domingo, 1 de abril de 2012

do errado

Chegando num ponto da vida em que é triste dizer mas eu não consigo mais acreditar que um dia eu possa ter o que já tive. Tenho conhecimento de que busco sentimento só nas pessoas erradas, mas elas me parecem tão certas que qualquer defeito é relevado, me cego e finjo que dessa vez vai tudo ir do jeito que eu quero.
Só que não, porque me engano.
Ando tratando as pessoas como se estivessem numa prateleira de supermercado. Olho, escolho, compro, uso. E não faço isso por falta de opções, é que minha pressa por companhia é maior do que meu empenho em conquistar alguém. O que acontece é que, na pressa, nunca escolho o sabão em pó que lave bem minhas roupas. Sempre ficam manchas. Daí me dizem “olha, mas aquele sabão é muito bom, eu já comprei” e mesmo querendo que ele seja eficiente, não é.
A que ponto cheguei de comparar pessoas a produtos de limpeza.. Por mais apegado que eu seja à marcas do dia-a-dia, quando se trata de gente eu me apego mil vezes mais. E é o que mais me atrapalha nesse assunto todo. Quanto mais quero, menos tenho, quanto menos tenho, mais sofro, quanto mais sofro, mais quero, porque quero pra parar com o sofrimento. Esse ciclo não é legal.
Chego a conclusão de que o errado sou eu. Deve ser muito difícil começar a sentir algo por mim, se apaixonar por mim, não tenho lá tantos bons atributos assim que chamem a atenção alheia. No fundo, mas no fundo mesmo, sei que sou bem vazio.
Me tornei alguém que jamais imaginei ser.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dou valor

Aproveitando o tédio matinal fora de casa já que não tive aula, vou escrever até que todo mundo acorde.

Falando sério, não sei mais o que esperar das pessoas. Você acha que conhece elas muito bem, que gostam de você, que te consideram, que o afeto que você sente por elas é recíproco e tal, daí, algum tempo se passa e quando você finalmente tem a chance de pôr em prova tudo o que sente, elas aparecem e quebram o quadro com toda a imagem delas construída em sua memória ao longo de tantos anos. Devo soar meio dramático mas não digo nenhum inverdade. Falsas desculpas, pura preguiça, falta de consideração, não sei o que se passa, parecem que querem que eu saia da vida delas antes do programado (pelo menos por mim).
Quando se está longe de todos que te amaram por tanto tempo o mínimo que se espera é que sintam tua falta assim como tu sente a deles. No mais, que você seja aquele pedacinho vazio do dia que aguarda uma data para ser preenchido novamente. Porque é isso que eu sinto sempre, enormes vazios. Será que por causa de uma decisão de vida minha vou ser culpado e pagar um preço que infelizmente não consigo lidar? Além de compreensão e suporte, o que eu espero (esperava) é conforto, compreensão e o mínimo de saudade. Não da boca pra fora, mas saudade honesta, lá de dentro, quando você sente que é importante pra alguém.
Hoje sei que essa saudade habita alguns. Mamãe, papai, Camila, meus cães, meus avós, minha família. Se vou voltar pra casa em um próximo final de semana será exclusivamente para eles. Para  alguns poucos, mas bem poucos, pouquíssimos amigos, não para todos eles. Não deixarei de lado o tempo que posso passar em casa no colo dos meus pais pra ficar na rua esperando um sorriso de pessoas que não fazem mais questão de mim. Se tem algo que dou valor – hoje mais ainda – é o sangue que corre nas minhas veias e daqueles que me criaram.
Dou valor ao lugar que me acolheu também. 3 dias na calmaria, no verde, no ar puríssimo, na minha cozinha, meu quarto, minha sala, falando bobagens cotidianas com a minha mãe (de fulano, de ciclano, da vizinha, do mercado, da consulta médica, da tia chata), minhas tardes dirigindo com a minha irmã ao meu lado, do meu pai e o olhar profundo e úmido de quem está feliz por ter seu filho por perto, da grama do jardim habitada pelas criaturas mais lindas da face da terra que vivem rolando por aí, do grito de vó quando apareço de surpresa, da parentada toda querendo saber se eu estou me alimentando bem, se tudo está bem, se eu estou bem. É bom ponderar quais/quem são suas prioridades na vida. Pra alguém que achava que era rodeado de carinho em cada lugar que passava, eu, francamente, me decepcionei. E me surpreendi também. Aqueles que menos espero são os que mais me procuram. Isso não só lá, mas aqui também. Ouvir um “obrigado por estar sempre comigo” faz um bem danado ao coração de quem se sente sozinho. Dou valor a essas pequenas coisas. No final das contas os momentos mais simples são os que contam. Não preciso da ostentação, do holofote, de sempre estar num lugar foda pra me sentir bem. Na beira da rua tá bom, sentado na calçada tá bom, no banco da praça tá bom, se quem está do meu lado é amigo de verdade. E amizade, é sempre bom lembrar, não é aquela da noite e da bebedeira. Sábio é meu pai que sempre me alertou isso e disse que eu ainda iria me chatear com muita gente. No fundo eu sabia que iria, só não esperava que fosse tão rápido assim. Nada é como eu espero, no geral.
Tristezas à parte, eu reforço: grato eu sou pela família, melhor e poucos amigos, singelos e pequenos momentos, demonstrações de afeto sinceras e pelo que meu pai construiu pra poder me beneficiar um dia. Quando dizem que é impossível viver feliz sozinho eu concordo, mas feliz mesmo é aquele que tem poucos por perto, não muitos, porque tudo o que é demais estraga. Só que quando o que é demais são pessoas, quem pode estragar é você.

