quarta-feira, 8 de abril de 2015

1505

Na última sexta-feira entrei no metrô cedinho bastante acelerado. Apesar do numero de pessoas esquisitente grande em um feriado, nada me incomodou. Atravessei o viaduto Jacareí com um só pensamento. Tem nome.
Depois de um dia ótimo e agradável como sempre, no tropeço do soninho vendo um filme besta me dei conta de uma coisa. Vai ser muito difícil ficar longe. Enquanto você dormia calmamente eu me levantei, cobri seu corpo nu e desliguei a TV. Abri sua janela rapidinho porque não me aguentava de solidão: precisava de um cigarro. O vento na cara e a cidade lá embaixo gritaram assopravam no meu ouvido palavras de consolo, enquanto olhava desolado pra uma São Paulo que não dorme, tentando entender minha angustia. Como dói saber da distância. Ainda mais quando o carinho é tão recente e tão forte pra pouco tempo.
Me perdi com a vista e o ar gelado por alguns minutos, derramei algumas lágrimas necessárias, me senti sozinho no mundo por uns segundos ate que virei e te vi, em paz, bem quentinho.
A vida testa a gente quando coloca na nossa frente as melhores pessoas nos piores momentos. Tão traiçoeira mas tão sabia. Escrevo do avião com o olho cheio de agua salgada, mas como foi bom de ver agora. Tô indo, mas volto. Você vai, depois volta. Quando esses dois apaixonados estiverem no mesmo solo de vez, chegou a hora de ser feliz pra valer.
Me espera.

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