sábado, 16 de fevereiro de 2013

when the stars are the only things we share


Existe uma época quando a gente é bem novo que parece que cada pessoa que entra na sua vida é seu melhor amigo. O papo sempre flui, a conversa é boa, há muitas coisas em comum. Quando você se dá conta tem 1000 amigos que quer bem, que são de confiança, que você diz que dá a vida por eles, etc etc etc. Quando a gente é adolescente gosta de se sentir querido por todo mundo e ter vários amigos, é legal que as pessoas te conheçam e digam coisas boas sobre ti. Todo mundo gosta que gostem de você.
Não é assim que funciona. Eu entendo que num dado período é natural se sentir assim. Só que com o passar dos anos os grandes amigos vão desaparecendo e se tornam só conhecidos, contatos de facebook, de curtidas no instagram, de um “oi” na balada. Eu sou um cara que ama muito e sempre considerei demais cada um que eu cheguei a sentir carinho ao longo dos anos. Chego a achar triste como amizades vem e vão e se perder por aí. Sempre fui de correr atrás mas vi que é assim que as coisas são. Das mil pessoas que costumava me relacionar e adorar hoje conto nos dedos quem mantenho contato de falar com a família e fazer uma visita regularmente. Até esses uma hora sei que vão ficar pra trás.
As prioridades mudam e de repente você não faz mais parte delas e alguns não fazem mais parte da sua. Acontece, ué.
Meu vô um dia me disse que a vida sem amigos é amarga. Mas se a felicidade está relacionada com amizade, por que quanto mais o tempo passa a realidade grita pra mim que no fundo é cada um por si?
Costumava depositar minha ordinária confiança em cada um que sorrisse pra mim. Hoje deposito ela basicamente em uma só. E sou muito mais feliz assim. O risco de acabar me decepcionando é bem maior mas ele vale a pena. Quanto mais sabem da sua vida, quando mais você confia, divide, pede conselhos, se vulgariza aos outros, menos individualidade tem. Se há uns anos eu até escrevi aqui que sou um pedaço de cada um que carrego comigo, agora eu quero ser eu mesmo. E não é qualquer um que vai me conhecer. Não sou difícil não, só não preciso mais de todo mundo ao meu redor.
Daí muitos chegam e soltam “você só liga pros seus amigos do sul” ou “você só liga pra fulano de tal”  eu respondo: e quem liga pra mim? Eu tô junto de quem me faz bem e me quer da mesma forma.
Um lado meu que chora ao perceber quanta gente que eu costumava amar com todo meu coração se parte diante dos meus olhos, renasce quando me dou conta de que preservo bem quem realmente vale a pena. É por isso que sempre digo que amo, amo de verdade quem cativa minha alma.



                                                                                 will you be there?

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