o-matic                                         home is where the heart is

sábado, 17 de março de 2012

São 6:17 da manhã e eu queria registrar algumas coisas. Por mais que eu encha o saco, por mais que eu seja um otário, por mais que eu seja a pior pessoa do mundo, por mais que eu só faça merda, por mais que eu odeie muitas coisas que eu faço, fico feliz que exista um amigo que brigue comigo, fale o que eu não quero ouvir, me ajuda, me ampara, me ame nos momentos mais preciso, que me responda sms de madrugada com “minha vontade é dar na tua cara”, que mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte me envia um “te odeio, me respeita” no meio da semana. Na real nunca fui tão grato com uma amizade quanto a que eu tenho hoje, e nunca achei que fosse ficar tão chateado por não poder estar perto dela sempre que quero. Se existe alguém hoje na minha vida que eu ame, é Alex. Não consigo descrever com exatidão devido ao estado alcoólico que estou no momento mas, do fundo do meu coração, eu amo esse piá. Pode dizer o que quiser, pode fazer o que quiser, mas o tamanho do amor que eu sinto por esse muleque é gigante e imensurável. Gratidão não é o bastante, na verdade não sei como compensa-lo por me aturar tanto, todos os dias, devido à todas merdas que eu digo pra ele sempre. Amigo que fala quando to errado, me dá suporte quando estou certo, que tá comigo dando risada ou quando eu to triste. Tá comigo perto, mesmo de longe.

domingo, 11 de março de 2012


Quanto mais o tempo vai passando e a minha saudade vai aumentando eu fico crente de que estaria passando por tudo que estou muito mais facilmente se estivesse acompanhado. Não é segredo que eu sou um cara bem carente, e justamente por isso, talvez ironicamente eu tô sempre sozinho. O problema é comigo, o errado sou eu, quem faz merda e estraga tudo sou eu. Sempre foi assim. Mas a questão não é essa.
Enquanto eu fico ao redor dos meus amigos não ligo tanto, converso, dou risada, bebo, brinco, falo bobagem, falo de coisa séria, me distraio. Só que na hora que todos vão embora eu me sinto tão sozinho.. Parece que se eu estivesse namorando, ou com um casinho mais fixo, só aquela companhia pra ficar vendo tv até tarde abraçadinho, a solidão ia ser um pouco menor e eu iria conseguir lidar com todo o resto dos desafios que eu tenho de um modo mais tranquilo. Como se uma pessoa só amenizasse todas as outras dificuldades.
É ingênuo da minha parte pensar dessa forma, tenho noção. Mas quem iria se preocupar tanto com o resto quando se pode ligar, chamar pra vir em casa, passar um tempo junto, dormir de ladinho abraçado, acordar com um sorriso, e enfrentar o dia que vem pela frente? Que bela dose de morfina.
Não entendo essa necessidade tão grande. Aprendi muito bem a ser solteiro e sei me divertir bastante desse jeito. O que ocorre é que tudo que é demais cansa e eu ando bem sossegado (não que alex e guilherme concordem) com as putarias desse mundo devasso que  vivemos. Se é tão fácil arrumar alguém a cada noite, porque é tão complicado arruma uma menina só pra gostar da gente a todo momento?

segunda-feira, 5 de março de 2012

If home is where the heart is, then my home is in many places

 

