terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não me imaginei nunca numa situação dessas de novo, ainda mais nessas circunstâncias, mas infelizmente chegou no ponto em que eu não tenho mais controle sobre a minha cabeça e muito menos coração.

Passei as últimas semanas sentindo várias coisas. Senti que tem alguém que gosta de mim, me senti querido (o que é meio raro. hum). Também dei muita risada. Mas aí vinha tristeza e saudade, até cheguei a chorar. E sabe velho, é bom até sentir mil coisas ao mesmo tempo porque eu precisava disso, tava de um jeito que eu só sei lá, acordava e ia levando. Fiquei muito preocupado com algumas coisas aqui e tal, mas sei lá, me preocupo com as coisas erradas.

Cansei de reclamar e cansei de ficar triste toda hora.

Uma coisa minha mãe me disse esse final de semana e eu achei muito fofinha da parte dela: “Tudo vai dar certo pra você, pode não ser agora nem amanhã, pode ser aqui ou em outro lugar, mas vai dar tudo certo.” e ela mal sabia do que eu tava falando, ehauheua. Enfim, o que interessa foi que eu eu confiei e acreditei no que mamãe disse, demorou pra cair a ficha mas hoje me dei conta de que ela tá certa, e não me julgue, porque eu prefiro acreditar no que meus pais dizem pra mim haha.

Tudo, tudo tem sua hora, tudo tem seu tempo e o meu vai chegar.

A questão é que hoje meus objetivos são outros, meus planos são outros, quero fazer outras coisas, e isso é bom pra caralho porque é justamente o que eu disse no post anterior sobre mudanças. E eu vou conseguir tudo o que eu quero sim, “pode não ser agora nem amanhã”, mas tô com essa coisinha de esperança brotando sei lá da onde, do meu pulmão, e um pressentimento bom, isso é tudo muito bom porque eu sou meio negativo haha. É bom sentir coisa boa. Só preciso é esfriar a cabeça e largar a mão de ser ansioso, é isso que faz mal pra caralho.

 

Acho que eu perdi o rumo, ehauehau, que post nada a ver e incoerente, escrevo melhor quando tô deprimido. Desculpa. Na verdade, desculpa nada porque isso aqui é meu e eu escrevo o que eu quiser, então foda-se.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

fated to pretend


A gripe e outra coisa melhor me pegaram e foi de jeito viu velho, puta que pariu.
Tirando que a gripe está para mim assim como menstruação está para mulheres, a outra coisa é boa, mas não preciso dizer o nome dela.
Me sinto triste.
Ontem passei o dia numa badzinha e resolvi fazer o que eu não fazia desde antes de começar a trabalhar. Dirigir por estradas de terra. Tava nojento ontem, sujo, com aquela cueca azul turquesa que eu odeio (valeu pai), um shorts rasgado, camiseta furada aí completei com uma camiseta que tava fedida e meu óculos escuro que eu sentei nele e quebrei a lente. Abençoe.
Puis uma playlist boazinha pra cantar e fui. Não há como descrever como é bom fazer isso, dirigir sem rumo nenhum, cantando, sentindo o vento batendo na sua cara e aquela sensação de estar livre de tudo e de todos e de todos os problemas e frustrações. Só você e a estrada. Só você e o verde do seu lado te acompanhando.
Pensei em mil coisas ontem. Em como eu sou insatisfeito com a vida (assim que ela melhora eu quero um pouco mais), em que rumo eu to levando ela, na porcaria do meu semestre na faculdade, no meu emprego, na minha família, em coisas insignificantes e no que mais tem significado pra mim hoje em dia: você.
Quero mudar sabe cara, mudar do avesso, de novo. Já mudei tantas vezes nesses 19 anos e a cada vez que eu me adapto à uma nova mudança eu quero é estrapolar de novo e ver no que dá. Afinal, que vida é essa de rotina meu Deus? Se foi Tu mesmo que me deu uma vida, acho que não quer que eu leve ela nessa mesmice deprimente. Tô meio farto dessa ladainha de estudar, faculdade, trabalhar, fazer academia e reclamar de tudo. Queria adrenalina sempre, sair por aí sem medo e fazer o que me der na cabeça. E principalmente, que o mundo funcionasse assim. Me dá um desapontamento saber que tudo funciona na base do dinheiro, do poder e da força de trabalho. Pode parecer meio bucólico, mas um mundo livre de dinheiro seria muito mais feliz.
Quero pegar minha mochila e ir te ver a hora que eu quiser, acordar contigo e fazer cafuné. Não é justo esse planeta ser tão grande se as pessoas boas estarem espalhadas na terra e não aglomeradas com amor.
Alguém me responde, só eu penso assim?
Só eu penso muito nisso? Só eu quero isso pra mim?

Que merda.


