segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Nessa noite de hoje eu já cochilei, já li, já ouvi, já pensei e já chorei. Queria saber me expressar melhor e traduzir nas palavras o que eu sinto agora, mas acho que a exaustão decorrente dos últimos dias de pecador não vão deixar meu cérebro trabalhar direito. Se amanhã eu ainda estiver desse jeito, alivio esse aperto, mas se uma boa noite de sono for suficiente pra me acalmar eu não queria que meus pensamentos ficassem no esquecimento. Se eu ler isso aqui daqui alguns dias vou me lembrar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Been a while since I felt this way about someone, I'd really really like to know you, more

And I will open my heartAnd I will only for you

terça-feira, 5 de novembro de 2013

1 de novembro

Os dias na faculdade não estão dos melhores, então já sabia que iria sentar na cadeira, olhar pro nada até umas 9 e pouco, levantar e ir pra casa. Pra minha surpresa, lembrei que tinha colocado na mochila meu livro favorito, num plano de ler ele esse ano já que tava tudo uma merda e ele sempre me dá um ânimo pra viver. Comecei lendo bem tranquilamente, até que logo nas primeiras páginas algumas passagens que sempre me causam um baque ao ler ativaram alguma parte adormecida no meu coração. Sempre que volto a ler On The Road acontece isso. Me sinto livre mais uma vez e me reencontro com o meu eu de anos atrás.
Quase instantaneamente as lágrimas caíram e eu nem liguei pro bando de pessoas que mal olho na cara diariamente ao meu redor. Limpei meus olhos mas meu batimento cardíaco tava acelerado. Entrei na vibe.
Eu tenho plena consciência que meu instinto aventureiro de largar tudo por aí e pegar estrada têm sua essência nesse livro e eu sou tremendamente influenciado por ele. Tenho noção também do quão fora da realidade essa ideia está e da minha total falta de coragem pra dizer adeus e só ir em frente. O que eu não consigo entender é o por quê disso ser tão atraente pra mim e por que eu sou tão insatisfeito com qualquer situação mais cômoda e rotineira em que eu me encontre. Tô fazendo tudo certinho: trampando, estudando, controlando os meus gastos (na medida do possível - vejo meu saldo no banco sempre e esse é um bom começo), levando a vidinha que em 2011 me cansou e me fez mudar pro sul do país (e voltar pra casa com o rabinho entre as pernas). Se a vida certinha, se o fazer o que tem que ser feito, hoje, não me dá prazer e alegria alguma, quando dará? E se essa vida regrada e correta não me agrada, por que me falta coragem pra fazer diferente?
Talvez a questão seja eu saber o que quero pra mim. Já que não sei, vou levando. E já que não gosto do que vou levando, a melhor alternativa sempre parece abandonar tudo e fugir. Nesse vai não vai, acabo ficando no mesmo lugar.
Depois de secar minhas lágrimas na aula e ainda com o livro aberto, olhei pro professor e ele parecia já estar colocando presença na lista de chamada. Digo parecia porque não tenho certeza. Não titubeei, acreditei no incerto, peguei minhas coisas e corri pra longe daquele lugar que eu odeio. No caminho até o carro, mais choro. Passando pelo bar lotado de alunos relapsos, me perguntei o que eu tava fazendo no meio disso tudo. Continuei andando, liguei o carro, liguei o som no último, e nessa mistura de lágrima, música alta, minha gritaria saindo da garganta como nunca e meio sem motivo, desviava de todo e qualquer carro lerdo na estrada sem pensar duas vezes e por sorte não sofri nenhum acidente. Cheguei em casa ainda acelerado e minha mãe me dá uma bronca por pegar o carro em um dia que meu pai ia usá-lo. Cortou minha onda. E como se não bastasse, fiz as contas de cabeça e percebi que se o professor não estava fazendo chamada, eu já estava essa hora reprovado por falta em tecnologia b.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

It hurts to know that the distance didn't make you forget him as it did you forget me. Go for him, stay with him, be with him. You are growing up my dear.

domingo, 13 de outubro de 2013

bad stereotype, wrong way of life

(já faz um tempo)