4 e pouco da tarde e eu queria tirar um cochilo já que demorei muito pra dormir essa noite e acordei bem cedo. No meu quarto o ventilador não é o bastante pra fazer o calor ir embora, na sala o ar-condicionado resseca minha garganta porque eu tô gripado. Depois de umas tentativas frustradas de descansar, cá estou.
Depois de amanhã faz um mês que eu saí de casa. Tô me virando legal! Aprendi a lavar roupa (pegar tudo, pôr na máquina, colocar sabão em pó e amaciante e pimba), a cozinhar (macarrão, miojo), a pegar ônibus na cidade (preguiça de subir a rua joinville inteira pra ir pra aula), a viver em grupo (não muito). Porém, certas coisas não mudam. Desde que a minha mãe foi embora não peguei na vassoura pra limpar meu quarto, imaginem que limpeza ele está. Planejo uma faxina toda sexta-feira, daí pra variar tá muito quente, fico com preguiça e não limpo é nada. Deixei alguns currículos em alguns lugares já, mas preciso deixar mais. Um mês se foi e metade da minha grana também. Não imaginei que ia gastar tanto mas acontece. É ruim chegar em casa, abrir a geladeira e não ver nada, daí acabo comendo fora, acho que gasto muito dinheiro com comida pra variar. Na real acho que eu gasto muito dinheiro.
Ultimamente ando bem negativo, vendo só o lado negativo de tudo. Sabe quando você gosta muito de uma coisa mas depois que a tem começa a procurar coisas ruins nela pra não gostar tanto e dar mais valor ao que gostava antes de tê-la? Tenho feito muito isso. Não gosto de muitas coisas aqui já. Não gosto, não suporto, detesto, odeio o calor. Não gosto desse trânsito maluco e de cada coisa ser longe uma da outra. Não gosto dessa coisa de todo mundo aqui valorizar tanto a aparência, as pessoas ligam muito pra isso, mais do que em SP. Não gosto de na aula ouvir coisas do tipo “daí agora meu pai tá andando de mercedes e eu tenho que pegar ônibus, acredita?”. Não gosto de tentar curar minha ressaca do domingo com sono e ter gente em casa falando e falando e falando. Não gosto de não ter um carro. Não gosto de n coisas.
Há muitas que estão me irritando também. Não briguei com ninguém, mas sabe quando só de olhar pra uma pessoa você já não suporta? Não consigo mais encarar umas pessoas que olham comigo, por pura convivência. Vem puxar um papo, dar uma boa noite e a minha vontade é pegar uma arma e me suicidar. Ou matar. Mas já fui alertado sobre isso, que eu me enjoaria fácil das pessoas morando com muita gente. Me irrita também ter que pegar ônibus. Uma coisa é pegar um em Guararema e descer em Mogi pra ir pro trabalho ou pra faculdade, outra coisa é você entrar no ônibus, ele virar uma rua, ir até o final dela e você descer, nem 5 min. Simplesmente porque a rua é tão grande e tem uma ladeira que você prefere pagar 2,90 a ter que andar por quase 20 minutos nela. 2,90 num ônibus que não tem ar-condicionado, numa cidade que são 10 da manhã e fazem 35ºC. Roubo. Acho que se aqui não fosse tão quente ou se eu tivesse um carro ou se os ônibus tivessem ar-condicionado meu nível de irritação diária iria diminuir pela metade, sem brincadeira.
Mas calma, não estou entrando no fundo do poço não. Assim como tudo na vida existem dois lados da moeda. Ainda amo muito aqui e tenho certeza de que fiz a escolha certa, de que tomei a decisão certa, de que aquela vozinha que dizia pra eu entrar de cabeça nessa era real. É muito bom ter controle. Enquanto não arrumo um emprego eu tenho me divertido muito. Saí mesmo, conheci mil pessoas, fui em mil festas, briguei, bebi, meti, ri, vivi. Tanta coisa aconteceu nesse curto espaço de tempo que parece que eu tô aqui fazem meses. Já fui recriminado várias vezes pelo Alex que diz pra eu desacelerar um pouco, mas acho que tinha que fazer tudo isso que eu fiz porque primeiro precisava curtir essa liberdade de não ter pais por perto até eu me acostumar, segundo porque ainda não trabalho. Agora que já estou sem saúde pra tudo, vou conseguir me focar mais. É difícil me concentrar quando você conhece bastante gente legal que faz questão de te ver sempre, tenho grandes amigos aqui que amo muito, mas desde o início já tinha estabelecido um prazo pra que essa folia toda acabasse e acabou. Uma hora tudo vai acabar, tenho plena certeza de que ao contrário do que eu imaginava antes, não vou criar raízes em Blumenau, aqui vai ser algo passageiro, alguns anos apenas, não que eu vá voltar a morar com meus pais, talvez sim, talvez não, mas sei que não vou ficar aqui por 10, 20, 30 anos, a vida toda. Pra quem gosta tanto de mudanças eu tô é bem aceleradinho pensando na etapa seguinte já.
Acho que o lado pessimista e a pontinha de tristeza que eu sinto se resume em saudades de casa. É só quando você perde que dá valor. Por isso ando vendo tanta coisa ruim e odiando tanto tudo, porque sei o que deixei pra trás e o que eu já tive um dia. Mas essa era justamente a ideia. Dar valor ao que eu tenho, deixando tudo de lado e batalhando pra conseguir tudo outra vez.  Confesso que não está sendo fácil conviver com a saudade dos meus pais e da minha irmã, dos meus cachorros, do meu quarto, da minha casa, da minha piscina, do meu jardim, da minha tabela de basquete, de pegar o long da kiki emprestado e ir andar por guararema ouvindo wiz khalifa, pegar o carro e dirigir sem rumo, comprar uma catuaba e fazer a noite em qualquer canto, ir pra balada em mogi e encontrar todos os seus amigos, do escritório que eu tava fazendo estágio, dos meus colegas de trabalho, da academia, de ir reclamando pra aula mas passar metade dela no fumódromo com a galera rindo à toa, do bar vermelho, da maria, naty, rafa, nana, antonio, kiki, cocô, dos amigos de guararema, mogi, santa isabel, são paulo, dos meus avós, de acordar e ir até a geladeira e ela estar cheia de coisa gostosa, da comida da minha mãe, das mongolices dela, de passar horas rindo com a camila na frente da tv, do mau-humor do meu pai e de muito mais. Deve ser um fardo eu sentir sempre tantas saudades de tudo e todos. Pra maioria dos meus amigos é mais fácil de lidar porque a grande maioria saiu de guararema/mogi e foi fazer faculdade em São Paulo. Chega na sexta é só pegar o metrô/trem ou ônibus e em poucas horas já estão em casa. Meu caso é um pouco mais complicado né. Preciso aprender a conviver com isso. É irônico porque eu sinto falta de tanta bobagem que passava despercebido por mim há um tempo atrás! Como ligar a tv cedinho e ver a ponte-estaiada ao fundo no Bom Dia SP, as propagandas locais, de dar bom dia pra fulana no calçadão, ver um clássico corinthians e palmeiras na tv (e não joinville e metropolitano ou whatever), saber dos fatos que aconteciam na minha região, de fofoquinhas bestas também, ver cavalo na rua, andar de metrô, ficar horas no shopping reclamando em como não tem nada pra se fazer em mogi, sair na coluna social porque tava em alguma balada, olhar pro lado na sala de aula e ver a serra do Itapety.
Ao contrário do que já imaginam eu não estou infeliz. Estou 80% realizado e convicto de que tô fazendo tudo certinho. Não preciso provar a ninguém a não ser eu mesmo do que eu sou capaz. E se tudo der errado, não vou ser orgulhoso dessa vez, pego minha mala e volto correndo pros braços daqueles que me querem ver bem.
Se a razão dessa experiência toda é crescer, olha, garanto a vocês que já sou outro. Posso não transparecer porque infelizmente me tornei uma pessoa meio dramática e reclamona na internet, mas internamente muito mudei. Pra melhor.


