sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

tchaui 10

Todo fim de ano me bate uma depressão, mas esse não! Dou é graças a Deus e aleluia a Jah porque 2010 tá acabando, na moral mesmo. Até ontem eu tava com essa birra de que o ano foi um lixo, foi uma merda, mas hoje no ônibus vim pensando em tudo de bom que tinha me acontecido ao invés de pensar só nas coisas ruins.

Nos últimos 365 dias eu vivi muita coisa. Dei muita risada, tive várias noites que eu mal me lembro o que aconteceu mas essas são as que mais valem a pena. Causei, vomitei, beijei e fui phelis. Aprendi a dar mais valor ainda a minha família e hoje sei que eles são meus verdadeiros amigos pro resto da vida, e que não há amor que possa expressar a gratidão que eu sinto por cada um deles, em especial a minha mãe, pai e irmã. Zuei muito na faculdade, cabulei muita aula e não me arrependo, mas ano que vem eu vou estudar, vou virar nerd! Vi que trabalhar é bom, faz bem e é legal não ter que pedir dinheiro pro meu pai pra sair, mas com ele vem stress, falta de tempo e um pouco de desânimo, então buscarei algo na minha área assim que o ano novo começar, mas sou muito grato ao meu chefe que é sensacional e que antes dele ser meu chefe já considerava meu segundo pai. Nesse ano tive sexo bom, sexo ruim, e no fim das contas percebi que sexo não é tão legal se você tá bêbado e não sente absolutamente nada pela menina, ela só é mais uma. Não é tão bom sem sentimento, sou desses que um bang carnal não me satisfaz não, e isso já não tem mais tanta importância na minha vida quanto tinha há um tempo atrás. Me decepcionei, chorei, sofri e não fui correspondido, porém nada que eu já não soubesse. Sem falsas modéstias, só fui rejeitado uma vez na vida por uma menina, e hoje sei que seremos só amigos e tô bem satisfeito com isso :) Cultivei um carinho especial por pessoas de longe, conheci muita gente boa e louca e essa é a melhor parte da vida. Passei por novas experiências que achava que não existiam, eu já vivi muito mas acho que ainda tem muita coisa pra se fazer que ainda não fiz! Viajei sozinho, fervi, cha-pei, fiquei no boldo, falei cantando e tive os melhores dias do ano com pessoas que mal conhecia e que hoje são essenciais no meu dia-a-dia, mesmo estando longe. Me tornei alguém diferente por outro alguém que quero muito bem. Despertei um dia e decidi que meu futuro não pertence mais ao lugar que moro. Dirigi muito por estradas, cantei sozinho, cometi pecados, fiz o bem, nadei, pulei, dancei sertanejo, vadiei e aprontei, tudo vale a pena se você não pensar nas consequências. Minha impulsividade me levou a vários momentos bons, não me arrependo de absolutamente nada do que eu fiz, só do que deixei de fazer. Gastei rios de dinheiro que não tenho, roubei da carteira de papai (parei com isso ok), menti bem pouco esse ano porque isso não faço mais! Ter 19 anos nas costas e ficar mentindo pra mãe aonde vai e com quem vai não cola mais, melhor falar a verdade e dar um tapa na cara da sociedade do que fingir. Aliás, dei vários tapas na cara da sociedade com os amigos de sempre, simplesmente não to acreditando até agora meu, cada noite sem dormir vai ficar registrada na mente pro resto dos dias. Sei quem são meus amigos, sei quem vai continuar comigo e sei quem são os interesseiros de plantão, e quando tu sabe disso as coisas ficam mais simples.
Quanto mais penso sobre os contras desse ano, mais esperança tenho pro ano que vem. Sei lá, tô com alguma coisa fervendo no estômago que me diz que 2011 vai ser o meu ano, vai ser do caralho mermo. Vou fazer muita coisa, crescer muito, viver muito, amar muito, aprontar muito e me divertir pra cacete. A diferença é que agora eu decido por mim e pelo que quero da minha vida, sou eu que vou fazer com que tudo aconteça e sei que posso, não tenho limites pra mais nada. Sou muito adolescente ainda pra vida adulta.
Mal posso esperar pro que vai acontecer. 2011, vem.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não é fácil

Sempre bate um descontentamento comigo e com o destino quando algo que eu quero muito dá errado, banal ou importante, em suas devidas proporções. Algumas coisinhas não estão indo do jeito que imaginei, mas culpo a mim mesmo ao invés dos outros pois minha ansiedade e pressa acabam arruinando o meu redor muitas vezes. Calma, não é nada grave.

Quando vou aprender que pra tudo tem seu tempo, mesmo eu me repetindo isso várias vezes de uns tempos pra cá? Como já disse antes, se não for hoje será amanhã, ou depois, ou depois. Uma hora tudo se resolve porque sei que sou merecedor de meu esforço. O que acontece é que há muito em jogo e pouco o que se fazer. O tempo vai passando e fico temeroso de que ele prejudique mais do que beneficie meus objetivos.

A verdade é que tenho medo de ser esquecido por causa do tempo, da rotina e etc. Mas o que eu esqueço que cada um tem sua vida, e eu é que penso demais. Vejo a solução através do foco no presente, talvez. A rafinha me disse algo que me fez pensar um pouco. Ela disse assim: "mas tem que controlar a saudade ok". Controlar a saudade. Me dei conta de que nunca ao menos tentei fazer isso em toda a minha vida. Vivo constantemente preso em memórias e pessoas e coisas boas e tempos bons, ocasionalmente me pego pensando em coisas que podem parecer comuns pra uns mais pra mim não, como um dia na piscina com meus amigos, ou de um porre que eu não sei como fui parar dentro da boate sem RG falso e quando vi já estava lá, ou como eram boas tardes com uma certa menina que me fez sonhar muito nessa vida, ou a sensação de liberdade que eu tive ao lado de outro alguém em certa noite. O sentimento de saudade está comigo assim como o oxigênio me é vital, eu o respiro incessantemente. Como poderei controlar? Como faço para curar tais dores sem arrancar pessoas e momentos que guardo comigo? Quando quero me livrar de algo que me causa tristeza, das duas uma: apago de vez de mim ou relembro detalhe por detalhe até ficar saturado e pronto pra sorrir de novo, não há um meio termo, não há um controle, e isso me deixa confuso. Não que esteja me fazendo mal, longe disso. Só não sei como controlar a saudade e como amenizar a falta que me faz.

