quarta-feira, 16 de março de 2011

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Num súbito chamado divino desta tarde me peguei e virei do avesso. Não sabia mais quem eu era. Ou melhor, sabia sim, era eu mesmo de novo.
Me peguei lendo revista no Café, tomando uma soda italiana, olhando pras pessoas a minha volta e sentindo um vazio confortante. Me peguei caminhando ao ritmo da música, como num filme, a trilha sonora condizendo com o redor. Me peguei sentado na grama, fumando cigarro Camel, olhando o céu nublado e não ligando pra mais nada. Me peguei ouvindo Bright Eyes e sentindo a emoção que senti ao ouvir At the Bottom of Everything como se fosse a primeira vez. Me peguei lendo J.D. Salinger e abrindo um sorriso.
Foi então que o verde ficou mais verde, o vento bateu no meu rosto e o mundo voltou a ser o que era.
Essa tarde eu voltei no tempo, um Daniel de uns 3, 4 anos atrás, o mesmo dos primeiros posts deste blog. Fiz coisas tão bestas e meio insignificantes até mas que não fazia há tanto tempo! É boa a sensação de voltar a ser quem eu era, de pensar do modo que eu pensava, apreciar as pequenas coisas e não dizer que aprecio as pequenas coisas. Gostava de quem eu era, gostava de mim mesmo.
Quero voltar no tempo. Quero 2007. Quero não conhecer metade das pessoas que eu conheço hoje (não teria metade dos problemas que tenho). Quero ser um x. Quero me ver longe de tudo que tenho e voltar a viver só das risadas e dos amores dos 16 anos, viver da ingenuidade de fazer coisa errada e não ligar pras consequências, das músicas que tinham muito mais significado do que hoje, das fotos, de momentos, da simplicidade que era minha vida apesar da complexidade das minhas angústias.

Tem como? Tem como fazer um futuro tão bom quanto o passado?


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                                                                         take me back to where I’m from

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