sábado, 31 de dezembro de 2011

Straight from my head

Ok, não é a intenção fazer nenhum post com os prós e contras do ano que passou, mas já que passam da meia-noite, eu estou em casa meio deprimidinho e hoje é o último dia do ano, não custava nada escrever no melhor o-que-vem-na-minha-cabeça style. Unf. Tá.
Então, passei um dia bem tranquilo e egoísta, meus pais arrumando altas coisas pro “ano novo em família em casa” de amanhã enquanto eu deitei no deck de bermuda pra pegar um sol por horas. Não quis ajudar ué, me desculpa mas não fui eu quem chamou todo mundo pra casa então não vou arrumar. Beleza, passei um dia bem tranquilo e sem ressaca da noite anterior, conversei com um brother meu e ele me contou umas coisas que eu até tinha uma certa curiosidade em saber e gostei de saber afinal, mas isso não vem ao caso. Ai não sei o que escrever??????? Tô com uma fome maluca.
Haha, esquisito isso de escrever o que vem à mente, acho que me desacostumei. A real é que eu tô com uma vontade de chorar quietinho no meu canto mas não quero, odeio chorar cara. Ainda mais por bobagem. Vai ver não é bobagem, mas sei lá. Tinha uma fala no filme que eu vi agora pouco que dizia algo como se tal mulher fosse o amor da vida do pai do dylan e ele deixou ela ir porque era orgulhoso demais pra dizer o que sentia. Achei isso tão triste porque pensa, você desperdiçar a chance de viver esse amor da vida por puro orgulho, ter um arrependimento pelo resto dos dias e persistir no orgulho de não procurar o amor outra vez, continuar vivendo não digo triste mas não tão feliz quanto você poderia ser, não soa terrível? Fui orgulhoso e ainda sou com uma pessoa só, mas só sou porque muitas vezes deixei o orgulho de lado e infelizmente já me humilhei algumas vezes, então é o orgulho até que aceitável, triste ainda assim, mas aceitável. Me perguntei se eu já passei pela vida de alguém e esse tal alguém pensou que eu pudesse ser o amor da vida dela e não falou nada pra mim por orgulho. São coisas que não se escondem, que têm que ser ditas sabe? Odeio esse medo que todo mundo tem de entrar de cabeça em algum tipo de relacionamento, até eu criei esse medo esse ano, e fui uma das coisas ruins desse período pra mim. “If you like me, let me know”, já li isso em algum lugar.
Escrevendo a última frase me faço outra pergunta: como eu posso ser tão narcisista achando que tem gente que gosta de mim e não me diz? Ai, na moral, por que eu sou assim? Tão carente, querendo sempre estar conversando com alguém, passando numero do ce-lu-lar na internet pra ter uma distração, que mané meu, que mané! Preciso parar com isso e muita coisa também. Já fui logo apagar os tweets???? Nossa tá melhorando o lance de escrever o que tá na cabeça. Continuando com o lance de atenção, queria estar com uns amigos agora ou que eles estivessem online só pra eu poder falar falar falar e eles falarem falarem falarem e poder ao menos dar risada e tirar essa vontade nada a ver de mim. Amanhã começa um novo “ano” (na real inventaram essa parada né, nunca vamos saber quando um novo ciclo se inicia porque nunca vamos saber de onde ele começou na realidade, nossa to viajando???) e é sempre a mesma coisa de você (eu) fazer mil promessas de que vai ser mais saudável, parar de fumar, fazer exercícios, ser bonito, ler mais, criar, estudar mais, ir bem na faculdade, se empenhar e tal com mais um bônus de que eu ainda tenho que arrumar alguém pra morar comigo em Blumenau e garantir que o apartamento daora que eu vi não seja locado até eu arrumar alguém, isso tudo antes das aulas começarem em fevereiro!!!! Só de pensar já me cansa e quero mandar tudo pra puta que pariu, passar o verão inteiro na piscina e pedir pra que alguém resolva toda a minha vida pra eu só chegar e vivê-la. Às vezes fico sem saúde pra mim mesmo e pra algumas bostas que eu falo, que eu acabo de falar, pensar, sei lá.
Certo, pra piorar começou a tocar Adele, acho que é uma ótima noite de depressão na frente do computador escrever. Não me chame de gay por ouvir adele. Essa música é muito linda, dont you remembeeeeeeeeeeeer the reason you loved meeeeeeeee??? Tá.
1:23 olha que legal o horário, 123. A verdade é que eu menti no começo do post porque cairam umas 2 lágrimas assistindo o filme hoje, e olha que era uma comédia?? É que a parte lá com o pai do dylan realmente me deprimiu sei lá. Não vou entrar nessa de novo.