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                                                         se lar é onde o coração está, então meu lar está em muitos lugares

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pensa que te quis, só te quero bem assim

Uma vez acordei pensando em alguém achando que gostava um pouco mais além. Desse dia em diante cultivei um sentimento que não sabia se era certo ou errado. Me mantive quieto. Agindo normalmente. Sofrendo caladinho, esperando ele ir embora. Jamais pensei que fosse ficar tão apaixonado por uma pessoa que é minha amiga, nunca acreditei. Que afronta da vida mexer justamente com isso.
Por mais que eu tenha certeza que nós teríamos dado um belo par, funcionaríamos muito bem em mil aspectos, nos divertiríamos pra caramba, nos amaríamos, é bem sério isso porque eu tenho certeza absoluta, me rendi novamente e fiz o que já bani um dia: tinha um amor platônico.
Complicado. Não sei se é diferente quando você é ou não amigo da pessoa, mas de repente cada palavra dela soa de maneiras tão distintas quando pronunciadas. Quando o assunto são outras pessoas, outros passados, outras futuros e quando você não está incluído em nenhum desses planos e páginas, aquilo dá uma dorzinha no peito baita esquisita de traduzir. É como um tiro silencioso, ninguém ouviu, mas feriu.
Pois bem, passei um período aí até que curto mas intenso achando que era uma coisa que agora estou feliz em notar que não é. Só me confundi talvez. Não vale a pena estragar uma coisa tão legal e bonita como a nossa por algo que pode ser (ou não) passageiro. Cara, se de imaginar eu me declarando como sempre faço e a amizade pudesse fraquejar porque (óbvio) o sentimento não era recíproco já me causa um aperto, imagina se eu tivesse feito isso mesmo? Por capricho meu, por uma cabeça romântica e idiota como a minha, uma das melhores coisas que já me aconteceram na vida que foi essa amizade iria pro ralo do esquecimento, da distância, da indiferença. Prefiro não pensar.
Porque eu quero que continue como está, eu quero abraço do nada, sms todo dia, falar sem parar, rir, ouvir, opinar, entender, ajudar, cuidar, dançar, beber, amparar, quero o bem dela, quero o melhor pra ela e que ela continue cuidando de mim do jeito que cuida. Na amizade.
Bom é me dar conta de que passou e eu não precisei estragar tudo como sempre. Engraçado esse negócio de um dia eu gostar de uma pessoa, no outro acordar e perceber que não era o que eu imaginava, daí você conhece outra e já tá gostando também. Eu me encanto tanto por aí que fica difícil de acompanhar, mas tô feliz demais por ter desencantado e mantido a parceria.
É bom ter quem se gosta por perto e é bom ser rodeado de amigos bons como eu tenho sido ultimamente.
E ela eu quero comigo até envelhecer.

