domingo, 22 de fevereiro de 2009

Look at me, I’m growing

Como tudo o que eu me precipito em dizer aqui antes de saber se vai dar certo sempre mia, o lance do emprego miou também.
Pedi demissão. Pra ser mais exato, simplesmente não compareci ontem e deixei um bilhete carinhoso dizendo que não iria voltar nunca mais =). Era tudo picaretagem gente, só isso que eu posso dizer. E que se eu continuasse por lá, no mínimo eu ia ficar neurótico, triste, e workaholic. Foi a melhor coisa eu ter voltado pra casa, e melhor ainda ter tido o apoio dos meus pais pra isso. Mamãe, papai, camila, vovó e vovô: todo mundo achava que era melhor eu ficar em casa. Pois estou aqui.

Nessa semana conturbada fora de casa e ‘morando’ em São Paulo, aprendi e me lembrei de várias coisas.

Sei como é uma entrevista de emprego, sei como é um ambiente de trabalho e suas rivalidades internas, sei que existe muita gente invejosa em qualquer meio. Hoje eu to muito mais seguro pra seguir em frente e desencanar totalmente de vagabundear. Só de fazer planos com a grana que eu futuramente vou ter, já me dá vontade de fazer alguma coisa. Me lembrei de um lance que eu já tava me esquecendo, ninguém é melhor do que ninguém, independente de quanto você ganha, da onde você mora, da sua religião, e etc. Somos o que fazemos, certo? Me surpreendi convivendo com pessoas horríveis e ótimas, de realidades completamente diferentes da minha. Isso me fez lembrar de outra coisa que eu tava esquecendo também: caralho, eu sou privilegiado pra porra. Moro numa cidade linda e tranquila, numa casa gigantesca, sempre estudei em colégio particular, fiz inglês, fiz isso, fiz aquilo, tenho uma estrutura familiar invejável, minhas condições financeiras (apesar das dívidas) são ótimas, e o melhor de tudo é que eu não preciso de emprego nenhum hoje pra sobreviver. Deu pra sacar com que tipo de pessoas eu me relacionei nesses dias né? Outro mundo.
Hoje sou grato, de coração, aos meus pais por terem saído de São Paulo. Me dei conta de que aquilo simplesmente não é vida. Em todos os lugares existem muita gente, muito barulho, muito stress, muita correria, muita poluição e muitas distâncias. Eu realmente me adaptei à vida que eu tenho por aqui, e agora eu vejo como é bom morar fora da capital. E digo mais, se possível, eu nunca mais quero voltar à morar lá, nunca. Quero distância daquele caos. Aqui mano, em Guararema e em Mogi, eu tenho tudo o que eu preciso, mesmo com algumas carências, não me falta nada de tão importante. E o melhor, em mogi e em gma das pessoas te conhecem, te olham na cara, te encaram como gente, isso é demais. Quando eu sair de casa por causa da faculdade, vai ser alguma pública no interior de SP ou em outro estado, e, futuramente, vou morar na praia, em Guaecá, e ter a vida que eu quero ter, com sol, mar azul e brisa pra me refrescar.  Pra quê sair daqui pra ir viver num ninho de agitação daqueles? Se eu quero ir pra balada eu vou pra Lazzul com a galera, hahahaha, e me divirto muito mais do que em um lugar desconhecido, com gente desconhecida. Muito mais.
É isso, decidi ficar em casa, começar o cursinho só em maio pq a fadiga é grande, arrumar um emprego em Mogi só pra bancar meus rolés de fim de semana e estudar muito. E ficar perto de quem me faz bem, minha família e meus amigos. Beijão pra quem leu tudo.

kikiandIaroundthehill 002


“oh there’s no other place in this world where I rather would be.”

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