Sabe o que eu acho esquisito? Isso de chegar e pensar “não vou me envolver com ninguém emocionalmente, só quero sexo”, tipo, como isso funciona pra algumas pessoas e outras não? Eu queria muito conseguir sem assim, só satisfazer as vontades físicas e acabou, cada um pra sua casa e até outro dia. Não que no momento eu tenha alguma amiga que a gente transe, mas acho que não conseguiria fazer isso do mesmo jeito. Falei pra um amigo esses dias que o meu problema (o dele também) era que eu acabo me entregando demais a qualquer uma que eu esteja gostando, ficando e acabe lotando ela de informações sobre mim e num curto espaço de tempo ela acaba me sacando e me conhecendo por inteiro, daí ela se cansa e obviamente me acha chato e parte pra outra. Só que o que acontece é que antes dela partir pra outra quem parte sou eu, nunca ninguém terminou comigo, não diretamente (fingir que nada aconteceu um dia conta?). E mesmo sabendo disso hoje em dia continuo fazendo isso, acabo inconscientemente mostrando minha alma pra ela seila quem quer que seja até que ela enxerga, vê que não tenho nada demais e se entedia. O negócio é que precisa existir um mistério pra gente sempre conhecer algo novo do outro a cada dia. Sempre se surpreender. Na real surpresas é o que é mais legal em qualquer espécie de relacionamento, seja ele sério ou não. Imagina você sei lá casar com alguém e já conhecer cada pedacinho da pessoa, e nem as mudanças com o tempo dela te surpreendem mais? Daí surgem os divórcios. Pessoas cansam umas das outras tão facilmente. E. eu não sei vocês mas, eu me considero alguém muito “cansável”. Pronto, quem ler já vai pensar que eu só tô falando isso pra que me digam depois que não não sou nada disso e receber um elogio porque é isso que as pessoas pensam, só  o pior, mas não, eu só tô sendo honesto comigo e com sei lá quem teve saco pra ler até aqui (espero que sejam poucos). Só tô sendo honesto. Tem dias que me dá uma invejinha branca de alguem aí que eu ja fui apaixonado que uma vez disse pra outra pessoa assim “não sei o que há comigo mas as pessoas se apaixonam por mim” e olha ela não está sendo egocêntrica, é a mais pura verdade! Só eu conheço uns 5 caras de ouvir falar que já foram loucos por ela. É que ela é assim, justamente o oposto de mim, tem essa coisa toda misteriosa, enigmatica até, que você convive, conversa, chega perto, beija, transa, cheira, mas não consegue decifrar nem entender, daí se apaixona por isso e se entristece por isso e se fode de amor por isso também. Há dias que eu queria ser desse jeitinho, imagina o ego de alguém assim, saber que tem sei lá quantos que são apaixonados por você. Queria ter essa característica, deve ser genética, de fazer com que os outros se apaixonem por mim. Deve ser difícil também, claro, partir corações alheios, mas nem todo mundo sai feliz da história né. Cansei de pensar nisso.
Quero agora focar no que estou em falta: ler, estudar, desenhar, fotografar, pintar talvez??????, me informar, conhecer coisas novas, me empenhar mesmo em arrumar alguém pra morar comigo e dar um jeito nessa vida porque tá complicado. Infelizmente não tem ninguém que possa resolver ela por mim. Nem meus pais, se bem que uma ajudinha deles, em especial do meu pai, não iria me prejudicar em nada, mas aparentemente ele não quer interferir no que eu vou “decidir pra minha vida” então é só eu e sei lá Deus. Só queria mais tempo agora. Pensa que ja já eu vou ter 21 anos tá. Que merda. Ai que legal esse post né, falo falo e não falo nada com nada, vai entrar pra história do pior de todos os tempos disso daqui. Esqueci de colocar na lista acima que quero comprar um long e aprender a surfar ainda esse ano. Como eu digo todos os anos. Só mais uma promessa. Falando em promessas eu prometo que não vou me apaixonar ano que vem (talvez pq eu ainda esteja????? zuera. que duvida?????) por ninguém, nem ninguém que atualmente eu ande achando interessante, tô prestando atenção em umas pessoas e pensando nelas demais até mas são amigas, não quero sair da zona do conforto e perder amizade nenhuma então vou ficar na minha. O pior de tudo é que é só eu dizer que não quero gostar de nenhum mina porque eu sei que vou me fuder lá na frente é que é exatamente isso que vai acontecer. Sei que a primeira mina que eu conhecer de diferente e ficar com ela quando eu me mudar já vou fazer festa soltar rojões e achar que é a menina mais legal do mundo porque eu sou assim, só não conto isso sempre. Ou seja promessa anulada. Tô com muita fome.
Olha aí, fiz o que eu disse que não devia mais que era ficar falando de mim e fazendo com que as pessoas me conheçam intimamente até elas se enjoarem de mim. Sério que tem horas que eu penso que não devia escrever aqui mais, que deveria deletar twitter, facebook, essas coisas e fazer tudo de novo mas sem mostrar nada pra todos, ficar na minha, reservado, curtindo um longo migué e vivendo essa vida offline que eu tanto gosto sem depender da online também. Só que daí desencano sem motivo algum. Será que eu faço isso tudo pra um bom começo de 2012? Tenho algumas horas ainda pra decidir e pensar sobre. Acho que vou lá comer algo. Quase 10 pras duas da manhã do último dia de um ano que foi bom pra caralho pra mim e eu acordado apreciando essa lamúria que sou eu mesmo. Beleza agora eu vou comer, escrevo alguma coisinha com mais sentido ano que vem.

