quinta-feira, 4 de julho de 2019

Hoje me dei conta de que passei o dia olhando para telas. Quando não estava fazendo minimamente o que deveria fazer no trabalho, dava scroll na vida pelo celular. Imerso em informação e na vida dos outros, quando é a minha que merece mais atenção agora.
Tô num processo de mudança. Sei que mereço algo melhor e vou buscar trabalho aonde for, e vou conseguir. Junho passou e com ele todo o aperto e amargor e tudo de ruim que senti nesse mês. Fazia tempo que não me jogava de cabeça na tristeza, mas cansei e já voltei pra superfície. Aceitei que não é pra mim, agora vou correr atrás do que é.
Achei que fosse desmoronar vivendo um pesadelo profissional, namoro em crise, minha mãe numa deprê também, conta bancária um lixo, aluguel nas alturas, não foi fácil pro meu coração aguentar. Aliás, despedaçado é o adjetivo correto pra ele nas últimas semanas. Não foi muito fácil ouvir o que eu ouvi do Bu, nem falar o que falei, mas como foi necessário. Depois da turbulência toda me dei conta de que, peraí, deixa eu pensar no que eu preciso e quero de alguém antes de me torturar. E foi aí que resolvi enxergar o que já sabia: meu namoro unilateral chegava ao fim. Namorados não mais, hoje somos boys. É complicado entender, pras poucas pessoas que falei sobre só recebi alertas de cuidado. É bem fácil achar o Bu escroto quando eu conto algumas coisas que ele já fez, mas ao mesmo tempo é muito fácil achar ele perfeito com o carinho todo que ele me dá quando estamos bem. E agora acho que estamos. Nesse gap de um mês fora eu quero reorganizar a casa e ter um detox do amor pra entender o que sinto, o que quero, mesmo sabendo que aqui dentro bate muito forte por ele. Nunca bateu tão forte por alguém, o desapego não vai ser tão fácil, então a gente vai se permitir. Quem sabe eu me machuque, ou machuque ele, mas ficar completamente longe um do outro vai ser impossível. É muito louco esse amor.
Falar de amor me lembra como sou movido por ele em tudo que faço, talvez por isso o sentimento de desespero nesse emprego novo. Desespero necessário, consigo enxergar completamente o papel dessa experiência na minha vida, já saquei, acho que aprendi, agora quero é vazar. Vou vazar.
Vou mudar, talvez ser morador dos jardins de novo com minhas meninas, pagar mais barato, voltar umas casinhas pra poder avançar outras lá na frente. Pensar no futuro nem sempre é o meu perfil, mas enxergo essa oportunidade bem assim. Porém só isso, não é fácil pro millennial se programar pro que vem por aí.
No terreiro que fui no final de semana o boiadeiro disse que pra tudo dar certo é preciso ter foco, mas será que estou usando as lentes adequadas? Nesse mês de julho espero limpar elas e entender pra onde vou e aonde quero ir na verdade, então bora lá, tem muita coisa pra fazer.

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