Minha cabeça tá muito cheia hoje e acho que deveria escrever. Ao contrário da maioria das vezes que faço isso, hoje não vou colocar música nenhuma porque quero me ouvir.
Parece que a cada final de semestre é frequente a confusão de possibilidades que a vida me oferece. De uns 2 anos pra cá de 6 em 6 meses me pego nessa de não saber o que fazer. Se eu posso mudar ou deixar as coisas como estão, sei lá. Isso deveria ser ótimo pra mim mas me deprime pra caralho.
Finalmente passei pro sétimo período de arquitetura. Tudo bem que pra quem era pra estar indo pro décimo eu não deveria dizer finalmente, mas até que fiquei feliz. De verdade, tudo o que eu quero pensar é que tá acabando, que tá passando rápido apesar dos pesares, e que já já essa fase (que era pra ser ótima) tá se concluindo. Mas no final do dia só eu me pergunto se é isso que eu quero, se eu tô fazendo o certo, se eu devo continuar num lugar que me angustia, se vale a pena o esforço pra terminar algo que eu já perdi o tesão faz tempo. O dilema em si seria fácil de responder se eu soubesse me ouvir. Já que pra variar eu tô insatisfeito com a minha vida mesmo fazendo tudo como deve ser feito, o que eu quero afinal?
Tive duas conversas muito boas nessas semanas. Uma foi com uma menina que eu paquerava esse ano da minha sala mas que nunca parti pra approach algum. Era quase meio platônico. Ela vai voltar pro estado dela e transferir a faculdade. Quando ela veio me contar eu disse a ela sobre a minha péssima experiência de transferência pra Blumenau e tudo mais. Fui arrebatado com os seguintes dizeres, mais ou menos assim: "Dan, eu andei conversando muito com o Gui e ele vive dizendo pra mim que arquiteto tem que ser auto-didata. Tem que ler, tem que pesquisar, tem que conhecer o trabalho de todo mundo, tem que ser virar além da faculdade, por mais louco que isso pareça. Se minha grade ficar bagunçada, não tem problema. E uma coisa eu já decidi, vou fazer tudo por mim mesma, o máximo de trabalhos que eu conseguir não fazer em grupo melhor, porque esse (assim como é pra você) é uma das coisas que mais me brocham no curso. E se eu tiver que começar tudo de novo, os cinco anos do zero, eu vou. Não adianta nada eu estar numa faculdade que não me acrescenta muito só pra eu conseguir um diploma, se depois eu levar anos pra me tornar uma boa profissional. Prefiro recomeçar do zero e sair formada capaz de produzir do que pegar um diploma já já e quebrar a cara depois." Resumidamente, uma flecha acertou meu peito.
Isso fez muito sentido pra mim. Eu penso sempre que talvez minha frustração com arquitetura seja a universidade que eu estudo, já que honestamente não me oferece nada. E como eu não me vejo fazendo outra coisa, não sei o que fazer a não ser isso, mudar outra vez poderia ser bom pra mim sim. Não é ruim eu querer estar num ambiente que me ofereça qualidade pra crescer. Poxa, eu quero ter tesão de novo, quero ter vontade de estudar, eu gosto pra caralho de aprender, tem ainda alguma faísca de paixão pela profissão que eu escolhi logo que entrei nessa. Ver tantos amigos se formando e orgulhosos pelos seus 10, 9,5 no TFG me dá um pouco de inveja porque sei que eles são realmente apaixonados pelo que fizeram. Quero acreditar que não estou me forçando a gostar de algo, mas às vezes fico meio descrente..
A outra conversa boa que eu tive foi com a Laura, que sempre abre minha cabeça pras coisas. Ela me recomendou fazer uma lista de tudo o que eu gosto de fazer, e depois anotar com os mínimos detalhes aonde eu quero estar e como eu quero ser em 5 anos. Preciso - muito - criar metas. Meu pai vive me dizendo isso, que eu não tenho objetivo nenhum, e não tenho mesmo, ele tá certo. Mas não tenho porque não sei o que querer.