sábado, 24 de dezembro de 2011

The story only just, it just began


É nessa época de metade de dezembro que parece que o universo conspira pra que você pense mais, reflita sobre o ano que passou, planeje ou só organize tudo o que você quer para o ano que vai chegar. Pessoalmente acho tudo isso um saco, não devia ser assim só em um período determinado, é sempre hora pra parar e pensar um pouco no que se quer e no que se está fazendo. Mas acabo sendo levado por esse clima todo de esperança e mudanças, penso mais do que eu devia (olha o problema).

Chega a ser triste eu parar pra pensar e me perguntar: o que eu quero pra mim? Não só pra agora, pro ano que vem ou pra daqui uns anos mas no geral, o que eu quero pra mim?
Poderia muito bem ser ingênuo com a minha realidade e querer abraçar o mundo inteiro, fazer tudo o que eu quiser fazer, mas não é assim que a banda toca. Bem que poderia tocar.
Quando penso num futuro – seja ele próximo ou não – me vejo de tantas maneiras diferentes que acabo não enxergando com detalhes nenhuma delas. Sei que quero ser, ter, fazer muito por aí. Uma parte de mim grita desejando que eu me acalme e que faça com que o combo vida feliz aconteça de qualquer forma. Daí sou eu pensando que lá pra frente eu quero conhecer a mulher da minha vida, casar, ter uma carreira, um nome, construir minha casa em um condomínio fechado seguro e cheio de verde mas próximo do trabalho, quero ver meus filhos animados nas férias pra ir pro apartamento da praia, dar um carro pra cada um quando fizerem 18 anos, quero que eles façam intercâmbio, quero dar tudo a eles, quero fazer da minha mulher a mais feliz que já existiu, viajar com ela, mimar muito, dar presentinhos, beijo, dizer que a amo sempre, quero uma vida a dois pro resto da minha vida. Rebatendo com um tapa na cara essa viagem, olho pra mim hoje e é quase certo de que eu nunca vou ter nada disso. Pode ser coisa da idade, pode ser fase, mas e se não for? Me chamem pra sair, me chamem pra beber, me chamem pra diversão que eu vou dar um jeito de ir. Em um canto só meu, imagina tudo o que eu vou fazer que aconteça. Também quero estudar. Meu pai disse que se eu me fuder e me esforçar até os 25 anos com muito estudo e trabalho, depois eu só colho os frutos de tudo isso, vou confiar nele daqui pra frente. Mas não me imagino ultra bem-sucedido, só me vejo bem. Quero meu apartamento e meu carro, quero poder viajar, quero poder sair sempre que eu quiser e fazer tudo o que eu quiser sem remorsos. Quero conhecer mil pessoas diferentes, quero aprender com cada um que passe pela minha vida, sempre agrego um pouco mais. Por que uma vida de solteiro me parece tão boa e tão triste ao mesmo tempo? Como consigo querer 2 coisas tão distintas?
Tento não olhar muito pra trás e ver as merdas que já fiz, se aprendi na época com elas ótimo, se não, não vale a pena lembrar. De uma coisa estou certo: não me arrependo de nada feito, só do que deixei de fazer. A vida tá aí pra viver e se arriscar né. Por isso fico pensando além do que devia sobre o futuro e o que eu quero pra mim. Penso muito e faço pouco, confesso, mas tem gente que nem pensa, então já é meio caminho andado.
