terça-feira, 18 de março de 2008

Laura, Giuliane.

Tô a fim de escrever algo que valha a pena, vamo nessa.

Desde os 10 anos eu sempre me apaixonei. É natural né mano, você não escolhe. Não sei ainda se vale a pena ou não, o fato é que acontece.
E nesses 7 anos, só duas meninas eu quis algo sério, Lau J. e Giuli.
E eu só fiz uma loucura de amor, e foi pela Lau. I'll tell you guys, já que muita gente sabe meio por cima, e sempre eu digo "outra hora eu conto a história toda". The time is now, hahaha.

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Sempre fui super nerdz com computadores, desde os 5 ou 6, não lembro, eu tenho uma máquina em casa, e desde os 7 eu uso a internet. Chato isso, preferia que ela não existisse, mas..
O fato é que eu nunca ia imaginar que eu ia gostar de alguém poraqui, sempre achei ridículo.
Até que logo quando eu fiz o orkut, recebi uma mensagem da dona da extinta comunidade "13 anos de idade", dizendo que tinha um vírus aí no orkut, só que no final era só aquele famoso urso do windows. Ok, nos adicionamos, conversamos pelo msn por longos meses, criamos amizade, afeto, carinho, e tudo isso sem nunca ter visto a cara um do outro. Estranho né? Pra mim não foi. 
A gente se entendia sabe, parece que ela me entendia mais que meus pais, tinha 100% de confiança nela. Já tinha visto fotos, fotolog, blog e essas coisas, ela não era um pedófilo. Foi tudo tão natural, a gente conversava muito. Até que eu começava a entrar na internet só pra falar com ela, pra ver se ela tava online. Aí que o bicho pegou, quando me dei conta, tava apaixonado. Comentei isso com ela, que eu tava gostando dela, aí tá, ela ficou meio assim, mas a gente continuou a se falar. Até que a gente brigou, não me lembro o porquê, e ficamos meses sem nos falar. Flava mais com a Lorena, querida, que me aguentava falando dela por tardes e tardes, e eu ouvia ela. Viramos muito amigos. Meses depois, voltamos a nos falar. Aí sei lá meu, a coisa engrenou. Eu já tinha esquecido ela bastante, mas com a volta do contato, tudo voltou. Meus amigos sempre me achavam ridículo, nada a ver, me zoavam pra caralho. Não ligava meu, eles não sabiam o que tava acontecendo. Só a Maria e a Lethícia Galo (é) que ficavam conversando comigo sobre ela nos intervalos, me aturavam. A Lethícia então sempre ia lá no canto da oitava série, sentavámos nós três, era boa aquela época. Depois de um tempo eu percebi que a Laura tava diferente comigo, mais carinhosa, sei lá, e eu voltei a tocar no assunto. Não lembro o que ela falou, se ela tava gostando mais de mim também ou não. Até que um dia eu tava na casa da minha vó, abri um bombom Serenata de Amor, e tinha aquelas frases dentro. A frase era: "As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem". Acho que é isso. Não deu outra, peguei meu velho celular A50 e liguei pra ela. Li a frase pra ela, disse que pensei nela na hora, e ela falou algo fofinho. Puta mano, minha euforia na hora era demais, eu tava quase explodindo de felicidade. Acho que ali que a coisa começou, assumimos o amor um com o outro, e de certa forma tínhamos um compromisso. Não bejava ninguém, não sentia vontade mesmo. Mesmo sabendo que ela não sabería e que eu não sabería se ela beijasse outro. Era tão legal. Passávamos as madrugas inteiras conversando, eu via ela pela webcam, a gente conversava por voz, cantava no microfone, eu era amigo dos amigos dela, e ela de alguns meus. Foi uma época boa, aí já era no primeiro colegial já. Nós tínhamos nossas músicas, como You're the only one da Maria Mena, Call'n'Return do Hellogoodbye e You found me da Kelly Clarkson. Quando escuto essas hoje, ela vem na mente na hora. Trocamos cartas, tenho elas guardadas. Uma foto dela também, eu mandei uma minha que eu tinha a maior cara de criança do mundo. Enfim, chegou uma hora que eu precisava me encontrar com ela, de qualquer jeito. Pesquisei preços de passagens, vi hotéis, calculei tudo, fiz uma planilha e mostrei pro papai. O véio ficou sem ação, porque eu joguei tudo isso de uma vez, e ele nem imaginava. Mas no fundo gostou, porque era a primeira vez que eu conversava abertamente com ele sobre meninas e tal, acho que ele viu que podia de certa forma eu tava criando confiança nele. Pimba, ele deixou, eu liguei pra Laura e ela não acreditou. Por mas de uma semana a gente ficou na neura de meu pai ficar super bravo, querer tirar minha net. Foi ótimo cara, eu tava passando por um ano horrível, sem meus amigos por perto, estudando numa escola pública por problemas financeiros, não tinha amigos lá, tava foda. Se não