Ainda não parei pra fazer essa lista, agora nas férias preciso pegar papel e caneta e trabalhar nisso. Brevemente, acho que em 5 anos eu quero acima de tudo estar formado, morando sozinho, ter pelo menos meu carro, morando ou em Curitiba, ou em São Paulo ou em Balneário, e não quero estar rico, mas quero poder não me preocupar com coisas bobas como ir no McDonald's depois do trabalho. Quero ver uma camiseta no shopping, entrar na loja e comprar, sem ressentimento, sem lembrar que minha conta tá no negativo. Eu sei que cada um tem seu tempo pra ter independência financeira, mas eu queria ela logo. Só que eu não movo uma palha pra isso, e é mais um ponto que preciso mudar. Não movo uma palha porque estou acomodado, e estou acomodado porque não sei o que fazer. Uma coisa puxando a outra e no final das contas eu não saio do lugar.
Não sei se o que eu mereço é uns tapas ou rédea curta, como meu melhor amigo diz. Hoje eu faço tudo certinho, trabalho, não reprovei em nenhuma matéria, não dou trabalho em casa. Posso ser meio gastadeiro e irresponsável quando se trata de dinheiro, mas quem na minha idade não é, né?
Essa coisa de futuro sempre me detona. Não tenho mais o que escrever sobre isso.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Dust ways
por
Dan R.
às
21:33
0
comentários
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Acordar e ver e esse sol lindo. Pular na piscina pra tirar o calor do meu corpo e passar uns bons minutos debaixo d'água. Eu acho que sou muito aquático. Depois de sentir ela em mim, tiro minha roupa, deito no chão, sinto o sol mais um pouquinho e entro em casa pra tomar um gole de café. Antes de começar o dia, deito ainda sem roupa na minha cama e olho pra cima: ACORDA, diz ali. Não sei o que eu quero mais.
por
Dan R.
às
11:12
0
comentários
terça-feira, 19 de novembro de 2013
frenesi
Beleza, vou entrar nessa de ir escrevendo o que tá passando na minha cabeça sem me preocupar muito se tá legal ou se eu tô escrevendo bem e gramática concordância etc porque me parece mais honesto na verdade né.
Eu não sei da onde eu crio esses entraves na minha vida quando tá tudo bem, tudo certinho, tudo caminhando do jeito que "tem" que ser. Tô levando a vidinha de rotina finalmente depois de um bom tempo de bagunça né. Nos eixos. Daí de uma hora pra outra eu começo a me coçar inteiro pra romper com tudo isso, surge uma insatisfação louca não sei da onde e eu começo a me desesperar pra querer fazer alguma coisa diferente. Voltei a "desenhar". Quando começo a ficar nessa coceira maluca pego o caderninho e a caneta e uns rabiscos brotam, nada demais, bobeirinha, mas é justamente isso que dá uma distraída. Próximo passo é voltar a ler, meu cérebro tá muito atrofiado com tanta rede social e pouco conhecimento de verdade entrando nele. Sei lá cara, eu preciso evoluir de alguma forma, preciso melhorar mais e mais e se eu não sei ainda como fazer isso, vou entrando nessa de fazer coisas diferentes do que eu tô acostumado. Andei pensando nas coisas que eu gosto de fazer de verdade assim de forma meio aleatória, não anotei nada, mas de cabeça agora me consta: desenhar mal, fotografar descompromissadamente (menos quando no passeio digo "ei, vamo tirar uma foto pro instagram!") e escrever desse jeito meio cru mesmo. E se tratando de escrita, eu queria muito muito mesmo começar a levar isso mais à sério e estudar. Vi até uns cursos de escrita livre em sp nas férias que eu queria muito fazer, vamo ver se meu pai me financia nessa. Agora entro em outra coisa, preciso descobrir coisas novas que eu queira experimentar e ver se eu sou bom nelas e se eu não for bom mas gostar delas mesmo assim ir me aperfeiçoando para aí ficar bom. Me liguei num negócio, tem muita muita coisa que eu não fiz ainda mas é de extrema importância que eu faça. E é de extrema importância que eu faça justamente porque a vida tá aí pra eu conhecer e experimentar de um absolutamente tudo o que ela tem a me oferecer, e às vezes eu paro e penso que poxa, esse tempo que eu tô aqui e na idade que eu tô, eu preciso fazer mais do que ir pra faculdade (porque estudar o que a faculdade tem pra me passar eu já desisti faz um bom tempo), trabalhar, ir pra academia, beber no final de semana e bater punheta durante ela. Por mais que eu tenha muita história pra contar de finais de semana e algumas viagens por aí, no geral meus vinte e poucos tão bem chatinhos e poxa não é ruim eu querer reverter essa situação. E de verdade não tô me importando muito mais com o que é certo ou errado, ando mais honesto comigo mesmo e aceitando o que eu sinto e acreditando no que eu quero. Se alguém vem e me diz "mas meu, não é assim, você tem que parar com isso, leva a sério essas oportunidades que você tem, você é privilegiado blablabla" e eu não concordo, não quero mais me pilhar em achar que eu tô sendo errado e fazendo as coisas erradas, sendo mimado ou infantil. Se eu não concordo com algo não posso me deixar influenciar pelo que julgam ser o certo. Só eu sei o que é certo pra mim porque só eu sei do que eu sinto. No final do dia sou eu que choro, sou eu que me agonio e isso não é motivo ou falta de uns socos no estômago porque isso eu já levo de tempos em tempos.