Parece que pouco mais de um ano pra cá eu mudei do avesso e virei esse cara que gosta tanto de se divertir que possa ser que não me levem nem um pouco à sério por causa disso. Não que acho errado, mas entendo. A gente gosta de julgar mesmo, só que cada um é cada um né.
Sinto uma baita satisfação estando entre amigos, tomando minha cerveja, fumando meu cigarrinho, dando risada, encarando todo mundo, paquerando por aí, dando uns beijinho ali, levando pra casa outro dia, acordando de ressaca e prometendo: "Vou parar de meter o louco assim." E rindo, rindo, com essa sensação de que eu tô aproveitando o lado bom da vida quase sempre ao máximo.
A verdade é que essa filosofia do meter o louco lifestyle virou uma coisa que enraizou na minha cabeça e na de vários amigos meus. A gente só diz "vamo mete o loco" e é isso, as merdas acontecem e no final das contas é sempre risada e muitas horas de conversa no dia seguinte. Me sinto vivo assim, vivendo.
Só que tem aquela parte de mim que fica triste demais com isso tudo. Já aceitei minha realidade e personalidade há um bom tempo já, mas o Daniel que adormece não concorda com muita coisa que eu faço.
Não é transtorno bipolar. Eu sempre fui, mesmo nos tempos do colégio, um moleque que sofre, sofre, sofre, chora, e sofre mais um pouco. Uma moça. Gosto de me apaixonar, de ficar com a menina na cabeça o tempo inteiro, de procurar, chamar pra sair, ficar ansioso pra ver, essas coisas, não só da parte sexual, nunca fui de ligar tanto pra isso como hoje ligo. É de mim ser romântico e carente ao mesmo tempo. Já faz tempo que eu não fico com ninguém sério e meu último namoro eu tinha 18 anos. De lá pra cá, além de muita coisa ter acontecido e mudado, me tornei meio arrogante e seletivo. Menos pro sexo.
Na minha cabeça agora não vale a pena cair de amores por alguém que não seja 100% perfeito pra mim. Isso é meu cérebro que diz, acho. Já deixei passar algumas boas oportunidades ou porque não soube o que fazer, ou porque não me empenhei por causa dessa mentalidade. Se antes eu sofria sofria por conta dos romancezinhos, hoje sofro sofro por não ter mais nenhum.
E eu quero ter ué. Mas tô tirando esse perfeccionismo amoroso pouco a pouco e já ando mais aberto pra muita coisa. Tomei conta de que não sou esse homem especial que merece o melhor do melhor, eu quero alguém real, só isso me basta. Idealizo tanto aquele amor Sofia Serrano só que loira, inteligente, carinhosa e ingênua mas ela não existe, ninguém é perfeito. E eu quero alguém comum agora. Alguém que trabalhe, estude, tenha a vidinha que todo mundo nos 20 tem, saiba conversar e goste de mim. E goste de cerveja.
Quanto mais ansioso fico, caçando namoros, paqueras por aí, querendo uma companhia e não uma fodinha, menos encontro. E nunca nada vai pra frente, nada desenvolve de um jeito legal. Entro na seguinte questão: será que eu sou tão não-namorável assim? Aí eu penso que, com certeza, quem me levaria à sério enquanto eu falo tanta bobagem por aí, meto o louco nos finais de semana, fico carentão e bobo em redes sociais, e sou chato chato chato pra caralho, meio vazio até, superficialzinho, sei lá. Acho que não muitas pessoas ou só gente que não presta. Vai ver eu não presto mais, né.
Não sei se isso é o que chamam de imagem ou reputação, baixa auto-estima, whatever, só que se eu cheguei num ponto em que me olhando de fora eu não me acho mais interessante, quem achará? E na verdade, como é ser interessante hoje? Fico perdido e acabo só sendo ou não sendo eu mesmo
Enquanto minha ansiedade só aumenta junto com essa mistura conhecida de aperto com solidão, eu me distraio e caço atenção negativa por aí, o que é completamente desnecessário. Tenho que parar e levar uns socos na cara, sossegar essa pica e só continuar na rotina, fazendo o que tem que ser feito e deixar essas bobeiras de lado. O foda é ter foco, alguém sabe aonde compra?

