domingo, 31 de agosto de 2014

Alex

Há um tempinho ando prestando atenção extra nas pessoas que tenho na minha vida e qual o tipo de gente que eu quero ter nela. Não é uma coisa muito fácil de se observar porque eu sou do tipo que geralmente amo todo mundo e faço um milhão de amigos toda hora. Mas têm uns momentos que eu fico bobo e aliviado por ter feito escolhas boas pra mim nesse aspecto.
Ontem no metrô indo viver eu tava com o meu melhor amigo trocando ideia sobre como o mundo tá bagunçado e como o capitalismo não te dá abertura alguma pra agir de uma maneira diferente com relação a muitas outras coisas. Esse papo eu tive com a Kiki também uma noite dessas. Meus olhinhos brilhavam a cada palavra que o Leco falava e eu conseguia entender e discutir com ele. Não é sempre e não é com todo mundo que eu sinto isso.
É meio esquisito você passar muito tempo achando que seus amigos são aqueles que você vai pra balada, ou sai pra beber, ou pede um conselho, conversa pela internet, mas daí chega um momento que você cria outra perspectiva dessa relação de amizade.
Além de fazer tudo isso, tagarelar muito e passar bons momentos de tédio no tinder dando umas risadinhas, quando eu to junto com o Alex eu sinto que não preciso de tantos outros amigos? Pode ser egoismo meu, mas eu sinto bem isso. Esse capiroto me completa de um jeito tão nada a vê, a gente tem mta coisa diferente, mas tamo sempre ae, interessados no que acontece na vida um do outro, preocupados quando alguma coisa não vai bem, aliviados quando algo dá certo. Mas acima de tudo, o que me faz abrir a boca e dizer com orgulho que ele é meu melhor amigo é o fato de ter esse sentimento de adimiração que eu tenho por ele. Uma das poucas pessoas que eu sinto isso, a Kiki é outra, a lista é bem restrita. Meu coração derrete com tanta inteligência, caráter e tanta vontade de fazer coisas boas que ele tem. E isso reflete muito em mim porque ele é uma das poucas referências positivas que eu tenho além dos meus pais, fatalmente me espelho muito nele, mas acho que ele é um bom exemplo a seguir (apesar da maluquice excessiva, isso a gente compartilha). Sabe, olha quanta gente louca tem por aí, tá tudo uma baderna geral. Não consigo me imaginar crescendo dia após dia sem contar com a ajuda dele. Gosto muito da zueira, mas acho que preciso dos pés no chão que ele tem fincado na terra, assim me puxa pra realidade quando eu começo a surtar.
É bom contar com um irmãozão pra me ajudar a encarar essa confusão que é a vida, e eu fico extremamente grato por ter o Alex na minha. E daqui pra frente eu só acho que preciso do grupo reduzido de gente que eu me sinto tão a vontade pra n coisas como eu me sinto com ele, não vale a pena perder tempo mais com tanto vai e vem de pessoas perdidas por aí porque de perdido já basta eu. Quero o tipo de pessoa pra convidar pra ir na minha casa, conhecer minha família, dar risada com a minha vó na hora do almoço e ser atencioso com ela, realmente apreciar isso e querer entrar na minha vida além do contato direto comigo só. Não preciso de mais mil contatos se os poucos que consigo ficar em silêncio num mesmo ambiente e não me sentir desconfortável me completam.
É um amor com um q de fraternidade que eu não enxergo em muita gente. Sempre vou amar o Leleco nessa frequência e, por mais que ela oscile às vezes, tenho certeza que é sólida.
Amo meu melhor amigo, irmão, novinho sensacional, rei do hip hop nas baladas, carinha das noitadas, boladão do whey protein, barrigudex, futuro deleGATO e quase bbb, esse malucão que eu quero um bem danado, Alex.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

casinhos não resolvidos

Não sei porque hoje eu passei uns bons 20 minutos olhando foto por foto de uma menina que eu tive um casinho em Blumenau, meu coração se aquece toda vez que eu penso nela, vejo foto dela, o sorriso dela traz junto sua voz, ela vivia dizendo que eu “causava muito”.
Agora pouco fui e comentei no status de outra dizendo que tava indo pro rolê com a galera, pena que ela mora em Balneário. É outra que quando cruza minha cabeça meu rosto já muda o semblante e fico com vontade de pegar o primeiro voo só pra ficar dando uns beijinhos sem compromisso, bater um papo, dirigir pela praia, fumar um cigarro junto.
Internet, celular e seus apps aproximam muito a gente nesse sentido. Ontem troquei uns snaps com outra, batendo um papinho bobo, sei lá, mas que é gostoso de conversar. Não que a gente tenha muito em comum. Ela vive no mundinho paulistano que eu não tenho paciência, mas uns bjinhos não me fariam mal, uma fodinha também não.
Ao longo dos anos fui tecendo essa rede de paquerinhas que não deram em nada mas que tão ali sempre, não sei muito bem pra quê, não sei se elas pensam em mim também com o mesmo carinho que eu penso nelas.
Quando eu vejo ela já tá com outro, namorando, construindo algo que eu não pude dar, nem tchum pra mim, mas acho que o que importa é eu ser honesto comigo e se eu sinto esse carinho gostoso, que mal tem né?
O bom do não resolvido é que eu nunca sofri. Diferente das 1 milhão de paixonites que eu já tive (70% platônicas), não tenho na memória nada de ruim pra me lembrar dessas meninas que eu acabo classificando inconscientemente na cabeça nessa categoria queridinha (?). Minhas paixões sempre trouxeram chororô e aperto também, meus casinhos não resolvidos não, muito pelo contrário.
Gosto de me pegar viajandão assim, querendo correr pro apê de fulana na Haddock Lobo, fumar um cigarro e dançar no quarto pelado. Ir ver o pôr-do-sol com aquela outra na Praia Brava e depois ela ir dirigindo até Laguna só pra gente bater papo e segurar na mão do outro quando a sinaleira fecha. Voltar no tempo e ficar de mãos dadas com aquela perfeita debaixo da coberta sem nenhum amigo nosso que tá no rolê reparar, dar uns beijinhos escondidos do pessoal no meio da Expresso em bnu, ou esperar a galera ir pra cozinha e eu prensar ela na parede do quarto. Dou risada que nem besta, sozinho, pensando nesse monte de gente que passou e não passou pela minha vida.
Obviamente: todas moram longe.
A merda é que resolvido ou não – até mesmo em andamento – nunca tenho perto de mim pra dar um cheiro e um abraço.

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