia, dar um carro pra cada um quando fizerem 18 anos, quero que eles façam intercâmbio, quero dar tudo a eles, quero fazer da minha mulher a mais feliz que já existiu, viajar com ela, mimar muito, dar presentinhos, beijo, dizer que a amo sempre, quero uma vida a dois pro resto da minha vida. Rebatendo com um tapa na cara essa viagem, olho pra mim hoje e é quase certo de que eu nunca vou ter nada disso. Pode ser coisa da idade, pode ser fase, mas e se não for? Me chamem pra sair, me chamem pra beber, me chamem pra diversão que eu vou dar um jeito de ir. Em um canto só meu, imagina tudo o que eu vou fazer que aconteça. Também quero estudar. Meu pai disse que se eu me fuder e me esforçar até os 25 anos com muito estudo e trabalho, depois eu só colho os frutos de tudo isso, vou confiar nele daqui pra frente. Mas não me imagino ultra bem-sucedido, só me vejo bem. Quero meu apartamento e meu carro, quero poder viajar, quero poder sair sempre que eu quiser e fazer tudo o que eu quiser sem remorsos. Quero conhecer mil pessoas diferentes, quero aprender com cada um que passe pela minha vida, sempre agrego um pouco mais. Por que uma vida de solteiro me parece tão boa e tão triste ao mesmo tempo? Como consigo querer 2 coisas tão distintas?
Tento não olhar muito pra trás e ver as merdas que já fiz, se aprendi na época com elas ótimo, se não, não vale a pena lembrar. De uma coisa estou certo: não me arrependo de nada feito, só do que deixei de fazer. A vida tá aí pra viver e se arriscar né. Por isso fico pensando além do que devia sobre o futuro e o que eu quero pra mim. Penso muito e faço pouco, confesso, mas tem gente que nem pensa, então já é meio caminho andado.
Tenho essa pira na cabeça de que eu tenho que realizar algo concreto que me dê prazer. Vou comprar um moleskine pra mim de aniversário (aceito de presente também), quero desenhar, preciso desenhar, que espécie de arquiteto quero ser se não sei e não desenho? Isso tem que mudar. Voltarei a fotografar que nem antes, não faz sentido não arrumar tempo pra isso, não faz sentido deixar de fazer algo que me faz bem porque tem outras coisas que eu não gosto de fazer e têm de ser feitas (isso não é o que eu chamo de responsabilidade). Está nos planos também aprender outra língua. De início francês porque sempre gostei, mas com toda essa coisa de blumenau eu até encararia um alemão, acho bem massa também. Não quero focar daqui pra frente em nenhum amor, mas uma namorada não cairia nada mal nos meus braços daqui pra frente (em outros lugares também), só preciso parar de ser mongolão e não olhar a minha volta, esqueço que tem muita gente ao meu redor enquanto só olho e penso em uma. Isso vai acabar definitivamente. Também devo deixar a preguiça de lado, arregaçar as mangas e correr atrás de um lugar pra morar no ano que vem, aceitar qualquer cabana e muquifo e deixar meu orgulho de lado. Não vou ter uma casa enorme, uma piscina e uma empregada pra mim a vida toda, então se eu não abaixar meus padrões e ser um pouco mais flexível, quem sabe eu me adapte à tudo mais rápido. É pro meu próprio bem, tenho consciência disso. Também vou aceitar morar comigo as primeiras pessoas que surgirem, quanto antes resolver todas essas paradas melhor. Assim que tudo se acertar, é focar num trabalho e trabalhar de verdade, sem vadiagem. Se é pra construir algo, nada de gastar grana com bobagem também. Vou guardar dinheiro, vou ser responsável, vou crescer. Queria um carro, mas como não sou capaz de guardar tanto dinheiro agora, quero o suficiente pra viajar nas férias ano que vem, roubei a idéia do alex e já quero um mochilão pela américa do sul con todas las chicas y la cerveza que tengo derecho. Quero voltar a ler mais, não li um livro completo esse ano e que vergonha disso. Sei lá, quero fazer muita coisa que deixei de fazer ou nunca fiz, tem bastante experiência por aí que eu não vivenciei, tô aqui pra provar daqui em diante. Com juízo, claro.
É que eu sei que não demonstro mas, sabe quando você passa muito tempo se preocupando com as outras pessoas, tentando ajudar todo mundo de algum jeito, conversando com cada um que precisa conversar contigo, sempre precisam de você pra algo mas nunca ninguém está aqui pra me ouvir ou me ajudar ou me qualquer coisa, sempre eu lá, sempre eu me deslocando, sempre eu pensando mais nos outros do que em mim. Não sei se é o fim de ano e justamente essa vibe de mudanças que tá no ar não só mim como em todo mundo mas, eu quero e vou fazer muita coisa apenas e só por mim. Não preciso contar pra todo mundo, pedir ajuda, pedir conselho, ligar quando tenho um problema, isso é o que fazem comigo e acho legal até um certo ponto. Daí não perceberam quando eu preciso dessas coisas é outra história, então não me importo e nem me chateio com isso mais. Se é pra mudar, se é pra fazer, se é pra eu crescer, que seja sem a ajuda de ninguém, que eu realize tudo sozinho e ao meu jeito. Um pouco de individualismo não faz mal algum.
Que esse fim de ano não traga apenas ideias, esperanças e planos pra mim, mas sim coragem e gana suficiente pra que eu bote tudo em prática hoje ou amanhã, ou daqui um ano, ou daqui a 10 anos, mas que eu faça o que eu quero fazer porque simplesmente quero. Chega de coçar o saco um pouco. Bom fim de ano pra mim e pra todo mundo.

                                                                      And surely it should never ever end

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

c’mere


Tô agoniado. Quero pegar o carro e dirigir sem rumo essa noite com o som no último volume mas os vidros fechados estourando meus tímpanos. Quero cruzar essas estradas paulistas e ver aonde vai dar, aonde vou acordar. Minha câmera comigo, meu celular tocando minhas músicas, meu cigarro, um caderno e uma caneta pra desenhar e meia dúzia de roupas. Quando a gasolina acabar eu deixo o carro em algum lugar. Ando à pé, de preferência na areia, busco o litoral. Até o sol se pôr ou nascer de novo.
Não nasci grudado em ninguém, desde o primeiro berro o cordão que me prendia à minha mãe foi cortado, posso muito bem me virar sozinho no momento que eu quiser. Não é de liberdade que eu falo.
Se voar não posso, me resta correr. Me resta nadar. Meu corpo implora por sair, fechar os punhos e não olhar pra trás. Abandonar.
Recomeçar mais uma vez, esquecendo tudo e todos que passaram, me presenteio com uma nova identidade e de repente não conheço ninguém. Nunca conheci ninguém. Sou só. E há muita gente pra descobrir.

ewq

Então


Não importa quantos anos a gente tem, sempre achamos que sabemos de tudo já, que estamos no comando das nossas próprias vidas e que não importa o que digam: a gente sabe o que faz. Eu também acho, mas acontece que nem sempre estou sempre certo.
Saí de casa na quarta-feira retrasada e cheguei hoje. Por esse mini-mochilão pelo sul do país vi muita coisa nova e – não digo que aprendi mas – relembrei muita coisa que já tinha esquecido.;
De todos esses dias acho que o que mais me surpreendeu foi a minha ingenuidade e perceber que eu sou mais mimado e fútil do que eu imaginava (quem lê não imagina o quanto me dói escrever isso). Achei que alugar um apartamento era como comprar uma camiseta, chegar na loja, escolher a que agrada, passar o cartão e levar ela pra casa. Acontece que não é. Honestamente, pensei que tudo ia ser mais fácil. Até poderia ser, mas agora estou sozinho nessa, correndo atrás de um lugar só pra mim, o que dificultou significamente essa procura. Se o lugar é legal e barato, é longe. Se o lugar é perto, é caro. Se o lugar é perto e barato, é caindo aos pedaços. Se o lugar é num apê que já mora uma galera, todos têm olhos vermelhos e nariz irritado de cocaína. Claro que seria muita imaturidade minha pedir um lugar perfeito, mas meu limite de desespero ainda não chegou (tá quase), já o financeiro.. É foda.
Complicado não depender das pessoas ou da ajuda delas, mas fui bem inocente achando que correndo atrás de tudo daria conta. Não dei, óbvio. Passei sei lá quantos dias longe, fui em várias imobiliárias e sempre a mesma coisa “tu pode dar uma olhada na internet também”. Olha minha querida se eu fosse procurar um lar pela internet não tinha atravessado horas em um ônibus convencional pra ver tudo ao vivo.
O mais frustrante dessa experiência toda é não ter atingido meu objetivo e voltar pra casa com mais dúvidas e mais opções ainda. Não sei se moro com os cheiradores, meu pai aluga um apê de 2 quartos até eu conhecer alguém, meu pai aluga uma quitenete e eu tento pagar ao menos a metade, ou se eu abro um camping na faculdade e vivo de luz. Nunca me senti tão inútil na vida. O pior foi chegar em casa e ele “e o que você decidiu?” como se a decisão fosse só minha né, eu, o que tá sempre no negativo no banco.
Fora essa bad toda descobri a única coisa que eu odeio no lugar que eu escolhi pra mudar de vida: o calor. Eu sou fã do sol, do verão, de tudo isso, desde que eu esteja em uma piscina ou na praia. Se você acha que o abafado de São Paulo no verão é infernal meu velho, você nunca foi a Blumenau. Nem mudou a estação ainda e numa bela tarde você está lá caminhando sob um sol de 37ºC num lugar que não-ven-ta. A sensação térmica passa dos 40 e poucos e chegou uma hora que eu tava no ônibus e achei que ia desmaiar hahaha. É desumano esse calor. De resto tudo é ótimo, acho que o transporte público de lá funciona muito bem (só podia ter ar condicionado), as pessoas são lindas, a cidade é linda, até que tem uns lugares pra sair, meus amigos são bem legais e cada pessoa nova que eu conheço fico apaixonado e já quero virar best na hora. Outra coisa que eu amei e nunca tinha reparado, tem ciclovias em todos os lugares.
A real é que eu queria ter resolvido tudo de uma vez por esses dias pra poder curtir minhas férias por aqui e não ter que voltar de novo tão cedo. Quero fazer muita coisa ao mesmo tempo e pelo visto vou curtir um stress nessa busca por um lar e por alguém que queira morar comigo. Alguém resolve minha vida enquanto eu vou pra piscina?
O bom é que amei muito em Curitiba, amei muito em Navegantes, amei muito em todos os lugares, tô assim, distribuindo amores. E me dando conta de que o amor mesmo que eu achei que um dia tive, nunca tive, nunca existiu. Até cheguei a pensar em botar na minha cabeça que nada aconteceu e que nunca nos conhecemos até há pouco, olha, que ideia. Ainda tenho que ser forte mas uma hora tudo vai embora, sei que vai, tô só esperando.
A melhor parte de toda viagem é que eu sempre fico surpreendido com os amigos, no sentido bom e ruim de dizer. É de uma alegria tão grande saber que sou querido por uns e em alguns lugares, que sentem minha falta, que digam “como vai ser quando você for embora amanhã?”, e tão esclarecedor quando tem aqueles que se dizem amigos mas não mandam um alô perguntando como estão as coisas. É bom saber quem vai sentir minha falta e quem não vai, é bom saber quem vai ser só mais uma pessoa que passou pela minha vida e quem vai permanecer. Gosto pra caralho de afirmar minhas amizades com essas pequenas coisas do dia-a-dia, tipo uma gargalhada sem fim com o meu melhor amigo ou um abraço de uma amiga dizendo “como é bom quando você tá por perto”. Da mesma forma que é bom pegar o celular e ler “queria que você tivesse aqui pra sair com a gente hoje” ou um brother querendo conversar só por sms, aquela amiga que você sente que precisa de ti naquele momento e nada mais. Quando a gente se distância percebe cada detalhe que não vê normalmente pela rotina, escapar um pouco esclarece muita coisa.
O negócio é que eu vivi e já voltei, logo mais vou pra lá de novo e quem sabe de vez. Torçam pra que tudo dê certo pra mim da mesma forma que torço sempre por vocês. Vamo trocar essas energias boas porque é um pouco mais de bem nunca faz mal.