Tenho essa pira na cabeça de que eu tenho que realizar algo concreto que me dê prazer. Vou comprar um moleskine pra mim de aniversário (aceito de presente também), quero desenhar, preciso desenhar, que espécie de arquiteto quero ser se não sei e não desenho? Isso tem que mudar. Voltarei a fotografar que nem antes, não faz sentido não arrumar tempo pra isso, não faz sentido deixar de fazer algo que me faz bem porque tem outras coisas que eu não gosto de fazer e têm de ser feitas (isso não é o que eu chamo de responsabilidade). Está nos planos também aprender outra língua. De início francês porque sempre gostei, mas com toda essa coisa de blumenau eu até encararia um alemão, acho bem massa também. Não quero focar daqui pra frente em nenhum amor, mas uma namorada não cairia nada mal nos meus braços daqui pra frente (em outros lugares também), só preciso parar de ser mongolão e não olhar a minha volta, esqueço que tem muita gente ao meu redor enquanto só olho e penso em uma. Isso vai acabar definitivamente. Também devo deixar a preguiça de lado, arregaçar as mangas e correr atrás de um lugar pra morar no ano que vem, aceitar qualquer cabana e muquifo e deixar meu orgulho de lado. Não vou ter uma casa enorme, uma piscina e uma empregada pra mim a vida toda, então se eu não abaixar meus padrões e ser um pouco mais flexível, quem sabe eu me adapte à tudo mais rápido. É pro meu próprio bem, tenho consciência disso. Também vou aceitar morar comigo as primeiras pessoas que surgirem, quanto antes resolver todas essas paradas melhor. Assim que tudo se acertar, é focar num trabalho e trabalhar de verdade, sem vadiagem. Se é pra construir algo, nada de gastar grana com bobagem também. Vou guardar dinheiro, vou ser responsável, vou crescer. Queria um carro, mas como não sou capaz de guardar tanto dinheiro agora, quero o suficiente pra viajar nas férias ano que vem, roubei a idéia do alex e já quero um mochilão pela américa do sul con todas las chicas y la cerveza que tengo derecho. Quero voltar a ler mais, não li um livro completo esse ano e que vergonha disso. Sei lá, quero fazer muita coisa que deixei de fazer ou nunca fiz, tem bastante experiência por aí que eu não vivenciei, tô aqui pra provar daqui em diante. Com juízo, claro.
É que eu sei que não demonstro mas, sabe quando você passa muito tempo se preocupando com as outras pessoas, tentando ajudar todo mundo de algum jeito, conversando com cada um que precisa conversar contigo, sempre precisam de você pra algo mas nunca ninguém está aqui pra me ouvir ou me ajudar ou me qualquer coisa, sempre eu lá, sempre eu me deslocando, sempre eu pensando mais nos outros do que em mim. Não sei se é o fim de ano e justamente essa vibe de mudanças que tá no ar não só mim como em todo mundo mas, eu quero e vou fazer muita coisa apenas e só por mim. Não preciso contar pra todo mundo, pedir ajuda, pedir conselho, ligar quando tenho um problema, isso é o que fazem comigo e acho legal até um certo ponto. Daí não perceberam quando eu preciso dessas coisas é outra história, então não me importo e nem me chateio com isso mais. Se é pra mudar, se é pra fazer, se é pra eu crescer, que seja sem a ajuda de ninguém, que eu realize tudo sozinho e ao meu jeito. Um pouco de individualismo não faz mal algum.
Que esse fim de ano não traga apenas ideias, esperanças e planos pra mim, mas sim coragem e gana suficiente pra que eu bote tudo em prática hoje ou amanhã, ou daqui um ano, ou daqui a 10 anos, mas que eu faça o que eu quero fazer porque simplesmente quero. Chega de coçar o saco um pouco. Bom fim de ano pra mim e pra todo mundo.