fosse ela, meu ano teria sido péssimo, ela me deu forças. Tá. Mas eu não podia ir sozinho, e como já planejávamos viajar, fomos pra Caldas Novas, em Goiás. E ela morava em Goiânia, Gyn para os íntimos. Era fácil pra mim, eu ficava lá em Caldas e de lá pegava um ônibus pra Goiânia, super simples. Na época pra mim era, mas hoje eu paro e penso tipo, porra meu, eu tinha QUINZE anos, novo de tudo, tava num estado diferente, numa cidade diferente, ia pegar um ônibus sozinho pra outra cidade estranha, e voltar no mesmo dia. É muita loucura, não sei como meu pai deixou até hoje. E lá fui. Acordei cedo, peguei um táxi pra rodoviária, comprei minha passagem e uma Veja, ou Época. Tenho os bilhetes até hoje. Duas horas e meia depois, chegou na rodoviária, ligo pra ela e ela pede pra eu esperar na frente de um supermercado que ficava lá. Fui pra lá, e não demora muito vejo ela e o Pacheco vindo, ela com um sorrido enorme vem me abraça e diz no meu ouvido "Eu te vi!"! E eu mongo respondo "aonde?", idiota, e ela "agora!", e eu "ahh!", heuahuea. Ah cara, como eu tava feliz. Fomos pro carro, conheci a mãe dela, linda, e o irmão mais novo dela, o Tomáz. Fomos pro prédio dela, o apartamento dela é enorme. Conheci a Lorena e Joana! Comemos bolo de chocolate, conheci o quarto dela, o piano dela, o mundo dela. O setor oeste de goiânia é muito legal, me lembra higienópolis. Tava muito feliz, mas muito tímido ao mesmo tempo, fiquei meio sem reação sabe? Fomos ao Goiânia shopping, lá que ela me abraçou pra valer, andávamos de mãos dadas como um casal perfeito, comemos pizza, ela tomou um suco de amora (era amora ou ameixa), e ela me disse "Você é igualzinho nas fotos". AAAAH velho, que foda ela! Me lembro de cada detalhe do dia. Fomos ao cinema ver Piratas do Caribe 2. Só fomos pra lá, porque eu e ela pelo menos não vimos o filme direito. Eu beijava ela, alisava as mãos dela, o cabelo, e na minha cabeça eu só pensava que eu não queria que aquele momento passasse nunca, poderia morrer ali. Eu disse no ouvido dela que amava ela demais, que não acreditava que tudo aquilo tava acontecendo, que eu não queria que acabasse. Era mágico meu, essa é a palavra. Depois do cinema fomos pro Pump eu acho, naquela época eu gostava dessas máquinas. De lá, eu já tava meio nojento, fomos pra área verde do shopping, nós, Lorena, Joana e Pacheco. Uma hora que a gente beijou, o pacheco filmou no celular, nem sei se ele ainda tem o vídeo, não nos falamos mais, por bobeira. Tiramos fotos, conversamos, rimos, eu dei uma pulseira pra ela, ela me deu a dela, com umas sementes azuis. Até que chegou a hora de ir, ia perder meu ônibus. Eu queria muito perder e poder ficar por lá, mas a mãe dela chegou a tempo. Me despedi deles, abracei a Laura forte no carro, disse que amava ela. Saí do carro, bati a porta e fui. Tava péssimo, o dia passou. As duas horas e meia da viagem de volta passaram voando, eu ainda não acreditava que tinha visto ela. Parecia que eu já tinha visto eles fazia tempos. Voltei pra São Paulo, a gente continuava pasmo e muito feliz. Ela me deu um CD do Franz Ferdinand, fiquei tão feliz! Era minha banda favorita na época. Trocamos outra carta.
Porém, o tempo foi passando, e ambos percebemos que o que queríamos não ia dar certo, a distância era demais. Tava machucando já sabe, gostar de alguém, não poder sentir, beijar, cheirar, abraçar. Nenhuma relação prospera assim. Terminamos. Fiquei triste por meses, ou um ano, sei lá. Vi ela outra vez no aeroporto, ela tinha voltado dos eua, desceu em são paulo pra pegar outro vôo pra goiânia. Foram 20 minutos (eram pra ser horas, mas  a mulher lá da excurssão ficou fazendo compras em cumbica e atrasou). Não ficamos, foi tudo muito corrido, check-in, malas, pra lá e pra cá, essas coisas. Antes dela entrar na área de embarque eu abracei ela forte. E ela foi. No metrô pra voltar eu tava triste de novo. Fiquei triste por meses de novo. Mas o tempo passa, a paixão passou, e que bom que passou, tristeza prolongada não é bom. Conheci outras garotas, me apaixonei por algumas de novo. Hoje ela namora, por ironia do destino, outro Daniel. É muito feliz com ele, disso eu sei, e é isso que eu espero. Mal nos falamos, ela estuda muito, e não sei porque raios não temos mais tanto assunto.
Conheci a Giuli, quase todos até que sabem bastante. Infelizmente não deu certo, ou não está dando certo, mas eu queria muito que desse! De verdade. É uma pena que por causa da situação, da suposta rejeição, o amor vai acabando, lentamente, muito lentamente, dia após dia, e eu já não sei mais o que fazer.