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                                            curi curi lights lights

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Goodbye

You better pay attenttion ‘cause this is the last time I ever write about you (but in fact I really hope you don’t read it).

I don’t like you anymore.

For months you’ve been the only one in my head (maybe you’re still here) and finally I can take you out of it. Your little attittudes  have made me realize that I don’t know you. Maybe I never knew you. Maybe you’ve changed so much that now the enchantment that I used to have for you is almost gone.

Because you know what? I’m done and over. I can’t handle even a friendship with someone so misterious and so predictable at the same time. All the party scene, you hang out with the boys with the same stereotype, the drugs, the dirty, the fights, the bipolarity, you know you’re a bit bipolar I guess. How can I trust, how can I count with someone who doesn’t give a shit about me at all?
The worst part of everything is that I don’t know what cross your mind, you’re closed as a coffin and I’m open as a bird. I’m the kind of guy that speaks from the bottom of my heart and you’re the kind of girl that feels so much, you have so much feelings, but you hide them even from your shadow. There’s no match between us.

It sucks because despite all of your problems and defects I still care about you and want the best of this world for you, I really do. You have a soul and a great heart, I really don’t know why you act like you don’t have one sometimes.

Where are the old you that I used to love so much?
Where are the old you that I used to take by example?


So now I wanna say one thing for you: take care and think about your decisions. Do they affect only you or so many others? If you keep acting, living, pretending the way you do, it sad but it’s true but I can see your future and there’s nobody around.

                                                                         but i’ll always be there.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

permanente


Mesmo com a correria habitual de fim de ano me pego em pequenos momentos de ócio adiando pra dormir na frente do notebook, vendo posts dos amigos no facebook e dando aquela stalkeada de leve nas pessoas, é pra isso que quase todo mundo está na internet.
Na última semana vi coisas tão legais e perturbadoras de antigos amigos que honestamente fico feliz e com um pouco de inveja até, mas inveja branca, sempre. A parte perturbadora é ver como todos cresceram e eu nem vi.
Sabe quando você tem (tinha) um puta amigo mas que não vê e não fala com ele há tanto tempo que até se sente acuado pra ligar e ver como ele anda? Então, ainda bem que existe o facebook né. Fui dar uma olhadinha no profile dele e vi que ele comprou um carro bem caro, fruto do próprio trabalho, do próprio esforço, e ele tem a mesma idade que eu tenho. Fiquei muito feliz, aquele carro é a cara dele (a minha também, queria muito). Além do mais li alguma coisa sobre algum curso no exterior, vai ser ótimo pra carreira dele.
Agorinha descendo a barra de rolagem vi outra foto linda. Uma amiga bem de infância, da época que eu morava em São Paulo, sabe aquela menina que se desenvolve primeiro na pré-adolescência e todo cara paga um pau porque ela já tem peito? Essa mesmo. Acabei de ver que ela tá grávida. Sem julgamentos, com 20 anos alguém já sabe o que faz e não acho irresponsabilidade se você tem um relacionamento estável e como sustentar uma criança. Coisa mais linda ver fotos dela com um barrigão, escrevendo coisas de quem vai ser mãe em breve, fotos do chá de bebê, dela e o namorado felizes com o que vem por aí.
Cara, é excitante e um pouco assustador ver coisas do tipo acontecendo. Tenho amigos da minha idade casando, comprando carros, ca-sas, tendo filhos já, construindo uma família, sendo promovido no emprego, viajando, fazendo cursos, levando uma puta vida adulta massa. Daí fica a pergunta no ar: estamos muito velhos ou eu que não me comporto de acordo com a minha idade?
Enquanto todo mundo tá aí conquistando o mundo eu tô aqui acordando às 10 da manhã e esperando minha mãe fazer meu almoço pra eu poder ir pra faculdade. Meu maior gasto na semana é um Big Tasty no Mc Donald’s, meu maior relacionamento é a mina que eu peguei no banheiro da festa no fim de semana, nos estudos eu sou o tipo de cara que está pra pegar dp em pai-sa-gis-mo e ainda fica sem dormir fazendo trabalhos porque não levou o semestre a sério. Pode parecer invejinha, pode até ser, mas o sentimento maior é de desapontamento comigo mesmo, por perceber que eu não fui capaz de batalhar nos últimos anos por coisas que eu queria e só curti uma vida mansa de zuera pelas sextas-feiras e sábados à noite.
Quando é que isso vai mudar?
Quando é que eu vou mudar?
Como é que eu vou mudar?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

if home is where the heart is


As aulas nem acabaram ainda, não avisei meu chefe que só fico no escritório até metade do mês que vem, não tenho um apartamento, não tenho nada na real, mas tô com um aperto de leve que tá crescendo a cada dia só em pensar em tudo o que eu decidi pra mim pros próximos meses. É a ficha caindo.
Já falei sobre esse negócio que eu tenho de sentir saudades sempre, disse que ia mudar isso só que conheci uma variação desse sentimento nos últimos dias: tô sofrendo de saudade antecipada.

Nunca me imaginei dizendo isso mas lá vai, acho que vou sentir saudades da faculdade daqui? Sério, nunca imaginei mesmo dizer isso mas acho que vou sentir falta das pessoas que vejo todos os dias, dos cantos legais do campus, do fumódromo, da galera do fumódromo, dos professores, de reclamar de tudo lá dentro, até que eu gosto de lá. Já sei também que vou sentir falta da rotina de ir pro escritório que eu faço estágio. Não é puxa-saquismo mas eu amo muito trabalhar lá. Sei que não sou o melhor estagiário do mundo e que eu poderia ser mais útil lá dentro, mas vai ver meu comportamento não é dos melhores porque eu não sou tão bom assim. Sou eternamente grato ao meu chefe e todo mundo que conheci nesses últimos meses, acho que aprendi mais lá dentro do que em 5 semestres na faculdade e nunca vou trabalhar num lugar com ambiente tão massa, bem sério!
Fiz uma viagenzinha em família nos últimos dias que também me fizeram pensar pra caramba em quanto eles vão fazer falta na minha rotina. Do meu pai fazendo piada, se irritando por bobagem mas sempre tentando se aproximar de mim. Da minha mãe falando as bobagens dela, me mimando, tagarelando sem parar enquanto eu tento prestar atenção em alguma coisa que não é ela e no fim não ouvi bulhufas do que ela disse, da comida dela que eu amo muito, de tudo nela. Da minha irmã caçula linda que é tão minha amiga, que me faz rir tanto, que sempre se mostra preocupada comigo e às vezes é bem mais madura do que eu (deixo ela pensar isso porque só faço/falo merda junto dela). Não sei se vou suportar as saudades dos meus avós, esses eu não consigo nem descrever como são importantes pra mim e só de pensar que um dia eles vão partir desse mundo já me dá vontade de chorar. Acho que esse é o amor mais sincero que eu vou sentir pelas pessoas, amor de família.