                                                                      And surely it should never ever end

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

c’mere


Tô agoniado. Quero pegar o carro e dirigir sem rumo essa noite com o som no último volume mas os vidros fechados estourando meus tímpanos. Quero cruzar essas estradas paulistas e ver aonde vai dar, aonde vou acordar. Minha câmera comigo, meu celular tocando minhas músicas, meu cigarro, um caderno e uma caneta pra desenhar e meia dúzia de roupas. Quando a gasolina acabar eu deixo o carro em algum lugar. Ando à pé, de preferência na areia, busco o litoral. Até o sol se pôr ou nascer de novo.
Não nasci grudado em ninguém, desde o primeiro berro o cordão que me prendia à minha mãe foi cortado, posso muito bem me virar sozinho no momento que eu quiser. Não é de liberdade que eu falo.
Se voar não posso, me resta correr. Me resta nadar. Meu corpo implora por sair, fechar os punhos e não olhar pra trás. Abandonar.
Recomeçar mais uma vez, esquecendo tudo e todos que passaram, me presenteio com uma nova identidade e de repente não conheço ninguém. Nunca conheci ninguém. Sou só. E há muita gente pra descobrir.

ewq

Então


Não importa quantos anos a gente tem, sempre achamos que sabemos de tudo já, que estamos no comando das nossas próprias vidas e que não importa o que digam: a gente sabe o que faz. Eu também acho, mas acontece que nem sempre estou sempre certo.
Saí de casa na quarta-feira retrasada e cheguei hoje. Por esse mini-mochilão pelo sul do país vi muita coisa nova e – não digo que aprendi mas – relembrei muita coisa que já tinha esquecido.;
De todos esses dias acho que o que mais me surpreendeu foi a minha ingenuidade e perceber que eu sou mais mimado e fútil do que eu imaginava (quem lê não imagina o quanto me dói escrever isso). Achei que alugar um apartamento era como comprar uma camiseta, chegar na loja, escolher a que agrada, passar o cartão e levar ela pra casa. Acontece que não é. Honestamente, pensei que tudo ia ser mais fácil. Até poderia ser, mas agora estou sozinho nessa, correndo atrás de um lugar só pra mim, o que dificultou significamente essa procura. Se o lugar é legal e barato, é longe. Se o lugar é perto, é caro. Se o lugar é perto e barato, é caindo aos pedaços. Se o lugar é num apê que já mora uma galera, todos têm olhos vermelhos e nariz irritado de cocaína. Claro que seria muita imaturidade minha pedir um lugar perfeito, mas meu limite de desespero ainda não chegou (tá quase), já o financeiro.. É foda.
Complicado não depender das pessoas ou da ajuda delas, mas fui bem inocente achando que correndo atrás de tudo daria conta. Não dei, óbvio. Passei sei lá quantos dias longe, fui em várias imobiliárias e sempre a mesma coisa “tu pode dar uma olhada na internet também”. Olha minha querida se eu fosse procurar um lar pela internet não tinha atravessado horas em um ônibus convencional pra ver tudo ao vivo.
O mais frustrante dessa experiência toda é não ter atingido meu objetivo e voltar pra casa com mais dúvidas e mais opções ainda. Não sei se moro com os cheiradores, meu pai aluga um apê de 2 quartos até eu conhecer alguém, meu pai aluga uma quitenete e eu tento pagar ao menos a metade, ou se eu abro um camping na faculdade e vivo de luz. Nunca me senti tão inútil na vida. O pior foi chegar em casa e ele “e o que você decidiu?” como se a decisão fosse só minha né, eu, o que tá sempre no negativo no banco.