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

I'm gonna see that I'll go far

Achando esquisito demais ter aberto clicado ali nos favoritos em Several Hours e ver que não escrevi nada em agosto inteiro. Esse mês longo e tumultuado foi foda.
Tive muito tempo pra aceitar e decidir sobre muita coisa e cheguei a uma única conclusão sobre tudo: gosto da direção que a minha vida está seguindo.
Claro que tem coisas que não mudam né, sempre reclamo da faculdade e penso em largar o curso todo o dia, mas reclamar é uma coisa, fazer é outra, e essa é uma questão bem definida. Vou me formar e ser arquiteto sim.
Aliás tô com vários projetos de várias alternativas pro futuro na minha cabeça! E é muito bom isso, porque finalmente caiu a ficha de que eu posso sim fazer o que eu quiser, só tenho que correr atrás. Se mesmo depois de graduado e pós-graduado eu sacar que não vou me satisfazer na profissão, se eu não conseguir um emprego na FG em Balneário ou na Thá em Curitiba, ahh cara, eu recomeço tudo de novo e invento algo pra fazer. Parado eu não fico mais.
Percebi que eu gosto de trabalhar. Cada dia no estágio eu aprendo um negócio diferente e o ambiente é bem gostoso, as horas voam e me sentir útil me faz muito bem. Quando chego na faculdade ainda dou umas escapadas pro bar ao invés de ir pra aula, mas esses dias apresentei sozinho um estudo de caso direto com o professor que eu mais odeio e pra minha surpresa - chorem - não fiquei nervoso, não tremi, não caguejei e ainda consegui justificar cada ponto de vista que eu tive sobre o projeto. Será que eu tô crescendo?
É meio engraçado até ver que hoje em dia minhas preocupações são outras e que infelizmente ou felizmente eu cedi, sim, ao crescer. Houve um tempo que eu renegava absolutamente tudo o que faço hoje: trabalho, universidade, trabalho, rotina, ser adulto, blablabla. Sempre achei uma chatice e imaginava que a vida era muito mais prazerosa se a gente só aproveitasse o momento e soubesse passar por cada dia bem intensamente, stress do dia-a-dia de trabalho não poderia ser certo. Só que a gente acorda e precisa de dinheiro. E pra ter dinheiro a gente precisa ser responsável. Depois de uma maratona de sei lá, 8 semanas saindo sexta/sábado/domingo, sosseguei, ando ficando muito em casa, fazendo meus trabalhos e saio só pra tomar uma cerveja ou outra com poucos amigos. Não que eu goste muito disso mas é que a grana que eu ganho é pouca mesmo.
Finalmente aceitei que não dá pra eu querer ter tudo ao mesmo tempo e que se um dia eu quero acordar numa cobertura na Av. Atlãntica eu tenho que começar de baixo, e é justamente o que eu tô fazendo. Ser estagiário e pior, ser estagiário em Guararema pode não pagar a melhor grana do mundo mas é um começo. No final das contas eu vou ser grato por tudo e dar valor a tudo o que eu conquistar porque foi com muito esforço, não do esforço de papai. O que eu mais quero mesmo é depender cada vez menos dele, já que ano passado o plano vida nova em Blumenau eu fiz questão de arruinar.
Sem brincadeira, chego a sorrir e pensar em como minhas preocupações são outras e ando dando importância a outras coisas que não imaginava que daria. E da mesma forma me alivia muito deixar de lado coisas e pessoas que me faziam mal, me impediam de evoluir e hoje não fazem falta. Tenho tanta coisa importante pra me preocupar e correr atrás que parece que qualquer bobeirinha infantil que eu veja por aí já é tão distante da minha própria realidade que não consigo sentir nada além de alívio por não fazer parte disso tudo mais. Se a minha vida mudou, se eu mudei, nada que me faça tropeçar e cair do cavalo ou vou aceitar mais.
Gosto da euforia no meu peito de querer fazer tanta coisa e do bom-senso que ando criando em mim com relação a cada decisão minha. Já que o momento de transformar o que eu sonho pra mim e planos, pra que um dia eles sejam concretos, não dá pra ter outra coisa além daquilo lá, que é a palavra do mundo corporativo né? Vamos acompanhar e ver até onde eu posso chegar.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Blessed