Também nunca imaginei que ia dizer isso na vida mas sim, eu vou sentir saudades e muitas da cidade que eu moro. Aham, eu, que por anos detestei esse pedaço do céu chamado Guararema, hoje digo que amo esse lugar como nunca. O verde, as ruas limpas e lindas, o ar, essa coisa de cidadezinha pequena de interior mas que é muito bem cuidada, andar na rua e as pessoas cumprimentarem com “ôpa”, ir ao mercadinho e não ao hipermercado, pegar minha bike e pedalar pelas estradas, pegar meu carro e me enfiar numa estradinha de terra por aí sem saber aonde vai dar, dos poucos mais sinceros amigos que eu fiz aqui, cada detalhe, cada lugarzinho, cada característica única que eu gosto tanto daqui e que a partir do ano que vem eu vou vivenciar só por uns 2 dias a cada sei lá quantos meses. Nossa, isso tá bem triste.
Queria continuar falando de como vou sentir falta dos meus amigos das cidades vizinhas aqui mas acho melhor parar com essa melancolia.
É que ao mesmo tempo que eu sei que vou sentir tantas saudades de tantas coisas que me fazem tão tão bem, eu sei que se eu não for agora não vou mais. E pode parecer loucura demais da minha cabeça mas eu sinto que eu tenho, preciso ir embora. Preciso largar tudo de bom que eu tenho aqui porque vai ser bom ou melhor pra mim por lá. É uma pira que eu não consigo explicar direito na moral, só sei que eu tenho que fazer isso por mim.
Me peguei hoje no ônibus lembrando de umas coisas que eu vivia falando aqui e num comentário que uma amiga gaúcha minha, Laura, fez outro dia, e ela disse que eu tava precisando mesmo era fazer uma puta viagem, sair daqui, viver, essas coisas. Olha só como o tempo passa, vai ver essa tal puta viagem que ela falou se concretiza agora, só que é uma viagem pra vida, pra valer. E eu vou mesmo, isso é real, vai acontecer, tá tudo dando certo pra mim.
Não importa quantas saudades eu vou sentir de quantas coisas. O que importa é que eu sei que vai dar tudo certo e que caso não dê, eu volto pra tudo o que eu tenho aqui. Saudades a gente mata ;)

                                                              then my home is where you are

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

they feel like family, they are like home


Tenho uma neura de sempre me perguntar “por que existe um contato social com outras pessoas que não são parentes de sangue ou parceira amorosa?”. Por que a gente se aproxima de pessoas que não cresceram conosco, que são estranhas de certa forma? E como isso acontece?
Não sou um cara introspectivo porque gosto de me comunicar quando quero, mas às vezes me pergunto da onde é que surgiu esse lance de ter amigos. Você vai, olha pra um menino ou menina, dá oi, puxa um assunto, percebe que tem coisas em comum e acaba sempre se vendo, conversando, saindo, fazendo coisas junto, cria laços afetivos mas nada íntimo o bastante pra cruzar o limite entre amizade e relação afetiva. Daí depois de um tempo você até percebe que você ama essa pessoa, mas é um amor diferente! É amor de amigo. Então em resumo: cada amigo que você tem é uma espécie de relacionamento, quanto mais amigos você tem mais relacionamentos você tem que lidar. Relacionamentos sem intimidades sexuais, claro. É bom ter vários relacionamentos com várias pessoas e eu até acho que administro bem cada amizade que eu tenho. Tá, administrar soou meio frio, mas não encontrei outra palavra.
Apesar de ter descrito acima como talvez uma amizade se inicie, na real eu não sei muito bem como começo a fazer tantos amigos por aí. As pessoas vão aparecendo sejam elas na faculdade, em festas, na balada, na internet, quando eu vejo já tô conversando e levando mó papo. Gosto de conhecer pessoas diferentes das que eu convivo, sempre me acrescentam alguma coisa positiva. Gosto também de pessoas que falam sem parar e que não têm muitos mistérios ou segredos, gente com a cabeça bem aberta e tal.
Tenho amigos de rolê, amigos e melhores amigos. Não querendo classificar cada um, é que o convívio acaba classificando sem eu querer haha. Amigo de rolê é aquele que você sempre encontra ou marca de sair pra fazer alguma coisa, dar risada, beber, zuar, fazer merda e depois não o vê até o próximo rolê. Amigo é aquele que a gente liga às vezes, marca de sair pra bater um papo, reúne toda a galera pra ficar sem fazer nada, sai pra tomar um café, pra beber também, zuar, fazer merda, ele é mais próximo que o amigo de rolê. Já melhores amigos são aqueles que das duas uma: ou se falam/vêem sempre, ou pode passar muito tempo sem se ver que quando se encontra parece que tava junto com você no dia anterior. Eles sabem tudo da sua vida, você sabe tudo deles, são aquelas pessoas em que você confia plenamente, que você chama nas horas boas, que você chama pra poder desabafar, chorar, pedir uma opinião. Também são aqueles que fazem você se sentir mais à vontade, mais você mesmo, e que você perde totalmente qualquer vergonha perto deles, gargalhadas saem naturalmente assim como um peido em lugar fechado. Quando você encontra melhores amigos assim fique atento e faça por merecer: estes são pra vida inteira.
Quantas pessoas aparecem e somem das nossas vidas sem a gente nem perceber?
Se você encontra um melhor amigo que seja por aí, se teu amor por aquela pessoa é sincero e você faz questão dela pra sempre, tem que fazer pra merecer essa amizade. Não é fácil manter, a questão é estar disposto à manter.
Não sei vocês que possam ou não estar lendo mas, eu, Daniel, prezo demais por cada um que eu sei que quero pra sempre ao meu lado, até a velhice ou além dela. Essa mudança pra vida adulta acaba afastando muitos amigos por conta da falta de tempo pra eles. Nessa época do ano tô correndo igual um maluco com trabalhos da faculdade, ainda tenho o estágio, coisas pra fazer em casa, ter que visitar a família que mora em São Paulo nos fins de semana, não tenho tempo pra nada. Agora, basta eu receber uma ligação ou um sms ou me chamar no msn dizendo que precisa conversar que sério, eu paro tudo o que eu tô fazendo pra ouvir, apoiar e tentar ajudar qualquer amigo meu que precise de mim. Porque eu sei que estão precisando de mim naquele momento e é bom saber disso. Esses dias mesmo um amigo terminou o namoro e eu tava surtando fazendo mil projetos, mesmo assim tava lá pra ouvir e tentar aliviar toda a vibe negativa que ele tava sentindo. É assim que tem que ser sabe. Posso não ser tão presente como eu queria na vida de cada um que eu prezo tanto, mas é o que eu acabei de falar, essa vida adulta nova pra todos nós nos deixa sem tempo nem pra respirar. Mas o negócio é que cada vez que eu me encontro com qualquer um que é mó best eu faço questão de colocar todo o papo em dia e quero saber como ele ou ela tá.
Vacilos acontecem, mas não pode vacilar toda hora. Se você gosta de algum amigo, pra quê pisar sempre na bola com ele? Pensa pro resto dos teus dias: não vou fazer com ninguém o que eu não gostaria que fizessem comigo. Só por aí você já consegue manter vários amigos ao mesmo tempo. Eu acredito que a gente tem que ser leal em qualquer amizade. Se pediu pra eu não contar pra ninguém, não conto. Se não quer que eu faça tal coisa que vá incomodar, eu não faço. Também exijo o mesmo. Já ouviu falar em parceria? Pois então. Amigo é parceiro. É brother pô.
Não consigo entender quando vejo gente que era tão próxima se afastando, acho bem triste na verdade. É um rompimento. Querendo ou não nós precisamos sempre de pequenas provinhas de amizade pra fortalecer todo o sentimento. Bobagens saca, uma sms, encher o saco por sms, brotar na casa do seu amigo sem avisar pra mongar, quando se mora longe tem sim que ir visitar, dar a mão pra a amiga só pra fazer ciuminho perto do ex dela porque ela pediu, ajudar com grana quando preciso, ou com uma conversa quando é preciso também. Quando se para de fazer essas pequenas coisas no dia-a-dia a amizade enfraquece, vai ficando esquecida. Até que você se decepciona e percebe que tal pessoa não fazia tanta questão de você. Ou você não fazia questão dela.
É foda. Eu pelo menos sou um cara que ou eu gosto da pessoa e faço de tudo pra continuar sendo amigo dela ou não gosto e não sou, não tem meio termo comigo. Faço de tudo mesmo, sou brother pra caralho e quem me conhece sabe muito bem disso. Então o mínimo que eu espero de um amigo é que seja brother comigo também.
Quer ser meu amigo? Se eu também quiser e ver que a gente tem gostos em comum e principalmente se eu sentir confiança em você, já era, cultivando a gente vai ser amigo por um longo tempo mesmo. Agora se não quer, se não faz questão, é melhor nem me cumprimentar porque eu não gosto de me decepcionar com ninguém.
Vai ver a tal relação que nós temos necessidade em ter com tanta gente estranha por aí é aquela mais verdadeira que se tem na vida. Se você escolhe pessoas pra fazerem parte do que acontece contigo e faz questão em dividir seu tempo com elas, elas viram sua família. Amigos são a família que a gente tem oportunidade de escolher. São tão importantes quanto seu pai, mãe, avó, avô, irmã, primos etc. Eu gosto dessa minha família bem grande, eu tento cuidar dela e preservar, longe ou perto, aqui ou ali, em qualquer lugar que eu esteja: quem tem meu carinho vai me ter por muito tempo.
Não importa quanto tempo passe.
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                                                                              e tantos outros mais

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

I just woke up and I had the most beautiful dream last night so I need to write it down.
You came by plane and by bus to my town. I picked you up and I took you home to meet my parents. They loved you instantly. You loved my dogs also. Then we went to the market to buy some beer with my friends, we couldn’t stop laughing there ‘cause you were so funny. We were just friends ready to party and have a great night, no second intentions. Just close friends.
I betrayed myself. I can’t write about this dream. It’s like you were here with me last night until I opened my eyes. I could feel your smell, I could touch your skin.
Somebody tell my mind to stop playing with me like this.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Locked



"let it be loved"