Se eu sou ingênuo desse jeito, se eu sou simples, se eu sou infantil ou se eu não largo o celular, se eu gosto de editar uma foto no snapseed pra postar no facebook, se eu fico querendo trepar quando tô bêbado mas quero namorar quando tô sóbrio, se eu me apaixono por gente que mal conheço, ou por gente que nem conheço, se eu não gosto do que eu estudo, se eu não sei o que eu quero da vida, se eu insisto em querer sair de casa e não tenho nenhuma meta nenhum plano pra que isso aconteça, se eu pareço louco por ser tão perdido e se enquanto eu tô escrevendo freneticamente isso tudo e as lágrimas que caem dos meus olhos pingam no meu peito é porque felizmente ou não, esse sou eu. E hoje, acima de qualquer outro dia que eu já vivi, eu me aceito. E se por volta e meia eu digo que preciso e quero mudar não é que eu quero me mudar, eu quero evoluir, crescer e me melhorar mas continuar quem eu sou. E eu sei lá, gosto de mim, gosto das minhas maluquices, gosto de ser meio inconsequente e impulsivo e sei que pra boa parte das pessoas isso não é visto com bons olhos mas eu não quero mais lidar com gente fechada.
Acho que daqui pra frente é imprescindível que eu saiba lidar com as pessoas do jeito que elas são e aproveitar elas ao máximo. Nossa, parei um segundo pra respirar e responder no whatsapp e perdi totalmente a (as) linha (linhas) de raciocínio. Não sei se fez muito sentido o que eu escrevi mas enfim, agora eu tenho que tomar banho e ir pro estágio.
Pelo menos tô mais leve!
por
Dan R.
às
11:23
0
comentários
Troca
Pega na minha mão e me arrasta pelo mundo. Vamo sair por aí com o coração cheio de expectativas pelo que vai vir e uma garrafa de bebida barata na mão. Se o presente não nos agrada, qual é o sentido disso tudo então? Me leva pra correr na areia, na estrada, no campo, me leva pra correr por um caminho sem volta. Eu não quero olhar pra trás. A cada batida desse violão eu fico mais acelerado, meus olhos mais úmidos e meu corpo mais leve. Vem me ensinar mil coisas que eu não sei, juro que eu tento compensar de alguma forma. Porque eu quero saber de cada coisa que tu sabe, cada detalhe da sua vida me interessa e a gente tem muito o que conversar. Vamo viajar! Vamo beber! Vamo trocar umas palavras, vamo trocar umas experiências aí, aproveitar essa juventude que tá voando antes que seja tarde. Te puxo pelo braço se você quase cair, eu tô aqui pra te ajudar! Chega de mentir pra mim mesmo, senta aqui, vamo tagarelar um pouco mais.
por
Dan R.
às
10:46
0
comentários
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Nessa noite de hoje eu já cochilei, já li, já ouvi, já pensei e já chorei. Queria saber me expressar melhor e traduzir nas palavras o que eu sinto agora, mas acho que a exaustão decorrente dos últimos dias de pecador não vão deixar meu cérebro trabalhar direito. Se amanhã eu ainda estiver desse jeito, alivio esse aperto, mas se uma boa noite de sono for suficiente pra me acalmar eu não queria que meus pensamentos ficassem no esquecimento. Se eu ler isso aqui daqui alguns dias vou me lembrar.
por
Dan R.