Fora essa bad toda descobri a única coisa que eu odeio no lugar que eu escolhi pra mudar de vida: o calor. Eu sou fã do sol, do verão, de tudo isso, desde que eu esteja em uma piscina ou na praia. Se você acha que o abafado de São Paulo no verão é infernal meu velho, você nunca foi a Blumenau. Nem mudou a estação ainda e numa bela tarde você está lá caminhando sob um sol de 37ºC num lugar que não-ven-ta. A sensação térmica passa dos 40 e poucos e chegou uma hora que eu tava no ônibus e achei que ia desmaiar hahaha. É desumano esse calor. De resto tudo é ótimo, acho que o transporte público de lá funciona muito bem (só podia ter ar condicionado), as pessoas são lindas, a cidade é linda, até que tem uns lugares pra sair, meus amigos são bem legais e cada pessoa nova que eu conheço fico apaixonado e já quero virar best na hora. Outra coisa que eu amei e nunca tinha reparado, tem ciclovias em todos os lugares.
A real é que eu queria ter resolvido tudo de uma vez por esses dias pra poder curtir minhas férias por aqui e não ter que voltar de novo tão cedo. Quero fazer muita coisa ao mesmo tempo e pelo visto vou curtir um stress nessa busca por um lar e por alguém que queira morar comigo. Alguém resolve minha vida enquanto eu vou pra piscina?
O bom é que amei muito em Curitiba, amei muito em Navegantes, amei muito em todos os lugares, tô assim, distribuindo amores. E me dando conta de que o amor mesmo que eu achei que um dia tive, nunca tive, nunca existiu. Até cheguei a pensar em botar na minha cabeça que nada aconteceu e que nunca nos conhecemos até há pouco, olha, que ideia. Ainda tenho que ser forte mas uma hora tudo vai embora, sei que vai, tô só esperando.
A melhor parte de toda viagem é que eu sempre fico surpreendido com os amigos, no sentido bom e ruim de dizer. É de uma alegria tão grande saber que sou querido por uns e em alguns lugares, que sentem minha falta, que digam “como vai ser quando você for embora amanhã?”, e tão esclarecedor quando tem aqueles que se dizem amigos mas não mandam um alô perguntando como estão as coisas. É bom saber quem vai sentir minha falta e quem não vai, é bom saber quem vai ser só mais uma pessoa que passou pela minha vida e quem vai permanecer. Gosto pra caralho de afirmar minhas amizades com essas pequenas coisas do dia-a-dia, tipo uma gargalhada sem fim com o meu melhor amigo ou um abraço de uma amiga dizendo “como é bom quando você tá por perto”. Da mesma forma que é bom pegar o celular e ler “queria que você tivesse aqui pra sair com a gente hoje” ou um brother querendo conversar só por sms, aquela amiga que você sente que precisa de ti naquele momento e nada mais. Quando a gente se distância percebe cada detalhe que não vê normalmente pela rotina, escapar um pouco esclarece muita coisa.
O negócio é que eu vivi e já voltei, logo mais vou pra lá de novo e quem sabe de vez. Torçam pra que tudo dê certo pra mim da mesma forma que torço sempre por vocês. Vamo trocar essas energias boas porque é um pouco mais de bem nunca faz mal.

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                                            curi curi lights lights

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Goodbye

You better pay attenttion ‘cause this is the last time I ever write about you (but in fact I really hope you don’t read it).

I don’t like you anymore.

For months you’ve been the only one in my head (maybe you’re still here) and finally I can take you out of it. Your little attittudes  have made me realize that I don’t know you. Maybe I never knew you. Maybe you’ve changed so much that now the enchantment that I used to have for you is almost gone.