Parece que quando você acha que tá na maior merda da vida e não tem a menor chance de você conseguir levantar do fundo do poço, surge sei lá um anjo que te dá uns tapas na cara e te faz acordar pra realidade.
Tirando a parte do anjo, acho que fui eu mesmo quem me dei uns tapas.
Esse mês de julho que termina hoje foi um período nada menos que de afirmações. É esquisito parar e abrir o live writer pra escrever quando não tô triste, mas é bom escrever isso: tô muito feliz. Tô em paz. Tá tudo bem. Não tenho do que reclamar não.
Corri atrás e descolei um estágio bacana, que não paga lá aquelas coisas mas o lugar é legal, minha chefe é ótima e eu vou de bicicleta trabalhar. Voltei pra academia e isso tá me fazendo um bem danado. Aceitei que por mais que eu odeie arquitetura vou terminar essa porra e deu, não quero mais me distrair. Além do mais, não é a faculdade que pode me impedir de fazer as coisas que eu quero, né?
Em casa meu relacionamento com os meus pais tá bem legal, tive uma conversa séria com eles e agora parece que eles sabem que não adianta tentar me prender ou ficar se incomodando quando eu não tô em casa porque eu não faço nada de errado e me desculpe já tô velho né? As tretinhas agora são só por causa do carro (e isso é algo que tem que mudar em breve). Tô planejando ainda contar uma coisinha pra eles mas ainda não é o momento, isso com certeza vai deixar tudo na merda de novo mas sei lá, tô a fim de agitar essa casa também.
Nesse meio tempo coloquei tantos pingos nos is e pensei tanto em tanta coisa diferente que não sei explicar muito bem. Muita confusão da minha cabeça e do meu dia-a-dia eu deixei de lado e resolvi filtrar tudo o que chega até mim pra só receber coisas boas. Assim consigo praticar coisas boas também. Eu sou desses que acredita muito em energia e eu tô preferindo evitar as negativas.
E pra me deixar mais leve, nada melhor do que ter consciência tranquila sobre quem você é, do que faz e do teu caráter. E eu, hoje em dia, só mudaria em mim essas espinhas que brotam de vez em quando dando um alô da adolescência. De resto, tô bem feliz comigo mesmo e não pretendo ser diferente não.
Como consequência dessa série de mudanças acabei me afastando de algumas pessoas, mas não foi por mal! Claro, tem gente que não me fazia bem e eu só deixei ali de escanteio, vou sempre fazer isso com quem eu vejo que não me acrescenta nada de bom. Mas têm também aquelas pessoas que o carinho é o mesmo de anos, o problema é que a vida é imprevisível e leva a gente pra caminhos não-traçados, com isso a gente acaba indo mais longe do que uns e outros, não por mal, por querer, é só a vida. E por menor que seja o contato que eu tenho com muita gente que eu era mais próximo, sempre vou querer bem da mesma forma. Esse é um problema quando você conhece, gosta, tá aberto e mantém uma relação de amizade com muitas pessoas: nem sempre consegue dar atenção suficiente a todo mundo que gostaria. Fazer o quê.
Já os que estão comigo bem de pertinho eu não poderia ter melhores. Têm horas que eu acho que não mereço o amor e carinho das poucas pessoas que convivem e sabem da minha vida realmente. Eu sou profundamente grato pelo melhor amigo que eu tenho, é o cara que eu mais confio e que eu amo. Não é à toa que as pessoas entram na sua vida e eu acho que ele surgiu pra me ajudar em muita coisa e eu ajudar ele também. Ele é meu irmão que não é de sangue, mas de coração. Os outros que também são muito ligados a mim também. Não poderia pedir por melhores vidas vivendo comigo. E eu espero que só continue conservando essas amizades e construindo muita coisa legal porque quando eu fico amigo de alguém eu fico 100%. Amigo é pra vida toda.
A melhor parte dessa fase positive vibrations que eu tô passando é que meu coração tá tão limpo e bem e livre de aperto hahaha. Não tô apaixonadinho por ninguém, minha confusão de sentimento que vem de tempos em tempos tá sossegada, e por mais que a carência bata de vez em quando, não tô sendo o maluco procurando namorada ou alguém só pra pegar não. Tô mais focado no meu trampo e evitando distrações. Mas já já aparece uma pra me dar dor de cabeça e me deixar sem dormir, né? Quando tá tudo bem alguma merda surge pra foder com tudo. Vamos acompanhar.
É bom até escrever sobre como tô em paz e como a vida tá boa. Quando eu voltar daqui um tempo pra ver por tudo o que eu passei não vai ter só tristeza e amor não-correspondido.
E que Deus me guie né.