às
22:31
0
comentários
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Been a while since I felt this way about someone, I'd really really like to know you, more
And I will open my heartAnd I will only for you
por
Dan R.
às
23:55
0
comentários
terça-feira, 5 de novembro de 2013
1 de novembro
Os dias na faculdade não estão dos melhores, então já sabia que iria sentar na cadeira, olhar pro nada até umas 9 e pouco, levantar e ir pra casa. Pra minha surpresa, lembrei que tinha colocado na mochila meu livro favorito, num plano de ler ele esse ano já que tava tudo uma merda e ele sempre me dá um ânimo pra viver. Comecei lendo bem tranquilamente, até que logo nas primeiras páginas algumas passagens que sempre me causam um baque ao ler ativaram alguma parte adormecida no meu coração. Sempre que volto a ler On The Road acontece isso. Me sinto livre mais uma vez e me reencontro com o meu eu de anos atrás.
Quase instantaneamente as lágrimas caíram e eu nem liguei pro bando de pessoas que mal olho na cara diariamente ao meu redor. Limpei meus olhos mas meu batimento cardíaco tava acelerado. Entrei na vibe.
Eu tenho plena consciência que meu instinto aventureiro de largar tudo por aí e pegar estrada têm sua essência nesse livro e eu sou tremendamente influenciado por ele. Tenho noção também do quão fora da realidade essa ideia está e da minha total falta de coragem pra dizer adeus e só ir em frente. O que eu não consigo entender é o por quê disso ser tão atraente pra mim e por que eu sou tão insatisfeito com qualquer situação mais cômoda e rotineira em que eu me encontre. Tô fazendo tudo certinho: trampando, estudando, controlando os meus gastos (na medida do possível - vejo meu saldo no banco sempre e esse é um bom começo), levando a vidinha que em 2011 me cansou e me fez mudar pro sul do país (e voltar pra casa com o rabinho entre as pernas). Se a vida certinha, se o fazer o que tem que ser feito, hoje, não me dá prazer e alegria alguma, quando dará? E se essa vida regrada e correta não me agrada, por que me falta coragem pra fazer diferente?
Talvez a questão seja eu saber o que quero pra mim. Já que não sei, vou levando. E já que não gosto do que vou levando, a melhor alternativa sempre parece abandonar tudo e fugir. Nesse vai não vai, acabo ficando no mesmo lugar.
Depois de secar minhas lágrimas na aula e ainda com o livro aberto, olhei pro professor e ele parecia já estar colocando presença na lista de chamada. Digo parecia porque não tenho certeza. Não titubeei, acreditei no incerto, peguei minhas coisas e corri pra longe daquele lugar que eu odeio. No caminho até o carro, mais choro. Passando pelo bar lotado de alunos relapsos, me perguntei o que eu tava fazendo no meio disso tudo. Continuei andando, liguei o carro, liguei o som no último, e nessa mistura de lágrima, música alta, minha gritaria saindo da garganta como nunca e meio sem motivo, desviava de todo e qualquer carro lerdo na estrada sem pensar duas vezes e por sorte não sofri nenhum acidente. Cheguei em casa ainda acelerado e minha mãe me dá uma bronca por pegar o carro em um dia que meu pai ia usá-lo. Cortou minha onda. E como se não bastasse, fiz as contas de cabeça e percebi que se o professor não estava fazendo chamada, eu já estava essa hora reprovado por falta em tecnologia b.
por
Dan R.
às
19:38
0
comentários
terça-feira, 29 de outubro de 2013
It hurts to know that the distance didn't make you forget him as it did you forget me. Go for him, stay with him, be with him. You are growing up my dear.
por
Dan R.
às
09:56
0
comentários
domingo, 13 de outubro de 2013
bad stereotype, wrong way of life
(já faz um tempo)
Parece que pouco mais de um ano pra cá eu mudei do avesso e virei esse cara que gosta tanto de se divertir que possa ser que não me levem nem um pouco à sério por causa disso. Não que acho errado, mas entendo. A gente gosta de julgar mesmo, só que cada um é cada um né.
