segunda-feira, 27 de outubro de 2014

27-10

Me sinto exausto e surpreso, sem dizer espantado e enojado com tanta coisa podre que eu li de um dia pro outro. Nunca imaginei conviver com tanta gente baixa, pseudo-intelectual “politizada”, arrogante e hipócrita. Já me cansei de eleições, não tô de lado nenhum, acredito no que eu acho ser coerente e não sou o mais entendido sobre o assunto, jamais. Só que uma coisa é ter opinião, outra é ferir direitos e atingir de maneira inescrupulosa e preconceituosa outras pessoas.
Ai, sabe, acordei. Pode parecer exagero mas essa palhaçada política me fez enxergar o tipo de gente que eu convivo e chamo de amiga por aí. Tantas pessoas que eu costumava amar falando barbaridades ofensivas e racistas pela internet como se não atingissem ninguém. Eu me senti atacado e ferido inúmeras vezes. E tem coisas que não vou conseguir relevar daqui pra frente.
Meu pai sempre me disse que com o passar dos anos a gente vai restringindo cada vez mais nosso círculo de amizades e que isso é normal, a gente amadurece e acaba se desprendendo de algumas convicções antigas e passa a ter opinião própria. Nem sempre ela vai de encontro com o que o seu amigo acredita. As últimas 24h deixaram isso bem claro pra mim.
E vai muito além de posicionamento político. Não consigo ser conivente com gente que afirma que prefere intervenção militar, morte, morte a nordestinos, deseja desgraça pra todo mundo daqui pra frente. Falar por aí que espera que todo mundo se foda.
Eu não quero que ninguém se foda. Ninguém de São Paulo, ninguém do sul, ninguém do nordeste, ninguém na China, ninguém em Israel, eu não quero que ninguém morra, ninguém se foda, não desejo coisa ruim pra ninguém, não importa a cor, orientação sexual, lugar aonde vive, não importa militância política, classe social, não sou alguém que deseja o mal. Logo, não quero por perto pessoas que pensam assim.
Petralha, coxinha, de esquerda, direita, viado, bicha, preto, branco, amarelo, pernambucano, paulista, catarinense, americano, canadense, rico, pobre, empresário, empregada doméstica, porra, não me interessa. Têm que ter amor no coração. E realmente me decepcionei em ver quantos amigos perderam isso ou se deixaram levar.

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