Quando se está solteiro as pessoas meio que esperam de você duas coisas: ou que você saia pegando geral, ou que esteja à procura de alguém. Ninguém quer ficar sozinho, seja em uma noite ou por meses, anos, uma vida. Parece que o ser humano tem essa necessidade de ter uma pessoa pra fazer companhia não importa por quanto tempo.
Eu tô solteiro. Ao contrário do que as pessoas esperam de mim eu tô numa época bem tranquila. Saio quase todo fim de semana, beijo 1, 2, 4 minas quando eu quero, beijo nenhuma quando eu quero também. Não tenho essa neurose de ficar caçando mulher na balada, só às vezes. Mas tem uma coisa que anda me intrigando ultimamente. Eu sempre gostei de alguém. Sempre tinha aquela menina que chamava atenção no dia-a-dia, sempre tive aquele casinho de umas semanas, gosto de receber sms no meio do dia me chamando pra fazer alguma coisa à noite. Não tenho isso há uns 4 meses. Não vejo nenhuma menina à minha volta que eu queira chegar, conversar, ligar, chamar pra tomar alguma cerveja, ver um filme, essas coisas que a gente faz quando quer começar a ficar com alguém. Não consigo enxergar uma só menina no meu horizonte.
Há um tempo atrás eu tinha duas, ao mesmo tempo haha, foi filha da putisse minha mas tecnicamente não enganei nenhuma delas. Graças ao meu bom senso e caráter eu sumi e me afastei. Mas meus motivos foram outros: eu vou embora. Afastei qualquer uma que eu via uma faísca de algo legal que poderia acontecer pra frente porque ao mesmo tempo que eu queria que algo acontecesse eu não poderia me prender. Me prendendo a alguém aqui e indo embora das duas uma: eu ia acabar voltando/desistindo de me mudar ou eu ia sofrer. Já coloquei na minha mente que sofrer por amor não é mais uma opção.
É foda isso. Às vezes acho que eu não estou “enxergando” ninguém que valha a pena aqui justamente porque eu tô vazando, porque deve ter muita menina legal por aí (às vezes bem na minha cara) e eu fecho os olhos. Ao mesmo tempo agradeço, assim não me apego.
Acho bom pra caralho ficar bêbado, ficar mais safado, querer chegar em todas e ficar com alguma a noite inteira ou com várias, eu gosto disso muito, faz bem pra mim. Mas gosto muito, muito mais de namorar. Gosto de ter em quem ficar pensando antes de dormir, de receber sms fofinha de saudades, de ver filme embaixo das cobertas, dormir junto, acordar junto, dar risada junto, viajar junto, faz carinho em qualquer lugar, cozinhar pra ela, comprar algo pra ela, olhar nos olhos dela e saber que ela sente a mesma coisa que eu. Gosto de companhia. Eu quero companhia, né.
Melhor ainda é quando além de tudo isso você tá com uma pessoa que te surpreenda sempre, faça surpresas, ligue do nada, apareça do nada, essas coisas são mais legais ainda porque eu adoro fazer isso. São bobagens mas que afagam tanto a alma que eu nem consigo explicar direito.
Honestamente não sei o que esperar departamento da minha vida nos próximos meses. Não vou ficar ansioso na pira de chegar em Blumenau e começar a namorar, mas sozinho eu não quero ficar não. Não sei se eu ainda estou apegado na real.
Não sei vocês mas eu ainda sou desses que um dia, lá pra frente, quer casar, ter 2 ou 4 filhos (Sofia, Otto, Valentina, João), uma casa grande com jardim, cachorros, viajar com eles, ver eles crescerem e formarem suas próprias famílias. Só que hoje eu vejo tudo isso tão distante que às vezes acabo achando que nunca vou casar e que não vou ter nada disso. Daí vem a parte negativa de ser meio romântico e fantasiar essas coisas porque talvez elas nunca venham a acontecer.
Olha, não sei porque to escrevendo isso tudo. Deve ser coisa de momento e eu ando me sentindo baita sozinho mesmo com um milhão de gente ao meu redor toda semana.
Misturo isso com saudades de muita coisa e com esperança de que tudo vai dar certo, tô meio nervoso haha.
Af não sei concluir nada.

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                                                                       i no longer know where home is

terça-feira, 1 de novembro de 2011

spread your feelings, share your happiness


Não consigo descrever em que trilhos a minha vida está andando, que caminho é esse de alegrias e positividade que eu tô pisando, quanta coisa boa acontecendo em tão curto tempo. É uma vibe que eu nunca havia entrado até então.
Tô acreditando que toda essa onda de sorte e felicidade se dá por 1 único motivo: mudanças de atitudes vindas de mim mesmo. Esse ano tá sendo o ano do aprendizado pra mim e eu mudei mil coisas a meu próprio favor e elas estão refletindo aonde? Na minha vida, óbvio.
Primeiramente rompi com qualquer tipo de pré julgamentos que eu tinha com qualquer pessoa. Chega de julgar sem conhecer, falar mal sem motivo, criar inimizade pra quê quando se pode criar amizade? Hoje em dia converso e sou amigo de todos: da que chamam de puta, do que parecia esnobe, do metido, da excluída, do mongo, da sapatão, do bicha, do marrento, de todos aqueles que carregam um estereótipo sem nem pedir. E isso não porque eu ando sociável ao extremo querendo ser amigo de todos, e sim porque me dei conta de que cada pessoa me acrescenta algo bom! E eu gosto muito disso.
Daí também me afastei de todo tipo de gente que me faz mal e não adiciona nada na minha vida além de coisas ruins. Não convivo mais com gente invejosa, que tem brigas com todos, que só vem conversar comigo pra contar alguma fofoca (muitas vezes de gente que eu nem conheço), com a mente fechada, que gosta de ser o centro das atenções, pessoas egocêntricas, aquelas que sentem prazer em fazer comentários maldosos de gente que nunca ao menos trocou uma ideia e pior ainda, não está nem disposto a trocar uma ideia. Me afastei desse tipo de gente e de outro tipo de gente: pessoas tristes e negativas que ao invés de enxergar o lado bom das coisas só sabem ver o lado escuro das situações e te levar pra baixo nas conversas. Tô fora dessa galera também.
É engraçado ver que quando você está disposto a conhecer pessoas que são diferentes do seu círculo habitual e se afasta daquelas que são do seu círculo mas não tem mais nada a haver contigo sua vida inteira muda. E pra melhor, vou te dizer.
“I just think that good things happen if you’re a good person with a good attitude” ~ já dizia Sofia Serrano. Será que esse é o caminho pra ser feliz? Não de um modo obrigatório, ser bom com boas atitudes forçadamente pra coisas boas acontecerem, mas disso partir de dentro de você de maneira honesta e genuína. É uma coisa que vem de berço e educação né, ou você teve dos seus pais ou não teve. Ainda bem que os meus me ensinaram direitinho o que é certo e errado, tomo qualquer decisão minha hoje em dia com a consciência limpa, e graças a Deus a maioria delas está correta e tudo está dando certo pra mim. Esse que é o barato, tudo tá interligado e se você faz coisas boas, coisas boas virão, se você faz merda, merda vai vir pra você.
Tentem entender que dessa vez não estou só feliz. Estou quase completo.
Tenho me divertido muito, dado muita risada com tanta gente que eu gosto pra caralho! Recebi várias declarações de amor de vários amigos esse final de semana, vários pedidos de “Você não pode se mudar pra SC!!!!” ou “Minha vida não vai ter mais graça se você for embora!!!!” hahahaha, revelações regadas a álcool mas é quando a gente tá bêbado que fala as maiores verdades, né? Me senti querido. Eu percebi que gosto de pessoas, gosto de estar cercado delas seja em casa, na rua, na faculdade, na balada, na beira do lago jogando truco sob o sol ou no alto do morro sentado no capô do carro olhando as estrelas. Pessoas me fazem bem, o que me faz bem me deixa feliz. Depois das últimas semanas acho que me dei conta de que vou sentir muito mais saudades de muitas pessoas do que eu imaginava. Mas é aquele tal negócio, o que é sincero vai sempre prevalecer, não importa a distância.
Quando li meu horóscopo dizendo que eu estava entrando numa nova etapa da minha vida de início fiquei assustado e até descrente porque não havia notado diferença alguma. Hoje olho pros dias bons que se passaram e olho pra frente e vejo quanta coisa boa está por vir e penso “não é que esses astros até que tem razão?”
Positividade pra você, alegria pra você, muito amor pra você. Vamos compartilhar tudo isso porque a onda de felicidade tá aí.

sábado, 22 de outubro de 2011

Fique remoendo lembranças, cultive memórias que te fazem sentir saudade o dia inteiro. O frio só aumenta a dorzinha no peito.
Ouça todas as músicas que te deixam triste, ameace a chorar mas pare, engula esse choro e seque as lágrimas, poupe-as pra algum motivo que valha realmente a pena.
Segura esse gosto amargo na boca, feche os olhos e se cubra com as cobertas.
Acredite: dormir vai fazer passar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Já que é pra ser sincero,

