segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gente

Tem horas que eu fico espantado com quanta gente eu acabei conhecendo ao longo dos anos. Não tô me gabando ou incitando popularidade porque isso nunca foi do meu feitio, mas é que é verdade. Não faço idéia de como conheci tanta gente nos últimos tempos, pessoas boas e ruins, amigos e colegas, gente fresca e gente humilde. Logo eu que dos 13 aos 15 não era o mais sociável do planeta né. É bom ter contatos, nunca se sabe quando você vai precisar deles (assim como vão precisar de você. e sempre precisam). Muito melhor é ter amigos. Meus melhores amigos continuam os mesmos de sempre apesar da vida ter levado cada um pra um canto: Kiki, Antonio, Maria, Naty, Nana, Rafael Augusto. Quero sempre comigo, confio cegamente em cada um e sinto às vezes por não poder participar tanto quando poderia há uns anos atrás. Mas eu tenho muitos outros amigos.
Na época do colégio mesmo quando me zoavam por causa dos meus amigos “pívets” haha, foi uma das melhores coisas que já me aconteceu, sair da zona da minha sala e do pessoal mais velho e passar a andar com os mais novos. A cocô (amor incondicional da minha vida pra sempre), a mariane, luisa, tavinho, vitão, salé, luiz, pri, giuli, lara, lais, cadu, pedro, etc, são todos dessa época. O que acontece é que todo mundo cresceu e não são mais (tão) juvenis. Ainda vejo todo mundo como se eles tivessem na oitava série. Lembrando que a Pri tá na faculdade. Eu tô muito velho.
Agora, nerdissee à parte, tenho muitos amigos de internet. Na real não, odeio quando dizem isso “amigo de internet” porque encaro como uma fase. Não mantenho contato com alguém pela internet se não tenho intenção de ir um nível acima e conhecer pessoalmente. Pode soar perigoso pra quem tem mias de 40 anos (meus pais), mas pra mim é tão natural. A começar pela minha primeira namorada né, do orkut ao melhor dia da minha vida. Mas eu sempre fui desses. Conheci muita gente de fotolog, de orkut, mas isso há anos-luz atrás. Podia fazer uma lista enorme de nomes! Era bem a minha cara cabular aula e ir pra São Paulo conhecer amigos na galera do rock hahaha emo eu magina. O Arthur, é uma das pessoas mais legais que eu já conheci, e foi por myspace. Mas os que eu ainda não conheço pessoalmente tem bastante participação na minha vida. Conheço a Lau do RS desde que ela tinha 14 anos, hoje ela tá na faculdade também, e só não a vi ainda porque sempre foi meio impossível haha. O Alex é uma das melhores pessoas que eu conheço e confio, sabe mais da minha vida do que muita gente que me vê todos os dias e é questão de tempo sair numa noite fria curitibana e beber até vomitar com ele. Bruno de JF, Giu do interior, Lu de Maceió, Marcella do Rio, Lucas de SP, e por aí vai. No fundo eu gostaria que não houvesse internet porque os relacionamentos em si seriam mais humanos, mas aceito que se não fosse ela não teria conhecido metade das pessoas incríveis que eu tenho a honra de conhecer. No colegial então (acho que eu fiquei mais bonitinho), me vi conhecendo pessoas de mogi mesmo através da internet, me adicionava, me interessava e via por aí. Até hoje isso acontece, é bem legal, sei lá, gosto disso.
Aí veio o twitter. Do nada tinha mais de 4mil pessoas me seguindo, e eu aprendi a fazer amizade de um jeito muito estranho, via reply e via tweets. É engraçado você achar o twitter de alguma pessoa que parece ser legal, ler o que ela escreve em 140 caracteres e acabar encontrando coisas em comum com isso. As pessoas tendem a se transportar para o twitter a vida que levam fora dele, e fazem isso do melhor jeito para parecerem mais atrativas possível. Honesto ou não, a gente acaba lendo/conhecendo o melhor delas e é por isso que é mais fácil hoje em dia a amizade começar com um follow do que com uma request do facebook. Você vê ali o dia-a-dia, sei lá, é diferente. Conheci muita, muita gente. Pessoas boas e ruins como em todo lugar, mas eu sei selecionar muito bem. Não teria conhecido meus amigos do sul (que todos aqui morrem de ciúmes eu sei, dizem “vc trocou a gente pelos seus ‘amigos do sul’”) se não fosse o twitter. A rafinha e o raue do twitter, com eles a isa, gui, brenda, e por aí vai. Queridos que por mim moravam bem perto, imagina que lindo poder ver a rafa todo dia? Sério, queria muito. Eu sou muito grato de verdade ao twitter. Não acho tão interessante quanto já achei um dia, mas ele me trouxe muita coisa boa.
Recentemente me surpreendi e não é que eu fiz amigos na faculdade? Não é segredo que eu não queria estudar lá, fiz birra e juro que já cheguei a pensar no começo que teria que passar 5 anos da minha vida só estudando mesmo em um ambiente, sem amigos, porque a verdade é que ninguém me interessava naquele lugar. Não que hoje todo mundo me interessa, mas fui ficando mais flexível com o passar dos semestres. Minhas noites ficaram melhores com a Lilian, Hannah e o Vini que vazou. Continuo não muito aberto com o resto da minha sala, mas até que consigo manter um papo sussa hahaha. Pipocas à parte e cigarros e bar com os bixos também, continuo meio fechado sim, mas isso vai mudando dia após dia, aceitei que não sou melhor do que ninguém por lá e é bom ter com quem conversar. E não tem como dizer como a Lilian passou a ter importância, ela é tão “queriiii”, sabe sempre me ouvir e eu sempre sei ouvi-la. E é isso que é amizade sabe, quando você encontra um equilibrio entre poder falar e saber ouvir sem se sentir incomodado. É muito bom mesmo.
Só sou carente de amizades à primeira vista. Que nem essas que você vê em filmes, você tá em um café lendo alguma coisa e do nada tá conversando com alguém que vira seu amigo e parceiro de cerveja. Ou isso não existe e eu to inventando sei lá, mas pensa que legal, fazer amizade na rua, aleatoriamente, sem intervenção de ninguém. Seria a maneira mais excitante e mais sincera, e mais humana. Não me recordo disso já ter acontecido comigo. O máximo que acontece é papo de ônibus, metrô, até balada (aí já entra naquele quesito amigos-que-só-se-encontram-bêbados-na-noite), mas nada tão mais profundo.
Sinto gratidão, de verdade, por cada pessoa que tive o prazer de conhecer nessa vida. Foda é saber que infelizmente pessoas vão e vem, é raro quando alguma fica pra sempre, mas eu já to acostumado. Esse contato que a gente tem é sempre passageiro, cada um tem sua época.
Longe ou perto, eu sou muito grato.

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