Segundas

Já achei que esse período ia demorar a chegar mas tô sentindo uma baita falta de casa. De ficar rolando com meus cachorros na grama, pular na piscina, rir com a minha irmã, falar falar falar com a minha mãe, essas coisas bobinhas. Nunca passei tanto tempo longe e não foram nem duas semanas completas ainda. Caraca.
De uma coisa eu já estou certo: supervalorizei tudo aqui. Saudades de Guararema, lugarzin tão bão quanto essa Blumenau? Nem pior nem melhor, mas tão bom quanto. Aqui é tudo de bom sim, é lindo, é limpo, é organizado (tirando o trânsito, já odeio), as pessoas são extremamente educadas, tudo o que eu já sabia. Só que lá também! A diferença é que pra tudo que eu olho vejo um nome alemão, e aqui é bem maior, claro. Só que na essência os dois lugares são bem parecidos.
O complicado é quando estar longe é uma vantagem e desvantagem na vida de alguém. Tá sendo ótimo e meio incontrolável essa liberdade de fazer o que eu bem entender sem dar satisfação alguma, mas ao mesmo tempo é ruim saber que sou eu e acabou. O Guilherme diz que eu não estou sozinho nessa, que tenho vários amigos aqui comigo e que tudo vai dar certo mas, querendo ou não, sou só eu sim. Foi pra isso que eu vim, pra ficar sozinho e crescer. Pena que isso tá me assustando um bocado. Na real desde que eu cheguei fiz tudo só pensando que o carnaval tava aí, ansioso, querendo muito viajar e ir pra praia, daí agora que o carnaval acabou eu tô meio perdido. Perdido naquelas, sei bem o que eu tenho que fazer, mas fico temeroso em conseguir o que eu quero e não conseguir voltar pra casa nunca mais. Justo agora que a saudade tá batendo. É sempre assim. Sempre por causa da saudade.
Quero aprender a lidar com isso. A controlar a saudade, focar mais, me esforçar mais, deixar que o calor infernal daqui atrapalhe qualquer coisa (hoje mesmo me ligaram “vamo fazer algo agora?” “vamos” não fui porque não quero sair no calor de 32ºC esse sou eu), a de vez realizar o plano traçado. Me falta é muito puxão de orelha de Alex, muito tapa na cara pra eu acordar e ver que as férias acabaram, porque mesmo com um medo estranho eu ainda tenho a sensação de que eu vou conseguir, mesmo um lado pessimista me dizendo que vai dar tudo errado, vou gastar toda a minha grana e vou voltar pra casa, existe um outro que diz que tudo vai dar certo pra mim. Não sei ainda em qual lado acreditar.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Primeiras

