quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

bala

Dezembro veio como um furacão que me arrastou pra tantos lugares e em cada um deles mudei um pouco. Tô aqui nessa vida bem doidona, mudando sem parar e eu quero isso cada vez mais.
Parece que eu ainda tenho tanta coisa pra fazer que meu coraçãozinho tá muito ansioso e animado, ao mesmo tempo que o futuro – como sempre – me assusta. Não que tenha nada engatilhado, claro, mas as perspectivas pro que vem por aí são as melhores. E todas elas partem de um só ponto: eu.
Parece baboseira de final de ano, aquela esperança que o próximo vai ser melhor, mas não é. Além de Su Miller confirmar que tudo de bom tá vindo com Saturno, a impressão que eu tenho hoje é que tudo tem seu momento certo e a gente precisa ter o amadurecimento necessário pra cada etapa da vida.
Eu tô agora nessa gana de mudar como já estive outras vezes mas muito mais certo da pessoa que eu tô me transformando e tô gostando muito de mim mesmo. Quero fazer e ser tudo o que eu tiver vontade e sem neurose alguma porque só preciso dar satisfações à minha consciência. Tô muito de bem com ela.
Paz de espírito não é bem a definição, é mais um efeito de ácido chacoalhando meu organismo e meus pés não param de bater. Agitado, agoniado, pulsando, querendo ser.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

15-12

Nesses reencontros online que a vida do jovem contemporâneo proporciona, vi pelo tumblr uma foto de um cara que era meu contato no flickr quando eu tinha uns 17, caí na bobeira e fui ver a galeria dele – surpreendentemente bem atualizada.

Não senti nostalgia, mas sim uma pitada de inveja branca com um pouco de melancolia. A evolução que ele teve ao longo desses anos foi do caralho, as imagens são lindas, um olhar tão sutil da realidade dele que traduz completamente a pessoa que ele é através das fotos. E eu mal o conheço. Essa é a essência de tudo e eu adoro encontrar galerias assim pela internet.
Fiquei um pouco atordoado em ver quanto eu me estagnei nesse ponto. E não sei explicar o por quê me deixei levar por tantas distrações se isso é uma coisa que eu gosto bastante. Não amadureci tanto quanto esse cara por exemplo, não estudei a fundo, não melhorei significamente e não transmito essa percepção tão particular quanto ele. Bobeira me comparar a alguém que eu nem mantenho um contato, mas é o que eu tô sentindo.
Só vou ter satisfação comigo mesmo quando aprender a correr atrás de tudo o que eu gosto, e isso ainda é uma batalha por mais sem sentido que possa parecer. Muito babaca.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

vai num vai

Fico imaginando se a vida de todo mundo é cheia de altos e baixo, de vai e vem, de agitação e calmaria alternadas, silêncio e barulho. É assim que tudo funciona? Ou chega uma hora é só alegria (ou tristeza linear)?
Tenho semanas frenéticas de trabalho, explosão criativa, vida social bombando, fico feliz com tudo e parece que as coisas fluem com tanta facilidade que eu até chego e penso “Nossa, tá tudo muito bem!”. Mas aí no primeiro tropeço eu vou abaixo da linha da melancolia fúnebre e não saio do meu quarto, choro choro choro sem nem entender o por quê. Aceito que sou um fudido e deu.
São raros momentos de equílíbrio. Quando isso acontece geralmente começo a fazer planos na minha cabeça. Tenho mil ideias pro futuro, às vezes até anoto elas. Sou tomado por uma segurança assustadora e lá no fundo sinto que vou dar conta de tudo e fazer acontecer. Só que nunca acontece. Minha determinação chega a ser menor que o cadarço dos meus sapatos. Não me movo.

É complicada essa inconstância emocional. Mas até que tô bem adaptado! Só acho que seria importante mesmo eu conseguir carregar tudo o que eu quero pra mim nas costas e sem ajuda de ninguém. Tô precisando malhar mais.

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