quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Galinha

Como bom moço solteiro que sou, ando farreando demais.
Há uns posts atrás disse que tenho que ser feliz e aproveitar minha solteirisse, pegar quantas minas eu quisesse porque é isso que estar solteiro se trata. Não ser de ninguém. Não pertencer a ninguém. Não dar satisfações a ninguém. Porém, é não ter ninguém também.
Nunca consigo ficar plenamente solteiro porque acabo me envolvendo demais. Nos últimos mezes tive alguns casinhos legais que claro não deram certo, óbvio, sou o rei em estragar tudo. Agora, por que? Será que é por que eu quer/vou embora?
Tava com uma menina linda. A gente se via quase todo dia, ela não parava de falar e eu adoro isso porque tenho muito assunto com gente assim. Milhões de coisas em comum, todo mundo dizia que a gente ia dar certo juntos. Sem motivo aparente, sumi, enjoei, não quis mais e não dei uma satisfação. Não me reconheço até hoje.
Outra menina linda. Linda, pequeninha, um nenê que a gente tem vontade de abraçar, fazer cafuné, beijar, se deixar levar, tocar até grudar. A gente conversava muito também, ela era meio excêntrica, gostava de umas coisas meio esquisitas mas nada além do normal, só um pouco incomum. Viam a gente por aí e não acreditavam, era engraçado. Até que uma coisa começou a me irritar: ela era muito safada. Me fala que cara acha isso um defeito? Eu, claro, o mais mongol da cidade. Não conseguia entender essa obsessão e naturalidade em falar de sexo e putaria assim, no meio da tarde, do nada. Nunca entendi isso e mais uma vez, não liguei mais, não marquei mais nada, não respondia sms, sumi. Acho que me ensinaram direitinho.
Recentemente fiquei com o coração apertado por uma antiga paixãozinha que ressurgiu do nada me amando e eu não consegui entender. Papo fluindo naturalmente, um interesse que antes não era recíproco, ela fala comigo todos os dias. E só eu vejo essa menina do jeito que ela é, eu vejo algo que ninguém consegue enxergar ainda, algo por trás das aparências que são poucos que conhecem. Ela é muito especial. Tava achando estranho mas gostando dessa aproximação toda. ATÉ que ontem acho, fui dar uma leve fuçadinha na vidinha dela e vejo que ela fica trocando idéia com ex-namorado/amor/paixão/vida/que não sai da cabeça/lindo dela. Ok. Não sou ciumento, nunca fui, jamais ia ser de alguém que nem tive nada além de provocaçõezinhas de leve. Só não quero mais proximidade, não quero ficar triste de novo, não quero graça e que me enganem. Acho que não é pedir demais.
Não sou o muleque piranha avassalador que pega geral e ilude todas as meninas. Nunca fui assim. Rolos à parte, tenho aquelas meninas de uma noite que aparecem quando eu saio, bebo, pego, (raramente) transo, e faz um bem danado essas companhias momentâneas.
Companhias momentâneas fazem bem por que? Suprem uma necessidade do momento, da carência do momento, da saudade. É ruim saber disso, mas de que adianta ter todas as meninas que eu consigo ter se só uma pessoa vem na minha cabeça todos os dias?
Não vou me privar do carinho que não posso ter, então recorro à outros meios pra me enganar. Finjo indiferença, fico dias sem conversar, sem procurar, ignoro, mas tudo isso é pra eu não me machucar, pra não sofrer. Meu escudo, que me impede de sair correndo te implorar um abraço porque sei que não vou ter.

Do que vale aproveitar essa vida de solteiro que todos dizem ser tão boa se felicidade passageira não completa vazio na alma?

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