eu vou ser. Como se um ciclo tivesse chegado ao fim, nessa segunda-feira passada senti como se outro tivesse dado início. Uma nova fase, querendo ou não ela já prevalece. Fiz várias coisas na fase anterior pra chegar aonde estou e agora preciso fazer outras coisas e seguir para próxima, tipo um video-game da vida real. Mudanças que dessa vez não tenho mais tanto controle assim, eu só vou me adaptando.
Já que é pra ser sincero eu vou dizer que finalmente eu vou me embora. A maioria de vocês amigos que leem aqui não entendem o por quê mas, será que é difícil processar quando eu digo que quero crescer? Complicado amadurecer ao lado dos país, não dá pra mim. Me deixem eu querer me fuder e me apoiem nisso, é a única coisa que eu peço a vocês todos que gostam de mim. É o meu bem, o meu caminho e o que eu tenho que fazer nessa etapa da minha vida. Há uns anos atrás eu escrevi aqui que não conseguia me imaginar longe das pessoas que convivia diariamente, e olha como o tempo passa, é triste mas hoje infelizmente eu não falo que não nasci grudado com ninguém, caminho com meus próprios pés e não sinto dependência por ninguém aqui nem em lugar algum. Não é frieza, é verdade. Amo cada um que esteve junto a mim todos esses anos mas não dependo de nenhum pra viver, e amizade verdadeira permanece não importa a circunstância, não importa a distância. Encarem essa fase como um teste, quero ver manter contato a partir de janeiro.
Já que é pra ser sincero eu vou falar de boca cheia que amo minha futura cidade mais do que nunca, chegar em São Paulo na segunda-feira depois de dias tão bons me deixou com uma deprezinha que não quer ir embora. Foi bom pra caralho ir pra lá com outros olhos, com olhos de quem vai se mudar, conhecer as ruas, os bairros, os lugares, a faculdade e tudo mais só me deixou mais animado e mais ansioso. E tá tudo dando certo, não há olho gordo que mude o que é pra ser. E vai ser.
Já que é pra ser sincero tenho que afirmar mais uma vez que vou embora mas meu coração fica nesse lugar que eu estou hoje, na minha casa, com a minha família que eu amo tanto, que sempre me apoiou em tudo o que eu quis fazer, que sempre me aturou e consertou tantas merdas que eu já fiz. A saudade vai ser grande mas existe uma coisa chamada sangue, o laço de afeto que eu tenho com os meus pais e a minha irmã só a gente entende. Sem falar nos meus avós, tios, tias, primos que eu tenho contato. Voltarei sempre que puder e meu tempo aqui vai ser quase exclusivo de todos eles.
Já que é pra ser sincero é com pesar que eu digo que não tenho mais domínio algum sobre o meu coração. Às vezes acho que amo, às vezes acho que desejo, às vezes me acho obsessivo (triste constatação), às vezes me acho ciumento, às vezes me humilho e quando foi que eu me tornei assim? É complicado pra mim botar na cabeça que você não gosta mais de mim, nem quando eu tô do seu lado. Não tenho culpa se teu cheiro é tão bom, se ficar do seu lado me deixa tão feliz e se só de te ver e falar contigo eu já ganhei meu dia, minha semana, meu mês. Só que eu não tenho domínio mais, na real não tenho domínio já faz uns bons meses, eu sei. Vai ver dadas as circunstâncias você enxerga melhor que eu e percebe que permanecer na amizade é melhor pra nós dois. Se for isso mesmo, por favor, me mostra qual é o jeito de enxergar de uma vez porque sozinho não consigo. Fico cego fazendo mil planos que sabe lá Deus se é o melhor pra nós. Te esquecer ou você voltar pra mim, essas duas opções são tão impossíveis que eu bem queria uma terceira.
Já que é pra ser sincero ao mesmo tempo que eu fico falando em crescer ano que vem, amadurecer, criar juízo e responsabilidade, confesso que só ando vadiando, matando aula, lerdiando no estágio e só pensando em festa, cerveja e risada. Não é novidade que talvez arquitetura não seja meu forte, é bem capaz que depois de formado eu faça alguma outra faculdade, não sinto paixão, não sinto amor, sinto que gosto muito mas talvez não seja pra mim. Só que não vou largar, vou terminar, alguma coisa na vida eu tenho que terminar e vai ser a faculdade de arquitetura. Boto na cabeça de que só ando tão desinteressado porque a universidade não favorece e as pessoas de lá também não, vamos ver se ano que vem eu não me torno um futuro Tadao Ando.
Já que é pra ser sincero eu ando oscilando entre os sentimentos, isso não é bipolaridade mas com certeza não é normal. Acordar feliz, ir dormir triste, é raro quando ocorre o inverso, ontem foi um caso a parte. O que pega é que quando tu acha que tudo na sua vida está perfeito aparece uma insatisfação. Sempre quero mais e mais. Coloco defeito aonde não tem pra melhorar e acabo insatisfeito com todo o resto que já tenho, que já construí.
Já que é pra ser sincero eu não sei de mais nada na minha vida, as únicas certeza que eu tenho é que eu vou embora e amo meus pais e irmã.
Vai ver são duas certezas que já bastam pra alguém complicado como eu ter.

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                                                                                  i’ll be waiting for you when you’re ready to love me again

domingo, 25 de setembro de 2011

I believe

Gentle touch,
you’re breathing on my neck,
looking directly at my soul through my eyes, through my heart
Holding hands, holding bodies
Putting my body into yours.
The real pleasure of life.

Forget all the dirty vulgarity,
                       think about something pure
just honest, genuine, sinless love

to make love, not to have sex
                                                this is what I want.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Fase

Nunca fui o tipo de pessoa que faz milhões de planos e que eles se concretizam, então ao longo dos anos fui parando de viajar nas ideias e continuei vivendo o presente de acordo com o que a vida foi me proporcionando. Há uns 4, 5 anos meu planinho pro futuro, ou pelo menos aonde eu imaginava estar com 20 anos era em São Paulo, morando sozinho, com carro, apartamento legal, fazendo publicidade no Mackenzie, com um emprego legal, levando uma vida adulta que todo mundo espera ter. Que diferença de realidade, né?
Entretanto, sempre fui um cara muito apegado ao passado. Curto até hoje lembrar do que já passou, de tempos bons, memórias, épocas da minha vida que ainda é curta, coisas que dão saudade. Quem me conhece sabe bem disso. Reparem: quantas vezes eu falo “saudades né” num dia? Isso é porque eu sinto saudades o tempo todo. Saudades de pessoas, saudades de lugares, saudades de momentos, saudades de namoradas, saudades de outros ares, saudades de fases que passei. Fases. Algo transitório.
Converso e aprendo muito com uma amiga do trabalho, a Cris, gosto muito dela apesar do pouco tempo de convivência que a gente tem. Esses dias enquanto trabalhávamos na maquete que a gente tá fazendo ela tava me contando uma das milhões de histórias de vida que ela tem (dão um livro, ou mais de um), e ao final dela (que por sinal era ótima) eu cheguei e perguntei “E você nunca mais teve contato com essas pessoas?” e ela disse algo como “Não, passou, ficou pra trás. Foi uma fase da minha vida e eu acho que o que passou passou, não fico remoendo essas coisas, a gente tem que pensar lá na frente.” Cara. Como ela tem razão! Às vezes fico na minha vasculhando as saudades que eu sinto de milhões de coisas, pirando numa nostalgia, tentando sempre manter contato com todo mundo que já teve sua importância em uma determinada época, querendo tudo e todos ao mesmo tempo comigo pra vida inteira, e acho que isso foi mais forte depois que o colégio acabou quando toda a minha rotina mudou do avesso. Eu faço muito isso, fico remoendo o passado como se ele ainda fosse presente mas não é. São fases. A gente tem que passar por muitas coisas, por muitas experiências, mas tem que saber o momento de deixar elas pra trás. Eu ainda não sei, claro, mas me dar conta disso já é um avanço.
A dúvida é: será que eu consigo fazer o mesmo? Não tomando como exemplo mas acreditando que há uma verdade nisso tudo. Sabe, eu tenho um mundo de possibilidades aqui na minha cara, será que as decisões e atitudes que eu ando tomando não são reflexo do que eu sinto falta no passado? Eu poderia fazer mil coisas, mas antes tenho que me conscientizar de que passei por fases, que elas ficaram pra trás, são lembranças só, que tenho que ir em frente e não estagnar pensando que as coisas possam ser como antes algum dia e fazer com que elas voltem a ser como eram.
Não tô abandonando tudo e todos, sei quem são aqueles que vão continuar ao meu lado até eu me tornar um velhinho caquético, mas não posso mais me importar com aqueles que passaram por pura consideração. As pessoas vêm e vão por puro acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Eu, hoje, tô vivendo uma fase. Muito boa por sinal. E me desapegar de coisas e pessoas do passado só vai refletir numa fase melhor ainda no futuro. Vamo que vamo.


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                                                                     “honesty waits here forever”

What’s the point of care so much about someone if she doesn’t say a word to me? It’s sick the way I’m feeling for almost a year. Trying not to think about, playing the avoiding game, acting normal, when in reality I check her life everyday, think about her everyday, dream about her almost everynight.
I don’t know if it’s still love, I don’t know how I can call this feeling anymore.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Galinha

Como bom moço solteiro que sou, ando farreando demais.
Há uns posts atrás disse que tenho que ser feliz e aproveitar minha solteirisse, pegar quantas minas eu quisesse porque é isso que estar solteiro se trata. Não ser de ninguém. Não pertencer a ninguém. Não dar satisfações a ninguém. Porém, é não ter ninguém também.
Nunca consigo ficar plenamente solteiro porque acabo me envolvendo demais. Nos últimos mezes tive alguns casinhos legais que claro não deram certo, óbvio, sou o rei em estragar tudo. Agora, por que? Será que é por que eu quer/vou embora?
Tava com uma menina linda. A gente se via quase todo dia, ela não parava de falar e eu adoro isso porque tenho muito assunto com gente assim. Milhões de coisas em comum, todo mundo dizia que a gente ia dar certo juntos. Sem motivo aparente, sumi, enjoei, não quis mais e não dei uma satisfação. Não me reconheço até hoje.
Outra menina linda. Linda, pequeninha, um nenê que a gente tem vontade de abraçar, fazer cafuné, beijar, se deixar levar, tocar até grudar. A gente conversava muito também, ela era meio excêntrica, gostava de umas coisas meio esquisitas mas nada além do normal, só um pouco incomum. Viam a gente por aí e não acreditavam, era engraçado. Até que uma coisa começou a me irritar: ela era muito safada. Me fala que cara acha isso um defeito? Eu, claro, o mais mongol da cidade. Não conseguia entender essa obsessão e naturalidade em falar de sexo e putaria assim, no meio da tarde, do nada. Nunca entendi isso e mais uma vez, não liguei mais, não marquei mais nada, não respondia sms, sumi. Acho que me ensinaram direitinho.
Recentemente fiquei com o coração apertado por uma antiga paixãozinha que ressurgiu do nada me amando e eu não consegui entender. Papo fluindo naturalmente, um interesse que antes não era recíproco, ela fala comigo todos os dias. E só eu vejo essa menina do jeito que ela é, eu vejo algo que ninguém consegue enxergar ainda, algo por trás das aparências que são poucos que conhecem. Ela é muito especial. Tava achando estranho mas gostando dessa aproximação toda. ATÉ que ontem acho, fui dar uma leve fuçadinha na vidinha dela e vejo que ela fica trocando idéia com ex-namorado/amor/paixão/vida/que não sai da cabeça/lindo dela. Ok. Não sou ciumento, nunca fui, jamais ia ser de alguém que nem tive nada além de provocaçõezinhas de leve. Só não quero mais proximidade, não quero ficar triste de novo, não quero graça e que me enganem. Acho que não é pedir demais.
Não sou o muleque piranha avassalador que pega geral e ilude todas as meninas. Nunca fui assim. Rolos à parte, tenho aquelas meninas de uma noite que aparecem quando eu saio, bebo, pego, (raramente) transo, e faz um bem danado essas companhias momentâneas.
Companhias momentâneas fazem bem por que? Suprem uma necessidade do momento, da carência do momento, da saudade. É ruim saber disso, mas de que adianta ter todas as meninas que eu consigo ter se só uma pessoa vem na minha cabeça todos os dias?
Não vou me privar do carinho que não posso ter, então recorro à outros meios pra me enganar. Finjo indiferença, fico dias sem conversar, sem procurar, ignoro, mas tudo isso é pra eu não me machucar, pra não sofrer. Meu escudo, que me impede de sair correndo te implorar um abraço porque sei que não vou ter.