Tá certo, eu pensei em escrever mesmo sobre tudo só depois de uma semana aqui ou mais, só que não consigo?
Passei a maior parte do tempo com os meus amigos. Minha mãe ficou comigo dois dias pra comprar umas coisas pra mim, checar se eu não estava me enfiando num barraco e pra voltar pra casa tranquila. Está apaixonadíssima. Já quer voltar, já quer passar dias aqui, já quer comprar um apartamento em Blumenau e há boatos de que ela inclusive já chama minha irmã de guria e fala cantando. Essa é minha mãe. Enfim, fico feliz de que ela tenha gostado e entendido do por quê eu achar aqui tão legal.
Assim que a deixei na rodoviária já fui pra primeira noite de rolê com a galera e de lá não parei até ontem. A diferença é que eu queria aproveitar muito saindo todos os dias quando vinha pra cá, só que agora eu posso fazer isso todo final de semana, não tinha notado até então, pois seguiu a maratona de chapaceira e risada e coisas boas dessa vida. Mas fora as festas fui coletando com o olhar vários detalhes daqui.
Uma coisa que eu não tinha notado antes é como o trânsito daqui é completamente diferente do que a gente de São Paulo e região tá acostumado. Nas ruas e avenidas principais por exemplo, parece que quando há cruzamentos a rua se divide em 3, um lado pra quem vai reto, um pra quem vira a esquerda e o outro pra quem vira a direita. Tudo bem organizadinho, só que ao contrário. Daí você tá andando de carro, vai virar à esquerda e quando se dá conta está seguindo ainda na esquerda porque a rua é de mão inglesa? Caraca? Existe mão inglesa no Brasil? Achei bem massa. Chega a noite tipo depois das 10, nas avenidas e ruas principais todos to-dos os sinais de trânsito ficam piscando e voila não há controle nenhum, é uma festa já que poucos carros circulam. Pelas minhas bandas a gente só tá acostumado a seguir mesmo com o sinal vermelho essas horas. Outra coisa é o sistema de transporte público daqui. Funciona. Tem todo um lance de terminais de ônibus, circulares e etc, é até que fácil pra se ir de um lugar para o outro mesmo tendo que pegar 3 ônibus. Você paga um e vai indo de terminal em terminal. No caso pra eu ir até a casa do meu melhor amigo pego 3, a única coisa chata é ficar esperando porque não é sempre que os horários batem. Hoje mesmo não sabia e demorei mais de uma hora pra chegar em casa, sendo que Mogi-Guararema levava 40 minutos. Mas acontece.
Já algo que eu havia notado antes e que se afirmou é que sim, pra todo lugar que eu olho vejo gente linda, de todos os tipos, não só os descendentes de alemães. Cara, eu vou ao shopping, fico sentadinho assim na praça de alimentação só observando. Até as meninas mais feias são bonitas? Incrível? Claro que têm as pessoas feias como em qualquer lugar, mas pra mim a concentração de não abençoados pela beleza é beeem menor que gma-mogi-sp. É cada loira.. CADA LOIRA. Não é segredo essa minha gana por loiras então imagina como eu sofro por aqui. Já me acho o cara mais feio da cidade em qualquer lugar que eu vou, já quero me esconder de todos e me sinto horrível perto de qualquer pessoa bonita daqui.
Não acho que eu vá pegar sotaque tão fácil como imaginava. Primeiro porque eu não sou daqui né, ridículo eu começar a lançar um “tais aonde?” ao telefone. Segundo porque tô amando falar que vim de São Paulo e todo mundo me amar por isso? Acho que gostam de pessoas de fora. Vamos dar alguns meses pra eu poder falar tu, vais, fosse, etc com a segurança de quem usa a segunda pessoa sempre.
A noite daqui também não é a das mais fortes. Não conheço todos os lugares mas quando seus amigos dizem “cara não tem nada pra fazer em blumenau hoje né” você já fica meio cabreiro. Apesar de ser maior que Mogi, lá sempre tem as opções de sempre: Florestta, Glass, Loft, Buxixo, Porto, Vaca Loca, Divina Comédia, Blue Apple e bares tipo Arábicas, Norival, etc. Aqui as opções devem ser menores ou se existem muitas não devem ser tão legais, não sei ainda, quero ir em todo tipo de lugar porque eu gosto de ir até no buteco mais lixo da esquina.
Todas as pessoas que eu conheci daqui até agora, desde 2010, sem exceções, foram muito legais comigo. Nunca senti nenhum ar de arrogância, frieza, desdém por parte de ninguém, muito pelo contrário. Sempre muito queridos, atenciosos. Não sei como será na faculdade, mas acho que vou me dar bem até. Fiz a transferência e na hora de arrumar minha grade optei por fazer todas as matérias possíveis que tinham até o sexto semestre daqui e eu não tive lá pra poder me igualar ao ritmo deles. Vou ter aulas com a galera desde o primeiro até o sexto, ou seja, sim, vou metade das turmas e tô adorando isso. Eu acho que isso é bom, mas o tempo dirá haha.
A única coisa que eu odeio aqui é o clima. É o inferno na terra. No dia que eu cheguei a sensação térmica era de 51 graus tá. Desmaiei no meu quarto de calor. Foi horrível. Agora com uns 27 graus na rua já consigo caminhar, mas vai demorar pra eu me acostumar com essa calor. O bom é que em todo lugar que você vá tem um ar-condicionado. Menos em casa, óbvio. Cada frente fria que vier será bem comemorada porque não dá pra aguentar mesmo, é muito quente e úmido, te cansa.
No mais tô me virando até, em casa mesmo só comi macarrão e hamburger até agora mas amanhã pretendo fazer um arroz quando voltar pra comer. Até lavei roupa, pela primeira vez na vida lavei roupa. Puis tudo na máquina, coloquei o sabão a liguei? Como é fácil? Pretendo também fazer uma faxina no meu quarto às vezes.
Por enquanto não tenho tanta coisa pra dizer, curti esses dias, deu pra conhecer uns lugares e aprender a andar de ônibus, essa semana começo a procurar um emprego. Agora eu tô no comando de tudo e vou fazer dar certo pra provar a mim mesmo que eu sou capaz. Cêis vão vê.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Fora