Sinto uma baita satisfação estando entre amigos, tomando minha cerveja, fumando meu cigarrinho, dando risada, encarando todo mundo, paquerando por aí, dando uns beijinho ali, levando pra casa outro dia, acordando de ressaca e prometendo: "Vou parar de meter o louco assim." E rindo, rindo, com essa sensação de que eu tô aproveitando o lado bom da vida quase sempre ao máximo.
A verdade é que essa filosofia do meter o louco lifestyle virou uma coisa que enraizou na minha cabeça e na de vários amigos meus. A gente só diz "vamo mete o loco" e é isso, as merdas acontecem e no final das contas é sempre risada e muitas horas de conversa no dia seguinte. Me sinto vivo assim, vivendo.
Só que tem aquela parte de mim que fica triste demais com isso tudo. Já aceitei minha realidade e personalidade há um bom tempo já, mas o Daniel que adormece não concorda com muita coisa que eu faço.
Não é transtorno bipolar. Eu sempre fui, mesmo nos tempos do colégio, um moleque que sofre, sofre, sofre, chora, e sofre mais um pouco. Uma moça. Gosto de me apaixonar, de ficar com a menina na cabeça o tempo inteiro, de procurar, chamar pra sair, ficar ansioso pra ver, essas coisas, não só da parte sexual, nunca fui de ligar tanto pra isso como hoje ligo. É de mim ser romântico e carente ao mesmo tempo. Já faz tempo que eu não fico com ninguém sério e meu último namoro eu tinha 18 anos. De lá pra cá, além de muita coisa ter acontecido e mudado, me tornei meio arrogante e seletivo. Menos pro sexo.
Na minha cabeça agora não vale a pena cair de amores por alguém que não seja 100% perfeito pra mim. Isso é meu cérebro que diz, acho. Já deixei passar algumas boas oportunidades ou porque não soube o que fazer, ou porque não me empenhei por causa dessa mentalidade. Se antes eu sofria sofria por conta dos romancezinhos, hoje sofro sofro por não ter mais nenhum.
E eu quero ter ué. Mas tô tirando esse perfeccionismo amoroso pouco a pouco e já ando mais aberto pra muita coisa. Tomei conta de que não sou esse homem especial que merece o melhor do melhor, eu quero alguém real, só isso me basta. Idealizo tanto aquele amor Sofia Serrano só que loira, inteligente, carinhosa e ingênua mas ela não existe, ninguém é perfeito. E eu quero alguém comum agora. Alguém que trabalhe, estude, tenha a vidinha que todo mundo nos 20 tem, saiba conversar e goste de mim. E goste de cerveja.
Quanto mais ansioso fico, caçando namoros, paqueras por aí, querendo uma companhia e não uma fodinha, menos encontro. E nunca nada vai pra frente, nada desenvolve de um jeito legal. Entro na seguinte questão: será que eu sou tão não-namorável assim? Aí eu penso que, com certeza, quem me levaria à sério enquanto eu falo tanta bobagem por aí, meto o louco nos finais de semana, fico carentão e bobo em redes sociais, e sou chato chato chato pra caralho, meio vazio até, superficialzinho, sei lá. Acho que não muitas pessoas ou só gente que não presta. Vai ver eu não presto mais, né.
Não sei se isso é o que chamam de imagem ou reputação, baixa auto-estima, whatever, só que se eu cheguei num ponto em que me olhando de fora eu não me acho mais interessante, quem achará? E na verdade, como é ser interessante hoje? Fico perdido e acabo só sendo ou não sendo eu mesmo
Enquanto minha ansiedade só aumenta junto com essa mistura conhecida de aperto com solidão, eu me distraio e caço atenção negativa por aí, o que é completamente desnecessário. Tenho que parar e levar uns socos na cara, sossegar essa pica e só continuar na rotina, fazendo o que tem que ser feito e deixar essas bobeiras de lado. O foda é ter foco, alguém sabe aonde compra?
por
Dan R.