Do que vale aproveitar essa vida de solteiro que todos dizem ser tão boa se felicidade passageira não completa vazio na alma?

domingo, 4 de setembro de 2011

Eu vou contar uma breve história,

 

Uma tia-avó minha fumou a vida inteira e parou do nada. Sempre alegre, encontrava com ela nas festas da família, um amorzinho de senhora. Gosto muito dos meus primos que são netos dela, e da minha “tia” que na real é minha prima também, filha dela. De uns tempos pra cá essa minha tia-avó começou a ficar muito doente, com dificuldade pra respirar e etc. Minha tia estava levando ela pro hospital quase toda semana, eu não sei direito, só sei que minha mãe vinha me contar o que estava acontecendo com eles. Até que um dia minha mãe disse “A Tia Nené tá passando muito mal, de verdade”. Fiquei temoroso porque era alguém da família, não tínhamos muito contato há anos mas sinto um carinho especial, lembro de quando criança passar tardes e tardes jogando video-game com meu primo na casa dela. Certa manhã, minha “tia” foi levar a mãe dela no hospital quando no meio do caminho, numa avenida movimentada da zona norte de São Paulo, ela parou de respirar. Desesperada, a filha dela se descontrolou, encostou o carro e numa atitude impensada começou a gritar loucamente pedindo ajuda a todos. “Minha mãe está morrendo!” e ninguém aparentemente parecia se importar, as pessoas são muito frias na capital. Até que um cara se ofereceu pra ajudar porque ela não podia dirigir. Não lembro de detalhes e posso estar falando algo que não aconteceu, mas pelo que eu entendi ele levou minha tia e a mãe dela pro pronto-socorro mais próximo. Tudo isso num intervalo de 10 minutos entre minha tia-avó parar de respirar e chegar no hospital. Ressuscitaram minha tia-avó, e a jovem médica que atendeu minha tia chorou ao conversar com ela depois e disse “Eu senti o seu desespero quando você chegou aqui, o dia de hoje foi um dos mais importantes da minha vida, valeu a pena toda a minha faculdade por esse momento”. Infelizmente minha tia adoecida ficou inconsciente e na UTI, por 15 dias, com infecção generalizada e outras coisas que não me lembro direito também. Ela faleceu na última semana, a agonia dela acabou. Como se não bastasse todo o tormento que meus familiares passaram, na hora do enterro os coveiros estavam em greve na cidade (me diz que tipo de lugar coveiros entram em greve? São Paulo). Não sei como meu tio conseguiu uma funerária de outra cidade, um cara brotou aí com um “buffet” funerário e toda sorte de caixão, carro chique, maquiagens, tudo, e quando minha tia perguntou quanto tudo aquilo iria custar ele disse “Nada. Faço isso por amor.” Houve o velório, a cerimônia toda, e agora ela está aguardando ser cremada. O pior passou e minha tia pode descansar em paz.

Agora não é a parte que eu começo a impor minha hipocrisia e dizer “não fumem”. Agora eu chego e digo: como de um dia pro outro nossas vidas mudam. Repentinamente. Brutalmente. Não se pode fazer nada cara, nada. As cartas mudam e quando você acha que o jogo está ganho aparece alguém blefando pra te destruir. Chega a me assustar até. Semana retrasada mesmo roubaram nosso carro, minha mãe ficou louca, mas ainda bem que a gente tinha seguro. E quem não pode se dar ao luxo? Um carro é o maior bem de muita gente por aí, do nada aparece um filho da puta e tira isso de você.
O ponto que eu quero chegar é como fazer pra aproveitar todos os momentos dessa vida que nos foi dada? Os clichês “carpe diem” ou “seize the day” são ótimos na teoria, mas na prática não funcionam. Eu honestamente não sei o que fazer. Digo a mim mesmo pra sair por aí e fazer tudo o que eu puder fazer mas passou boa parte do meu tempo livre em casa vendo tv ou na internet. Meu medo é que de uma hora pra outra algo ruim aconteça e as lamentações de “eu poderia ter feito diferente” começarem. Não que eu não ache que eu não aproveite a vida, aproveito e muito, mas sempre penso que poderia fazer mais, mais coisas, muito mais coisas, e simplesmente não as faço por nenhum motivo aparente.
Mas de uma coisa estou certo: preciso estar cada vez mais ligado à família. Parece exagero da minha parte porque eu nunca fui muito próximo dessa minha tia-avó falecida, mas essa história toda mexeu tanto comigo, ouvir minha tia contando tudo hoje pra nós em sua casa me fez querer chorar, e eu nunca choro. Tenho que aproveitar cada familiar que eu amo, nunca se sabe o que pode acontecer.

Queria muito ter o controle de tudo o que ocorre com cada um, mas não sou Deus. Queria muito saber como viver mais e melhor, me preparando pras surpresas que surgem, mas ainda não sei.
Às vezes é isso que é viver, ter tudo na mão e não saber como agir.
Às vezes é isso que é viver, ter nada na mão mas agir mesmo assim.
Cara é tanta coisa que eu tenho aqui dentro e não consigo expressar.

                                                                                                        i wanna live inspired, i wanna die for something

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

love thoughts


“See you had a lot of moments that didn't last forever
Now you in the corner tryna put it together”


There was a lonely rainy night the last time I thought about you. It was one of those moments – now they’re increasily rare – that I’m walking on the streets listening to some random music but your face pops up in my mind, with no reason. It’s weird how I remember some moments we had in some ordinary moments of my day, of my week. It’s almost funny. Although, my thoughts have changed, they’re not angry ones, not sad ones, not morbid. The invasion of your person in my head now is only with good, nice, warm memories. I can just remember good things! Lovely times.
Trust me, the way we kissed goodbye, the way we’ held our hands, the way we walked alone, the way we had no plans: this is something that I’d like to forget, but I just can’t. I have no reason to forget everything. You don’t hurt me anymore.
I’ve became another guy that’s sick and tired of being so sick and depressed, and maybe this have changed my feelings for you, in a good way. I’ve already accepted the fact that they are not leaving, ever, they’re just cozy in my heart, waiting the right time to explode again. And I’ve already accepted that this day might never come, but I don’t blame you. I can’t blame you for anything my dear.
I can’t blame you because maybe it’s not supposed to happen. When I’ve told you I’d be near you permanently, I was barely sure you’d come closer again, be sweet again, like me again. I know I was wrong honey, I know I was. I can’t make you love me like I’ll always love you. Some stories are never meant to be reality.
I’m just writing this because tonight was a lonely rainy night that you crossed my mind and I was listening to the song above. And I love when this happens. :o)

                                                                                                               “Never mind, I'll find someone like you. I wish nothing but the best for you, too”

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

00:36

Meu peito tá doendo, mas não é de tristeza ou solidão, tô ficando gripado mas fumando mesmo assim, tô teimoso. Sou teimoso. Tô teimando em dizer pra mim mesmo que essa vida tá linda demais, cheia de amor e coisas boas e que tudo tá em paz.
Agora vem cá, por que que quando finalmente tudo tá em paz eu boto na minha cabeça de que tá tudo errado e o que eu mereço é me fuder?
Eu nunca cresço. Nunca. Fico horas na internet, reclamo de bobeira, fico sozinho querendo carinho, tenho carinho e prefiro ficar sozinho, ando meio putão só mexendo com o sentimento das pessoas, gasto dinheiro que não tenho, minto, escondo, durmo mal, como mal, faço tudo errado. Tenho 20, VIN TE anos nas costas e lido com a vida como se ainda tivesse 16, não sei quando isso vai mudar. Eu sou bem muleque ainda, enquanto tem amigo meu comprando carro próprio, com o próprio dinheiro fruto de trabalho, eu só quero saber de um vans novo ou um boné azul que eu achei maneiro e vi na vitrine do shopping. Minha cabeleira juvenil condena. Há um ano tava trabalhando, larguei do trabalho porque ia fazer estágio, não deu certo e fiquei curtindo a vida viajando graças ao seguro-desemprego que um dia acabou, lógico. Não fui procurar outro emprego com o empenho que devia. Há duas semanas comecei a estagiar por muita sorte com um dos melhores arquitetos da cidade, mas não porque eu procurei não, joguei no facebook que precisava de um estágio e uma amiga da minha irmã que falou dele! Sabe, quem faz isso? Tá tudo errado. Ao invés de só ficar pensando em um meio de convencer meu pai a me dar grana pra balada do fim de semana, eu devia estar estudando. Aliás, eu devia estar estudando ao invés de matar aula. Mato aula pra ir pro bar, mato aula pra dar uns beijo, mato aula pra ir ao shopping comer o novo lanche do McDonald's. Tudo é motivo pra matar aula, que excelente profissional eu serei. Não consigo ser responsável. Não consigo pensar que tudo isso que eu preciso fazer hoje vai ser pra um bem melhor no futuro, eu só penso no presente, só penso no agora, só penso no meu tempo livre e no final de semana (mesmo sem 1 centavo no bolso). Quero consumir. Quero gastar rios de dinheiro que eu não tenho e que meu pai não me dá mais. Quero beber, fumar, sair, conhecer mil pessoas, esquecer de mil pessoas, viajar, nadar, trepar, correr, fazer tudo o que eu quiser fazer a hora que eu quiser fazer. Tudo que eu preciso fazer parece muito chato, é difícil pra mim ver além.
O pior de tudo isso é a minha própria hipocrisia. Falo falo falo, dou liçãozinha de moral no zé arrogância, mando e desmando mas sempre bem politicamente correto e educado, lindo, um exemplo de cara que eu também sou, também penso sério, também sou certo. Mas sou errado ao mesmo tempo. Não acho que eu sou bipolar, mas devo ter o capeta e o anjo em um mesmo corpo.
Quando é que tudo isso vai passar, quando é que eu vou mudar?
Eu quero crescer. Quero virar gente grande logo, quero agir de acordo com a minha idade, quero ser chato, quero não cair em tentação e que Deus me livre de todo mal. Quero ser responsável, muito, quero criar responsabilidade. Espero que um dia eu consiga. Quero amadurecer sem deixar de ser eu mesmo, sem deixar todo o lado divertido da vida sumir, quero tudo, um combo vida adulta e adolescência pra sempre. Na real eu não quero crescer não, quero ser jovem pra sempre. Envelhecer jovialmente. Crescer de um jeito diferente, mas acho que isso não é possível.
Talvez seja por isso que eu devia ter ido pra Blumenau esse semestre mesmo. Quem sabe me virando sozinho e com a vida me obrigando a crescer longe de papai e mamãe eu encontre um caminho. Um equilíbrio. Não fui agora, mas ainda vou, ainda tem tempo de me consertar.
Me cobram pra ser certo, mas quero ser errado. Me levam pro errado, mas quero ser certo.