Tava achando que esse dia não ia chegar mas é a minha última noite morando em casa com meus pais e irmã. Parecia que ok, certo, tudo resolvido pra eu ir embora mas esse verão é tão interminável que o tal dia nunca ia chegar. Mal pisquei o olho e em meia-hora minha irmã faz 17 anos e estamos em fevereiro. Estou sem internet, então é bem provável que eu publique esse texto quando eu já estiver em Blumenau.
Essa semana que passou foi bem peculiar. Cada dia que passava eu me despedia de alguém e algum lugar. Ouvi o mesmo discurso centenas de vezes. “Boa sorte, sucesso e juízo” é tudo o que me desejam. Vi muita gente chorando por mim. Hoje meus pais deram um churrasco com alguns familiares pra minha despedida e pra celebrar o aniversário da Camila. Achei maneiro a confiança que depositam em mim. Muitos disseram que estão confiando em mim, torcendo pro meu futuro, esperando que as escolhas que eu estou tomando sejam as certas, esperando o meu melhor, querendo meu sucesso independente da onde eu esteja e o que eu queira pra daqui pra frente. Não esperava. Durante uns meses as mesmas pessoas que me desejavam tudo de bom hoje tentaram me convencer a desistir dessa ideia. Teimoso que sou, não dei ouvidos e amanhã me mudo. Firme nas minhas decisões, triste por estar deixando um lugar que eu gosto, ciente das consequências que tudo isso vai me trazer e do que eu vou passar, disposto a driblar qualquer dificuldade pra mostrar a mim mesmo que eu sou capaz, mantendo o foco pra conseguir o que eu quero com essa experiência toda: amadurecimento.
Chorei muito nos dias que se passaram. Apesar de tão certo do que faço, ouço minhas duas avós quase suplicando pra que eu fique em casa. Daí começam as dúvidas e os “e se” de sempre. E se todas essas minhas escolhas forem erradas? Como ficar longe de tanta gente que eu amo e me ama (mais do que eu imaginava)? E se enquanto estou fora acontece algo com minhas avós e meus avôs? E eu não estou por perto pra ampara-los ou ficar junto da família? E se esse meu egoísmo por mudar mais uma vez na busca desse crescimento todo for a maior estupidez que eu um dia vou fazer na vida? E se for a melhor coisa que poderia me acontecer? Cara, eu tenho tanta tanta pergunta não respondida ainda que não sei nem se vou conseguir responder. São duas metades da moeda, pode dar tudo certo apesar das dificuldades que eu vou ter, como eu posso me afundar dia após dia e me fuder infinitamente já que (apesar de dizer a todos que se tudo der errado eu só pego o caminho de volta) eu sou orgulhoso e não vou dar o braço a torcer tão fácil. Claro que se tudo começar a dar errado eu não vou ficar passando fome por lá, voltarei, mas vai me custar muito viu. Se tem uma coisa que eu aprendi ano passado foi a ser orgulhoso. E mais do que mostrar pros outros que eu fiz a escolha certa, quero provar pra mim que eu posso fazer o que eu quiser, e se eu quero me virar, eu vou. Tirando a falta de conforto que eu vou ter que me adaptar sim (mummy’s boy) o maior a enfrentar vai ser a saudade de todos e de tudo. Família, amigos, cães, chinchila, minha casa, meu jardim, minha piscina, carro, dirigir, guararema, faculdade, bar, praças, parques, mil lugares que eu amo por aqui e mil pessoas que mais do que fazerem parte da minha vida, fazem parte do que eu sou hoje. Mas isso a gente se acostuma, tudo é questão de adaptação.
Honestamente, se eu pudesse adiar mais um pouquinho, eu adiaria.
Honestamente, se eu pudesse atingir meus objetivos aqui, eu ficaria. Só que não dá. Não tem como. E não são todos que entendem. Não quero que entendam, só aceitem. Essa vai ser a minha realidade agora, e eu sei que quem importa me apoia, e são meus familiares. “Você sabe que pra qualquer coisa pode ligar pra gente” ouvi isso hoje todos, t-o-d-o-s que estavam em casa. E mesmo não tendo tanto contato quanto eu gostaria de ter com todos, só de saber o quanto se importam comigo, o quanto sou querido, o quanto vou fazer falta, meu coração se conforta.
E se aperta.
Tô indo. Bem dividido mesmo, mas bem empolgado e esperançoso, vou fazer tudo dar certo e sim, vou ter juízo, se eu estivesse indo pra fazer folia todo dia eu nem iria, isso eu tenho em casa a hora que eu quiser. Veremos como serão esses primeiros 6 meses. Vamos ver se vai dar certo, vamos ver se não vai dar.
”Tudo sempre dá certo no final”.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

