segunda-feira, 4 de maio de 2015

queria ser que nem

Li esses dias em algum rede social um textinho dizendo algo do tipo “não tente ser que nem tal pessoa, tente ser você mesmo”, se eu não me engano foi a Jana Rosa que falou meio isso no twitter. Juro que fiquei com isso na cabeça no momento mas passou.
Tava agora no eterno scroll da vida no instagram e fuxicando uns perfis maneros fatalmente acabo pensando “queria ser que nem ele”. Surpreendentemente, não fisicamente. Na maior parte do meu dia-a-dia online o que eu mais faço é absorver conteúdo num ritmo frenético non-stop pra me manter sempre inspirado. Acho importante pra quem gosta de imagem ter referências, mas a minha maior luta é pra conseguir aplicar tudo o que eu sugo por aí?
Fico frustrado. Não sei como exteriorizar minhas ideias, travo, isso me deixa agoniado. Por isso me desespero tanto quando vejo em outras pessoas por aí o que eu gostaria de estar fazendo mas não estou. “Queria ser que nem” muita gente, mas não consigo, não vai, não sou. Tem horas que eu acho que só insisto em certas paradas mas que não levo jeito mesmo e uma hora eu vou ter que parar. Já em outros momentos eu sei mesmo é que a procrastinação que não me deixa evoluir, basta eu me desligar um pouco e colocar a mão na massa. Quando finalmente pego nos ingredientes, quem disse que a fada da criação me ajuda nessas receitas? Não ajuda, breco novamente. Isso é coisa de gente maluca ou só white boy problems mesmo? Num sei como continuar, quero gastar maior grana em câmeras, canetas, bloquinhos de desenho mil, livros, mas tô hesitante porque não sei se vale a pena. E se eu não for mesmo quem eu queria ser? Tempo e dinheiro jogado fora.

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