domingo, 24 de julho de 2011

Quer saber o que eu aprendi nesses últimos dias?

Eu tô muito feliz. Muito mesmo, rindo à toa e olha que já tô há um bom tempo sem sexo viu. Tô bem pra caralho, bem.

Engraçado ver que quando eu me proponho a mudar um pouquinho que seja eu consigo, e nessas férias eu tô mudando em muitos aspectos.

Cansei de ficar triste por bobagem. Cansei de melancolia. Cansei de drama, cansei de insegurança, cansei de dúvidas, cansei de pseudo-depressões, cansei de menosprezo (e de menosprezar), cansei sentimentos ruins porém humanos, mas não quero eles comigo.

Me diz só uma coisa, pra quê sentir/fazer tudo isso se eu posso estar feliz e sem neuras na minha cabeça? É tão mais fácil, tão melhor. Têm tanta coisa pra se fazer, tanta gente pra se conhecer, tanto que estudar, tanto que crescer nessa vida que não vale a pena perder tempo e energia com coisas que me fazem mal. Coisas e pessoas, porque não adianta nada querer mudar pra melhor e conviver com gente que te puxa pra baixo. Pessoas que são tristes, melancolicas, “pseudo-depressivas” são tão solitárias por culpa delas mesmas, quem gosta de conviver com alguém assim? Ninguém quer. Eu também não, né. Faz bem selecionar, se afasta do ruim e se aproximar de positividade e coisas boas. Tô sabendo legal fazer isso viu!

Sempre reclamei por pensar demais mas graças a esse hábito que saquei esses lances.

Sorrir mais, abraçar mais, beber mais, celebrar mais,  falar com aquele seu brother que não vê há anos mas sente saudade, reunir a galera só pra dar risada até doer a barriga. Rir meu, rir, como isso é bom! Confiar mais nas pessoas, ser gentil, ter responsabilidade. Pedalar mais sem rumo por aí, correr mais, malhar mais, uma descarga de endorfina na veia nunca é demais. Pegar uma, duas, três, mil minas na noite, que seja, ser solteiro é bom quando não se tem ninguém na cabeça. É uma beleza, sem tristezas. Ouvir mais do que falar, ser honesto consigo mesmo e com os outros, amar com cautela, se apegar com equilíbrio, nunca confundir sentimentos.

Quer mesmo saber o que eu aprendi nesses últimos dias?

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A descomplicar. Viver é muito mais simples do que a gente imagina.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

How hard is it to ignore someone you want?
How hard is it to pretend day by day you don’t need her?
All I do is keep distance, avoid you, ignore you, take me out of your life, but I all wanna do is call you, text you, say goodbye to everyone here and go hug you until you can’t breathe.
I always tell myself you have your own life now and I must forget you so I can move on. I really try, I try so hard, I’ve been with other girls, I’ve been in drunken-nights-to-forget-you almost every weekend. I’ve told myself one day (seriously. judge me.) to think that you don’t exist, that it was just a dream, but how can I believe myself in reality if you show up every fucking night in my real dreams?
It’s a sub-conscious trick that keeps reminding me that you’re there, always on my mind, always on my heart, no matter who I’m kissing, no matter who I’m fucking.
How hard is it to ignore someone you want?

It’s as hard as being ignored by someone you want.


                                   i want you, entire

terça-feira, 12 de julho de 2011

Player

De certo aprendi algo ruim de alguém que não deveria, algo ruim que me fez mal e ao invés de levar como lição e nunca tomar essas atitudes na vida com ninguém acabei me dando conta de que faço exatamente a mesma coisa. Me peguei jogando, sou jogador.
”Once a player, always a player” e é esse justamente o meu medo, não quero me tornar assim. Não gosto de enganar ninguém, não gosto de manipular ninguém, fazer coisas erradas pelas costas de quem me quer bem. Não, não, não, isso é muito errado.
É difícil domar esse meu interior que se apaixona por várias minas ao mesmo tempo cada uma ao seu jeito, mas não é por isso que eu tenho que jogar com todas elas. E olha que a maioria dos meus amigos mal sabem de quem eu tô falando porque eu sei manter segredos quando eu quero, muito bem.
Fiz o que disseram que fizeram comigo e nem percebi! Atraí quem eu queria, consegui o que eu queria, e me afastei como quem se enjoa de um jogo de video-game. Percebi que meu ego gosta que fiquem no meu pé, dizendo que gostam de mim, que me querem, que sentem a minha falta, exatamente como eu já fiz um dia.
Quando me tornei essa pessoa?
Não acredito que o sofrimento nos deixa assim. Muita gente que sofre por amor/paixão assim que a dor que passa diz “nunca mais vou me apaixonar, nunca mais quero gostar de ninguém”, o que é uma completa bobagem. Sei disso porque já disse haha. Não estou apaixonado por ninguém, mas estou sempre vulnerável a cair nessa de novo, sempre foi assim. Só digo de antemão que não me conheço mais. Não sei como fiz tanta merda nesses últimos tempos e mexi com a cabeça alheia de um jeito que eu não queria. Ou melhor, no fundo queria.
Logo eu que sempre fui muito amor e achava que sabia de tudo sobre o assunto, tô vendo que não sei é de mais nada.

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                               "say you don’t want it”, say you don’t want me

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Countdown


Não sei se isso é um mal da minha geração, das pessoas da minha idade de círculos parecidos com os meus, ou é só da minha cabecinha arrogante que acha que já sabe de todas as coisas, mas a idéia de abandonar tudo ao seu redor e viver de arte (de alguma forma que eu ainda não sei) lhe parece tão atrante como parece a mim?
Não sou artista, nunca fui. Já me meti a pintar, falhei. Já me meti a desenhar, falhei (só pra registrar eu curso arquitetura na faculdade). Já tentei cantar, falhei (óbvio). Já tentei tocar algum instrumento, falhei. Nunca tentei escrever direito, mas provavelmente iria falhar. Ah, também nunca tentei produzir um filme, tampouco atuar numa peça séria de teatro (a da sexta série não conta). Modéstia à parte mas eu tiro umas fotos legais até, mas nada que me dê algum dinheiro. Existe alguma outra arte por aí?
Tá, agora eu tô começando a me achar bem ridículo só por digitar a palavra “arte”. Ok. Tá. Continuando.
Você aí que tá perdendo o seu tempo lendo, já pensou em desencanar dessa vida acadêmica de faculdade, já pensou que nenhum trabalho normal te satisfazeria plenamente como homem, nada do que tem nos classificados do jornal de domingo te daria prazer em executar, que toda essa coisa de estudar/trabalhar/enriquecer/sustentar/consumir é um lixo, que a vida devia ser muito mais do que girar em torno do dinheiro? São muitas perguntas. Mas é basicamente o que eu tenho na cabeça por hora.
Sempre achei que eu devia trabalhar com algo relacionado à criatividade, tanto que minhas 3 primeiras opções no vestibular eram Arquitetura, Publicidade e Fotografia. Acabei escolhendo arquitetura porque era o que eu sempre quis fazer, mas nunca senti paixão por isso não, na realidade acho que tem muita coisa chata que eu não tenho saco mesmo, mas vou levando, não vou desistir do curso não. Eu posso muito bem continuar com tudo, fazer uns cursos depois que eu me formar, ter um belo de um currículo mas e aí? Ou eu posso me formar e trabalhar com outra coisa que pode não ter nenhuma relação com o que eu estudei, mas e aí? Sabe, tudo isso que a gente tem que fazer, que dizem pra gente que a gente tem que fazer, é uma grande merda. Qual é o sentido disso tudo? De nascer, estudar, crescer, trabalhar, comprar coisas, comprar coisas, comprar coisas, pra quê? Existe alguma outra opção?
É por isso que eu falei de arte no começo (mais uma vez me sentindo ridículo por escrever “arte”). Eu queria é ser muito macho pra mandar tudo pro inferno, explodir a faculdade, subir na minha motoca e viver a vida de outro jeito, expressando sentimentos através de arte seja lá como ela for. Roubar uma grana de alguém e ir pra Vaduz, pintar os Alpes, tocar violão na beira do Danúbio, tirar fotos mentais de cada lugar que eu passar nesse mundo, amar cada pessoa que surgir na minha vida como se fosse a última, ir vivendo a vida como se fosse o último dia.. Talvez eu não entenda muito de arte não, né. Olha aí, quando eu disse que não escrevo sério é por isso, tô sentindo mil coisas com relação a esse lance de viver de outra maneira a não ser essa que todos conhecemos mas não consigo expressar do jeito que eu queria através das palavras. Que merda. Mas alguma coisa do que eu disse faz algum sentido?
Não dá sabe, dinheiro é bom e eu gosto muito mesmo, tô sofrendo porque estou sem, mas se eu pudesse, se eu tivesse tanta coragem quanto vontade que tenho, eu jogava tudo pro alto, virava um vagabundo tentando entender do que se trata a vida, do que eu devo fazer com ela ou do que eu não devo fazer com ela.
Viver tem que ser mais do que poucos momentos de diversão aos fins de semana. Não quero ser escravo de trabalho, carreira e do meu suposto sucesso profissional até eu ficar velhinho. Não quero me matar de trabalhar e fazer contagem regressiva pra aposentadoria chegar. 
Deixa eu viver agora. Só não sei bem como.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eu quero abraço e carinho, cafuné, suspiro. Mão na minha nuca, beijo no nariz, meio-sorriso com timidez. Um pouco de cuidado, mimo, mas nada tão forçado. Tudo às claras, muita verdade, transparência, pureza de sentimento sei lá.
Um pouco de amor não me faria mal.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Fold your hands Dan, you walk like a peasant