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                                                                   fill your heart with joy

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Eu não devia me importar

Tô aqui lacrimejando de um jeito tão bobo que só não tô me sentindo mais patético porque sei que já fiz pior. Acabei de ver o álbum inteiro no facebook de uma menina que fazia tanto parte da minha vida há sei lá um ano atrás e fiquei angustiado de perceber como a gente perdeu completamente o contato em tão pouco tempo. Não sei se é ridículo mas eu dou tanta importância pras outras pessoas, me preocupo, procuro, quero saber se tá tudo bem, se não tiver no que eu posso ajudar, sempre quero que todo mundo esteja bem. Daí do nada vem a vida que arremessa todas as memórias que você tinha de alguém pra dentro de um baú, e quando você abre ele fica assim, chorandinho, com esse aperto no peito estranho, a aranha apertando seu coração. É difícil acreditar em como alguns meses só mudam sua vida totalmente. Na real como você muda sua própria vida totalmente em alguns meses, porque tudo que acontece nela é fruto das suas próprias decisões.
Como as minhas decisões mudaram tanto a minha vida e me afastaram de tanta gente em tão pouco tempo, e agora aqui, nessa hipocrisia meio encabulada, lacrimejo dando importância a lembranças que eu mesmo quis deixar pra lá.

quarta-feira, 3 de julho de 2013


Se o tempo vai passando e pra ti não sou ninguém, meu bem, suma de vez.
Que o teu silêncio te guarde muito bem de mim.
Que o teu silêncio te guarde muito bem.
Não vou lutar pelo impossível, vou deixar pra lá – só pra variar.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

trick or treat


Tô ficando acostumado com essa história de ter que decidir tudo de novo a cada final de semestre. Novamente tenho um leque de possibilidades e mil opções de escolha pra definir aquilo que eu nunca consegui determinar bem: o meu futuro.
De um lado eu caio naquela tentação de mais uma vez poder abandonar tudo e correr atrás do que eu realmente “gosto” e quero fazer. Do outro uma vozinha séria diz pra eu sossegar o rabo e continuar fazendo tudo certinho como estou, mesmo odiando. “Só por mais alguns anos” e é verdade, o tempo tá passando bem rápido, são só mais alguns anos mesmo. Só não sei se vale o sacrifício.
A diferença é que o eu de hoje entende que só consigo mudar o andar da carruagem se eu correr atrás de muita coisa. Não adianta eu me apoiar num suporte familiar e esperar que depois de uma ou duas atitudes tudo vá cair do céu. Se eu não estiver determinado 100% nada funciona pra mim. E é difícil isso acontecer.
Eu poderia largar o mundo que eu tô acostumado mais uma vez e me aventurar por aí, e todo dia eu penso nisso. O foda é o medo que eu sinto de tudo dar errado mais uma vez, de eu me machucar mais uma vez e não conseguir levantar de novo não. Não ia conseguir.
Sempre fui de trocar o certo pelo duvidoso e apostar todas minhas fichas em jogo certo de azar, às vezes tive sorte, mas nem sempre. Fico nessa brincando de testar a vida e uma hora ela se cansa de ser testada me dando um belo soco na cara (mais de um).
Pode ser só tentação mais uma vez mas pode ser também a última chance de mudar pra valer. Como eu faço pra parar e seguir o caminho do que eu quero ou o caminho que eu já tô seguindo? Aventura ou comodismo, prazer ou obrigação, instabilidade ou estabilidade? Que saco. Não quero mais ser esse cara confuso e indeciso.

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