quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Acordar e ver e esse sol lindo. Pular na piscina pra tirar o calor do meu corpo e passar uns bons minutos debaixo d'água. Eu acho que sou muito aquático. Depois de sentir ela em mim, tiro minha roupa, deito no chão, sinto o sol mais um pouquinho e entro em casa pra tomar um gole de café. Antes de começar o dia, deito ainda sem roupa na minha cama e olho pra cima: ACORDA, diz ali. Não sei o que eu quero mais.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

frenesi

Beleza, vou entrar nessa de ir escrevendo o que tá passando na minha cabeça sem me preocupar muito se tá legal ou se eu tô escrevendo bem e gramática concordância etc porque me parece mais honesto na verdade né.
Eu não sei da onde eu crio esses entraves na minha vida quando tá tudo bem, tudo certinho, tudo caminhando do jeito que "tem" que ser. Tô levando a vidinha de rotina finalmente depois de um bom tempo de bagunça né. Nos eixos. Daí de uma hora pra outra eu começo a me coçar inteiro pra romper com tudo isso, surge uma insatisfação louca não sei da onde e eu começo a me desesperar pra querer fazer alguma coisa diferente. Voltei a "desenhar". Quando começo a ficar nessa coceira maluca pego o caderninho e a caneta e uns rabiscos brotam, nada demais, bobeirinha, mas é justamente isso que dá uma distraída. Próximo passo é voltar a ler, meu cérebro tá muito atrofiado com tanta rede social e pouco conhecimento de verdade entrando nele. Sei lá cara, eu preciso evoluir de alguma forma, preciso melhorar mais e mais e se eu não sei ainda como fazer isso, vou entrando nessa de fazer coisas diferentes do que eu tô acostumado. Andei pensando nas coisas que eu gosto de fazer de verdade assim de forma meio aleatória, não anotei nada, mas de cabeça agora me consta: desenhar mal, fotografar descompromissadamente (menos quando no passeio digo "ei, vamo tirar uma foto pro instagram!") e escrever desse jeito meio cru mesmo. E se tratando de escrita, eu queria muito muito mesmo começar a levar isso mais à sério e estudar. Vi até uns cursos de escrita livre em sp nas férias que eu queria muito fazer, vamo ver se meu pai me financia nessa. Agora entro em outra coisa, preciso descobrir coisas novas que eu queira experimentar e ver se eu sou bom nelas e se eu não for bom mas gostar delas mesmo assim ir me aperfeiçoando para aí ficar bom. Me liguei num negócio, tem muita muita coisa que eu não fiz ainda mas é de extrema importância que eu faça. E é de extrema importância que eu faça justamente porque a vida tá aí pra eu conhecer e experimentar de um absolutamente tudo o que ela tem a me oferecer, e às vezes eu paro e penso que poxa, esse tempo que eu tô aqui e na idade que eu tô, eu preciso fazer mais do que ir pra faculdade (porque estudar o que a faculdade tem pra me passar eu já desisti faz um bom tempo), trabalhar, ir pra academia, beber no final de semana e bater punheta durante ela. Por mais que eu tenha muita história pra contar de finais de semana e algumas viagens por aí, no geral meus vinte e poucos tão bem chatinhos e poxa não é ruim eu querer reverter essa situação. E de verdade não tô me importando muito mais com o que é certo ou errado, ando mais honesto comigo mesmo e aceitando o que eu sinto e acreditando no que eu quero. Se alguém vem e me diz "mas meu, não é assim, você tem que parar com isso, leva a sério essas oportunidades que você tem, você é privilegiado blablabla" e eu não concordo, não quero mais me pilhar em achar que eu tô sendo errado e fazendo as coisas erradas, sendo mimado ou infantil. Se eu não concordo com algo não posso me deixar influenciar pelo que julgam ser o certo. Só eu sei o que é certo pra mim porque só eu sei do que eu sinto. No final do dia sou eu que choro, sou eu que me agonio e isso não é motivo ou falta de uns socos no estômago porque isso eu já levo de tempos em tempos.
Se eu sou ingênuo desse jeito, se eu sou simples, se eu sou infantil ou se eu não largo o celular, se eu gosto de editar uma foto no snapseed pra postar no facebook, se eu fico querendo trepar quando tô bêbado mas quero namorar quando tô sóbrio, se eu me apaixono por gente que mal conheço, ou por gente que nem conheço, se eu não gosto do que eu estudo, se eu não sei o que eu quero da vida, se eu insisto em querer sair de casa e não tenho nenhuma meta nenhum plano pra que isso aconteça, se eu pareço louco por ser tão perdido e se enquanto eu tô escrevendo freneticamente isso tudo e as lágrimas que caem dos meus olhos pingam no meu peito é porque felizmente ou não, esse sou eu. E hoje, acima de qualquer outro dia que eu já vivi, eu me aceito. E se por volta e meia eu digo que preciso e quero mudar não é que eu quero me mudar, eu quero evoluir, crescer e me melhorar mas continuar quem eu sou. E eu sei lá, gosto de mim, gosto das minhas maluquices, gosto de ser meio inconsequente e impulsivo e sei que pra boa parte das pessoas isso não é visto com bons olhos mas eu não quero mais lidar com gente fechada.
Acho que daqui pra frente é imprescindível que eu saiba lidar com as pessoas do jeito que elas são e aproveitar elas ao máximo. Nossa, parei um segundo pra respirar e responder no whatsapp e perdi totalmente a (as) linha (linhas) de raciocínio. Não sei se fez muito sentido o que eu escrevi mas enfim, agora eu tenho que tomar banho e ir pro estágio.
Pelo menos tô mais leve!