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stop trying to make your life runs as fast as the light, there’s time for everything and you don’t have to worry.
keep breathing.
make a cup of coffee and forget about the worries,
this shit needs to slow down so what about no hurries?
make a new friend and ask him for a drink,
when beer is around everything sounds easier.
i’m done of being so weak,
make me a tiger that needs to be tamed,
make me a peasant but teach me how to let it roll,
i’ll find a way to stop thinking too much

Me sinto egoísta no momento. Não digo num estágio em que eu vá furar a fila do ônibus ou não dividir a pipoca do cinema com alguém. Penso em mim, no que me afeta. No meu objetivo, no que eu tenho em foco.
Certamente tenho conhecimento de que não sou totalmente honesto. Sinto tanto mas é meu egoísmo que breca a vontade que eu tenho de levar isso em frente. Não me leve a mal, você é querida, linda, tem tudo o que eu gosto em uma menina. Mas eu sinto medo. Nunca senti isso antes mas tenho medo de me apaixonar de novo, gostar sabendo que eu vou me fuder e que vai acabar. Infelizmente eu sou puro sentimento, me apego fácil mesmo, gosto de carinho, que se importem comigo, quando pega na minha mão, põe os braços nos meus ombros. E esse é o problema. Como vou me deixar levar, deixar que fique sério, se, me perdoe, você não está nos meus planos?
Ao mesmo tempo, egoísta que sou, não quero que me deixe. Tem como haver um equilíbrio? É mais do que atenção mas é menos que amor. Tem nome pra isso?

Gente

Tem horas que eu fico espantado com quanta gente eu acabei conhecendo ao longo dos anos. Não tô me gabando ou incitando popularidade porque isso nunca foi do meu feitio, mas é que é verdade. Não faço idéia de como conheci tanta gente nos últimos tempos, pessoas boas e ruins, amigos e colegas, gente fresca e gente humilde. Logo eu que dos 13 aos 15 não era o mais sociável do planeta né. É bom ter contatos, nunca se sabe quando você vai precisar deles (assim como vão precisar de você. e sempre precisam). Muito melhor é ter amigos. Meus melhores amigos continuam os mesmos de sempre apesar da vida ter levado cada um pra um canto: Kiki, Antonio, Maria, Naty, Nana, Rafael Augusto. Quero sempre comigo, confio cegamente em cada um e sinto às vezes por não poder participar tanto quando poderia há uns anos atrás. Mas eu tenho muitos outros amigos.
Na época do colégio mesmo quando me zoavam por causa dos meus amigos “pívets” haha, foi uma das melhores coisas que já me aconteceu, sair da zona da minha sala e do pessoal mais velho e passar a andar com os mais novos. A cocô (amor incondicional da minha vida pra sempre), a mariane, luisa, tavinho, vitão, salé, luiz, pri, giuli, lara, lais, cadu, pedro, etc, são todos dessa época. O que acontece é que todo mundo cresceu e não são mais (tão) juvenis. Ainda vejo todo mundo como se eles tivessem na oitava série. Lembrando que a Pri tá na faculdade. Eu tô muito velho.
Agora, nerdissee à parte, tenho muitos amigos de internet. Na real não, odeio quando dizem isso “amigo de internet” porque encaro como uma fase. Não mantenho contato com alguém pela internet se não tenho intenção de ir um nível acima e conhecer pessoalmente. Pode soar perigoso pra quem tem mias de 40 anos (meus pais), mas pra mim é tão natural. A começar pela minha primeira namorada né, do orkut ao melhor dia da minha vida. Mas eu sempre fui desses. Conheci muita gente de fotolog, de orkut, mas isso há anos-luz atrás. Podia fazer uma lista enorme de nomes! Era bem a minha cara cabular aula e ir pra São Paulo conhecer amigos na galera do rock hahaha emo eu magina. O Arthur, é uma das pessoas mais legais que eu já conheci, e foi por myspace. Mas os que eu ainda não conheço pessoalmente tem bastante participação na minha vida. Conheço a Lau do RS desde que ela tinha 14 anos, hoje ela tá na faculdade também, e só não a vi ainda porque sempre foi meio impossível haha. O Alex é uma das melhores pessoas que eu conheço e confio, sabe mais da minha vida do que muita gente que me vê todos os dias e é questão de tempo sair numa noite fria curitibana e beber até vomitar com ele. Bruno de JF, Giu do interior, Lu de Maceió, Marcella do Rio, Lucas de SP, e por aí vai. No fundo eu gostaria que não houvesse internet porque os relacionamentos em si seriam mais humanos, mas aceito que se não fosse ela não teria conhecido metade das pessoas incríveis que eu tenho a honra de conhecer. No colegial então (acho que eu fiquei mais bonitinho), me vi conhecendo pessoas de mogi mesmo através da internet, me adicionava, me interessava e via por aí. Até hoje isso acontece, é bem legal, sei lá, gosto disso.
Aí veio o twitter. Do nada tinha mais de 4mil pessoas me seguindo, e eu aprendi a fazer amizade de um jeito muito estranho, via reply e via tweets. É engraçado você achar o twitter de alguma pessoa que parece ser legal, ler o que ela escreve em 140 caracteres e acabar encontrando coisas em comum com isso. As pessoas tendem a se transportar para o twitter a vida que levam fora dele, e fazem isso do melhor jeito para parecerem mais atrativas possível. Honesto ou não, a gente acaba lendo/conhecendo o melhor delas e é por isso que é mais fácil hoje em dia a amizade começar com um follow do que com uma request do facebook. Você vê ali o dia-a-dia, sei lá, é diferente. Conheci muita, muita gente. Pessoas boas e ruins como em todo lugar, mas eu sei selecionar muito bem. Não teria conhecido meus amigos do sul (que todos aqui morrem de ciúmes eu sei, dizem “vc trocou a gente pelos seus ‘amigos do sul’”) se não fosse o twitter. A rafinha e o raue do twitter, com eles a isa, gui, brenda, e por aí vai. Queridos que por mim moravam bem perto, imagina que lindo poder ver a rafa todo dia? Sério, queria muito. Eu sou muito grato de verdade ao twitter. Não acho tão interessante quanto já achei um dia, mas ele me trouxe muita coisa boa.
Recentemente me surpreendi e não é que eu fiz amigos na faculdade? Não é segredo que eu não queria estudar lá, fiz birra e juro que já cheguei a pensar no começo que teria que passar 5 anos da minha vida só estudando mesmo em um ambiente, sem amigos, porque a verdade é que ninguém me interessava naquele lugar. Não que hoje todo mundo me interessa, mas fui ficando mais flexível com o passar dos semestres. Minhas noites ficaram melhores com a Lilian, Hannah e o Vini que vazou. Continuo não muito aberto com o resto da minha sala, mas até que consigo manter um papo sussa hahaha. Pipocas à parte e cigarros e bar com os bixos também, continuo meio fechado sim, mas isso vai mudando dia após dia, aceitei que não sou melhor do que ninguém por lá e é bom ter com quem conversar. E não tem como dizer como a Lilian passou a ter importância, ela é tão “queriiii”, sabe sempre me ouvir e eu sempre sei ouvi-la. E é isso que é amizade sabe, quando você encontra um equilibrio entre poder falar e saber ouvir sem se sentir incomodado. É muito bom mesmo.
Só sou carente de amizades à primeira vista. Que nem essas que você vê em filmes, você tá em um café lendo alguma coisa e do nada tá conversando com alguém que vira seu amigo e parceiro de cerveja. Ou isso não existe e eu to inventando sei lá, mas pensa que legal, fazer amizade na rua, aleatoriamente, sem intervenção de ninguém. Seria a maneira mais excitante e mais sincera, e mais humana. Não me recordo disso já ter acontecido comigo. O máximo que acontece é papo de ônibus, metrô, até balada (aí já entra naquele quesito amigos-que-só-se-encontram-bêbados-na-noite), mas nada tão mais profundo.
Sinto gratidão, de verdade, por cada pessoa que tive o prazer de conhecer nessa vida. Foda é saber que infelizmente pessoas vão e vem, é raro quando alguma fica pra sempre, mas eu já to acostumado. Esse contato que a gente tem é sempre passageiro, cada um tem sua época.
Longe ou perto, eu sou muito grato.

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