sexta-feira, 1 de agosto de 2014

casinhos não resolvidos

Não sei porque hoje eu passei uns bons 20 minutos olhando foto por foto de uma menina que eu tive um casinho em Blumenau, meu coração se aquece toda vez que eu penso nela, vejo foto dela, o sorriso dela traz junto sua voz, ela vivia dizendo que eu “causava muito”.
Agora pouco fui e comentei no status de outra dizendo que tava indo pro rolê com a galera, pena que ela mora em Balneário. É outra que quando cruza minha cabeça meu rosto já muda o semblante e fico com vontade de pegar o primeiro voo só pra ficar dando uns beijinhos sem compromisso, bater um papo, dirigir pela praia, fumar um cigarro junto.
Internet, celular e seus apps aproximam muito a gente nesse sentido. Ontem troquei uns snaps com outra, batendo um papinho bobo, sei lá, mas que é gostoso de conversar. Não que a gente tenha muito em comum. Ela vive no mundinho paulistano que eu não tenho paciência, mas uns bjinhos não me fariam mal, uma fodinha também não.
Ao longo dos anos fui tecendo essa rede de paquerinhas que não deram em nada mas que tão ali sempre, não sei muito bem pra quê, não sei se elas pensam em mim também com o mesmo carinho que eu penso nelas.
Quando eu vejo ela já tá com outro, namorando, construindo algo que eu não pude dar, nem tchum pra mim, mas acho que o que importa é eu ser honesto comigo e se eu sinto esse carinho gostoso, que mal tem né?
O bom do não resolvido é que eu nunca sofri. Diferente das 1 milhão de paixonites que eu já tive (70% platônicas), não tenho na memória nada de ruim pra me lembrar dessas meninas que eu acabo classificando inconscientemente na cabeça nessa categoria queridinha (?). Minhas paixões sempre trouxeram chororô e aperto também, meus casinhos não resolvidos não, muito pelo contrário.
Gosto de me pegar viajandão assim, querendo correr pro apê de fulana na Haddock Lobo, fumar um cigarro e dançar no quarto pelado. Ir ver o pôr-do-sol com aquela outra na Praia Brava e depois ela ir dirigindo até Laguna só pra gente bater papo e segurar na mão do outro quando a sinaleira fecha. Voltar no tempo e ficar de mãos dadas com aquela perfeita debaixo da coberta sem nenhum amigo nosso que tá no rolê reparar, dar uns beijinhos escondidos do pessoal no meio da Expresso em bnu, ou esperar a galera ir pra cozinha e eu prensar ela na parede do quarto. Dou risada que nem besta, sozinho, pensando nesse monte de gente que passou e não passou pela minha vida.
Obviamente: todas moram longe.
A merda é que resolvido ou não – até mesmo em andamento – nunca tenho perto de mim pra dar um cheiro e um abraço.

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