sábado, 29 de maio de 2010

Me diz

Bom.. já é tarde e eu deveria estar dormindo mesmo sendo uma sexta-feira. O que acontece é que eu estou (pra variar) sem dinheiro e gripado, não saí hoje e fiquei em casa comendo pão-de-queijo, tomando suco de pêssego, lendo a Rolling Stone do mês e vendo filme.

Foda-se tudo o que eu escrevi acima, péssima introdução.

Têm sido dias ruins, sem nenhum motivo concreto aparente, só minha mente perturbada que involuntariamente não para de pensar e ter devaneios totalmente dispensáveis e que se eu pudesse tê-los, não os teria de novo. Detesto pensar muito, acho que já disse isso algumas vezes mas vale a pena reforçar. Quem pensa muito é porque não tem coisa melhor pra fazer, e quem não tem coisa melhor pra fazer é porque está sozinho. Bingo!

Sempre né, eu mesmo.

“Me dou bem com as mulheres, mas nunca fiz sucesso com elas.”

Oi.

Nunca fui conquistador, nunca fui o que mais fez sucesso com as meninas, nunca fui o que saiu à noite e beijou 10. Não sou eu, mesmo eu tentando me enganar e tentado ser alguém que eu não sou, esse não sou eu. Não consigo, sou incapaz. E também não quero (pelo menos não essa noite, nesse minuto, nesse segundo). Consequentemente não tenho o poder da persuassão e manipulação de corações para simplismente escolher um alvo e torná-la minha. Por mais que eu queira.. Das vezes que eu fiquei sério por muito tempo com alguma menina foi porque ela gostou de mim do jeito que eu sou, não fiz nada, e esse é o caminho mais fácil e honesto no meu ponto de vista. Fácil porque eu não tenho trabalho algum, e honesto porque não preciso ficar de nhe nhe nhe, agradando, comprando coisas, mimando e fingindo ser aquele cara que eu não sou. Triste é ver que pra maioria o certo é ser assim, fingir, arquitetar um plano de “como é que eu vou fazer pra ter aquela mulher?”. Confiança, auto-estima, pegada, saber chegar e o escambal é tudo invesão nossa, meus caros. Ideal seria que elas se apaixonassem pelo que somos, não pelo que demonstramos. Fingir é fácil demais.

Eu sou do tipo que se apaixona e que não faz com que ela se apaixone por mim. O que me dói é que é isso que ocorre: ela não se apaixona por mim. Uma vez eu li algo do tipo “prefiro sofrer a não sentir nada”, acho que é isso, e cara, acho que tem muita gente parecida comigo escrevendo coisas e eu não sei aonde elas estão! Ser o tipo de cara apaixonado não dá certo. Posso até me enganar nas noites com muito álcool, nicotina e tudo mais, posso roubar o carro e levar 1, 2, 3 meninas fáceis pro motel, iludindo elas, fingindo ser quem eu não sou por pura diversão, transando loucamente pra me afirmar como ser humano, vivo, instintivo que sou. Agora, no fundo, se isso me satisfaz por completo?

Nem um pouco.

Prefiro ter uma. A que se apaixone por mim naturalmente, sem eu precisar fazer trilhões de coisas pra que ela me note, pra que ela goste de mim, pra que ela veja que eu estou interessado, pra que ela saiba o que eu quero de verdade. Não faz sentido insistir naquela que sabe das coisas, sabe do que eu sinto, sabe do que eu quero, rejeita convites, e não demonstra absolutamente nenhum sentimento, nenhuma posição, nada, é quase estática quando ao assunto.

Quero e não quero. Quero é amor cara e não quero ficar na situação que eu to aqui escrevendo às 1:59 da manhã como um idiota na frente de uma tela branca. Não posso ser tão não-amável assim.

Isso não tem nexo algum..

500-days-of-summer-review-3

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Considerações

Tô puto. De saco cheio. Descrente de tudo e de todos.

 

Tá, exagerei.

Puto não é bem a palavra, foi só grecejo mesmo, acho que to meio desapontado sabe, quando você sente uma ponta de angústia e sabe porque, mas tem medo de admitir.

Começando por pessoas, claro, sempre elas, que acrescentam e só fodem com a minha vida ao mesmo tempo. Ai cara na boa já to quase desistindo de ser legal, ser brother, sempre fazer tudo pelos outros, me sacrificar, me fuder, ser bonzinho, ouvir, ajudar sabe, dar conselhos, ficar horas ouvindo problemas e tentar solucioná-los, dar afeto a quem precisa e o escambal a quatro. Isso nunca me afetou, jamais, mas e quando você para e pensa que ninguém (ou quase ninguém, ou menos pessoas do que o número de dedos que você tem na mão) faz isso por você? Não que eu valha muita coisa, mas não sou totalmente desprezível. Sou aquele que cuida, ajuda, dá risada, se fode pelo outro, mas aquele que também precisa ser cuidado, ajudado, que riam comigo e que se fodam por minha causa. Não é possível que eu seja tão desprezível assim, não posso ser não. Mereço o mínimo de consideração, pelo menos às vezes. Se quero sua amizade por algumas horas ou pra sempre, isso não importa, faço de tudo por ela, e não sou de esperar absolutamente nada em troca, mas é bom se sentir querido com demonstrações de afeto REAIS. Depoimentos, “eu te amo”’s por msn, e coraçõezinhos no twitter não dizem absolutamente nada.

