segunda-feira, 30 de julho de 2012

even though the flower fades something takes it's place


Quando eu falo em amor a todo momento, que preciso de amor, preciso amar, pode parecer um pouco de carência de atenção, mas não é, sempre tive muita e não preciso nada dela. É bem verdade.
Tô nas alturas. Literalmente. No avião, olhando pra Santos e Guarujá toda iluminada porque é de noite, a massa luminosa metropolitana de São Paulo ao fundo, e como não há nada melhor pra se fazer a não ser olhar, tô falando do que eu gosto mais.
Desde meu rompimento com a Laura inconscientemente busco ela em outras por aí, o que é completamente errado, lógico, já que ninguém consegue substituir ninguém, e nem quero substituí-la. O que eu sempre vou querer – até conseguir – é ter o que eu tinha de novo, sentir o que eu sentia de novo, mas viver de um modo diferente. Eu mudei tanto. Mas continuo querendo amor.
A dificuldade é que eu encaro o sentimento de uma forma tão séria que não me permito amar qualquer pessoa. Enclausurei na minha cabeça que amor só tive por Laura, e acredito nisso. Me apaixonei zilhões de vezes (esse ano então) mas amar, mesmo, amei uma vez. Não me dou liberdade pra amar porque sei que ao passo que me entregar, capacho eu vou virar. Fico besta. Bobo. Mais do que o normal.
Até nos pequenos relacionamentos que tive/ando tendo por aí, os casinhos, cada vez mais complicados, com mais dificuldades, e mais divertidos também. A questão é que nunca são mais do que casos e a culpa é bem minha. Sou alguém que é fácil de se enjoar porque é muito fácil me conhecer. A partir do momento que a gente conhece alguém no fundo, ela se torna mais uma. É bom ter sempre algo a mais pra descobrir, só que eu nunca consigo esconder. Pra falar a verdade eu tô viajando, mas acho que é por isso que enjoam de mim.
Queria ser aquele cara por quem as pessoas se apaixonassem perdidamente. Pessoas não, uma só já tava bom. Receber ligação no meio da madrugada só com alguém dizendo que pensava em mim antes de dormir. Queria acordar uma horinha antes pra levar o café da manhã na cama às vezes.
Que estranho. Comecei escrevendo na terça-feira, parei, mas deixei o writer aberto por todos esses dias e já vejo outro fim pra isso aqui.
Se não sou um cara apaixonante, da onde vem tanta necessidade de companhia? Lembrando de novo, não quero atenção, quero comprometimento. E carinho.
Uma vez me disseram que eu sou daqueles que aprecia passar o dia, ou dias, só debaixo das cobertas no sofá vendo tv se a menina que está comigo faz um cafuné em mim e me traz café. Viu como é fácil me conhecer? E olha que foi alguém bem aleatório que disse isso.
Mais do que café e cafuné, o combo master que eu posso querer de qualquer uma, eu quero presença. Não vou conseguir amar pela metade, e não quero um amor pela metade. 8 ou 80, ou quer ou não. Só 2. O tipo de compromisso que não precisa do conhecimento (nem intromissão) de ninguém. Assim a cobrança, o ciúme, o afeto, o amor, o prazer, a satisfação e o que se constrói junto, fica restrito apenas a 2. Pra quê dividir com todo mundo?
Não dá pra falar de amor quando se quer amor.

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