Because you know what? I’m done and over. I can’t handle even a friendship with someone so misterious and so predictable at the same time. All the party scene, you hang out with the boys with the same stereotype, the drugs, the dirty, the fights, the bipolarity, you know you’re a bit bipolar I guess. How can I trust, how can I count with someone who doesn’t give a shit about me at all?
The worst part of everything is that I don’t know what cross your mind, you’re closed as a coffin and I’m open as a bird. I’m the kind of guy that speaks from the bottom of my heart and you’re the kind of girl that feels so much, you have so much feelings, but you hide them even from your shadow. There’s no match between us.

It sucks because despite all of your problems and defects I still care about you and want the best of this world for you, I really do. You have a soul and a great heart, I really don’t know why you act like you don’t have one sometimes.

Where are the old you that I used to love so much?
Where are the old you that I used to take by example?


So now I wanna say one thing for you: take care and think about your decisions. Do they affect only you or so many others? If you keep acting, living, pretending the way you do, it sad but it’s true but I can see your future and there’s nobody around.

                                                                         but i’ll always be there.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

permanente


Mesmo com a correria habitual de fim de ano me pego em pequenos momentos de ócio adiando pra dormir na frente do notebook, vendo posts dos amigos no facebook e dando aquela stalkeada de leve nas pessoas, é pra isso que quase todo mundo está na internet.
Na última semana vi coisas tão legais e perturbadoras de antigos amigos que honestamente fico feliz e com um pouco de inveja até, mas inveja branca, sempre. A parte perturbadora é ver como todos cresceram e eu nem vi.
Sabe quando você tem (tinha) um puta amigo mas que não vê e não fala com ele há tanto tempo que até se sente acuado pra ligar e ver como ele anda? Então, ainda bem que existe o facebook né. Fui dar uma olhadinha no profile dele e vi que ele comprou um carro bem caro, fruto do próprio trabalho, do próprio esforço, e ele tem a mesma idade que eu tenho. Fiquei muito feliz, aquele carro é a cara dele (a minha também, queria muito). Além do mais li alguma coisa sobre algum curso no exterior, vai ser ótimo pra carreira dele.
Agorinha descendo a barra de rolagem vi outra foto linda. Uma amiga bem de infância, da época que eu morava em São Paulo, sabe aquela menina que se desenvolve primeiro na pré-adolescência e todo cara paga um pau porque ela já tem peito? Essa mesmo. Acabei de ver que ela tá grávida. Sem julgamentos, com 20 anos alguém já sabe o que faz e não acho irresponsabilidade se você tem um relacionamento estável e como sustentar uma criança. Coisa mais linda ver fotos dela com um barrigão, escrevendo coisas de quem vai ser mãe em breve, fotos do chá de bebê, dela e o namorado felizes com o que vem por aí.
Cara, é excitante e um pouco assustador ver coisas do tipo acontecendo. Tenho amigos da minha idade casando, comprando carros, ca-sas, tendo filhos já, construindo uma família, sendo promovido no emprego, viajando, fazendo cursos, levando uma puta vida adulta massa. Daí fica a pergunta no ar: estamos muito velhos ou eu que não me comporto de acordo com a minha idade?
Enquanto todo mundo tá aí conquistando o mundo eu tô aqui acordando às 10 da manhã e esperando minha mãe fazer meu almoço pra eu poder ir pra faculdade. Meu maior gasto na semana é um Big Tasty no Mc Donald’s, meu maior relacionamento é a mina que eu peguei no banheiro da festa no fim de semana, nos estudos eu sou o tipo de cara que está pra pegar dp em pai-sa-gis-mo e ainda fica sem dormir fazendo trabalhos porque não levou o semestre a sério. Pode parecer invejinha, pode até ser, mas o sentimento maior é de desapontamento comigo mesmo, por perceber que eu não fui capaz de batalhar nos últimos anos por coisas que eu queria e só curti uma vida mansa de zuera pelas sextas-feiras e sábados à noite.
Quando é que isso vai mudar?
Quando é que eu vou mudar?
Como é que eu vou mudar?

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