domingo, 14 de setembro de 2008

I'm closed behind

Não sei você, mas eu gosto de conviver, de ver, de escutar, de ler, algo que me acrescente uma lição, um pensamento, um valor, ou uma bobeira pra eu ficar pensando. Hoje tive isso.
Me sinto perturbado quando vejo uma realidade que não é a minha. Principalmente quando é uma pior. Sabe, você passa uma vida ganhando tudo de mão beijada, sempre querendo mais e o melhor, enquanto existem pessoas nos lugares mais inóspitos desse planeta que chegam a trocar seus filhos por comida. Não dou o valor necessário aos privilégios que eu tenho. Não sou milionário, não sou paupérrimo, não. Fico triste com essas coisas. Tenho uma vida com tudo o que eu preciso e com o que eu nem preciso e não to nem aí, eu quero mais e mais. Pra quê? Pra nada. Pra ter. Que droga. Pior do que saber da realidade dos outros é sentir o sentimento de impotência de não saber como ajudar.
É tudo uma grande porcaria sabe, você nasce, cresce, sonha, consome, o quê? Dinheiro. Por que associamos bem-estar e felicidade ao dinheiro? Por que estudamos e trabalhamos uma vida para ter dinheiro? Entende aonde eu quero chegar? O felizardo que consegue o dinheiro tem uma vida abarrotada de confortos, mas e o que não consegue? Vive miseravelmente. É injusto. Independentemente de etnias, culturas, localidades, somos iguais cara. Merecemos ter tudo, não dinheiro. Queria saber como ajudar e ao mesmo tempo esfregar na cara de quem acha que porque tem uma conta bancária alta, é melhor do que os outros.
Acho que eu sou alguém com muitos valores, eu mereço mais do que tudo isso que eu vejo.

 

colégio 079

                                            "We are birds."

Um comentário:

Laura C. Meneguzzo disse...

vejo um pequeno monstrinho chamado che guevara crescendo dentro de ti, sabia? e tem uma música que meu avô canta até hoje, do tempo que o pai dele era da resistência italiana (alguma coisa que as milicias anarquistas cantavam, whatever) que fala: "estendo minha mão para os que a tem amputada, porque não sei o que fazer para diminuir sua dor".
é bonita. fala de gente que não tinha nada e sempre tirava alguma coisa lá do fundo.

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