A vida tá aqui fora, longe da internet e de qualquer site de relacionamento.

Esse é um dos motivos pra eu estar me afastando gradativamente de tudo isso que a internet me proporciona. Todo mundo é muito falso, fácil e descartável. Se eu não quero mais a “amizade” de alguém, simplismente dou unfollow no twitter, deleto do orkut/msn/facebook e pá: acabou, deletei uma pessoa da minha vida. Não é assim que as coisas devem funcionar cara, isso não tá certo, não quero lidar com contatos e não quero que lidem comigo como se eu fosse apenas um contato, um número, eu sou uma pessoa caralho. Me ignorar no msn ou dar unfollow no twitter pode até ser chato, mas francamente, com qualquer pessoa que eu conheça SÓ por internet, também não significa absolutamente nada.

Quando disse um dos motivos é porque tenho outros. Preciso me dedicar mais à faculdade porque to vendo que vou me fuder esse semestre. Entretanto ainda não comecei a me dedicar, rs. Meu pai comprou uma tv nova foda que tem um zilhão de coisas e pra completar comprou todas as temporadas de LOST, ou seja, internet pra quê? Sipá é por isso que ainda não comecei a me dedicar aos estudos. E outra coisa, longe da internet quase que consequentemente fico (indiretamente) longe de gente. Longe de gente sei que gente me quer por perto, que gente gosta de mim e que gente me procura não só quando precisa. Triste é saber que não sou tão querido assim. É verdade ué, você que ler isso aqui, não me venha depois com “Nossa que post dramático e emo foi aquele seu? Af” porque já to de saco cheio de me dizerem isso, com essas exatas palavras. Porra meu, é o meu blog, minha vida, as coisas que acontecem comigo, quem são vocês pra me julgarem? Sabe.. que merda. Ninguém, ninguém mesmo sabe por cada uma que eu passo quase diariamente, das coisas que eu vejo e sinto, das merdas que eu penso, das frustrações que eu ando passando e da carência (sim, existem pessoas sozinhas, existem pessoas que não pegaram 5 na última balada simplismente porque não quis, ou porque achou deprimente tanta gente drogada em um ambiente só. malz por esse parêntesis, haha.) que eu to pra ficar falando um A de mim, então o próximo filho da puta que vier com uma dessas, mesmo na zuera, eu vou ignorar. E se for por internet (o que eu acho bem provável) vou bancar o frio e hipócrita, te deleto.

 

No fim das contas acho que tô puto mesmo.

skinsssss

nada a ver essa foto com o post, mas acabei de ver esse episódio e ele ainda tá na minha mente.

terça-feira, 11 de maio de 2010

I don’t wanna wait

(Antes de tudo, tem alguma coisa no ar que tá estranha. É o segundo dia seguido aqui, a vibe de escrever tá pegando)

 

Pego ônibus desde os 13 anos de idade pra ir pro colégio e agora faculdade. Até o fim do colegial era muito, pra não dizer extremamente divertido ir pro colégio de busão. De manhã e na volta eu ia dando risada com a mô e com o tó, fazendo guerras com a ju, reparando na vidinha de cada um que pegava sempre o mesmo horário, ficava sabendo de coisas com a aline, chorava de rir com o lê, fazia as mesmas coisas e tinham os mesmos gestos. Já passei por umas no viação jacareí do 12:20 que você nem imagina!

Com a faculdade e sem meus amigos, minha rotina diária não passa mais do que míseros 30 minutos com os fones de ouvido, sentado no meu assento favorito (o pra uma pessoa) e ocasionalmente dormindo. Será que o tempo é tão cruel comigo como é com todo mundo? Há sei lá, 1 ano e meio, o que podia ser maçante pra muita gente era só risada pra mim e agora é essa chatice de todo dia. É um saco. Parte disso é culpa minha por ter me afastado das pessoas daqui, mas outra parte é da vida mesmo, quanto mais eu cresço mais tudo fica chato. Sempre achei que seria o contrário.

Hoje na volta da faculdade não dormi, fiquei delirando sobre vários tópicos (alguns não publicáveis) e cheguei a uma conclusão triste: já vivi muito. Calma, não vou me matar, haha, mas me dei conta de tudo, ou pelo menos quase tudo o que um jovem adolescente desejo de fazer, eu já fiz! Já passei por muita coisa nesses 19 anos e a vida que sempre foi tão cheia de surpresa e descoberta pra mim hoje é monótona, chata, quase vazia e quase dormindo.