"there's really nothing we can do. love must be forgotten, life can always start up a new"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

iuiui, iuiui


Se o método de escrita de Jack Kerouac é escrever ininterruptamente tudo o que vem na cabeça, também posso fazer o mesmo, então não perca seu tempo lendo aqui esperando algo produtivo porque vai ser bem no estilo meu querido diário. Não gosta, vaza.
Há duas semanas decidi que eu tinha que fazer algo por mim mesmo pra escapar da rotina, e quer algo melhor do que viajar pra sair dela? Eu amo viajar. Meu refúgio sempre foi ir pra praia, mas como tinha ido pra Guaecá nas férias, não tava com aquele tesão de descer a serra de novo. Queria descer mais embaixo. Decidi ir pro Oktoberfest sozinho, eu e Deus. Mal lancei no twitter e já tinha mais duas companheiras de aventura, um lugar pra dormir e amigos pra beber. Quando as coisas são pra dar certo, elas simplesmente dão. Não conhecia ninguém pessoalmente mas fui mesmo assim, esse negócio de conhecer amigos de internet já não é novidade pra mim há muito tempo mesmo meus pais não gostando da idéia. Sou tão moderninho.
Enfim, fui pra Curitiba primeiro pegar as meninas que iam comigo pra Blumenau. Não consegui dormir direito na viagem porque eu tava muito ansioso, eu sou ansioso né mano, aí não durmo mesmo. Quando cheguei de manhãzinha tava um frio do caralho. Entrei num taxi laranja (achei isso muito engraçado) e cheguei no apê da rafinha e da isa. Tão lindas, tavam sem dormir. Me apaixonei na hora por elas, até pela isa que eu nunca tinha conversado antes. Fizemos uma hora, dormimos, e fomos pra Blumenau. No ônibus não consegui dormir de novo e fiquei vendo a estrada. Se tem uma coisa que eu amo nessa vida são estradas. Essa estrada era muito linda. Já tava me fascinando com as araucárias até que depois de Joinville tudo o que eu via eram plantações de arroz, nunca vi tantas na vida. Depois de uma hora e pouco na rodoviária e vários tweets engraçados de desespero achando que não viriam nos pegar, uma galera que de início achei meio estranha brotou e a rafinha ainda falou "certeza que são amigos do raue". E eram, porque depois ele apareceu e a vida era boa de novo hahaha, juro que a gente achou que ia ter que dormir na praça. Sem muitas apresentações, outra coisa que achei estranha, nos instalamos na casa da menina que iria nos hospedar. Depois do SHOQ inicial e da minha vontade repentina de não querer ter mais filhos, foi só comprar umas bebidas que tudo ficou alegre novamente.
Me prendi no primeiro gole daquela bebida de maracujá àquelas pessoas.
A festa é legal até, tem muita mulher bonita, muitas loiras, vocês sabem que eu amo loiras, e a coisa mais legal do mundo: milhares de pessoas com trajes típicos germânicos. Nunca vi coisa tão legal na minha vida. Tirando a fila pra tudo e o mar de gente, gostei muito. Comprei uma caneca, tomei chopp, ri demais e me apaixonava por cada pessoa que me olhava. No dia seguinte acordei no carro do dave, num lugar desconhecido e sem ninguém comigo, HAHAHA. Horas de desespero depois, fui regatado e me contaram que fui eu que quis dormir no carro, af mano sou muito idiota. Fiquei cheio das dores daí. A essa altura da trip eu já não ligava mais pra nada, tava louco por aquele sotaque dessa gente linda, comecei a falar cantando e aí fudeu. No shopg umas minazinhas de 12 anos seguiam a gente por causa do raue, e falando em shopping, o de lá é mil vezes melhor do que o de mogi (o que não é tão dificil). Na verdade tudo lá é melhor do que em mogi ou guararema. Não tive como não ficar doido com todas aquelas casinhas alemãs e todo aquele verde. Decidimos comprar umas cervejas e fazer um esquenta pra noite, alugamos uns filmes também. O filme é muito engraçado, e mesmo bêbado memorizei uma frase que eu vou guardar pra sempre: "Esse é o problema de se apegar às pessoas: quando elas te deixam, você se sente perdido." Twittei essa frase com variações 3 vezes. A noite caiu e uma galera foi embora, ficamos só nós. Depois de espirrar ratti, descobrir o signo de linda e matar alguns zumbis, tava tão relaxado e de bem com a vida que só sabia rir de tudo. A pior coisa que me acontece é que quando eu tô muito feliz desejo que aquele momento nunca acabe, guardo tudo na minha mente e começo a me preocupar com o dia seguinte. Não queria me despedir deles na segunda feira. Kaaaar, gatinha, assim você me assusta. Tive uma noite especial, diferente e excitante, mas não preciso entrar em mais detalhes. Fui dormir com saudades, acordei com dor de cabeça e fui arrumar aquela zona. No fundo quis demonstrar ali gratidão pela brenda (que nem sei se foi muito com a minha cara), e dei uma geral no apê enquanto todo mundo