Troca

Pega na minha mão e me arrasta pelo mundo. Vamo sair por aí com o coração cheio de expectativas pelo que vai vir e uma garrafa de bebida barata na mão. Se o presente não nos agrada, qual é o sentido disso tudo então? Me leva pra correr na areia, na estrada, no campo, me leva pra correr por um caminho sem volta. Eu não quero olhar pra trás. A cada batida desse violão eu fico mais acelerado, meus olhos mais úmidos e meu corpo mais leve. Vem me ensinar mil coisas que eu não sei, juro que eu tento compensar de alguma forma. Porque eu quero saber de cada coisa que tu sabe, cada detalhe da sua vida me interessa e a gente tem muito o que conversar. Vamo viajar! Vamo beber! Vamo trocar umas palavras, vamo trocar umas experiências aí, aproveitar essa juventude que tá voando antes que seja tarde. Te puxo pelo braço se você quase cair, eu tô aqui pra te ajudar! Chega de mentir pra mim mesmo, senta aqui, vamo tagarelar um pouco mais.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nessa noite de hoje eu já cochilei, já li, já ouvi, já pensei e já chorei. Queria saber me expressar melhor e traduzir nas palavras o que eu sinto agora, mas acho que a exaustão decorrente dos últimos dias de pecador não vão deixar meu cérebro trabalhar direito. Se amanhã eu ainda estiver desse jeito, alivio esse aperto, mas se uma boa noite de sono for suficiente pra me acalmar eu não queria que meus pensamentos ficassem no esquecimento. Se eu ler isso aqui daqui alguns dias vou me lembrar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Been a while since I felt this way about someone, I'd really really like to know you, more

And I will open my heartAnd I will only for you

terça-feira, 5 de novembro de 2013

1 de novembro

Os dias na faculdade não estão dos melhores, então já sabia que iria sentar na cadeira, olhar pro nada até umas 9 e pouco, levantar e ir pra casa. Pra minha surpresa, lembrei que tinha colocado na mochila meu livro favorito, num plano de ler ele esse ano já que tava tudo uma merda e ele sempre me dá um ânimo pra viver. Comecei lendo bem tranquilamente, até que logo nas primeiras páginas algumas passagens que sempre me causam um baque ao ler ativaram alguma parte adormecida no meu coração. Sempre que volto a ler On The Road acontece isso. Me sinto livre mais uma vez e me reencontro com o meu eu de anos atrás.
Quase instantaneamente as lágrimas caíram e eu nem liguei pro bando de pessoas que mal olho na cara diariamente ao meu redor. Limpei meus olhos mas meu batimento cardíaco tava acelerado. Entrei na vibe.
Eu tenho plena consciência que meu instinto aventureiro de largar tudo por aí e pegar estrada têm sua essência nesse livro e eu sou tremendamente influenciado por ele. Tenho noção também do quão fora da realidade essa ideia está e da minha total falta de coragem pra dizer adeus e só ir em frente. O que eu não consigo entender é o por quê disso ser tão atraente pra mim e por que eu sou tão insatisfeito com qualquer situação mais cômoda e rotineira em que eu me encontre. Tô fazendo tudo certinho: trampando, estudando, controlando os meus gastos (na medida do possível - vejo meu saldo no banco sempre e esse é um bom começo), levando a vidinha que em 2011 me cansou e me fez mudar pro sul do país (e voltar pra casa com o rabinho entre as pernas). Se a vida certinha, se o fazer o que tem que ser feito, hoje, não me dá prazer e alegria alguma, quando dará? E se essa vida regrada e correta não me agrada, por que me falta coragem pra fazer diferente?
Talvez a questão seja eu saber o que quero pra mim. Já que não sei, vou levando. E já que não gosto do que vou levando, a melhor alternativa sempre parece abandonar tudo e fugir. Nesse vai não vai, acabo ficando no mesmo lugar.
Depois de secar minhas lágrimas na aula e ainda com o livro aberto, olhei pro professor e ele parecia já estar colocando presença na lista de chamada. Digo parecia porque não tenho certeza. Não titubeei, acreditei no incerto, peguei minhas coisas e corri pra longe daquele lugar que eu odeio. No caminho até o carro, mais choro. Passando pelo bar lotado de alunos relapsos, me perguntei o que eu tava fazendo no meio disso tudo. Continuei andando, liguei o carro, liguei o som no último, e nessa mistura de lágrima, música alta, minha gritaria saindo da garganta como nunca e meio sem motivo, desviava de todo e qualquer carro lerdo na estrada sem pensar duas vezes e por sorte não sofri nenhum acidente. Cheguei em casa ainda acelerado e minha mãe me dá uma bronca por pegar o carro em um dia que meu pai ia usá-lo. Cortou minha onda. E como se não bastasse, fiz as contas de cabeça e percebi que se o professor não estava fazendo chamada, eu já estava essa hora reprovado por falta em tecnologia b.

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