Daí que parto para minhas angústias. Queria que tivesse dado certo as coisas nesse fim de ano, mas procuro pensar que ano que vem tudo será melhor, sinto que grandes realizações e alegrias estão por vir. Ao mesmo tempo que tenho essa sensação boa comigo, um lado ruim de mim diz "E se tudo der errado mais uma vez? E se nada do que quer der certo e tua frustração com a vida só se intensificar?" Esses "e se.." na minha cabeça são uma tortura que ninguém pode imaginar.

Quero muito, muito, muito, muito, muito. Como diminuir minha ansiedade pelo que há por vir ainda não sei, não sei nem se vou conseguir isso um dia, espero que ela não destrua tudo outra vez. Controlar minhas saudades (que não são poucas), focar no presente e abrandar meus anseios: 3 lições a serem aprendidas a contragosto.

Tô meio sozinho com tanta gente ao meu redor.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Essas últimas horas

Ontem fui dormir com uma sensação estranha em meu corpo, me irritei com a minha mãe viajei vendo um programa de surf na tv. Deitado na cama como toda noite mil coisas se passaram em minha mente, sempre faço planos antes de dormir. Sonhei com a mesma pessoa que sonho quase sempre, um sonho bom. O celular despertou às 6, mas meu corpo não se moveu. Mais um dia da semana sem ir à academia. Levantei mais tarde com muito barulho em minha casa, minha mãe, a sócia dela, o pedreiro e o telefone. Beijei minha mãe e me senti vazio ao fazer isso. Sinto que estou me afastando dela e de meu pai a cada dia que passa. Ela anda atarefada pois vai abrir um salão de beleza em breve e mal conversamos. Com meu pai é daquele jeito de sempre, se eu não o procuro pra conversar ele tampouco se preocupa, ainda mais agora que eu não tenho tempo para respirar e mal nos vemos pois chego tarde em casa. Me faz falta passar tardes com minha mãe dando risada e até com meu pai em seus momentos amigáveis. Me dá um aperto no peito saber que daqui pra frente vamos nos afastar mais pois finalmente minha vida caminha para longe deles. Tenho só minha irmã em casa e em todo lugar pois nos falamos toda hora, amo ela demais e somos muito amigos. Pode acreditar.

Vindo pro trabalho outro pressentimento ruim me bateu e até agora não sei explicar o que é. Abri o horóscopo da UOL (maldita mania que eu peguei desde que vim pra cá) e nele dizia algo sobre mudanças que seriam bem vindas ou nem tanto. Logo notei.
Não me sinto mais à vontade aqui, me faz mal e mesmo parecendo exagero de minha parte não me contive e comecei a tremer e meus olhos a lacrimejar. "Seja forte", repeti essa frase na cabeça mil vezes desde então. Respirei fundo e lembrei do que aprendi com alguém mesmo esse alguém não sabendo, tenho que ser forte, corajoso e inteligente. Força, rapaz, coragem porque tudo hoje valerá a pena amanhã ou depois. Eu torço muito pra que valha a pena meu esforço. Mesmo querendo, sei que não sou forte como gostaria que fosse e acabei cedendo. Após o almoço fui para o meu canto secreto na universidade, um pequeno canto verde com alguns pinheiros e bancos. Coloquei numa música boa, peguei meu fósforo e acendi um cigarro. Quase que instantâneamente algumas lágrimas caíram de maneira natural, como uma válvula de escape para o tormento que passo hoje. Não me envergonho de chorar porque é raro isso acontecer, quando essa vontade vem eu sei que há um motivo. Penso constantemente em desistir de tudo e voltar com minha vida de vagabundo em tardes quentes com minha câmera pela cidade, mas aí lembro que hoje preciso de dinheiro pra amanhã, e ainda tenho contas a pagar no fim do mês. Vida de merda. Também sou falho em às vezes depositar toda a cura da minha dor e toda solução para meus problemas em uma unica pessoa, como se os ventos levassem as angústias se eu estivesse ao lado dela. As coisas não são tão simples, mas bem que poderiam! Como se sair de casa fosse a solução de tudo. Em partes sim, anseio por uma nova vida há tempos e agora posso fazer com que tudo dê certo, mas como mencionei no post anterior, sempre quero tudo pra ontem e não é assim que a banda toca. Mais uma vez preciso de paciência, coragem, força e inteligência pra caminhar a meu favor e conseguir tudo o que quero, porém confesso que hoje, no dia de hoje, preciso de uma dose a mais.
Misture tudo isso mais a saudade, mais a insegurança de não saber se vou ser reprovado em Projeto na faculdade. Não tive tempo algum pra concluir meu projeto nem pra fazer minha maquete, quando escrevo no twitter que tô indo pro rolê ao invés de ir pra aula é porque lá não tinha nada pra eu fazer mesmo. Só me resta torcer.
Sei que tudo o que disse agora foram só fatos ocorridos nas últimas horas passadas, mas surpreendentemente elas foram tão intensas de uma maneira tão singular que me senti na necessidade de escrever pra ver se me acalmava. Até que deu certo.


hold on, make it last, hold on, never turn back.

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