às
23:16
0
comentários
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
I'm gonna see that I'll go far
Achando esquisito demais ter aberto clicado ali nos favoritos em Several Hours e ver que não escrevi nada em agosto inteiro. Esse mês longo e tumultuado foi foda.
Tive muito tempo pra aceitar e decidir sobre muita coisa e cheguei a uma única conclusão sobre tudo: gosto da direção que a minha vida está seguindo.
Claro que tem coisas que não mudam né, sempre reclamo da faculdade e penso em largar o curso todo o dia, mas reclamar é uma coisa, fazer é outra, e essa é uma questão bem definida. Vou me formar e ser arquiteto sim.
Aliás tô com vários projetos de várias alternativas pro futuro na minha cabeça! E é muito bom isso, porque finalmente caiu a ficha de que eu posso sim fazer o que eu quiser, só tenho que correr atrás. Se mesmo depois de graduado e pós-graduado eu sacar que não vou me satisfazer na profissão, se eu não conseguir um emprego na FG em Balneário ou na Thá em Curitiba, ahh cara, eu recomeço tudo de novo e invento algo pra fazer. Parado eu não fico mais.
Percebi que eu gosto de trabalhar. Cada dia no estágio eu aprendo um negócio diferente e o ambiente é bem gostoso, as horas voam e me sentir útil me faz muito bem. Quando chego na faculdade ainda dou umas escapadas pro bar ao invés de ir pra aula, mas esses dias apresentei sozinho um estudo de caso direto com o professor que eu mais odeio e pra minha surpresa - chorem - não fiquei nervoso, não tremi, não caguejei e ainda consegui justificar cada ponto de vista que eu tive sobre o projeto. Será que eu tô crescendo?
É meio engraçado até ver que hoje em dia minhas preocupações são outras e que infelizmente ou felizmente eu cedi, sim, ao crescer. Houve um tempo que eu renegava absolutamente tudo o que faço hoje: trabalho, universidade, trabalho, rotina, ser adulto, blablabla. Sempre achei uma chatice e imaginava que a vida era muito mais prazerosa se a gente só aproveitasse o momento e soubesse passar por cada dia bem intensamente, stress do dia-a-dia de trabalho não poderia ser certo. Só que a gente acorda e precisa de dinheiro. E pra ter dinheiro a gente precisa ser responsável. Depois de uma maratona de sei lá, 8 semanas saindo sexta/sábado/domingo, sosseguei, ando ficando muito em casa, fazendo meus trabalhos e saio só pra tomar uma cerveja ou outra com poucos amigos. Não que eu goste muito disso mas é que a grana que eu ganho é pouca mesmo.
Finalmente aceitei que não dá pra eu querer ter tudo ao mesmo tempo e que se um dia eu quero acordar numa cobertura na Av. Atlãntica eu tenho que começar de baixo, e é justamente o que eu tô fazendo. Ser estagiário e pior, ser estagiário em Guararema pode não pagar a melhor grana do mundo mas é um começo. No final das contas eu vou ser grato por tudo e dar valor a tudo o que eu conquistar porque foi com muito esforço, não do esforço de papai. O que eu mais quero mesmo é depender cada vez menos dele, já que ano passado o plano vida nova em Blumenau eu fiz questão de arruinar.
Sem brincadeira, chego a sorrir e pensar em como minhas preocupações são outras e ando dando importância a outras coisas que não imaginava que daria. E da mesma forma me alivia muito deixar de lado coisas e pessoas que me faziam mal, me impediam de evoluir e hoje não fazem falta. Tenho tanta coisa importante pra me preocupar e correr atrás que parece que qualquer bobeirinha infantil que eu veja por aí já é tão distante da minha própria realidade que não consigo sentir nada além de alívio por não fazer parte disso tudo mais. Se a minha vida mudou, se eu mudei, nada que me faça tropeçar e cair do cavalo ou vou aceitar mais.
Gosto da euforia no meu peito de querer fazer tanta coisa e do bom-senso que ando criando em mim com relação a cada decisão minha. Já que o momento de transformar o que eu sonho pra mim e planos, pra que um dia eles sejam concretos, não dá pra ter outra coisa além daquilo lá, que é a palavra do mundo corporativo né? Vamos acompanhar e ver até onde eu posso chegar.
por
Dan R.
às
21:45
0
comentários