dormia. Pouco tempo depois o dave chegou pra levar as meninas de curitiba pra rodoviária, e eu não queria que elas vazassem não. Aquelas gurias são muito lindas, muito fofinhas, tenho vontade de abraçar cada uma delas. Passei a tarde vendo tv com a brenda e a pomba, e fui me apegando à elas a partir daí. Não queria que a noite chegasse porque não queria ir embora. Fiquei um tempo na varanda e memorizei cada detalhe da vista que eu tinha. Da casa com piscina, da esquina, da creche ao lado da casa da piscina, do fim da rua sem saída, das árvores do fim da rua, e poraí vai. Fomos pro shopping sem Raue, voltamos e ele apareceu. Assim como os pais da brenda e seus irmãos. O que são aquelas crianças? Eu detesto crianças, detesto mesmo, mas foi impossível não sentir carinho por aquelas criaturinhas loiras e falantes e sempre puxando assunto contigo. E a adriana também nossa, que mãe é aquela, queria fazer parte da família naquele minuto. Dali em diante a pombalina ia embora também e quando vi não tinha carona pra rodoviária e o tempo tava passando. Perdi o ônibus, fiquei nervoso mas depois me tranquilizei no sofá. Me tranquilizei até demais, o que foi ótimo. Pomba também perdeu teu ônibus e eu fiquei feliz por passar mais uma noite com aqueles guris. Uns ficaram loucos com raiska pura, eu fiquei louco com outra coisa bem melhor. Foi aí que eu saquei qual é a da vida e das coisas simples que ela te proporciona. Nunca tive tantas paixões momentâneas. São pequenas coisas que você guarda contigo. "Queres um travesseiro?", "Tais bêbado.", Nickelodeon, sofás, cobertores, cervejas, sorrisos, cigarros, olhares, cafunés, abraços, gargalhadas, céu, estrelas e tudo o que há de bom. E esse sotaque lindo. Mais uma vez desejei que o tempo não passasse. Infelizmente passou, entrei pra vibe da vodka e acabei adormecendo. Passei o dia seguinte ansioso e num parque lindo, dando risada, ficando no boldo e querendo fazer a elza em uma pessoa. Queria ter um parque daqueles na esquina da minha casa. Tinha conseguido trocar minha passagem pra de noite e não tinha mais como adiar minha volta. Não queria voltar. Não queria largar aquela gente. Mas não queria trazer eles comigo também, queria deixar tudo aqui, família, emprego, faculdade, casa com piscina, viagem pro exterior e o caralho a quatro. Dei muita importância ao desnecessário por um bom tempo, e tem muita coisa linda pra ser apreciada que eu nem imagino. Coisas simples. Gestos sabes. Quando tu quer uma coisa absurda e não consegue, tu fica frustrado, e eu queria mais dias por lá daí. Não me despedi do jeito que queria, mas abracei forte cada um. Entrei no ônibus e senti um aperto que eu não sentia desde quando deixei a Laura em Goiânia. Acabei chorando um pouco e não me envergonhando disso, por que pra que ligar pra aparências né velho? Me cansei de muita coisa que eu dava atenção por aqui, aprendi que nada vale tanto a pena quanto momentos. E pessoas. O jeito que a pomba falava as coisas, tão louca, e que a brenda dizia "já paaaaaaareeeee" ou "piranha safada", ou quando o raue dava risada, ou quando a isa dizia "eu sou linda" e o dave contava alguma história, ou a rafinha olhava com um olhar matador, sei lá, eu observo demais até. São pessoas que me completam, e pessoas diferentes das que eu convivo só me acrescentam muito mais. De que vale merda de status, grana, influencia, ou qualquer outra merda que todo mundo quer por aqui quando a realidade de muitas outras pessoas é outra? Essa viagem me valeu de muito, mais muito mesmo, muito mais do que bebedeira e pegação ou qualquer coisa que as pessoas esperavam que fizesse.
Escrevo sem limites e digo coisas que eu não deveria dizer, eu sei, afinal quem se apegou fui eu né, não sei se é recíproco e não sei nem se alguém de lá vai ler. Mesmo não sabendo, queria que tivesse se apegado a mim como me apeguei a eles e aquele lugar, mas se não, não tem importância, de sentimentalismo já basta um só.
Depois de me sentir vivo por 5 dias, retorno ao cotidiano de academia/trabalho/faculdade. Mas ando com outra perspectiva. Quando eu quiser largar tudo isso, vou largar. Quando achar que é a hora de abandonar e buscar outras coisas pra se fazer, vou fazer, porque essa vida é muito curta pra eu só ficar lamentando dela, e eu não queria viver em vão, nem na rotina não.
Quero sumir, fugir e estar em vários lugares ao mesmo tempo, aproveitar cada coisa devagar, sugar as pessoas só pra mim e carregar comigo.
Me pergunte se chegasse bem que eu digo que quero voltar.








espero não ter sido exagerado, porque eu sou muito. e infelizmente tive que omitir algumas coisas, mas é melhor assim. sei lá, to com saudades.

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