 

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Pensei em fazer o post quando eu tava ouvindo música hoje no Pau D'Alho, tocou Digital Love e só pelo nome dá música dá pra saber porque ela me veio na cabeça. Pronto, escrevi, registrei, e um dia vou ler esse mesmo post, relembrar mais uma vez. Relembrar é viver né meus caros. Um abraço forte pra quem lê, tô mor a fim de um abraço.

7 comentários:

Kiki disse...

adivinha de quem eu me lembrei nesse post? dã hehe
e na hora que vc contou do abraco na laura, me deu uma vontade enooorme daqueeele abraco gostoso que a gente da qdo gosta pra caralho de alguem.. e no fim vc pede um, acho que vou te dar, pq eu gosto de vc! :)
a gente se ver por ai, plin plin
amei o post (esperei vc tirar do nick do msn o WRITTING e corri aqui hehe)

feuilles de Laurier disse...

dsahgdjk
o suco não era de amora nem ameixa, era de framboesa xD
e Thomaz tem h e não acento =))
é, foi uma época boa, que hoje fica na memória com boas lembranças x)
crescemos mt, hoje somos pessoas diferentes, temos divergências de pensamentos, de planos etc
mas eu realmente espero que vc seja feliz com alguém que vocês realmente ame
como eu já disse antes, não é legal ver vc fugindo disso. A vida só vale a pena qd se tem paixão. seja pela profissão, por algum lugar, livro, comida, hoobie e até mesmo por alguém!
Qualquer dia desses a gente se fala no msn
;* ;*

feuilles de Laurier disse...

ps: a foto com a Giuliane ficou FOFÍSSIMA!

veee =] disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
veeeve disse...

hahahahaha,
parece até filme! :p
desejo sorte pra vocêêê! :)
beijooos!

Laura C. Meneguzzo disse...

dan, me empresta tua história pra eu escrever um livro? hahaha
essas coisas intensas são legais. eternas enquanto duram.
acho que a gente vive a nossa vida esperando por elas, e quando acabam "sempre deixam sede"...
te mando um abraço de palavras :)
beijo

gbressan disse...

aai, mas pelo menos tu viu ela pessoalmente. TODOS meus namoros virtuais foram uma desgraça ¬¬'
é até engraçado. gente te traindo, mentindo, fingindo ser o que não é. pelo menos tu vai ter uma história pra contar. e se a laura escrever vai ficar ÓTEMA. huehueahhuae
também tive um A50, acho que foi esse que eu quebrei na parede. bom, é isso. (:

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