quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

No one told me life was gonna be this way

Como a vida inteira meu pai me disse que aos 18 eu teria que crescer, ser responsável e começar a tomar conta do meu próprio nariz, cá estou. Arrumei um emprego super 10 perto da av. paulista, pra ganhar uma grana show de bola (digo, show de bola mesmo). Meu primeiro emprego, que maravilha. O cara do treinamento ficou falando várias merdas de sucesso e blablabla, mas por um lado foi bom pra me fazer acordar e ver que eu preciso crescer, mesmo contra a minha vontade. Vou trabalhar numa escola de inglês entrevistando futuros alunos em suas respectivas casas, ou seja, provavelmente será um trampo cansativo, mas a grana vale o esforço (eu acho).
Mas aqui vem o lado negro da história: não sei porque, mas eu não consigo estar feliz. Mudei muito. Há um ano atrás, sei lá, eu dizia que queria voltar pra são paulo e viver na metrópole, cheio de gente, causar e etc. Já hoje.. sabe, agora eu dou valor pra Guararema. São Paulo é uma merda, cheia de gente, cheia de coisas pra fazer e cheia de tumultos, é um inferno. Me cansa. Um dia inteiro andando em Mogi me cansa menos do que um dia inteiro andando por lá. E nesse trampo eu vou andar muito. Também to triste porque eu to com medo de sair de casa. To com tanto medo.. essa é a verdade. Vou sentir falta da minha família, da minha casa linda e grande, dos meus cachorros, de acordar sem barulhos, dormir sem barulhos, de ver o verde, de andar de bike à tarde, de tudo isso. Vou ficar longe dos meus amigos e da minha família. Justo agora no momento que eu mais preciso deles. Até chorei no ônibus vindo pra casa hoje. Também chorei aqui, com a minha mãe. É muita coisa pra mim, sei lá, mesmo eu sabendo que uma hora ou outra essas decisões e mudanças iam aparecer, é demais pra mim. Vou trabalhar de segunda à sábado até às 5 da tarde. Mal vou ficar com meus pais, quem dirá com meus amigos. Rolê de bike acabou. Aliás, praticamente qualquer rolê acabou.

O que me conforta é o apoio que meus pais estão me dando e a compreensão deles também. Graças à Deus não passo fome, e não dependo de trabalho pra viver, tenho meu pai. Então, se eu não me adaptar, e se eu ficar muito triste, simplesmente desisto e volto pro colinho da mamãe, e procuro algo em mogi, mesmo que ganhe menos, o dinheiro não me trás felicidade. São as pessoas e os momentos que me fazem feliz, e é isso que eu quero pra mim. Eu bem que podia renunciar à tudo, fugir pro litoral e viver às margens da sociedade. Pena que eu tenho medo disso também. Cagão.

Enfim, não vou mais ter tempo pra nada, cada dia vou usar menos a net e é isso aí. Quem tem meu telefone, me liga, sempre, por favor, não se esqueçam de mim =/
Um beijo pra quem lê.

3 comentários:

burn.it disse...

ow mano, eu pensei que você tava curtindo a vibe de vir pra SP ;(
mas pelo menos agora você terá seu money né man ?! grandes mudanças nas nossas vidas requerem renúncias também. mas é a vida.

então você não vai mais entrar na net com tanta frequência? vou te ligar entao, ou mandar sms ahahahha pq to com pouco crédito :O

beijos.

Laura C. Meneguzzo disse...

aiaiaiaiai que dó de ti dan... que depressão é essa? pensa em todas as oportunidades e em toda a vida que falta viver, agora é que tudo começa. 18 anos cara, trabalha um pouco, vive uma vida medíocre por uns meses - ou anos se precisar. dai junta uma grana, se despede da mãe e do pai, jura que cria juízo e se manda! vai pro litoral, pelo amor de deus! hahaha abre um barzinho, vive de ômega 3 e umas gatinhas bronzeadas, que eu apareço certo pra tomar uma caipirinha contigo!

eeeita comentario comprido... mas é que eu precisava falar... é só uma fase, essas transições são complicadas, é como se tu tivesse saido de casa e quando volta, todos os móveis mudaram de lugar. aproveita a tristeza, a melancolia, e, como diriam em Tudo Acontece em Elizabethtown, aproveeeeeita que de tudo se tira coisa boa! =)))

beijos e good vibrations =*

Aline Silva. disse...

Parece que quando você faz 18 anos, vc ta destinado a carregar um fardo de responsabilidades por um bom tempo.
Tbm desisti do meu 'primeiro emprego' no primeiro dia!
Sei lá se é vergonhoso falar isso, mas não tava preparada pra sair do aconchego, conforto dos meus pais..

E são paulo?! todo dia aquelas pessoas de sempre mas que são as estranhas do dia-a-dia..
Confesso que me cansa ir pra Paulista quase todos os dias. Deve ser maravilhoso aonde tu mora, só tranquilidade, sem o barulho de buzinas e taaanta poluição..
Aproveita o hoje e com o tempo pensa no futuro, não precisa correr tanto atrás dele ;D

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