quinta-feira, 2 de maio de 2013

Capricórnio


Deitadinho olhando pro meu teto vejo a folha de canson A3 colada perto da lâmpada e escrita em guache preto “ACORDA” que escrevi há pouco tempo até, tipo um mês. É bem coisa da minha mãe isso, uma época ela veio com uma onda de que eu tinha que repetir uma frase todo dia e mentalizar o futuro que eu quero pra mim, o poder da mente etc, louca do misticismo e tal, mas é bem maluco da minha parte acreditar que cada vez que eu acordo e olho pra essa palavra ACORDA em cima de mim, tenho mais ânimo pra fazer as coisas?
Do tipo “Cara, acorda pra vida”. Acho que acordei. Já não era sem tempo e tá me fazendo bem pra caralho acordar.
Quando você para e começa a determinar prioridades as coisas fluem com mais facilidade. Decidi focar completamente na faculdade (mesmo odiando ela) e no trabalho. Ficar reclamando do que eu poderia estar fazendo não me move, não me tira do lugar, e se eu quero ir pra outro lugar preciso me movimentar pra que isso aconteça. E é legal me imaginar conquistando coisas. Vendo resultado de trabalho de horas e horas. Pode até não ser a coisa mais divertida do mundo mas é o que eu sei fazer agora ué, tô estudando arquitetura pra isso. E eu quero fazer cada vez mais, ser o doidão do escritório que vai acompanhar as obras, dar palpites nos projetos e quem sabe um dia mudar a visão quadrada do meu chefe, entrar de cabeça nessa. E a consequência do meu esforço vai finalmente ser recompensada e eu quero conquistar muita coisa por aí graças a ela.
Tô me sentindo meio ridículo escrevendo tudo isso mas, como acabei de falar pra um amigo meu, resolvi encarnar o capricorniano e fazer juz ao signo que tenho.
A melhor parte dessa nova good vibe é que me ocupando penso menos em bobagem. Penso menos em zuera, em casinhos, romance, consigo focar de verdade em mim e tá sendo baita bom não me incomodar e me distrair tanto com essas coisas. Deixa eu ajeitar minha vida primeiro pra depois procurar sarna pra me coçar.
Pra alguém que até decidiu parar de fumar e está conseguindo (algo inédito), nem ando me reconhecendo.

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