where I belong


Nenhuma palavra, nenhuma frase iria conseguir descrever o que eu ando sentindo nos últimos dias. Quando penso que já atingi qualquer extremo, me dou conta de que eu mal me conheço. Há um tempo atrás eu disse que gostava quando passava por diversos sentimentos num curto intervalo de tempo, dava a impressão de que eu vivia mais. Hoje não gosto disso. Tudo me parece uma mistura de tristeza, alegria, lágrimas, amor e saudade. Fazia tempo que eu não chorava.
Parece que foi ontem mas hoje notei que moro em Guararema há 10 anos. Tenho curtido os pequenos momentos que esse pequeno lugar me proporciona. Ante-ontem achei uma estradinha de terra tão linda, não conhecia ainda. Fiz questão de dirigir por cada canto que eu gosto aqui, minha rua favorita, meu morro favorito, minha estrada favorita, o bairro que eu morava quando me mudei. Olhei pra primeira casa que eu morei aqui por uns 2 minutos. Passei na vendinha que fica na esquina da minha rua, ia lá com meus amigos roubar doce quase todos os dias, o mesmo cara pateta ainda trabalha por lá. A árvore que a galera se reunia na outra ponta da rua não existe mais. As pessoas que moravam na rua não são mais as mesmas. Estranho que o curto intervalo de tempo que foi minha pré-adolescência ficou guardado com tanto carinho comigo que não imaginava que sentiria saudades ao passar por esse lugar.
É esquisito esse clima de despedida porque eu já estava desacostumado a ele. Quando saí de São Paulo me lembro só de chorar no último dia de aula com a minha “gangue” da quarta série, dar um selinho na minha namoradinha e abraçar a professora Jaqueline. Depois a única despedida considerável foi quando eu decidi sair do colégio que estudava em Guararema pra ir estudar em Mogi. Só algumas fotos no último dia de aula também, algumas promessas de “vamos nos ver todo dia, vamos sair, vamos no clube sempre” que com o passar do tempo foram completamente esquecidas. Daí no terceiro colegial que a coisa ficou mais adulta, só que não era só eu que estava me despedindo, era todo mundo. Uma despedida coletiva. Essa série de mudanças que a gente programa pra vida serve pra ver quem são os que mais gostam da gente, quem é aquele amigo verdadeiro, quem vai continuar contigo mesmo de longe também. Até que me sinto preparado pra isso e pra algumas decepções, mas faz parte.
Não gosto dessa sensação de que cada lugar que eu vou, cada pessoa que eu vejo, cada rua que meu carro passa é a última vez que ele vai passar, que é a última vez que eu vou ver, que é a última vez que eu vou visitar. Não estou morrendo. Eu vou voltar. Mas porque parece que eu não vou? Gente chorando, eu chorando, pedidos pra que eu fique, pessoas ainda não entendendo o propósito dessa experiência toda, me sinto querido até, mas por que parece que eu tô indo pra forca e não pra um lugar mais bonito e melhor?
Ao contrário do que pode parecer, eu nunca, jamais, em hipótese alguma desprezo o que essas 3 cidades fizeram por mim: São Paulo, Guararema e Mogi das Cruzes. Digo que odeio São Paulo mas é claro que não, sinto um puta orgulho de ser paulistano, cidade maluca cheia de coisa boa e ruim, é da onde eu vim né, e é pra onde eu sempre vou voltar. Mais do que a capital, gosto tanto do estado que eu nasci que ainda digo que antes de brasileiro eu sou paulista, meu. Já Guararema foi um caso de amor e ódio, cheguei e fiquei por anos com raiva de tudo e todos, mas pouco a pouco aprendi a amar e percebi que pedaço do paraíso é esse lugar. Pode dizer que é roça, que é mato, que não tem nada pra fazer, mas olha, como eu gosto de tudo isso aqui. Acho que só quem mora na cidade entende o que eu falo. Se eu quiser pegar minha bike agora eu vou, ligo pra um ou outro e digo “vamo na praça tal ficar de boa?”. Compro minhas cervejas e fico horas. Vou pro pico mais alto e vejo um monte de luzinhas brilhando e todo mundo lá embaixo dormindo. Chego no café mais gostoso da cidade e peço uma Guaranita. Na sua cidade tem Guaranita? Duvido. É cada peculiaridade que eu poderia fazer um post só falando de Guararema mas não vou. Com Mogi foi diferente. Cheguei amando e passei a desgostar no último minuto do segundo tempo, mas ainda é amor. Eu gosto dessa coisa de nem cidade grande nem cidade pequena. É sempre um lado bom e ruim, em tudo. É legal você ir no shopping e sempre encontrar alguém conhecido, mas esse é o lado ruim também. Fatalmente você vai estar sentado no café da praça central, vai passar alguma menina e você vai falar pro seu amigo “cara, já peguei essa mina”, porque sim você já pegou! Vá pra alguma das baladas/bares locais e encontre no mínimo umas 5 pessoas que estudaram com você no colégio, mas umas 10 da sua faculdade, fora um ou outro que você já viu por aí. Gosto disso e não gosto disso. O conhecer todo mundo é bom e ruim, mas não sei se isso é com todos, comigo é. Gosto de todas as festas tradicionais de Mogi. Vou no Akimatsuri, Festa das Nações, Festa do Divino, etc. Acho bacana como a maioria das pessoas nasceram lá ou os pais chegaram e abriram uma empresa, deu certo e eles continuam por lá. É um lugar bom, mesmo me cansando nos últimos meses.

Apesar da tristezinha de deixar esses 3 lugares que amo pra trás, eu tô indo pro quarto lugar e se tudo der errado, vou pro quinto! Vai ver que se antes eu pertencia a algum, hoje pertenço a vários. Em menos de uma semana eu me mudo. Pra quem mora fora há algum tempo deve me achar bem babaca e repetitivo mas eu não ligo. 21 anos debaixo da asa dos pais me deixaram mimado mesmo. Vamo ver quantos anos fora dela vão me deixar mais maduro.
Agradecimentos especiais a uma única pessoa que tá sempre me ouvindo e me ajudando a levar essa numa boa.

SPSUXXX 034_80

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mogi 018

                                                              where do I start, where do I begin?

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