Olha só, tirando experimentar drogas ilícitas que eu não sinto vontade mesmo, já fiz tudo o que toda pessoa na minha idade espera fazer. Poderia fazer uma lista gigantesca e creio que só iriam faltar drogas ilícitas e ir pra fora do país. Como eu detesto drogas (já disse isso daniel), ficar esperando a hora de ir pra fora do país não é algo muito excitante, então, não tenho o que fazer! Pra você ter uma idéia, até ser enganado por uma doente e psicótica menina da internet que se passou por outra pessoa pra mim e pra minha irmã por, sei lá, uns 9 meses, eu já fui! Não tenho mais o que esperar, experimentar. Que me desculpem os gays, mas não vou provar da fruta só porque estou no tédio.

Entende aonde eu quero chegar? Minha vida virou um ciclo: casa, academia, faculdade, rolé com os amigos. Acabou! Por mais que só dependa de mim fazer algo novo, o que mais tenho pra fazer? O que mais posso fazer que esteja ao meu alcance e que ainda não fiz? Ser preso? Comer uma puta sem camisinha? Ir pra uma rave? Não são coisas que me atraem..

Achei que tivesse aprendido uma coisa com aquele filme Yes, Sir. mas acho que funciona bem só na teoria, na prática é outra coisa.

Então vou lá ver tv, e me desculpa se você perdeu o seu tempo lendo esse devaneio sem o menor nexo de um cara que vive do ócio E do feijão que mamãe fez pra janta.

 

PS: nada a ver com o post, mas só uma coisinha. Muita gente que eu conheço e que eu não conheço, que não deveria ler aqui, sei lá, vem me dizer “cara adoro seus textos!” ou “nossa esse último texto tava foda, do caralho”. O que vocês não entendem é que, pra mim, aqui não são apenas textos. O termo diário não é correto, mas também um blog de simples textos com temas aleátórios também não é, então digo que aqui é somente um lugar onde registro a minha vida periodicamente. Não são só textos, é o que tá nessa cabeça que pensa demais que eu tento tirar um pouquinho e jogar pra cá, pra ler, rir na maior parte das vezes ou chorar com o passar o tempo. Não são somente textos, é realidade, é o que eu vivo, o que eu sinto, o que eu anseio, as coisas pelas quais eu passo, vejo, que me perturbam ou me deixam apaixonado. Textos são só palavras… tá?

                    “What do you know? It happened again”

segunda-feira, 10 de maio de 2010

É no frio que a temperatura diminúi, a solidão aumenta e a saudade quase, quase que mata.

Tenho vontade de vegetar no sofá, só com a tua cabeça no meu colo, fazendo cafuné, tomando café, vendo filmes velhos, debaixo das cobertas.. é o melhor que o frio pode me oferecer, mesmo que não dependa só dele.

Além de eu estar viajando pois nunca vivi essa cena, a love is not complete with only heat..

Detesto, detesto essa situação, mas eu gosto! Gosto de sofrer provavelmente, silenciosamente. São nesses momentos de aperto que eu saio, pego o carro e saio por aí, ouvindo a boa trilha sonora e tentando desviar meus pensamentos que só querem teu bem.

É uma pena não poder fazer isso agora porque é madrugada. E frio.

Porcaria de clima, me faz querer ficar quentinho, sendo abraçado, mimado, beijado, ninado e infinitos ado’s: só por quem eu quero.

 

Quem disse que eu consigo tudo isso?

 

 

 

“I'm going to love you more than anyone

I'm going to hold you closer than before

And when I kiss your soul, your body'll be free

I'll be free for you anytime

Before i see you again

What can I say to convince you to change your mind of me?”

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Leia ouvindo We Are The Sleepyheads – Belle and Sebastian



Parece que quanto mais o tempo passa e mais eu queira ir embora da onde moro, mais eu gosto daqui!

Minha tarde foi excelente, como nos velhos tempos. Tirando o fato de que hoje eu dirigi, foi como nos velhos tempos.

Por mais que eu goste muito dos meus 16 anos e queira voltar no tempo quase sempre, isso é uma coisa que a maioridade me proporciona, pegar o carro numa tarde de sexta e sair poraí sem destino algum ouvindo música boa.

Fiz uma playlist ótima hoje, resolvi sair poraí e fiz um tour rural por onde eu moro, com direito a estradas de terras, sítios, bois e cavalos na paisagem. Ai maaano é uma sensação ótima sentir o vento na cara e cantar (leia-se gritar) sem perturbar ninguém!

É disso que eu gosto daqui, do verde, do céu azul, da 0 porcentagem de poluição, da liberdade que eu tenho em dar um rolé sem me preocupar com absolutamente nada, só com a gasolina :)

 

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                 i’m doing fine

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